Só num sentido muito restrito, o indivíduo cria com
seus próprios recursos o modo de falar e de pensar que
lhe são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa
à maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição
apenas determinadas palavras e significados. Estas não
só determinam, em grau considerável, as vias de acesso
mental ao mundo circundante, mas também mostram,
ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que contexto
de atividade os objetos foram até agora perceptíveis ao
grupo ou ao indivíduo.
MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. Porto Alegre: Globo, 1950 (adaptado).
Ilustrando uma proposição básica da sociologia do
conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende
que o(a)
Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem
moderno está esmagado por um profundo sentimento
de impotência que o faz olhar fixamente e, como que
paralisado, para as catástrofes que se avizinham. Por isso,
desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente
atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará
sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude
do simples ajustamento ou acomodação, apreendendo
temas e tarefas de sua época.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011
Paulo Freire defende que a superação das dificuldades e
a apreensão da realidade atual será obtida pelo(a)
Até o fim de 2007, quase 2 milhões de pessoas perderam suas casas e outros 4 milhões corriam o risco de ser despejadas. Os valores das casas despencaram em quase todos os EUA e muitas famílias acabaram devendo mais por suas casas do que o próprio valor do imóvel. Isso desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias que diminuiu ainda mais os valores das casas. Em Cleveland, foi como se um "Katrina financeiro" atingisse a cidade. Casas abandonadas, com tábuas em janelas e portas, dominaram a paisagem nos bairros pobres, principalmente negros. Na Califórnia, também se enfileiraram casas abandonadas.
HARVEY, D. O enigma do capital. São Paulo: Boitempo, 2011
Inicialmente restrita, a crise descrita no texto atingiu proporções globais, devido ao(à)
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum
destino biológico, psíquico, econômico define a forma
que a fêmea humana assume no seio da sociedade;
é o conjunto da civilização que elabora esse produto
intermediário entre o macho e o castrado que qualificam
o feminino.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980
Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir
contribuiu para estruturar um movimento social que teve
como marca o(a)

A discussão levantada na charge, publicada logo após a promulgação da Constituição de 1988, faz referência ao seguinte conjunto de direitos:
No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.
RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).
Uma consequência geográfica do processo socioespacial descrito no texto é a
Para o sociólogo Don Slater, as pessoas compram a versa° mais cara de um produto não porque tem maior valor de use do que a versão mais barata,
mas porque significa status e exclusividade; e, claro, esse status provavelmente será indicado pela etiqueta de um designer ou de uma loja de departamentos.
BITTENCOURT, R. Sedução para o consumo. Revista Filosofia, n. 66, ano VI, dez. 2011. Os meios de comunicação, utilizados pelas empresas como forma de
vender seus produtos, fazem parte do cotidiano social e tem por um de seus objetivos induzir as pessoas a um(a)
Maria da Penha
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona "Maria da Penha"
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
Respeito, afinal, é bom e eu gosto
[..]
Não vem que eu não sou
Mulher de ficar escutando esculacho
Aqui o buraco é mais embaixo
A nossa paixão já foi tarde [..]
Se quer um conselho, não venha
Com essa arrogância ferrenha
Vai dar com a cara
Bem na mão da "Maria da Penha"
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007
A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)
Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afor-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado)
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a

Com o intenso desenvolvimento da tecnologia no mundo contemporâneo, diversos produtos tomam-se rapidamente ultrapassados.
Todavia, comparando as imagens, existem elementos que demonstram a continuidade entre os primeiros computadores pessoais e os atuais.
Essa continuidade associa-se
No sistema democrático de Schumpeter, os únicos participantes plenos são os membros de elites políticas em partidos e em instituições públicas. O papel dos cidadãos ordinários é não apenas altamente limitado, mas frequentemente retratado como uma intrusão indesejada no funcionamento tranquilo do processo "público" de tomada de decisões.
HELD, D. Modelos de democracia. Belo Horizonte: Paideia, 1987
O modelo de sistema democrático apresentado pelo texto pressupõe a
Outro remédio eficiente a organizar colônias, em alguns lugares, as quais virão a ser como grilhões impostos a província, porque isto a necessário que se faça ou deve-se lá ter muita força de armas. Não a muito que se gasta com as colônias, e, sem despesa excessiva, podem ser organizadas e mantidas. Os Único que terão prejuízos com elas serão os de quem se tomam os campos e as moradias para se darem aos novos habitantes. Entretanto, os prejudicados serão a minoria da população do Estado, e dispersos e reduzidos a penúria, nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo Ihes suceda.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 20
Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a manutenção do poder político, como o deste trecho, que tem como objeto a
TEXTO I
Art. 233 — 0 marido é o chefe da sociedade conjugal, função que exerce com a colaboração da mulher, no interesse comum do casal e dos filhos.
Código Civil, 1916. Disponível em:www.dji.com.br. Acesso em: 02 out. 2011.
TEXTO II
Art. 5° II — no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por lagos
naturais, por afinidade ou por vontade expressa; Parágrafo Onico.
As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Lei Maria da Penha.
Lei n. 11.340 de 07 de agosto de 2006. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 out. 2011 (adaptado).
As leis de um país expressam o processo de mudanças na sociedade. Nessa perspectiva, ao comparar o Código Civil de 1916 e a Lei Maria da Penha,
as mudanças na definição jurídica do conceito de família no Brasil
A abordagem do patrimônio cultural, centrada nos aspectos técnicos da conservação e da restauração, tende a ocultar
a ideia de que a sua preservação é uma pratica social que implica um processo de interpretação da cultura, não apenas material como simbólica,
portadora de referencia a identidade, a ação e a memória dos grupos formadores da sociedade.
FONSECA, M. C. L. Para alem da pedra e cal. In: ABREU, R.; CHAGAS, M. Memória e patrimônio:
ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003 (adaptado).
A defesa do patrimônio histórico busca valorizar os bens que representam a nossa identidade.
Nesse sentido, ha manifestações culturais cuja preservação demanda seu reconhecimento como patrimônio imaterial.
Essa concepção de patrimônio expressa-se

As figuras indicam mudanças no universo feminino, como a