Nos Estados Unidos da América, a Denver Water
(Água de Denver) propôs uma campanha publicitária
permanente muito criativa, como mostra a foto abaixo.
Em um banco de praça, lê–se: use only what you need,
ou seja, use apenas aquilo de que você precisa.
campanha publicitária é a
Os faraós das primeiras dinastias construíam grandes
pirâmides para proteger as suas câmaras mortuárias.
Conforme a crença egípcia antiga, a alma vagaria sem destino
se o corpo, sua habitação, fosse destruído. No Egito
contemporâneo, os muçulmanos são sepultados envoltos
apenas em mortalhas, poucas horas após a morte, em túmulos
simples e sem identificação individual.
A diferença entre as grandes pirâmides de outrora e os ritos e túmulos simples de hoje deve–se ao fato de a religião muçulmana
A política implica o envolvimento da comunidade cívica na definição do interesse público. Vale dizer, portanto, que o cenário original da política, no lugar de uma relação vertical e intransponível entre soberanos e súditos na qual a força e a capacidade de impor o medo exercem papel fundamental, sustenta-se em um experimento horizontal. Igualdade política, acesso pleno ao uso da palavra e ausência de medo constituem as suas cláusulas pétreas.
LESSA, R. Sobre a invenção da política. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, v.42, n. 251. ago. 2008 (adaptado).
A organização da sociedade no espaço é um processo histórico-geográfico, articulado ao desenvolvimento das técnicas, à utilização dos recursos naturais e à produção de objetos industrializados. Política é, portanto, uma organização dinâmica e complexa, possível apenas pela existência de determinados conjuntos de leis e regras, que regulam a vida em sociedade. Nesse contexto, a participação coletiva é
O Ministro da Saúde disse em audiência pública em 2009 que é justo acionar na Justiça o gestor público que não provê, dentro de sua competência e responsabilidade, os bens e serviços de saúde disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas observou que a via judicial não pode se constituir em meio de quebrar os limites técnicos e éticos que sustentam o sistema. Segundo o ministro, a Justiça não pode impor o uso de tecnologias, insumos ou medicamentos, deslocando recursos de destinações planejadas e prioritárias e —o que surpreende muitas vezes — com isso colocando em risco e trazendo prejuízo à vida das pessoas. Disponível em: http://www.stf.jus.br. Acesso em: 7 maio 2009
A preocupação do ministro com o acionamento da justiça para garantia do direito à saúde é motivada
Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição. Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.
FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984
De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é correto afirmar que
Os textos a seguir foram extraídos de duas crônicas publicadas no
ano em que a seleção brasileira conquistou o tricampeonato
mundial de futebol.
O General Médici falou em consistência moral. Sem isso,
talvez a vitória nos escapasse, pois a disciplina consciente,
livremente aceita, é vital na preparação espartana para o rude
teste do campeonato. Os brasileiros portaram-se não apenas
como técnicos ou profissionais, mas como brasileiros, como
cidadãos deste grande país, cônscios de seu papel de
representantes de seu povo. Foi a própria afirmação do valor do
homem brasileiro, como salientou bem o presidente da República.
Que o chefe do governo aproveite essa pausa, esse minuto de
euforia e de efusão patriótica, para meditar sobre a situação do
país. (...) A realidade do Brasil é a explosão patriótica do povo ante
a vitória na Copa.
Danton Jobim. Última Hora, 23/6/1970 (com adaptações).
O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do povo:
uma explosão incomparável de alegria, de entusiasmo, de orgulho.
(...) Debruçado em minha varanda de Ipanema, [um velho amigo]
perguntava: — Será que algum terrorista se aproveitou do delírio
coletivo para adiantar um plano seu qualquer, agindo com frieza e
precisão? Será que, de outro lado, algum carrasco policial teve
ânimo para voltar a torturar sua vítima logo que o alemão apitou o
fim do jogo?
Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com adaptações).
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos dois textos e do
período histórico em que foram escritos.
I Para os dois autores, a conquista do tricampeonato mundial de
futebol provocou uma explosão de alegria popular.
II Os dois textos salientam o momento político que o país
atravessava ao mesmo tempo em que conquistava o
tricampeonato.
III À época da conquista do tricampeonato mundial de futebol, o
Brasil vivia sob regime militar, que, embora politicamente
autoritário, não chegou a fazer uso de métodos violentos contra
seus opositores.
É correto apenas o que se afirma em

As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos
governantes. Tendo como referência o estado atual dos
países periféricos, pode-se afirmar que nessas histórias
está contida a seguinte idéia:
A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra" em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio.
Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as
diversas etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante
mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de
convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil,
adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças" em condições de
igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor" que
conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar
O movimento hip-hop é tão urbano quanto as grandes construções de concreto e as estações de metrô, e cada dia se torna
mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. É formado por três
elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a dança (o break). No hip-hop os jovens usam as expressões
artísticas como uma forma de resistência política.
Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso político a favor dos
excluídos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento originário das periferias norte-americanas, não encontrou
barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no entanto, não significa que o hip-hop brasileiro não
tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é híbrido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira
e grafite de cores muito vivas.
(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004)
De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamente urbana, que tem como principais características
Em conflitos regionais e na guerra entre nações tem sido observada a ocorrência de seqüestros, execuções sumárias, torturas e
outras violações de direitos.
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem,
que, em seu artigo 5º, afirma:
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que
A tabela refere-se a um estudo realizado entre 1994 e 1999 sobre violência sexual com pessoas do sexo feminino no Brasil.

A partir dos dados da tabela e para o grupo feminino estudado, são feitas as seguintes afirmações:
I. A mulher não é poupada da violência sexual doméstica em nenhuma das faixas etárias indicadas.
II. A maior parte das mulheres adultas é agredida por parentes consangüíneos.
III. As adolescentes são vítimas de quase todos os tipos de agressores.
IV. Os pais, biológicos, adotivos e padrastos, são autores de mais de 1/3 dos casos de violência sexual envolvendo crianças.
É verdadeiro apenas o que se afirma em
Considere o papel da técnica no desenvolvimento da constituição de sociedades e três invenções tecnológicas que marcaram
esse processo: invenção do arco e flecha nas civilizações primitivas, locomotiva nas civilizações do século XIX e televisão nas
civilizações modernas.
A respeito dessas invenções são feitas as seguintes afirmações:
I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos braços, provocando mudanças na forma de organização social e na
utilização de fontes de alimentação.
II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de transporte, ampliando possibilidades de locomoção e provocando
mudanças na visão de espaço e de tempo.
III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que, envolvendo apenas participação passiva do ser humano, não provocou
mudanças na sua forma de conceber o mundo.
Está correto o que se afirma em:
Good-bye
"Não é mais boa noite, nem bom dia
Só se fala good morning, good night
Já se desprezou o lampião de querosene
Lá no morro só se usa a luz da Light
Oh yes!"
A marchinha Good-bye, composta por Assis Valente há cerca de 50 anos, refere-se ao ambiente das favelas dos morros cariocas. A
estrofe citada mostra
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas
"guerras de religião" dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham católicos e protestantes.
"(...) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que
não se pratica em sua terra. (...) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo] , mas que o
fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo
do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou
entregá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos
conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem previamente executado. (...) Podemos
portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós
mesmos, que os excedemos em toda sorte de barbaridades."
MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,
Um jornalista publicou um texto do qual estão transcritos trechos
do primeiro e do último parágrafos:
" "Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de novo?' Jamais
esquecerei a cena que vi, na TV francesa, de uma menina da
Costa do Marfim falando com a enfermeira que trocava os
curativos de seus dois cotos de braços. (...) ".
. ......................................................................................................
"Como manter a paz num planeta onde boa parte da humanidade
não tem acesso às necessidade básicas mais elementares? (...)
Como reduzir o abismo entre o camponês afegão, a criança
faminta do Sudão, o Severino da cesta básica e o corretor de
Wall Street? Como explicar ao menino de Bagdá que morre por
falta de remédios, bloqueados pelo Ocidente, que o mal se
abateu sobre Manhattan? Como dizer aos chechenos que o que
aconteceu nos Estados Unidos é um absurdo? Vejam Grozny, a
capital da Chechênia, arrasada pelos russos. Alguém se
incomodou com os sofrimentos e as milhares de vítimas civis,
inocentes, desse massacre? Ou como explicar à menina da
Costa do Marfim o sentido da palavra "civilização' quando ela
descobrir que suas mãos não crescerão jamais? ".
UTZERI, Fritz. Jornal do Brasil, 17/09/2001
Apresentam-se, abaixo, algumas afirmações também retiradas
do mesmo texto. Aquela que explicita uma resposta do autor
para as perguntas feitas no trecho citado é: