A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra" em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio.
Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as
diversas etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante
mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de
convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil,
adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças" em condições de
igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor" que
conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar
O movimento hip-hop é tão urbano quanto as grandes construções de concreto e as estações de metrô, e cada dia se torna
mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. É formado por três
elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a dança (o break). No hip-hop os jovens usam as expressões
artísticas como uma forma de resistência política.
Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso político a favor dos
excluídos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento originário das periferias norte-americanas, não encontrou
barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no entanto, não significa que o hip-hop brasileiro não
tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil é híbrido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira
e grafite de cores muito vivas.
(Adaptado de Ciência e Cultura, 2004)
De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamente urbana, que tem como principais características
Em conflitos regionais e na guerra entre nações tem sido observada a ocorrência de seqüestros, execuções sumárias, torturas e
outras violações de direitos.
Em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem,
que, em seu artigo 5º, afirma:
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que
A tabela refere-se a um estudo realizado entre 1994 e 1999 sobre violência sexual com pessoas do sexo feminino no Brasil.

A partir dos dados da tabela e para o grupo feminino estudado, são feitas as seguintes afirmações:
I. A mulher não é poupada da violência sexual doméstica em nenhuma das faixas etárias indicadas.
II. A maior parte das mulheres adultas é agredida por parentes consangüíneos.
III. As adolescentes são vítimas de quase todos os tipos de agressores.
IV. Os pais, biológicos, adotivos e padrastos, são autores de mais de 1/3 dos casos de violência sexual envolvendo crianças.
É verdadeiro apenas o que se afirma em
Considere o papel da técnica no desenvolvimento da constituição de sociedades e três invenções tecnológicas que marcaram
esse processo: invenção do arco e flecha nas civilizações primitivas, locomotiva nas civilizações do século XIX e televisão nas
civilizações modernas.
A respeito dessas invenções são feitas as seguintes afirmações:
I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos braços, provocando mudanças na forma de organização social e na
utilização de fontes de alimentação.
II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de transporte, ampliando possibilidades de locomoção e provocando
mudanças na visão de espaço e de tempo.
III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que, envolvendo apenas participação passiva do ser humano, não provocou
mudanças na sua forma de conceber o mundo.
Está correto o que se afirma em:
Good-bye
"Não é mais boa noite, nem bom dia
Só se fala good morning, good night
Já se desprezou o lampião de querosene
Lá no morro só se usa a luz da Light
Oh yes!"
A marchinha Good-bye, composta por Assis Valente há cerca de 50 anos, refere-se ao ambiente das favelas dos morros cariocas. A
estrofe citada mostra
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas
"guerras de religião" dos franceses que, na segunda metade do século XVI, opunham católicos e protestantes.
"(...) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que
não se pratica em sua terra. (...) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo] , mas que o
fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo
do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou
entregá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos
conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem previamente executado. (...) Podemos
portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós
mesmos, que os excedemos em toda sorte de barbaridades."
MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,
Um jornalista publicou um texto do qual estão transcritos trechos
do primeiro e do último parágrafos:
" "Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de novo?' Jamais
esquecerei a cena que vi, na TV francesa, de uma menina da
Costa do Marfim falando com a enfermeira que trocava os
curativos de seus dois cotos de braços. (...) ".
. ......................................................................................................
"Como manter a paz num planeta onde boa parte da humanidade
não tem acesso às necessidade básicas mais elementares? (...)
Como reduzir o abismo entre o camponês afegão, a criança
faminta do Sudão, o Severino da cesta básica e o corretor de
Wall Street? Como explicar ao menino de Bagdá que morre por
falta de remédios, bloqueados pelo Ocidente, que o mal se
abateu sobre Manhattan? Como dizer aos chechenos que o que
aconteceu nos Estados Unidos é um absurdo? Vejam Grozny, a
capital da Chechênia, arrasada pelos russos. Alguém se
incomodou com os sofrimentos e as milhares de vítimas civis,
inocentes, desse massacre? Ou como explicar à menina da
Costa do Marfim o sentido da palavra "civilização' quando ela
descobrir que suas mãos não crescerão jamais? ".
UTZERI, Fritz. Jornal do Brasil, 17/09/2001
Apresentam-se, abaixo, algumas afirmações também retiradas
do mesmo texto. Aquela que explicita uma resposta do autor
para as perguntas feitas no trecho citado é:
"A palavra tatuagem é relativamente recente. Toda a gente
sabe que foi o navegador Cook que a introduziu no Ocidente,
e esse escrevia tattou, termo da Polinésia de tatou ou tu
tahou, "desenho´.
(...) Desde os mais remotos tempos, vemo-la a transformarse:
distintivo honorífico entre uns homens, ferrete de
ignomínia entre outros, meio de assustar o adversário para os
bretões, marca de uma classe de selvagens das ilhas
marquesas (...) sinal de amor, de desprezo, de ódio (...). Há
três casos de tatuagem no Rio, completamente diversos na
sua significação moral: os negros,os turcos com o fundo
religioso e o bando de meretrizes, dos rufiões e dos humildes,
que se marcam por crime ou por ociosidade."
RIO, João do. Os Tatuadores. Revista Kosmos. 1904, apud: A alma
encantadora das ruas, SP: Cia das Letras, 1999
Com base no texto são feitas as seguintes afirmações:
I. João do Rio revela como a tatuagem já estava presente
na cidade do Rio de Janeiro, pelo menos desde o início
do século XX, e era mais utilizada por alguns setores da
população.
II. A tatuagem, de origem polinésia, difundiu-se no ocidente
com a característica que permanece até hoje: utilização
entre os jovens com função estritamente estética.
III. O texto mostra como a tatuagem é uma prática que se
transforma no tempo e que alcança inúmeros sentidos
nos diversos setores das sociedades e para as
diferentes culturas.
Está correto o que se afirma apenas em

De acordo com a história em quadrinhos protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar que a postura de Hagar
Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.
I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e
que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(...) É preciso congelar essas
idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(...) Nós, índios,
queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas,
Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994
II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades
primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo
civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do
paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994
Pode-se afirmar, segundo os textos, que