Ir para o conteúdo principal

Questões de Concurso – Aprova Concursos

Milhares de questões com o conteúdo atualizado para você praticar e chegar ao dia da prova preparado!


Exibir questões com:
Não exibir questões:
Minhas questões:
Filtros aplicados:

Dica: Caso encontre poucas questões de uma prova específica, filtre pela banca organizadora do concurso que você deseja prestar.

Exibindo questões de 274 encontradas. Imprimir página Salvar em Meus Filtros
Folha de respostas:

  • 1
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 2
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 3
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 4
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 5
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 6
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 7
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 8
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 9
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 10
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 11
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 12
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 13
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 14
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 15
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e

Mar português

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

PESSOA, F. Mensagens. São Paulo: Difel, 1986.

Nos versos 1 e 2, a hipérbole e a metonímia foram

utilizadas para subverter a realidade. Qual o objetivo

dessa subversão para a constituição temática do poema?

Logo todos na cidade souberam: Halim se embeiçara

por Zana. As cristãs maronitas de Manaus, velhas e

moças, não aceitavam a ideia de ver Zana casar–se com

um muçulmano. Ficavam de vigília na calçada do Biblos,

encomendavam novenas para que ela não se casasse

com Halim. Diziam a Deus e ao mundo fuxicos assim: que

ele era um mascate, um teque–teque qualquer, um rude,

um maometano das montanhas do sul do Líbano que se

vestia como um pé rapado e matraqueava nas ruas e

praças de Manaus. Galib reagiu, enxotou as beatas: que

deixassem sua filha em paz, aquela ladainha prejudicava

o movimento do Biblos. Zana se recolheu ao quarto. Os

clientes queriam vê–la, e o assunto do almoço era só este:

a reclusão da moça, o amor louco do “maometano".

HATOUM, M. Dois irmãos. São Paulo: Cia. das Letras, 2006 (fragmento).

Dois irmãos narra a história da família que Halim e

Zana formaram na segunda metade do século XX.

Considerando o perfil sociocultural das personagens e os

valores sociais da época, a oposição ao casamento dos

dois evidencia

TEXTO I

Dois quadros

Na seca inclemente do nosso Nordeste,

O sol é mais quente e o céu mais azul

E o povo se achando sem pão e sem veste,

Viaja à procura das terras do Sul.

De nuvem no espaço, não há um farrapo,

Se acaba a esperança da gente roceira,

Na mesma lagoa da festa do sapo,

Agita–se o vento levando a poeira.



TEXTO II

ABC do Nordeste flagelado

O – Outro tem opinião

de deixar mãe, deixar pai,

porém para o Sul não vai,

procura outra direção.

Vai bater no Maranhão

onde nunca falta inverno;

outro com grande consterno

deixa o casebre e a mobília

e leva a sua família

pra construção do governo.

Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).

Os Textos I e II são de autoria do escritor nordestino

Patativa do Assaré, que, em sua obra, retrata de forma

bastante peculiar os problemas de sua região. Esses

textos têm em comum o fato de abordarem

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem

de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa.

Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz

por trás de sua casa se chama enseada.

Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia

uma volta atrás da casa.

Era uma enseada.

Acho que o nome empobreceu a imagem.

BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Manoel de Barros desenvolve uma poética singular,

marcada por “narrativas alegóricas", que transparecem

nas imagens construídas ao longo do texto. No poema,

essa característica aparece representada pelo uso do

recurso de

O cordelista por ele mesmo

Aos doze anos eu era

forte, esperto e nutrido.

Vinha do Sítio de Piroca

muito alegre e divertido

vender cestos e balaios

que eu mesmo havia tecido.

Passava o dia na feira

e à tarde regressava

levando umas panelas

que minha mãe comprava

e bebendo água salgada

nas cacimbas onde passava.

BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel.

Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento).

Literatura de cordel é uma criação popular em verso,

cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de

cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas

crenças e ações destacadas nas sociedades locais.

A respeito do uso das formas variantes da linguagem no

Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma

região brasileira é

Meu povo, meu poema

Meu povo e meu poema crescem juntos

Como cresce no fruto

A árvore nova

No povo meu poema vai nascendo

Como no canavial

Nasce verde o açúcar

No povo meu poema está maduro

Como o sol

Na garganta do futuro

Meu povo em meu poema

Se reflete

Como espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo

Menos como quem canta

Do que planta

FERREIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, 2000.

O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi

escrito na década de 1970. Nele, o diálogo com o contexto

sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que



O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por

Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes historias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, eo senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização.Os verdadeiro representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
AZZI, R As razoes de ser guarani-kalowa. Disponivel em:www,outraspalavras.net
Acesso em: 7dez.2012.



Considerando-se as informações abordadas no texto, ao incia-lo com a expressão “na verdade”, o autor tem como objetivo principal



Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia refrete sobre a forma como as emoções do individuo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré história havia a préhistoria da pré historia e há via o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o que, mas sei que o universo jamais começou.
[...]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo incio, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes de pré pré historia já havia os monstros apocalípticos? Se esta historia não existe, passara a existir. Pensar é um ato.Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que escrevo o que estou escrevendo [...]Felicidades? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.
Como eu ireis dizer agora, esta historia será o resultado de uma visao gradual – há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visao da iminência de.De que? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo – como a morte parece dizer sobre a vida – porque preciso registrar os fatos antecedentes
LISPECTOR. C . A hora da estrala. Rio de Janeiro; Rocco 1998 (fragmentado).



A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetoria literária de Clarice Lispector, culminada com a obra. A hora da estrela de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador

Concurso de microcontos no Twitter

A nona edição do Simpósio Internacional de

Contadores de História promove concurso de microcontos

baseado no Twitter. Os interessados devem ter uma

conta no Twitter, seguir o @simposioconta e escrever um

microconto de gênero suspense, com tema livre. O conto

deve seguir as regras do Twitter: apenas 140 caracteres.

ELINA, R. Disponível em: www.consuladosocial.com.br. Acesso em: 28 jul. 2010.

Na atualidade, o texto traz uma proposta de utilização do

Twitter como ferramenta que proporciona uma construção

rápida, sintética e definida pelo gênero suspense. Isso

demonstra que essa rede social pode ser uma forma de

inovação tecnológica que

Grupo escolar

Sonhei com um general de ombros largos

que fedia

e que no sonho me apontava a poesia

enquanto um pássaro pensava suas penas

e já sem resistência resistia.

O general acordou e eu que sonhava

face a face deslizei à dura via

vi seus olhos que tremiam, ombros largos,

vi seu queixo modelado a esquadria

vi que o tempo galopando evaporava

(deu para ver qual a sua dinastia)

mas em tempo fixei no firmamento

esta imagem que rebenta em ponta fria:

poesia, esta química perversa,

este arco que desvela e me repõe

nestes tempos de alquimia.

BRITO, A. C. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). 26 Poetas Hoje: antologia.

Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998.

O poema de Antônio Carlos Brito está historicamente

inserido no período da ditadura militar no Brasil. A forma

encontrada pelo eu lírico para expressar poeticamente

esse momento demonstra que

O bonde abre a viagem,

No banco ninguém,

Estou só, stou sem.

Depois sobe um homem,

No banco sentou,

Companheiro vou.

O bonde está cheio,

De novo porém

Não sou mais ninguém.

ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

Em um texto literário, é comum que os recursos poéticos e

linguísticos participem do significado do texto, isto é, forma

e conteúdo se relacionam significativamente. Com relação

ao poema de Mário de Andrade, a correlação entre um

recurso formal e um aspecto da significação do texto é

Cegueira

Afastou–me da escola, atrasou–me, enquanto os

filhos de seu José Galvão se internavam em grandes

volumes coloridos, a doença de olhos que me perseguia

na meninice. Torturava–me semanas e semanas, eu vivia

na treva, o rosto oculto num pano escuro, tropeçando

nos móveis, guiando–me às apalpadelas, ao longo das

paredes. As pálpebras inflamadas colavam–se. Para

descerrá–las, eu ficava tempo sem fim mergulhando a

cara na bacia de água, lavando–me vagarosamente, pois

o contato dos dedos era doloroso em excesso. Finda a

operação extensa, o espelho da sala de visitas mostravame

dois bugalhos sangrentos, que se molhavam depressa

e queriam esconder–se. Os objetos surgiam empastados

e brumosos. Voltava a abrigar–me sob o pano escuro,

mas isto não atenuava o padecimento. Qualquer luz me

deslumbrava, feria–me como pontas de agulha [...].

Sem dúvida o meu espectro era desagradável, inspirava

repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha

mãe tinha a franqueza de manifestar–me viva antipatia.

Dava–me dois apelidos: bezerro–encourado e cabra–cega.

RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1984 (fragmento).

O impacto da doença, na infância, revela–se no texto

memorialista de Graciliano Ramos através de uma atitude

marcada por

Uma tuiteratura?

As novidades sobre o Twitter já não cabem em

140 toques. Informações vindas dos EUA dão conta de

que a marca de 100 milhões de adeptos acaba de ser

alcançada e que a biblioteca do Congresso, um dos

principais templos da palavra impressa, vai guardar em

seu arquivo todos os tweets, ou seja, as mensagens

do microblog. No Brasil o fenômeno não chega a tanto,

mas já somos o segundo país com o maior número de

tuiteiros. Também aqui o Twitter está sendo aceito em

territórios antes exclusivos do papel. A própria Academia

Brasileira de Letras abriu um concurso de microcontos

para textos com apenas 140 caracteres. Também se fala

das possibilidades literárias desse meio que se caracteriza

pela concisão. Já há até um neologismo, “tuiteratura",

para indicar os “enunciados telegráficos com criações

originais, citações ou resumos de obras impressas". Por

ora, pergunto como se estivesse tuitando: querer fazer

literatura com palavras de menos não é pretensão demais?

VENTURA, Z. O Globo, 17 abr. 2010 (adaptado).

As novas tecnologias estão presentes na sociedade

moderna, transformando a comunicação por meio de

inovadoras linguagens. O texto de Zuenir Ventura mostra

que o Twitter tem sido acessado por um número cada vez

maior de internautas e já se insere até na literatura. Neste

contexto de inovações linguísticas, a linguagem do Twitter

apresenta como característica relevante

© Aprova Concursos - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1482 - Curitiba, PR - 0800 727 6282