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A proposta de um projeto como o "Pão e Poesia" objetiva

inovar em sua área de atuação, pois


O contexto histórico e literário do período barroco-

árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975.

A restauração de elementos daquele contexto por uma

poética contemporânea revela que

João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu

aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE).

Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e

escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e

ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde

1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de

cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola.

Grande divulgador da poesia popular nordestina no

Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa

paulista sobre o assunto.

EVARISTO, M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO, H. N. (Coord.).

Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político,

A biografia é um gênero textual que descreve a

trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua

singularidade. No caso específico de uma biografia

como a de João Antônio de Barros, um dos principais

elementos que a constitui é

TEXTO I

Versos de amor

A um poeta erótico Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso é, pois, o ponto outro de vista Consoante o qual, observo o amor, do egoísta Modo de ver, consoante o qual, o observas. Porque o amor, tal como eu o estou amando, É Espírito, é éter, é substãncia fluida, É assim como o ar que a gente pega e cuida, Cuida, entretanto, não o estar pegando! É a transubstanciação de instintos rudes, Imponderabilíssima, e impalpável, Que anda acima da carne miserável Como anda a garça acima dos açudes! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento).

TEXTO II

Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.

A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus — ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993

Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso, ambos definem esse sentimento a partir da oposição entre

Ai se sêsse

Se um dia nois se gostasse

Se um dia nois se queresse

Se nois dois se empareasse

Se juntim nois dois vivesse

Se juntim nois dois morasse

Se juntim nois dois drumisse

Se juntim nois dois morresse

Se pro céu nois assubisse

Mas porém se acontecesse De São Pedro não abrisse

A porta do céu e fosse Te dizer qualquer tulice

E se eu me arriminasse E tu cum eu insistisse

Pra que eu me arresolvesse E a minha faca puxasse

E o bucho do céu furasse Tarvês que nois dois ficasse

Tarvês que nois dois caísse E o céu furado arriasse

E as virgi toda fugisse ZÉ DA LUZ. Cordel do Fogo Encantado. Recife: Álbum de estúdio, 2001

O poema foi construído com formas do português não padrão, tais como "juntim", "nois", "tarvês".

Essas formas legitimam-se na construção do texto, pois

Da timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem

horror a ser notadom quanto mais a ser notório. Se ficou

notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal,

que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção?

Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se

enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas

um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem

ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém

que se acha muito superior procura o analista para tratar

um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se

sentir inferior é doença.

[...]

O tímido tenta se convencer de que só tem problemas

com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido,

duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue

escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa

nos membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os

por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois

ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes.

Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar

um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido

pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma

pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que

seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas

virarem pó.

VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001

Entre as estratégias de progressão textual presentes

nesse trecho, identifica-se o emprego de elementos

conectores. Os elementos que evidenciam noções

semelhantes estão destacados em:

Famigerado

Com arranco, [o sertanejo] calou-se. Como arrependido de ter começado assim, de evidente. Contra que aí estava com o fígado em más margens; pensava, pensava. Cabismeditado. Do que, se resolveu. Levantou as feições. Se é que se riu: aquela crueldade de dentes. Encarar, não me encarava, só se fito à meia esguelha. Latejava-lhe um orgulho indeciso. Redigiu seu monologar.

O que frouxo falava: de outras, diversas pessoas e coisas, da Serra, do São Ão, travados assuntos, insequentes, como dificultação. A conversa era para teias de aranha. Eu tinha de entender-lhe as mínimas entonações, seguir seus propósitos e silêncios. Assim no fechar-se com o jogo, sonso, no me iludir, ele enigmava. E, pá:

— Vosmecê agora me faça a boa obra de querer me ensinar o que é mesmo que é: fasmisgerado... faz-me-gerado... falmisgeraldo... familhas-gerado...?

ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988

A linguagem peculiar é um dos aspectos que conferem a Guimarães Rosa um lugar de destaque na literatura brasileira. No fragmento lido, a tensão entre a personagem e o narrador se estabelece porque

Vai, a Sol

Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez e o herói ficou escorrendo sujeira de urubu. Já era de madrugadinha e o tempo estava inteiramente frio. Macunaíma acordou tremendo, todo lambuzado. Assim mesmo examinou bem a pedra mirim da ilhota para vê si não havia alguma cova com dinheiro enterrado. Não havia não. Nem a correntinha encantada de prata que indica pro escolhido, tesouro de holandês. Havia só as formigas jaquitaguas ruivinhas.

Então passou Caivanogue, a estrela da manhã. Macunaíma já meio enjoado de tanto viver pediu pra ela que o carregasse pro céu.

Caivanogue foi se chegando porém o herói fedia muito.

— Vá tomar banho! — ela fez. E foi-se embora. Assim nasceu a expressão "Vá tomar banho" que os brasileiros empregam se referindo a certos imigrantes europeus. ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008

O fragmento de texto faz parte do capítulo VII, intitulado "Vei, a Sol", do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, pertencente à primeira fase do Modernismo brasileiro. Considerando a linguagem empregada pelo narrador, é possível identificar

Carta ao Tom 74

Rua Nascimento Silva, cento e sete

Você ensinando pra Elizete

As canções de canção do amor demais

Lembra que tempo feliz

Ah, que saudade,

Ipanema era só felicidade

Era como se o amor doesse em paz

Nossa famosa garota nem sabia

A que ponto a cidade turvaria

Esse Rio de amor que se perdeu

Mesmo a tristeza da gente era mais bela

E além disso se via da janela

Um cantinho de céu e o Redentor

É, meu amigo, só resta uma certeza,

É preciso acabar com essa tristeza

É preciso inventar de novo o amor

MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente.

São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).

O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes

apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando

que o eu poético e o interlocutor


O surrealismo configurou-se como uma das vanguardas

artísticas europeias do início do século XX. René Magritte,

pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em

suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa

pintura é o(a)

Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe

beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos

e eu parti.

Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha

instalação.

Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por

um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor

que de tempos a tempos reformava o estabelecimento,

pintando-o jeitosamente de novidade, como os

negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de

última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado

crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a

simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo

vistoso dos anúncios.

O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família

do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o

seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda

pelas províncias, conferências em diversos pontos da

cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa

dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares,

fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido

concurso de professores prudentemente anônimos,

caixões e mais caixões de volumes cartonados em

Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte

com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas,

em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, ofereciase

ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos

confins da pátria. Os lugares que os não procuravam

eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita,

espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a

farinha daquela marca para o pão do espírito.

POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005

Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o

narrador revela um olhar sobre a inserção social do

colégio demarcado pela

O peru de Natal O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento).

No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepção das relações humanas marcada por

Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo.

Não é.

A coisa mais fina do mundo é o sentimento.

Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo:

"Coitado, até essa hora no serviço pesado".

Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.

Não me falou em amor.

Essa palavra de luxo.

PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991

Um dos procedimentos consagrados pelo Modernismo foi a percepção de um lirismo presente nas cenas e fatos do cotidiano. No poema de Adélia Prado, o eu lírico resgata a poesia desses elementos a partir do(a)

 

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se

com um projeto ideológico em construção na Primeira

República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse

projeto, na medida em que

À garrafa

Contigo adquiro a astúcia

de conter e de conter-me.

Teu estreito gargalo

é uma lição de angústia.

Por translúcida pões

o dentro fora e o fora dentro

para que a forma se cumpra

e o espaço ressoe.

Até que, farta da constante

prisão da forma, saltes

da mão para o chão

e te estilhaces, suicida,

numa explosão

de diamantes.

PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992

A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes

atributos da produção literária contemporânea, que, no

poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a)

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