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Leia os fragmentos a seguir, extraídos de um diálogo entre Sócrates e Glauco.

SÓCRATES ___ Agora imagina a maneira como segue o estado de nossa natureza

relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em

forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância,

de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o

que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça. [...].

A educação não é o que alguns proclamam que é, porquanto pretendem introduzi-la na

alma onde ela não está, como quem tentasse dar vista a olhos cegos. [...]. A educação é,

pois, a arte que se propõe esse objetivo, a conversão da alma, e que procura os meios

mais eficazes de conseguir. Não consiste em dar visão ao órgão da alma, visto que já a

tem; mas, como ele está mal orientado e não olha para onde deveria, ela esforça-se por

encaminhá-lo na boa direção.

PLATÃO. A República. Livro VII. Tradução Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova cultural, 2000 p.225 229

A partir desses fragmentos do diálogo, sobre os sentidos atribuídos por Platão à alegoria

da caverna, é CORRETO afirmar que

“Para Nietzsche a filosofia jamais poderia ser uma ciência. A bem dizer, ele compartilha

essa convicção com a maioria dos filósofos que sabem muito bem, quando falam de

theoría, que esta última não tem nenhuma pretensão científica propriamente dita. As

grandes teses filosóficas não são nem verificáveis nem falsificáveis experimentalmente.

(...). Alguns “cientistas" __ que não refletem um palmo adiante do nariz __ concluem às

vezes, que a filosofia é um discurso vazio. É porque não entenderam nada de seu

estatuto. (...) A primeira conclusão de Heidegger (...) é de que a filosofia, diferentemente

das ciências, não versa sobre nenhum objeto particular (...) sobre nenhum “ente" em

particular. (...). Por isso, segundo Heidegger, a filosofia é antes de mais nada (...) uma

ontologia, uma teoria do ser, não uma teoria desta ou daquela classe de objetos ou de

entes particulares. Mais precisamente, a theoría filosófica interroga-se sobre

características comuns a todos os “entes" ...

FERRY, Luc. Vencer os medos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008 P.195-201 (Adaptado)

A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que

“Procurei o que era a maldade e não encontrei uma substância, mas sim uma perversão

da vontade desviada da substância suprema __ de vós, ó Deus __ e tendendo para as

coisas baixas: vontade que derrama as suas entranhas e se levanta com

intumescência.[...]. O corpo, devido ao peso, tende para o lugar que lhe é próprio, porque

o peso não tende só para baixo, mas também para o lugar que lhe é próprio. Assim, o

fogo encaminha-se para cima e a pedra para baixo. Movem-se segundo seu peso.

Dirigem-se para o lugar que lhes compete. O azeite derramado sobre a água aflora à

superfície; a água vertida sobre o azeite submerge-se debaixo deste: movem-se segundo

seu peso e dirigem-se para o lugar que lhes compete. As coisas que não estão no próprio

lugar agitam-se, mas quando o encontram, ordenam-se e repousam. O meu amor é o

meu peso. Para qualquer parte que vá, é ele quem me leva."

AGOSTINHO, As confissões. Livro VII,16 e VIII, 9 Trad. J. Oliveira Santos e Ambrósio Pina. São Paulo:

Nova Cultural, 1996

Em conformidade com o pensamento patrístico de Agostinho, presente nos fragmentos

acima, sua concepção de mal afirma que

“Quando todo o povo estatui algo para todo povo, só considera a si mesmo (...). Então, a

matéria sobre a qual se estatui é geral como a vontade que a estatui. A esse ato dou o

nome de lei. Quando digo que o objeto das leis é sempre geral, por isso entendo que a

Lei considera os súditos como corpo e as ações como abstratas, e jamais um homem

como um indivíduo ou uma ação particular. Desse modo, a Lei poderá muito bem estatuir

que haverá privilégios, mas ela não poderá concedê-los nominalmente a ninguém.

Qualquer função relativa a um objeto individual não pertence, de modo algum, ao poder

legislativo.

Baseando-se nessa ideia, vê-se logo que não se deve mais perguntar a quem cabe fazer

as leis, pois são atos da vontade geral, nem se o príncipe está acima das leis, visto que é

membro do Estado; ou se a lei pode ser injusta, pois ninguém é injusto consigo mesmo,

ou como se pode ser livre e estar sujeito às leis, desde que estas não passam de

registros de nossas vontades."

ROUSSEAU, J. Jacques, Do contrato social. Livro segundo. Trad. Lourdes S.Machado. 5 ed. São Paulo:

Nova Cultural, 1991 p.54-55

A partir desse fragmento, considerando-se o pensamento de Rousseau, a temática da lei

e da liberdade expressa que

A primeira e a mais importante conseqüência decorrente dos princípios até aqui

estabelecidos é que só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a

finalidade de sua instituição, que é o bem comum, porque, se a oposição dos interesses

particulares tornou necessário o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses

mesmos interesses que o possibilitou. O que existe de comum nesses vários interesses

forma o liame social e, se não houvesse um ponto em que todos os interesses

concordassem, nenhuma sociedade poderia existir. Ora, somente com base nesse

interesse comum é que a sociedade pode ser governada. Afirmo, pois, que a soberania,

não sendo senão o exercício da vontade geral, jamais pode alienar-se e que o soberano,

que nada é, senão um ser coletivo, só pode ser representado por si mesmo. O poder

pode transmitir-se; não porém, a vontade. (...). A soberania é indivisível pela mesma

razão que é inalienável, pois a vontade ou é geral, ou não o é, ou é a do corpo do povo,

ou somente de uma parte. (...) Há comumente muita diferença entre a vontade de todos e

a vontade geral. Esta se prende somente ao interesse comum; a outra, ao interesse

privado e não passa da soma das vontades particulares.

ROUSSEAU, J. Jacques, Do contrato social. Livro segundo. Trad. Lourdes Santos Machado. 5 ed. São

Paulo: Nova Cultural, 1991 P. 43-47

A partir desse fragmento, em conformidade com Rousseau, o que caracteriza a noção de

soberania é a idéia de que

“Não menos que saber, duvidar me agrada." afirma Dante. [...] A verdade e a razão são

comuns a todos e não pertencem mais a quem as diz primeiro do que ao que as diz

depois. Não é mais segundo Platão, do que segundo eu mesmo, que tal coisa se enuncia,

desde que a compreendamos. [...] O proveito de nosso estudo está em nos tornarmos

melhores e mais avisados. É a inteligência que vê e ouve; é a inteligência que tudo

aproveita, tudo dispõe, age, domina e reina. Tudo o mais é cego, surdo e sem alma.

Certamente tornaremos a criança servil e tímida se não lhe dermos a oportunidade de

fazer algo por si. [...] saber de cor não é saber: é conservar o que se entregou à memória

para guardar. Do que sabemos efetivamente, dispomos sem olhar para o modelo, sem

voltar os olhos para o livro.

MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Livro I. Cap. XXVI. Trad de. Sérgio Milliet. São Paulo: Nova

cultural, 1991 P. 75-83

Com base nesse fragmento, em sua relação com a educação, a filosofia deve ser

compreendida como

Em A disseminação (1972), Derrida ilustra a desconstrução com um exemplo tomado da

história da filosofia. No Fedro, Platão narra o mito de Tot __ o deus que inventou a escrita

__ e Tamuz __ o rei egípcio a quem ele ofereceu a criação. Tamuz recusa o presente,

julgando que seus perigos suplantam seus benefícios para a humanidade.

FEARN, Nicholas. Aprendendo a filosofar em 25 lições. Do poço de Tales à desconstrução de Derrida. Trad.

Maria Luiza S. de A. Borges. Rio de janeiro: Editora Zahar, 2004 p.175

A partir dessa referência e com base nos estudos realizados, para Derrida é CORRETO

afirmar que

"Para que haja conduta ética é preciso que a pessoa conheça a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e

proibido, virtude e vício. A pessoa não só conhece tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o

valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas

ações e sentimentos e pelas consequências do que faz e sente. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações

pessoais, as exigências feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e

fins, a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo, se o estabelecido for imoral ou injusto."

(CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000. Adaptado.)

Com base no texto, assinale a alternativa que identifica corretamente condições indispensáveis para a conduta ética.

“Embora tenhamos de reconhecer os aspectos inovadores da contribuição de Dewey,

sobretudo quanto à oposição à escola tradicional [...], prejuízos resultaram da assimilação

inadequada das novas ideias e da tentativa de sua implantação sem critérios."

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 3. ed. Revista e Ampliada, São Paulo: Moderna,

2006 p.171

Nessa reflexão sobre os resultados da escola nova, a autora, em sua obra destaca o fato

de que

Desde A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn, o desenvolvimento da

ciência não se efetua por acumulação dos conhecimentos, mas por transformação dos

princípios que os organizam.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. Trad. Edgard de Assis

Carvalho. São Paulo: Cortez, 2002 p. 52

“Considero “paradigmas" as realizações científicas universalmente reconhecidas que,

durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade

de praticantes de uma ciência". (...). As revoluções científicas são os complementos

desintegradores da tradição à qual a atividade da ciência normal está ligada. (...)

Thomas KUHN. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva. 2 ed. 1978 p.15-30

As grandes realizações das ciências encontram-se sempre circunscritas por um

paradigma, seja ele já consolidado ou emergente. Sobre essa afirmação é CORRETO

afirmar que

“Quando lemos os romances de Balzac, Dickens, Dostoiévsky, Tolstói, Proust,

aprendemos, compreendemos e percebemos o que as ciências não chegam a dizer

porque ignoram os sujeitos humanos... A exclusão do sujeito efetuou-se com base na

concordância de que as experimentações e observações realizadas por diversos

observadores permitiriam atingir um conhecimento objetivo. Mas, desse modo, ignorou-se

que as teorias científicas não são puro e simples reflexo das realidades objetivas, mas

coprodutos das estruturas do espírito humano e das condições socioculturais do

conhecimento."

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. Trad. Edgard de Assis

Carvalho. São Paulo: Cortez, 2002 p. 34 53

A partir desse fragmento sobre os pressupostos que animavam essa referida concepção

de ciência criticada por Morin, é CORRETO afirmar que eles

“Depois do desmoronamento da bela ordem cósmica e de sua substituição por uma

natureza completamente desprovida de sentido e conflituosa, não há mais nada de divino

no universo ao qual o espírito humano possa se dedicar a ver, contemplar. A ordem, a

harmonia, a beleza e a bondade não são mais dadas de imediato, não se inscrevem mais

a priori no seio do próprio real...

Daí a nova tarefa da ciência moderna não residir mais na contemplação passiva de uma

beleza dada, já inscrita no mundo, mas no trabalho, na elaboração ativa, ou na

construção de leis que permitem dar a um universo desencantado um sentido que, a

princípio, ele não mais tem. Portanto, ela não é mais um espetáculo passivo, mas uma

atividade do espírito."

FERRY, Luc. Aprender a viver. Trad. Vera Lúcia dos Reis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007 P. 121-122

Sobre a concepção de ciência, é CORRETO afirmar que

“Os fins são vários e nós escolhemos alguns dentre eles [...] segue-se que nem todos os

fins são absolutos; mas o sumo bem é claramente algo de absoluto. Portanto, só existe

um fim absoluto [...]. Ora, nós chamamos de absoluto aquilo que merece ser buscado por

si mesmo, e não com vistas em outra coisa; por isso chamamos de absoluto incondicional

aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa. Ora,

esse é o conceito que preeminentemente fazemos da felicidade. [...]. Para o homem, a

vida conforme a razão é a melhor e a mais aprazível, pois que a razão, mais que qualquer

outra coisa, é o homem. Donde se conclui que essa vida é também a mais feliz."

ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, Livro I.

“Estranho seria fazer do homem sumamente feliz um solitário, pois ninguém escolheria a

posse do mundo sob a condição de viver só, já que o homem é um ser político e está em

sua natureza o viver em sociedade."

ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. Livro V. 2

Com base nesses fragmentos e em outras informações sobre o pensamento aristotélico, o

conceito da felicidade se traduz como fim último da vida,

“Os que se dedicam à critica das ações humanas jamais se sentem tão embaraçados

como quando procuram agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os atos dos

homens, pois estes se contradizem comumente e a tal ponto que não parecem provir de

um mesmo indivíduo. (...). Nossa maneira habitual de fazer está em seguir os nossos

impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo

as circunstâncias. Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos,

e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão".

MONTAIGNE, M. Ensaios. Livro II. Cap. I. Trad. Sérgio Milliet. São Paulo: Nova cultural, 1991. P.157.

Em conformidade com o fragmento acima, sobre as condições do agir humano, é

CORRETO afirmar que

32

Visto que na alma se encontram três espécies de coisas ___ paixões, faculdades e

disposições de caráter ___ a virtude deve pertencer a uma destas. (...) A virtude é, pois,

uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto é,

a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do

homem dotado de sabedoria prática (...). Pois, tornamo-nos justos praticando atos justos,

moderados praticando ações moderadas, e corajosos praticando ações corajosas.

[...] Ora, julga-se que é cunho característico de um homem dotado de sabedoria prática o

poder deliberar bem sobre o que é bom e conveniente para ele, não sob um aspecto

particular, como por exemplo sobre as espécies de coisas que contribuem para a saúde e

o vigor, mas sobre aquelas que contribuem para a vida boa em geral.

Aristóteles, Ética a Nicômaco. Livro II e VI. São Paulo: Nova cultural, 1991, p.31 . 33 104

Com base nesse trecho e em outras informações sobre o pensamento aristotélico, é

CORRETO afirmar que a virtude

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