“Procurei o que era a maldade e não encontrei uma substância, mas sim uma perversão
da vontade desviada da substância suprema __ de vós, ó Deus __ e tendendo para as
coisas baixas: vontade que derrama as suas entranhas e se levanta com
intumescência.[...]. O corpo, devido ao peso, tende para o lugar que lhe é próprio, porque
o peso não tende só para baixo, mas também para o lugar que lhe é próprio. Assim, o
fogo encaminha-se para cima e a pedra para baixo. Movem-se segundo seu peso.
Dirigem-se para o lugar que lhes compete. O azeite derramado sobre a água aflora à
superfície; a água vertida sobre o azeite submerge-se debaixo deste: movem-se segundo
seu peso e dirigem-se para o lugar que lhes compete. As coisas que não estão no próprio
lugar agitam-se, mas quando o encontram, ordenam-se e repousam. O meu amor é o
meu peso. Para qualquer parte que vá, é ele quem me leva."
AGOSTINHO, As confissões. Livro VII,16 e VIII, 9 Trad. J. Oliveira Santos e Ambrósio Pina. São Paulo:
Nova Cultural, 1996
Em conformidade com o pensamento patrístico de Agostinho, presente nos fragmentos
acima, sua concepção de mal afirma que