O jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta,
mesmo em suas definições menos rigorosas, pressupõe
sempre a sociedade humana; mas os animais não esperaram
que os homens os iniciassem na atividade lúdica. É possível
afirmar com segurança que a civilização humana não
acrescentou característica essencial alguma à ideia geral de
jogo. Os animais brincam tal como os homens.
J. Huizinga. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva,
1999. p. 3 (com adaptações).
Tomando o jogo como importante objeto de
ensino-aprendizagem nas aulas de educação física, julgue os
itens subsecutivos.
Em uma sociedade competitiva e individualista, o jogo surge como excelente estratégia didática para que o professor de educação física desenvolva e reproduza alguns valores presentes na sociedade contemporânea.
A concepção de educação física e seus objetivos na
escola devem ser repensados, com a correspondente
transformação de sua prática pedagógica. A educação física
deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz
de posicionar-se criticamente diante das novas formas da
cultura corporal de movimento – o esporte-espetáculo dos
meios de comunicação, as atividades de academia, as práticas
alternativas etc. Por outro lado, é preciso ter claro que a
escola brasileira, mesmo que quisesse, não poderia se
equiparar em estrutura e funcionamento às academias e aos
clubes, mesmo porque é outra a sua função.
A educação física, enquanto componente curricular da
Educação Básica, deve assumir então uma outra tarefa:
introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la,
reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para
usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, da
dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em
benefício da qualidade da vida.
M. Betti e L. R. Zulliani. Educação Física Escolar: uma proposta de
diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte. São Paulo, v. 1, n.º 1, 2002, p. 73-81 (com adaptações).
Com base no texto, julgue os itens a seguir.
O trabalho da educação física, em uma perspectiva crítica, deve ser o de abordar os conteúdos da cultura corporal de movimento, procurando reproduzir os valores instituídos e observados na sociedade.
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar que a
pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer
pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo
noturno. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de
senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia,
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais
ou menos assim: DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa
remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No
desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra,
uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que
sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar
uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se
jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. DA
FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada
equipe varia, de um a setenta para cada lado. Algumas
convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol.
Perneta joga na ponta, à esquerda ou à direita, dependendo
da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os
choques. Gordo é beque. DO JUIZ – Não tem juiz.
Luis Fernando Veríssimo. Futebol de Rua (com adaptações).
O futebol está presente na cultura brasileira, como retrata o
trecho da crônica de Veríssimo. A partir das possibilidades do
tratamento pedagógico do conteúdo do futebol na escola e
da compreensão sociológica do futebol, julgue os itens
subsequentes.
A formação dos times, de acordo com o texto, mostra as estratégias intrínsecas do futebol, segundo as quais os jogadores de defesa são mais pesados e precisam jogar nesta posição devido à falta de mobilidade e o goleiro é sempre o sujeito com menos habilidade técnica.
O professor de educação física deve ter quase os
mesmos conhecimentos que o higienista, não bastando ser
um pedagogo, mas sendo mister que seja um médico, não
bastando que a sua competência se estenda aos mais sólidos
conhecimentos didáticos, mas importando vitalmente que a
sua propedêutica abranja noções seguras de higiene e
anatomofisiologia porque na sua fórmula precisa a educação
física é higiene e higiene é medicina.
C. L. Soares. Raízes europeias e Brasil.
Campinas: Autores Associados, 1998.
Acerca da compreensão do pensamento médico-higienista no
início do século XX, da formação do professor de educação
física e da entrada da educação física na escola brasileira,
julgue os itens a seguir.
É possível perceber que, para Azevedo, ao se referir à
Tissé, a formação do professor de educação física deve
basear-se em um referencial teórico oriundo das ciências
biológicas.
Inusitado diálogo...
— Os jogos escolares servem
para a fraternidade! Para a
socialização dos participantes!
Para a prática salutar das
atividades gimnodesportivas!
Para a Educação, enfim...
— Seu Diretor, a sua escola
participa dos Jogos Escolares?
— Claro! Somos uma instituição
educacional.
— E quais foram os resultados
educacionais da participação do
seu colégio?
— Duas medalhas de ouro, cinco
de prata, três terceiros lugares, e
o nosso time de basquete tava
massacrando o inimigo quando
foi desclassificado por um juiz
ladrão.
— Ah!!!
V. Bracht. Esporte na escola e esporte de rendimento. In.
Movimento. Porto Alegre/RS, v. 6, n.º 12, 2000, p. 14-24.
Considerando o diálogo, as tensões entre esporte de
rendimento e esporte escolar e o papel do professor de
educação física na escola, julgue os itens que se seguem.
É fundamental que o professor de educação física oriente suas aulas com a intenção de detectar talentos esportivos e formar um grande número de atletas.
A intervenção do professor de educação física na escola precisa preservar a diversidade cultural brasileira expressa de maneira distinta de acordo com as regiões do País.
O professor de educação física deve ter quase os
mesmos conhecimentos que o higienista, não bastando ser
um pedagogo, mas sendo mister que seja um médico, não
bastando que a sua competência se estenda aos mais sólidos
conhecimentos didáticos, mas importando vitalmente que a
sua propedêutica abranja noções seguras de higiene e
anatomofisiologia porque na sua fórmula precisa a educação
física é higiene e higiene é medicina.
C. L. Soares. Raízes europeias e Brasil.
Campinas: Autores Associados, 1998.
Acerca da compreensão do pensamento médico-higienista no
início do século XX, da formação do professor de educação
física e da entrada da educação física na escola brasileira,
julgue os itens a seguir.
É necessária ao professor de educação física uma sólida base de anatomia e fisiologia, uma vez que esses conhecimentos oferecem à educação física subsídios imprescindíveis ao desenvolvimento do esporte na escola, conteúdo fundamental da disciplina nas primeiras décadas do século XX
Uma das figuras nas imagens indica que o objetivo da mulher é permanecer magra. Nesse sentido, a educação física poderá contribuir com ações que conduzam os indivíduos a tomarem consciência de hábitos alimentares saudáveis e da importância da atividade física.
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar que a
pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer
pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo
noturno. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de
senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia,
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais
ou menos assim: DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa
remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No
desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra,
uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que
sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar
uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se
jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. DA
FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada
equipe varia, de um a setenta para cada lado. Algumas
convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol.
Perneta joga na ponta, à esquerda ou à direita, dependendo
da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os
choques. Gordo é beque. DO JUIZ – Não tem juiz.
Luis Fernando Veríssimo. Futebol de Rua (com adaptações).
O futebol está presente na cultura brasileira, como retrata o
trecho da crônica de Veríssimo. A partir das possibilidades do
tratamento pedagógico do conteúdo do futebol na escola e
da compreensão sociológica do futebol, julgue os itens
subsequentes.
As regras do futebol são universais, por isso o texto indica que não é necessário juiz na partida de futebol de rua.
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar que a
pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer
pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo
noturno. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de
senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia,
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais
ou menos assim: DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa
remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No
desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra,
uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que
sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar
uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se
jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. DA
FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada
equipe varia, de um a setenta para cada lado. Algumas
convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol.
Perneta joga na ponta, à esquerda ou à direita, dependendo
da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os
choques. Gordo é beque. DO JUIZ – Não tem juiz.
Luis Fernando Veríssimo. Futebol de Rua (com adaptações).
O futebol está presente na cultura brasileira, como retrata o
trecho da crônica de Veríssimo. A partir das possibilidades do
tratamento pedagógico do conteúdo do futebol na escola e
da compreensão sociológica do futebol, julgue os itens
subsequentes.
O professor deve incentivar a participação efetiva de todos os alunos nas aulas, refutando qualquer tipo de preconceito e exclusão.
O professor de educação física deve ter quase os
mesmos conhecimentos que o higienista, não bastando ser
um pedagogo, mas sendo mister que seja um médico, não
bastando que a sua competência se estenda aos mais sólidos
conhecimentos didáticos, mas importando vitalmente que a
sua propedêutica abranja noções seguras de higiene e
anatomofisiologia porque na sua fórmula precisa a educação
física é higiene e higiene é medicina.
C. L. Soares. Raízes europeias e Brasil.
Campinas: Autores Associados, 1998.
Acerca da compreensão do pensamento médico-higienista no
início do século XX, da formação do professor de educação
física e da entrada da educação física na escola brasileira,
julgue os itens a seguir.
A educação física do início do século XX, por meio da ginástica, objetivava regenerar, fortalecer e revigorar o corpo devido à nova ordem socioeconômica da época.
A concepção de educação física e seus objetivos na
escola devem ser repensados, com a correspondente
transformação de sua prática pedagógica. A educação física
deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz
de posicionar-se criticamente diante das novas formas da
cultura corporal de movimento – o esporte-espetáculo dos
meios de comunicação, as atividades de academia, as práticas
alternativas etc. Por outro lado, é preciso ter claro que a
escola brasileira, mesmo que quisesse, não poderia se
equiparar em estrutura e funcionamento às academias e aos
clubes, mesmo porque é outra a sua função.
A educação física, enquanto componente curricular da
Educação Básica, deve assumir então uma outra tarefa:
introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la,
reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para
usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, da
dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em
benefício da qualidade da vida.
M. Betti e L. R. Zulliani. Educação Física Escolar: uma proposta de
diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte. São Paulo, v. 1, n.º 1, 2002, p. 73-81 (com adaptações).
Com base no texto, julgue os itens a seguir.
A educação física, enquanto componente curricular da Educação Básica, pertence ao domínio da educação e, dessa forma, deve atender aos objetivos sociais que este campo de conhecimento lhe confere.
O professor de educação física deve ter quase os
mesmos conhecimentos que o higienista, não bastando ser
um pedagogo, mas sendo mister que seja um médico, não
bastando que a sua competência se estenda aos mais sólidos
conhecimentos didáticos, mas importando vitalmente que a
sua propedêutica abranja noções seguras de higiene e
anatomofisiologia porque na sua fórmula precisa a educação
física é higiene e higiene é medicina.
C. L. Soares. Raízes europeias e Brasil.
Campinas: Autores Associados, 1998.
Acerca da compreensão do pensamento médico-higienista no
início do século XX, da formação do professor de educação
física e da entrada da educação física na escola brasileira,
julgue os itens a seguir.
Como à época os professores de educação física tinham uma formação semelhante à do médico, logo a profissão ganhou o mesmo status da medicina e, dessa forma, contribuiu para o desenvolvimento da saúde do País.
Inusitado diálogo...
— Os jogos escolares servem
para a fraternidade! Para a
socialização dos participantes!
Para a prática salutar das
atividades gimnodesportivas!
Para a Educação, enfim...
— Seu Diretor, a sua escola
participa dos Jogos Escolares?
— Claro! Somos uma instituição
educacional.
— E quais foram os resultados
educacionais da participação do
seu colégio?
— Duas medalhas de ouro, cinco
de prata, três terceiros lugares, e
o nosso time de basquete tava
massacrando o inimigo quando
foi desclassificado por um juiz
ladrão.
— Ah!!!
V. Bracht. Esporte na escola e esporte de rendimento. In.
Movimento. Porto Alegre/RS, v. 6, n.º 12, 2000, p. 14-24.
Considerando o diálogo, as tensões entre esporte de
rendimento e esporte escolar e o papel do professor de
educação física na escola, julgue os itens que se seguem.
O esporte precisa ser tratado pedagogicamente pelo professor de educação física a favor de um fazer educativo adequado às perspectivas de um projeto de educação.
Inusitado diálogo...
— Os jogos escolares servem
para a fraternidade! Para a
socialização dos participantes!
Para a prática salutar das
atividades gimnodesportivas!
Para a Educação, enfim...
— Seu Diretor, a sua escola
participa dos Jogos Escolares?
— Claro! Somos uma instituição
educacional.
— E quais foram os resultados
educacionais da participação do
seu colégio?
— Duas medalhas de ouro, cinco
de prata, três terceiros lugares, e
o nosso time de basquete tava
massacrando o inimigo quando
foi desclassificado por um juiz
ladrão.
— Ah!!!
V. Bracht. Esporte na escola e esporte de rendimento. In.
Movimento. Porto Alegre/RS, v. 6, n.º 12, 2000, p. 14-24.
Considerando o diálogo, as tensões entre esporte de
rendimento e esporte escolar e o papel do professor de
educação física na escola, julgue os itens que se seguem.
Como os jogos escolares abordados no diálogo “servem para a socialização dos participantes”, é correto afirmar que o esporte escolar seja uma prática da educação física bastante democrática