Maria da Penha
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona "Maria da Penha"
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
Respeito, afinal, é bom e eu gosto
[..]
Não vem que eu não sou
Mulher de ficar escutando esculacho
Aqui o buraco é mais embaixo
A nossa paixão já foi tarde [..]
Se quer um conselho, não venha
Com essa arrogância ferrenha
Vai dar com a cara
Bem na mão da "Maria da Penha"
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007
A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)
Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afor-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado)
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a

Com o intenso desenvolvimento da tecnologia no mundo contemporâneo, diversos produtos tomam-se rapidamente ultrapassados.
Todavia, comparando as imagens, existem elementos que demonstram a continuidade entre os primeiros computadores pessoais e os atuais.
Essa continuidade associa-se
No sistema democrático de Schumpeter, os únicos participantes plenos são os membros de elites políticas em partidos e em instituições públicas. O papel dos cidadãos ordinários é não apenas altamente limitado, mas frequentemente retratado como uma intrusão indesejada no funcionamento tranquilo do processo "público" de tomada de decisões.
HELD, D. Modelos de democracia. Belo Horizonte: Paideia, 1987
O modelo de sistema democrático apresentado pelo texto pressupõe a
Outro remédio eficiente a organizar colônias, em alguns lugares, as quais virão a ser como grilhões impostos a província, porque isto a necessário que se faça ou deve-se lá ter muita força de armas. Não a muito que se gasta com as colônias, e, sem despesa excessiva, podem ser organizadas e mantidas. Os Único que terão prejuízos com elas serão os de quem se tomam os campos e as moradias para se darem aos novos habitantes. Entretanto, os prejudicados serão a minoria da população do Estado, e dispersos e reduzidos a penúria, nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo Ihes suceda.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 20
Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a manutenção do poder político, como o deste trecho, que tem como objeto a
TEXTO I
Art. 233 — 0 marido é o chefe da sociedade conjugal, função que exerce com a colaboração da mulher, no interesse comum do casal e dos filhos.
Código Civil, 1916. Disponível em:www.dji.com.br. Acesso em: 02 out. 2011.
TEXTO II
Art. 5° II — no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por lagos
naturais, por afinidade ou por vontade expressa; Parágrafo Onico.
As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Lei Maria da Penha.
Lei n. 11.340 de 07 de agosto de 2006. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 out. 2011 (adaptado).
As leis de um país expressam o processo de mudanças na sociedade. Nessa perspectiva, ao comparar o Código Civil de 1916 e a Lei Maria da Penha,
as mudanças na definição jurídica do conceito de família no Brasil
A abordagem do patrimônio cultural, centrada nos aspectos técnicos da conservação e da restauração, tende a ocultar
a ideia de que a sua preservação é uma pratica social que implica um processo de interpretação da cultura, não apenas material como simbólica,
portadora de referencia a identidade, a ação e a memória dos grupos formadores da sociedade.
FONSECA, M. C. L. Para alem da pedra e cal. In: ABREU, R.; CHAGAS, M. Memória e patrimônio:
ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003 (adaptado).
A defesa do patrimônio histórico busca valorizar os bens que representam a nossa identidade.
Nesse sentido, ha manifestações culturais cuja preservação demanda seu reconhecimento como patrimônio imaterial.
Essa concepção de patrimônio expressa-se

As figuras indicam mudanças no universo feminino, como a
O próprio movimento operário não pode ser reduzido a um conflito de interesses econômicos ou a uma reação contra a proletarização. Ele é animado por uma imagem de "civilização" industrial, pela ideia de um progresso das forças de produção utilizado para o bem de todos. O que é bem diferente da utopia igualitarista simples, pouco preocupada com as condições de crescimento.
TOURAINE, A. Os movimentos sociais. In: FORRACHI, M. M.; MARTINS, J. S. (Org.). Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1997
Considerando a caracterização apresentada pelo texto, a busca pela igualdade pressupõe o(a)
Tecnocracia e democracia são antitéticas: se o protagonista da sociedade industrial é o especialista, impossível que venha a ser o cidadão qualquer.
A democracia sustenta-se sobre a hipótese de que todos podem decidir a respeito de tudo. A tecnocracia, ao contrario, pretende que sejam convocados para
decidir apenas aqueles poucos que detém conhecimentos específicos. BOBBIO, N. 0 futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
Na democracia, a participação dos cidadãos nas decisões deve ser a mais ampla possível.
De acordo com o texto, o exercício pleno da democracia pressupõe
Sempre teceremos panos de seda
E nem por isso vestiremos melhor
Seremos sempre pobres e nuas
E teremos sempre fome e sede
Nunca seremos capazes de ganhar tanto
Que possamos ter melhor comida.
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1992 (adaptado).
O tema do trabalho feminino vem sendo abordado pelos estudos históricos mais recentes. Algumas fontes são importantes para essa abordagem, tal como o poema apresentado, que alude à
Quem acompanhasse os debates na Câmara dos Deputados em 1884 poderia ouvir a leitura de uma moção de fazendeiros do Rio de Janeiro: "Ninguém no Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da desorganização do atual sistema de trabalho". Livres os negros, as cidades seriam invadidas por "turbas ignaras", "gente refratária ao trabalho e ávida de ociosidade". A produção seria destruída e a segurança das famílias estaria ameaçada. Veio a Abolição, o Apocalipse ficou para depois e o Brasil melhorou (ou será que alguém duvida?). Passados dez anos do início do debate em torno das ações afirmativas e do recurso às cotas para facilitar o acesso dos negros às universidades públicas brasileiras, felizmente é possível conferir a consistência dos argumentos apresentados contra essa iniciativa. De saída, veio a advertência de que as cotas exacerbariam a questão racial. Essa ameaça vai completar 18 anos e não se registraram casos significativos de exacerbação.
GASPARI, E. As cotas e a urucubaca. Folha de S. Paulo, 3 jun. 2009
O argumento elaborado pelo autor sugere que as censuras às cotas raciais são

As redes sociais tornaram-se espaços importantes de relacionamento e comunicação. A charge apresenta o impacto da internet na vida dos indivíduos quando faz referência à
Imagine uma festa. São centenas de pessoas
aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas
amizades. Você seleciona uma delas e começa um
diálogo. Apesar do assunto envolvente, você olha para
o lado, perde o foco e dá início a um novo bate–papo.
Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua
atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas
você se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma
das pessoas com quem conversou. A internet é mais
ou menos assim, repleta de coisas legais, informações
relevantes. São janelas e mais janelas abertas.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado).
Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação
e vida social, o texto associa a internet a um padrão de
sociabilidade que se caracteriza pelo(a)
No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu,
de fato, uma intervenção que alterou profundamente
sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um
terremoto nas condições de vida da população.
BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro.
In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A.N. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo
excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
O texto refere–se à reforma urbanística ocorrida na capital
da República, na qual a ação governamental e seu
resultado social encontram–se na: