TEXTO I
O aparecimento da máquina movida a vapor foi
o nascimento do sistema fabril em grande escala,
representando um aumento tremendo na produção,
abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do
aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
TEXTO II
Os edifícios das fábricas adaptavam–se mal à
concentração de numerosa mão de obra, reunida
para longos dias de trabalho, numa situação árdua e
insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema
doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças
deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em
diferentes fábricas.
LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea.
São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
As estratégias empregadas pelos textos para abordar o
impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que
se industrializavam são, respectivamente,
Depois de dez anos de aparente imobilidade,
77 950 operários estavam em greve em São Bernardo,
Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado
ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas,
os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado
de surpresa, o governo militar ficou por algum tempo
sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios
prejuízos a cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964–1984). Petrópolis: Vozes, 1984 (adaptado).
O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou
a se rearticular e a patrocinar greves de significativa
repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto
político–institucional de
O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o
seguinte: sempre que se cante a uma criança uma cantiga
de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha,
uma parlenda, uma rima de contar, no quarto das crianças
ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados;
aí veremos o folclore em seu próprio domínio, sempre em
ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar
novos elementos em seu caminho.
UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore.
São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).
O texto tem como objeto a construção da identidade
cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo uma
manifestação associada à preservação das raízes e da
memória dos grupos sociais,
“É para abrir mesmo e quem quiser que eu não abra
eu prendo e arrebento."
Frase pronunciada pelo presidente João Baptista Figueiredo. Apud RIBEIRO, D. Aos trancos
e barrancos e o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
A frase do último presidente do regime militar indicava a
ambiguidade da transição política no país. Neste contexto,
houve resistências internas ao processo de distensão
planejado pela alta cúpula militar, que se manifestaram
com
A cultura ocidental acentuadamente
antropocêntrica foi marcada por processos
convergentes de desenvolvimento técnico–científico e
acumulação de riquezas, propiciados pela expansão
colonial, que resultaram na revolução industrial, no
fortalecimento da ideia de progresso e no processo de
ocidentalização do mundo.
FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In:
SILVA, J. P. (Org.) Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente,
por longos séculos, se fez à custa da degradação do
meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário
ocidental moderno, isso se deveu à
Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram
enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo
Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de
privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático
no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados.
Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha
pretensões à nobreza.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da
Educação, 1995 (adaptado).
Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os
sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que
ordenava a vida cotidiana a partir da
O Ofício das Baianas de Acarajé constitui um bem
cultural de natureza imaterial, inscrito no Livro dos Saberes
em 2005, que consiste em uma prática tradicional de
produção e venda, em tabuleiro, das chamadas comidas
de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto
dos orixás, amplamente disseminadas na cidade de
Salvador, Bahia.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
O texto contém a descrição de um bem cultural que
foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico Artístico Nacional) como patrimônio imaterial,
pois representa

O arrojado projeto arquitetônico e urbanista da nova
capital federal fez com que Brasília fosse, no ano de
1987, considerada Patrimônio da Humanidade pela
Unesco, porque o Plano Piloto de Brasília concretizava
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A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por ideias como as descritas no texto, que visavam
A primeira produção cinematográfica de propaganda
nitidamente antissemita foi Os Rotschilds (1940), de
Erich Waschneck. Ambientado na Europa conturbada
pelas guerras napoleônicas, o filme mostrava como essa
importante família de banqueiros judeus beneficiou–se
das discórdias entre as nações europeias, acumulando
fortuna à custa da guerra, do sofrimento e da morte de
milhões de pessoas. O judeu é retratado como uma
criatura perigosa, de mãos aduncas, rosto encarniçado e
olhar sádico e maléfico.
PEREIRA, W. Cinema e genocídio judaico: dimensões da memória audiovisual do nazismo e
do holocausto. In: Educando para a cidadania e a democracia. 6ª Jornada Interdisciplinar.
Rio de Janeiro: SME; UERJ, jun. 2008 (fragmento).
Os Rotschilds foi produzido na Alemanha nazista. A partir
do texto e naquela conjuntura política, o principal objetivo
do filme foi
De um ponto de vista político, achávamos que a ditadura militar era a antessala do socialismo e a última forma de
governo possível às classes dominantes no Brasil. Diante de nossos olhos apocalípticos, ditadura e sistema capitalista
cairiam juntos num único e harmonioso movimento. A luta especificamente política estava esgotada.
GABEIRA, F. Carta sobre a anistia: a entrevista do Pasquim. Conversação sobre 1968. Rio de Janeiro: Ed. Codecri, 1980.
Compartilhando da avaliação presente no texto, vários grupos de oposição ao Regime Militar, nos anos 1960 e 1970,
lançaram–se na luta política seguindo a estratégia de