
Nas reportagens publicadas sobre a inauguração do Museu de Arte de São Paulo, em 1947, quando ele ainda ocupava um edifício na rua Sete de Abril, Lina Bo Bardi não foi mencionada nenhuma vez. A arquiteta era responsável pelo projeto do museu que mudaria para sempre a posição de São Paulo no circuito mundial das artes. Mas não houve nenhum
registro disso. O louvor se concentrou em seu marido e parceiro profissional, o respeitado crítico de arte Pietro Maria Bardi. Passados 75 anos, a mulher então ignorada recebeu
um Leão de Ouro póstumo, a maior homenagem da Bienal de Arquitetura de Veneza, e tem agora sua história contada em duas biografias de peso, que procuram destrinchar uma
carreira marcada pela ousadia e pela contradição.
PORTO, W. Lina Bo Bardi tem sua arquitetura contraditória destrinchada em biografias.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
As transformações pelas quais passaram as sociedades ocidentais e que possibilitaram o reconhecimento recente do trabalho da arquiteta mencionada no texto foram resultado das mobilizações sociais pela
Com direitos civis, mas sem direitos políticos, além das mulheres, milhões de camponeses iletrados, em sua maioria não brancos, num contexto altamente racista e racializado, milhares de imigrantes estrangeiros recém-chegados e de ex-escravos recém-libertos não
deixaram, apesar disso, de agir politicamente e de influir decisivamente no devir da república em formação.
MATTOS, H. A vida política. In: SCHWARCZ, L. M. (Org.). A abertura para o mundo:
1889-1930. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Um meio pelo qual esses grupos exerceram a cidadania, nas primeiras décadas do regime político mencionado, foi o(a)

A estratégia utilizada por esse movimento tinha como objetivo

Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a importância dos(as)
A demanda da comunidade afro-brasileira por
reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no
que diz respeito à educação, passou a ser particularmente
apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que
alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade
do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Brasília: Ministério da Educação, 2005.
A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no
texto é resultado do processo de
Não nos resta a menor dúvida de que a principal
contribuição dos diferentes tipos de movimentos sociais
brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da
reconstrução do processo de democratização do país.
E não se trata apenas da reconstrução do regime político,
da retomada da democracia e do fim do Regime Militar.
Trata-se da reconstrução ou construção de novos rumos
para a cultura do país, do preenchimento de vazios na
condução da luta pela redemocratização, constituindo-se
como agentes interlocutores que dialogam diretamente
com a população e com o Estado.
GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).
No processo da redemocratização brasileira, os novos
movimentos sociais contribuíram para
Ao longo das três últimas décadas, houve uma
explosão de movimentos sociais pelo mundo. Essa
diversidade de movimentos — que vão desde os
movimentos por direitos civis e os movimentos
feministas dos anos de 1960 e 1970, até os movimentos
antinucleares e ecológicos dos anos de 1980 e a
campanha pelos direitos homossexuais da década de
1990 — é normalmente denominado pelos comentadores
do tema como novos movimentos sociais.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005 (adaptado).
Uma explicação para a expansão dos chamados novos
movimentos sociais nas últimas três décadas é a
Depois de dez anos de aparente imobilidade,
77 950 operários estavam em greve em São Bernardo,
Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado
ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas,
os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado
de surpresa, o governo militar ficou por algum tempo
sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios
prejuízos a cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964–1984). Petrópolis: Vozes, 1984 (adaptado).
O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou
a se rearticular e a patrocinar greves de significativa
repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto
político–institucional de
Há 500 anos, desde a chegada do colonizador português, começaram as lutas contra o cativeiro e consequentemente contra o cativeiro da terra, contra a expulsão, que marcam as lutas dos trabalhadores. Das lutas dos povos indígenas, dos escravos e dos trabalhadores livres e, desde o final do século passado, dos imigrantes, desenvolveram-se as lutas camponesas pela terra.
]FERNANDES, B. M. Brasil: 500 anos de luta pela terra. Revista de Cultura Vozes. Nº 2, 1999 (adaptado).
Os processos sociais e econômicos que deram origem e conformaram a identidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) têm em suas raízes mudanças relacionadas