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Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo

Na minha casa da rua Lopes Chaves

De sopetão senti um friúme por dentro.

Fiquei trêmulo, muito comovido

Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito

longe de mim,

Na escuridão ativa da noite que caiu,

Um homem pálido, magro de cabelos escorrendo nos olhos

Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,

Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu...

ANDRADE, M. Poesias completas. São Paulo: Edusp, 1987

O poema Descobrimento, de Mário de Andrade, marca

a postura nacionalista manifestada pelos escritores

modernistas. Recuperando o fato histórico do

“descobrimento", a construção poética problematiza a

representação nacional a fim de

O peru de Natal O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento).

No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepção das relações humanas marcada por

Camelôs



Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:

O que vende balõezinhos de cor

O macaquinho que trepa no coqueiro

O cachorrinho que bate com o rabo

Os homenzinhos que jogam boxe

A perereca verde que de repente dá um pulo que

engraçado

E as canetinhas –tinteiro que jamais escreverão coisa alguma.



Alegria das calçadas

Uns falam pelos cotovelos:

– “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu filho, vai

Buscar um

Pedaço de banana para eu ascender o charuto.

Naturalmente o menino pensará: Papai está malu..."



Outros, coitados, têm a língua atada.



Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino ingênuo de

demiurgos de inutilidades.

E ensinaram no tumulto das ruas os mitos heroicos da

Meninice...

E dão aos homens que passam preocupados ou tristes

uma lição de infância.



Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de elementos do cotidiano como matéria de inspiração poética. O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcança expressividade porque

Só é meu

O país que trago dentro da alma.

Entro nele sem passaporte

Como em minha casa.

[...]

As ruas me pertencem.

Mas não há casas nas ruas.

As casas foram destruídas desde a minha infância.

Os seus habitantes vagueiam no espaço

À procura de um lar.

[...]

Só é meu

O mundo que trago dentro da alma.

BANDEIRA, M. Um poema de Chagall. In: Estrela da vida inteira: poemas traduzidos.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993 (fragmento).


A arte, em suas diversas manifestações, desperta

sentimentos que atravessam fronteiras culturais.

Relacionando a temática do texto com a imagem,

percebe–se a ligação entre a

— Adiante... Adiante... Não pares... Eu vejo. Canaã! Canaã! Mas o horizonte da planície se estendia pelo seio da noite e se confundia com os céus. Milkau não sabia para onde o impulso os levava: era o desconhecido que os atraía com a poderosa e magnética força da Ilusão. Começava a sentir a angustiada sensação de uma corrida no Infinito... — Canaã! Canaã!... suplicava ele em pensamento, pedindo à noite que lhe revelasse a estrada da Promissão. E tudo era silêncio, e mistério... Corriam... corriam. E o mundo parecia sem fim, e a terra do Amor mergulhada, sumida na névoa incomensurável... E Milkau, num sofrimento devorador, ia vendo que tudo era o mesmo; horas e horas, fatigados de voar, e nada variava, e nada lhe aparecia... Corriam... corriam... ARANHA, G. Canaã. São Paulo: Ática, 1998 (fragmento).

O sonho da terra prometida revela-se como valor humano que faz parte do imaginário literário brasileiro desde a chegada dos portugueses. Ao descrever a situação final das personagens Milkau e Maria, Graça Aranha resgata esse desejo por meio de uma perspectiva

Oferta



Quem sabe

Se algum dia

Traria

O elevador

Até aqui

O teu amor

ANDRADE, Oswald de. Obras Completas de Oswald de Andrade.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978, p. 33.

O poema Oferta, de Oswald de Andrade, apresenta em

sua estrutura e temática uma relação evidente com um

aspecto da modernização da sociedade brasileira. Trata–se

da

Considerando-se a linguagem desses dois textos,

verifica-se que


No poema de Bandeira, importante representante da

poesia modernista, destaca-se como característica da

escola literária dessa época


O primitivismo observável no poema acima, de Oswald de

Andrade, caracteriza de forma marcante

As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece

no seguinte poema:

“(....)

Que importa que uns falem mole descansado

Que os cariocas arranhem os erres na garganta

Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?

Que tem se o quinhentos réis meridional

Vira cinco tostões do Rio pro Norte?

Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,

Brasil, nome de vegetal! (....)"

(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)

O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito

Esses poemas têm em comum o fato de

A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifestação do

Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes.

Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é

?Precisa-se nacionais sem nacionalismo, (...) movidos pelo presente mas

estalando naquele cio racial que só as tradições maduram! (...). Precisa-se

gentes com bastante meiguice no sentimento, bastante força na peitaria,

bastante paciência no entusiasmo e sobretudo, oh! sobretudo bastante

vergonha na cara!

(...) Enfim: precisa-se brasileiros! Assim está escrito no anúncio vistoso de

cores desesperadas pintado sobre o corpo do nosso Brasil, camaradas.

(Jornal A Noite, São Paulo, 18/12/1925 apud LOPES, Telê Porto Ancona. Mário

de Andrade: ramais e caminhos. São Paulo: Duas Cidades, 1972)

No trecho acima, Mário de Andrade dá forma a um dos itens do ideário

modernista, que é o de firmar a feição de uma língua mais autêntica,

“brasileira", ao expressar-se numa variante de linguagem popular identificada

pela (o):

“Poética", de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento

modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas

que representam o pensamento estético predominante na época.

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e

[manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o

[cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

............................................................................................



Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

O lirismo dos clowns de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa.

Rio de Janeiro. Aguilar, 1974)

Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:

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