A história cultural constitui uma narrativa na qual há a ênfase na dimensão cultural da experiência humana, em detrimento da
análise de base estrutural enfatizada pelo marxismo. A história cultural estabeleceu um diálogo com a antropologia simbólica, o que
“pode auxiliar o historiador a redirecionar seu empenho de resolver esses problemas e colocá-lo no caminho em busca de modelos
de significados.” (DARNTON, 1990, p. 195).
Sobre a HISTÓRIA SOCIAL, é incorreto afirmar que:
No dia 13 de abril, comemora-se o aniversário da capital de todos os cearenses. Em 2016, a cidade de Fortaleza completa 290
anos. Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta.
I- A conquista da capitania começou em 1603, com a bandeira de Pero Coelho de Souza, que fundou o Forte de São Tiago na Barra
do Ceará. Sua ocupação oficial foi iniciada por Martim Soares Moreno, o capitão português que serviu de inspiração para um dos
personagens centrais do romance "Iracema", de José de Alencar, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago, rebatizando o
novo forte de Forte de São Sebastião.
II- Durante o primeiro século de colonização portuguesa, a capitania do Ceará não despertou o interesse de seu donatário, dom
Antônio Cardoso de Barros. Somente em 1603, o fidalgo Pero Coelho de Sousa desembarcou na foz do rio Ceará, erguendo, em suas
margens, um pequeno forte e dando início a um povoado, que não se desenvolveu.
III- Em 1649, os holandeses fizeram nova tentativa, sob o comando de Matias Beck. Ele desistiu das margens do rio Ceará, pois a foz
do rio sofria processo de assoreamento – quase certamente por causas naturais, pois não há registro de ação humana na época, a
ponto de justificar tal efeito. De todo modo, era inviabilizada a ancoragem das embarcações. Beck manteve o ancoradouro no
Mucuripe e, em 10 de abril de 1649, instalou o forte numa elevação próxima ao Pajeú. O local foi chamado de Schoonenborch,
nome do então governador holandês no Brasil. Em 1654, com a expulsão dos holandeses do Recife, o Schoonenborch foi
abandonado.
IV- Em 13 de fevereiro de 1699, ordem da Coroa portuguesa criou a vila de São José de Ribamar, no Ceará. Foi o início de uma longa
contenda. A ordem régia não definiu o lugar. O capitão-mor, os soldados e padres – uma incipiente burocracia local – queriam as
proximidades do forte. Já os proprietários de algumas terras – um arremedo de elite econômica – preferiam Aquiraz.
São corretos os itens:
Há exatos 120 anos, em 1896, assumia o governo do estado do Ceará um dos maiores oligarcas de nossa história. Seu nome era Antônio Pinto de Nogueira Accioly. Tinha todo o apoio dos governos federal e estadual, para os quais era considerado um homem honrado e íntegro. Assim manipulou a política de forma que favorecesse familiares e correligionários. Accioly não deu prioridade a setores responsáveis pelo desenvolvimento do estado e, no poder, se consolidou, até sua deposição em 1912 . Sobre o período denominado de oligarquia acciolina, é certo dizer que:
Durante a Era Vargas, o estado do Ceará passou por um grande volume de transformações. Seja populacional, estrutural ou
financeira, destacamos entre essas mudanças:
I- Um amplo programa de criação de campos de concentração, em que os retirantes fossem induzidos a entrar e proibidos de sair,
foi implementado com total apoio da Interventoria Federal no Ceará. A fim de prevenir a "afluência tumultuária" de retirantes
famintos a Fortaleza, cinco campos localizavam-se nas proximidades das principais vias de acesso à capital, atraindo os agricultores
que perdiam suas colheitas e se viam à mercê da caridade pública ou da privada. Além disso, os grandes latifundiários também
tinham o apoio da forte parceria entre Getúlio e Lampião, dois grandes aliados para a manutenção do controle das massas na zona
rural do Brasil.
II- Em 1942, a estreita vinculação do interventor Menezes Pimentel com grupos políticos e econômicos tradicionais impedia a
mesma capacidade de intervenção técnica; esta ocorreu mais pela necessidade (externa) de braços para os seringais amazônicos, no
contexto do esforço de guerra dos aliados.
III- Com a possibilidade de envolvimento do Brasil na Segunda Grande Guerra, no entanto, se apresentava como um elemento a
fornecer características peculiares a esse momento. Era, mais uma vez, um elemento que agia de modo a favorecer uma
intervenção direta no mercado de trabalho e alimentos, conforme ocorreu em 1932, pois o clima de guerra favorecia soluções mais
democráticas e populares, para o governo só agir com o apoio popular na tomada das decisões.
IV- Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, em 1942, os Estados Unidos fizeram acordos com o Governo Vargas para
instalarem bases militares nas cidades de Belém, Natal, Recife e Fortaleza. No início de 1943, eles iniciaram a construção de sua
base na capital cearense, na área onde hoje se encontra o Bairro Pici.
Entre as proposições acima, temos como verdadeiras:
As opções a seguir apresentam aspectos sociopolíticos estabelecidos pela Constituição de 1824, à exceção de uma. Assinale-a.
I. (...) é o ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que vai
renovar as pretensões de Rosas, de formar no Prata um
grande império, rival do Brasil. Para isso preparava-se solícita,
mas dissimuladamente; e só aguardava agora, um pretexto
para entrar em cena.
POMBO, Rocha. História do Brasil. Revista e atualizada por Hélio Vianna
São Paulo: Melhoramentos, 1960
II. Ovelha negra - Tal é o Paraguai aos olhos da burguesia
inglesa e de outras burguesias europeias altamente
desenvolvidas, e tal se torna, logo aos olhos de alguns
cavalheiros que, no Prata e no Brasil, traficam e
comercializam com as potências Ultramar, sem se
preocuparem com outra coisa, a não ser seus interesses
mesquinhos e restritos interesses de classe.
POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus problemas.
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12
III. (...) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de
colocar o seu país como potência regional e ter acesso ao mar
pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança com os
blancos uruguaios e os federalistas argentinos representados
por Urquiza.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 96
A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai
contidas nos trechos acima, assinale V para a afirmativa
verdadeira e F para a falsa.
( ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos
isolados, lançam estereótipos sobre o Paraguai de Solano
López e exaltam a ação do Brasil na guerra.
( ) I e II problematizam os acontecimentos, consideram a
influência do imperialismo britânico e caracterizam a
singularidade política e econômica do Paraguai no contexto
americano.
( ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da
segunda metade do século XIX, em âmbito europeu e
regional, e consideram os fatores estruturais, econômicos ou
políticos, envolvidos no conflito.
As afirmativas são, respectivamente,
“Comecemos pela expressão 'República Oligárquica'. Oligarquia é
uma palavra grega que significa governo de poucas pessoas,
pertencentes a uma classe ou família. De fato, embora a
aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder
foi controlado por um reduzido grupo de políticos em cada
Estado.”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos
mecanismos próprios da ordem oligárquica brasileira na Primeira
República.
Na coletânea organizada por Leandro Karnal sobre a História na
sala de aula, o medievalista José Rivair Macedo destaca a
importância de repensar a Idade Média que é ensinada na escola,
na medida em que os temas mais enfocados continuariam sendo
os da Idade Média Ocidental e ainda serviriam para legitimar uma
visão predominantemente ocidental sobre a experiência histórica
passada. José Rivair Macedo propõe, então, uma
“descolonização” do ensino da Idade Média, com o intuito de
“repensar alguns pontos sobre o que ensinar de História Medieval
no Brasil”.
Com base nas propostas de J. Rivair Macedo, podemos afirmar
que esta descolonização consiste em
Em “Materialidade da experiência e materiais de ensino e
aprendizagem”, Marcos Silva e Selva G. Fonseca discutem a
respeito da cultura material e de suas relações com o ensino e o
aprendizado da História, enfocando o exemplo de museus
nacionais, como o Museu do Ipiranga (São Paulo).
À luz das considerações apresentadas pelos autores, assinale a
opção que exemplifica corretamente ações educativas realizadas
no espaço do museu.
Sobre o Absolutismo todas as afirmações abaixo estão corretas, EXCETO.
Considerada a primeira atividade economicamente organizada, o ciclo da cana-de-açúcar surgiu na fase colonial do Brasil entre os séculos XVI e XVII, e iniciouse da necessidade de colonizar e explorar as terras brasileiras, que na época não tinham muita importância econômica para a Coroa Portuguesa. Sobre a economia da cana-deaçúcar no Brasil Colonial todas as afirmações abaixo estão corretas, EXCETO.
O Antigo Oriente Próximo ou Antigo Oriente é o termo utilizado para denominar a região de onde apareceram as civilizações anteriores às clássicas, na região que atualmente se denomina Médio Oriente. O Oriente Próximo sofreu uma revolução agrícola no período Neolítico, beneficiando os povos da Mesopotâmia, os hebreus, fenícios e persas etc. Todas as afirmações sobre essas civilizações estão corretas, EXCETO.
A Segunda Guerra Mundial, iniciada em setembro de 1939, foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos os continentes, de forma direta ou indiretamente. O número de mortos superou os cinquenta milhões havendo ainda uns vinte e oito milhões de mutilados. Todas as afirmações abaixo sobre essa guerra estão corretas, EXCETO.
“Ogum, que conhecia o segredo do ferro,
não tinha dito nada até então. Quando todos os
outros orixás tinham fracassado, Ogum pegou o seu
facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno.
Os orixás, admirados, perguntaram a Ogum
de que material era feito tão resistente facão. Ogum
respondeu que era de ferro, um segredo recebido de
Orumilá.
Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha
dito nada até então. Quando todos os outros orixás
tinham fracassado, Ogum pegou o seu facão, de
ferro, foi até a mata e limpou o terreno.
Os orixás invejaram Ogum pelos benefícios
que o ferro trazia, não só a agricultura, mas como à
caça e até mesmo à guerra. Por muito tempo os
orixás importunaram Ogum para saber o segredo do
ferro, mas ele mantinha o segredo só para si.
Os orixás decidiram então oferecer-lhe o
reinado em troca de que ele lhe ensinasse tudo
sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a
proposta.
Os humanos também vieram a Ogum pedirlhe
o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o
conhecimento da forja, até o dia em que todo
caçador e todo guerreiro tiveram suas lanças de
ferro. [...]
Apesar de Ogum ter aceitado o comando
dos orixás, antes de mais nada ele era um
caçador.[...]
Os humanos que receberam de Ogum o
segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de
dezembro, celebram a festa de Uidê-Ogum. [...]
Ogum é o senhor do ferro para sempre.”
(disponível em:
http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?HC
D_chave=63, acesso em 1º de agosto de 2016).
A Lei n.º 10.639/03, ao alterar a Lei de Diretrizes e
Bases (Lei 9.934/96), tornou obrigatório o ensino
da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em
todas as áreas e em todos os níveis da educação.
Nesse sentido, a possível abordagem de um conto
da mitologia africana, como o apresentado acima,
atenderia aos seguintes objetivos, exceto:
Os irmãos Graco, que governaram Roma no século II a.C., estabeleceram algumas medidas na intenção de responder às tensões sociais geradas pela insatisfação da plebe romana. Indique abaixo a alternativa que apresenta uma dessas medidas: