Durante a Era Vargas, o estado do Ceará passou por um grande volume de transformações. Seja populacional, estrutural ou
financeira, destacamos entre essas mudanças:
I- Um amplo programa de criação de campos de concentração, em que os retirantes fossem induzidos a entrar e proibidos de sair,
foi implementado com total apoio da Interventoria Federal no Ceará. A fim de prevenir a "afluência tumultuária" de retirantes
famintos a Fortaleza, cinco campos localizavam-se nas proximidades das principais vias de acesso à capital, atraindo os agricultores
que perdiam suas colheitas e se viam à mercê da caridade pública ou da privada. Além disso, os grandes latifundiários também
tinham o apoio da forte parceria entre Getúlio e Lampião, dois grandes aliados para a manutenção do controle das massas na zona
rural do Brasil.
II- Em 1942, a estreita vinculação do interventor Menezes Pimentel com grupos políticos e econômicos tradicionais impedia a
mesma capacidade de intervenção técnica; esta ocorreu mais pela necessidade (externa) de braços para os seringais amazônicos, no
contexto do esforço de guerra dos aliados.
III- Com a possibilidade de envolvimento do Brasil na Segunda Grande Guerra, no entanto, se apresentava como um elemento a
fornecer características peculiares a esse momento. Era, mais uma vez, um elemento que agia de modo a favorecer uma
intervenção direta no mercado de trabalho e alimentos, conforme ocorreu em 1932, pois o clima de guerra favorecia soluções mais
democráticas e populares, para o governo só agir com o apoio popular na tomada das decisões.
IV- Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, em 1942, os Estados Unidos fizeram acordos com o Governo Vargas para
instalarem bases militares nas cidades de Belém, Natal, Recife e Fortaleza. No início de 1943, eles iniciaram a construção de sua
base na capital cearense, na área onde hoje se encontra o Bairro Pici.
Entre as proposições acima, temos como verdadeiras: