Escolher uma profissão é uma das decisões mais importantes da vida. O ser humano é valorizado socialmente pelo trabalho que realizamos e nossa identidade está muito ligada ao que fazemos profissionalmente e que traduz nosso estilo de vida, gostos e habilidades. Tendo em vista o livro “Sobre o final da adolescência: o lugar da profissão na passagem à vida adulta” de Sandra Laura Frischenbruder que afirma que para que seja feita uma escolha adequada, pressupõe-se que exista capacidade de adaptação, interpretação e juízo da realidade, discriminação, hierarquização dos objetos e capacidade para esclarecer a ambiguidade e tolerar a ambivalência nas relações de objeto. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta o papel fundamental do professor no sentido de ajudar um aluno a escolher sua profissão.
Ética Profissional é o conjunto de normas morais que orienta o comportamento profissional e o Código de Ética é o instrumento criado para orientar o desempenho das empresas em suas ações e na interação com seus diversos públicos – internos e externos. Nesse sentido, a Ética é estimulada e demonstra Virtude. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta um aspecto que já era considerado por Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco”.
Analise o fragmento a seguir.
Os ursos polares em cativeiro manifestam comportamentos obsessivos, caminham para frente e para trás no mesmo trecho, movem a cabeça de um lado para o outro e apresentam outros sinais de estresse. Tais comportamentos se manifestam mesmo quando os ursos em cativeiro vivem em espaços bastante amplos. Isto demonstra que as condições de cativeiro não constituem uma alternativa válida ao habitat natural para os ursos polares.
Assinale a alternativa que, se considerada verdadeira, enfraquece a argumentação lógica do texto citado.
Indivíduos têm direitos. E há coisas que nenhuma pessoa ou grupo pode fazer com os indivíduos (sem lhes violar os direitos). Tão fortes e de tão alto alcance são esses direitos que colocam a questão do que o Estado e seus servidores podem, se é que podem, fazer. Que espaço os direitos individuais deixam ao Estado?
(Adaptado de: NOZICK, R. Anarquia, estado e utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991, p. 9.)
Robert Nozick contribuiu para o debate contemporâneo sobre a relação entre Sociedade e Estado, defendendo uma concepção de Estado
Com relação às características do conceito de excelência moral, segundo o Livro II da Ética a Nicômaco, de Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.
I. A excelência moral é adquirida como produto do hábito, que aperfeiçoa a capacidade natural humana de receber e desenvolver a virtude.
II. A excelência moral diz respeito a paixões e ações, acompanhadas de prazer ou dor, exigindo uma disposição de caráter para evitar os extremos.
III. A excelência moral é uma virtude dianoética, pois envolve o poder racional de decidir sobre o necessário e universal conforme a natureza.
Assinale:
No que se refere à ética e ao exercício da cidadania, julgue os
próximos itens.
Configura um dos elementos indispensáveis para o exercício da cidadania o efetivo conhecimento a respeito dos direitos.
Há quatro modos de distinguir as concepções de Deus
historicamente rastreáveis na história da Filosofia
ocidental. Desse modo, analise as assertivas abaixo.
I. Deus e o Mundo (a relação de Deus com o Mundo,
onde Ele é a Causa).
II. Deus e a Ordem Moral (a relação de Deus com a
ordem Moral, onde Ele é o Bem).
III. Deus e a Divindade (a relação de Deus consigo
mesmo).
IV. Deus e a materialidade (Deus como uma
impossibilidade).
V. A Revelação de Deus (os acessos possíveis do
Homem a Deus).
São concepções de Deus historicamente rastreáveis na
história da Filosofia ocidental o que estão contido em
Analisando o texto com atenção, percebe-se que a autora critica a letargia a que a mídia conduz seus ouvintes e telespectadores quando não exige atenção, pensamento, reflexão, crítica, perturbação da sensibilidade e da fantasia e sugere que o trabalho sensorial e mental é que os tiraria da infantilidade intelectual. Sob este ponto de vista, assinale a alternativa que não pertence à categoria que subtrai a infantilidade intelectual.
Supondo que esta impressão empírica da autora seja fato, há implicações que podem ser deduzidas deste texto. Com base no texto, assinale a alternativa que não apresenta uma dessas implicações.
O pesquisador Rubem C. Fernandes demarcou, em 1994,
as fronteiras entre os Primeiro, Segundo e Terceiro
Setores: agentes públicos, agentes privados e
organizações não governamentais, respectivamente.
Definido pelos seus fins, o denominado Terceiro Setor é
composto por agentes privados que buscam a realização
de objetivos coletivos ou públicos. Desta forma, há,
segundo esse autor, clara coincidência com os objetivos
do estado. O Segundo Setor é organicamente composto
por agentes que buscam objetivos privados, ou seja,
orienta-se, primariamente, pelos interesses do mercado e
pauta-se pela competição e pelos lucros. Já quando os
agentes estatais buscam fins privados, encontram-se no
espaço da corrupção. Dito de outra forma, as condutas
pautam-se pelas políticas de favores, pelo clientelismo,
nepotismo e personalismo. Com base nestas
prerrogativas, Fernandes propõe quatro variações nas
relações público/ privado. Sob esse aspecto, assinale a
alternativa que apresenta a variação que não reflete a
relação público/ privado proposta por este autor.
A Liberdade em Filosofia é um dos temas mais estudados, pensados e analisados ainda hoje. De acordo com o proposto por Nicola Abbagnano em seu Dicionário de Filosofia, assinale a alternativa que não apresenta um dos significados fundamentais correspondentes às três concepções que se entrecortaram no decurso da história filosófica do tema.
Vinicius M. Netto, PhD da UFF, afirma que urbanidade se refere ao urbano como a experiência, o encontro e o reconhecimento do Outro em sua alteridade, como espécie de efervescência da interação livre de restrição, da comunicação e da conectividade da prática. Em outras palavras, ao expor sua visão de urbanidade, ele espera evidenciar conexões possíveis entre um entendimento do urbano e matrizes teóricas em princípio desassociadas do urbano – ideias a respeito das condições da experiência e da vida social que chamamos Filosofia. Um efeito possível desse modo de construção é localizar, na aproximação entre ideias da Filosofia e ideias dos estudos urbanos, traços materiais da formação da vida social e da experiência não reconhecidos nessas visões isoladamente; uma aproximação sob forma de passagens entre áreas que deveriam estar, há muito, muito mais próximas do que estão. Seu conceito de urbanidade também propõe que se deve reconhecer o papel da cidade na experiência e na produção da vida social e que estudar o lugar da cidade na experiência e na produção do mundo social implica reconhecer, antes de tudo, as forças que impelem a desintegração. Desse modo, assinale a alternativa que não pertence ao contexto proposto pelo autor.
Melisso de Samos sistematizou a doutrina eleática com uma prosa clara e procedente com rigor
dedutivo, corrigindo-a também em alguns pontos: em primeiro lugar, afirmou que o ser devia ser
infinito (e não finito, como dizia Parmênides) porque não tem limites temporais nem espaciais e
porque, se fosse finito, deveria limitar-se com o vazio, quer dizer, com um não-ser, o que é
impossível. Na medida em que é infinito, o ser é, também, necessariamente uno. Além desta
discordância de Melisso em relação a Parmênides, também se pode afirmar deste filósofo de
Samos:
I. Outro ponto no qual Melisso de Samos retificou a Parmênides consiste na eliminação total da esfera da
opinião, mediante uma reflexão de notável audácia especulativa.
II. Melisso afirmava que as múltiplas coisas, das que os sentidos parecem dar testemunho, existiriam na
realidade e nosso conhecimento sensível seria veraz, com uma condição: cada uma destas coisas haveria de
permanecer sempre tal como se nos apareceu a primeira vez, isto é, com a condição de que cada coisa
permanecesse sempre idêntica e imutável como o Ser-Uno.
III. Sobre a base mesma do nosso conhecimento empírico, constatamos que as múltiplas coisas que são
objeto de percepção sensível nunca permanecem idênticas: modificam-se, alternam-se, corrompem-se
continuamente, de maneira muito diferente ao que exigiria o estatuto do ser e da verdade. Em consequência,
há uma contradição entre o que, por um lado, reconhece a razão como condição absoluta do ser e da verdade
e, por outro lado, o que testemunham os sentidos e a experiência.
IV. Melisso afrontou decididamente as refutações elaboradas pelos adversários e os intentos de ridicularizar a
Parmênides. O procedimento que utilizou consistia em demonstrar que as consequências derivadas dos
argumentos construídos para refutar a Parmênides eram ainda mais contraditórias e ridículas que as teses que
pretendiam rechaçar. Ele descobriu, com isso, a refutação da refutação, vale dizer, a demonstração mediante
o absurdo.
V. Melisso elimina a contradição mediante a negação da validade dos sentidos e do que os sentidos
proclamam (em essência, porque os sentidos proclamam o não-ser), em exclusivo benefício do que proclama
a razão. A única realidade, pois, consiste no Ser-Uno: o hipoteticamente múltiplo só poderia existir se fosse
como Ser-Uno. Se os muitos existissem, deveria ser cada um como é o Uno.
O estudo da História da Filosofia revela certo lugar comum de raciocínio entre os sofistas, Sócrates,
os socráticos e a medicina hipocrática. Este lugar é a descoberta do homem como ponto de partida
da reflexão. Ainda que estes grupos de pensadores tenham apresentado teorias muito distintas e,
muitas das vezes, opostas, o homem é, sem dúvida, o elemento fundamental de suas produções
filosóficas. Identifique o que não pertence ao modo socrático de apresentar sua filosofia.
I.Para Sócrates, a finalidade prática de sua doutrina tem um aspecto notavelmente positivo: graças a ele, o
problema educativo e o afã pedagógico passam a primeiro plano e assumem um novo significado. Sócrates se
torna um divulgador da ideia segundo a qual a virtude não depende da nobreza do sangue e do nascimento,
mas que se baseia no saber, assim se compreende porque, para Sócrates, a indagação da verdade estava
necessariamente ligada a sua difusão.
II. De Sócrates se destacava o aspecto errante de sua filosofia e o não respeitar o apego a sua própria cidade,
que para outros gregos era uma espécie de dogma ético. Neste sentido, Sócrates compreendeu que os estreitos
limites da polis já não tinham razão de ser, convertendo-se sua filosofia em portadora de demandas panhelênicas
e mais que cidadão de uma só cidade, sentiu-se cidadão da Hélade.
III. Sócrates ensinava a fortalecer o argumento mais débil que houvesse. Isto não quer dizer que Sócrates
ensinasse a injustiça e a iniquidade em vez da justiça ou da retidão, e sim, simplesmente que ensinava a
maneira em que – técnica e metodologicamente – era possível afiançar e conseguir a vitória do argumento que
em uma discussão em certas circunstâncias determinadas, pudesse resultar mais débil.
IV. Para Sócrates, o ser não pode ser cognoscível. Na busca de provar esta afirmação, Sócrates diz que há
coisas pensadas que não existem e coisas não pensadas que existem, o que prova, pois que há uma ruptura
entre ser e pensar. Na suposição de que fosse pensável, o ser resultaria impensável.
V. Foi deveras original a interpretação de Sócrates sobre os deuses: estes são a encarnação do útil e do
vantajoso: “Os antigos consideraram como deuses em virtude da vantagem que dele se emanava, ao sol, à lua,
às fontes e, em geral, a todas as forças que nos servem para viver, como, por exemplo, o Nilo, no caso dos
egípcios.”
De modo geral os padres, latinos anteriores a Agostinho se sentiram pouco atraídos pela filosofia e,
quando se ocuparam dela, não criaram ideias verdadeiramente novas. Os primeiros apologistas
tiveram uma formação jurídico-retórica ao passo que, para outros pensadores latinos, prevaleceram
os interesses estritamente teológicos e pastorais. Identifique o que há de verdade no que se diz
abaixo sobre os pensadores latinos.
I. O primeiro escrito apologético é de Octávio de Minucio Felix, para o qual interessam as coincidências entre
os filósofos gregos e o cristianismo. Ele afirma que os filósofos gregos asseveram as mesmas coisas que são
cridas pelos cristãos, mas isso não significa que os cristãos tenham seguido os passos dos gregos, mas
porque eles se deixaram conduzir por um distante vislumbre que brilhou diante de seus olhos, graças à
predicação dos profetas sobre a divindade.
II. Tertuliano afirmou que existe uma semelhança fundamental entre os filósofos e os cristãos: “existe uma
semelhança fundamental entre o filósofo e o cristão: ambos são candidatos ao céu, ambos abominam a fama
terrena e a venda de palavras, ambos custodiam a verdade.” Sendo assim, Tertuliano afirma que tanto em
Atenas quanto em Jerusalém se busca a verdade com simplicidade de coração.
III. Tertuliano se mostra partidário da ontologia estóica. Para ele, o ser é corpo (nihil enim, si non corpus, nihil
est incorporale, nisi quod non est). Para Tertuliano, Deus é corpo, ainda que sui generis, do mesmo modo que
é alma, também é corpo.
IV. A filosofia mosaica de Ambrósio implicou na aquisição de novos conceitos ignorados pelo pensamento
grego, começando pela noção de criação que é formulada pela primeira vez de um modo sistemático: Deus
cria a matéria do nada e logo imprime nela a forma; para criar o mundo físico, Deus cria previamente o cosmos
inteligível (as ideias) como modelo ideal, e este cosmos inteligível não é mais que o Logos de Deus no ato de
formar o mundo.
V. O eixo central da filosofia de Cipriano é a noção de Logos, entendida em um triplo sentido: (A ) princípio
criador do mundo; (B ) princípio de qualquer forma de sabedoria, que inspirou aos profetas e aos filósofos; (C )
princípio de salvação (Logos Encarnado).