Um pesquisador começou uma pesquisa qualitativa interrogando quais os fatores que contribuem para o aumento da contaminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em mulheres no Brasil, chegando à conclusão de que muitas mulheres contaminadas por HIV possuem relacionamentos heterossexuais e acreditam que a contaminação atinge somente homossexuais masculinos. A partir disso, o pesquisador realizou outra pesquisa para investigar se a crença das mulheres na transmissão do HIV nas “populações-chave” está determinando a ausência de procedimentos preventivos por parte delas.
Isso mostra que o ciclo da pesquisa é um processo em espiral que tem início com uma
Numa pesquisa qualitativa sobre o trabalho realizado pelas mulheres quebradeiras de coco babaçu, um pesquisador resolveu combinar duas estratégias para a compreensão da realidade onde elas estão inseridas. Na primeira, o pesquisador presenciou a execução do trabalho das mulheres e participou, como espectador e agente, do cotidiano da vida social e cultural delas. Na segunda, ele estabeleceu uma interação com essas trabalhadoras para levantar as experiências vividas por elas, buscando
identificar nas narrativas como cada uma interpreta suas experiências.
Essas técnicas de coleta de dados são, respectivamente,
A antropóloga Mariana Ramos de Morais, em um texto publicado em 2017, afirma:
“Trata-se de uma expressão adotada para nomear os grupos praticantes das religiões afro-brasileiras no âmbito das políticas públicas ancoradas no debate acerca da diversidade cultural no Brasil. A preservação da diversidade cultural seria uma das armas contra os assombros da globalização, como preconiza a Unesco ao incentivar seus Estados membros a desenvolverem ações que favoreçam a inclusão e a participação de todos os cidadãos com vistas a garantir a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e, sobretudo, a paz. O Brasil, sendo um desses Estados membros,buscou se pautar nessa orientação na criação de certas políticas públicas, especialmente, a partir de 2003.”
A expressão, extensivamente mobilizada em políticas públicas no Brasil, a que a antropóloga se refere é
No texto “Itinerários terapêuticos e os nexus de significados da doença”, o sociólogo da Universidade Federal da Bahia Paulo César Alves escreveu:“Itinerário terapêutico é um dos conceitos centrais nos estudos socioantropológicos da saúde. Trata-se de um termo utilizado para designar as atividades desenvolvidas pelos indivíduos na busca de tratamento para a doença ou aflição.
”Uma das principais teses da literatura sobre itinerários terapêuticos é a de que:
No texto “A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras", publicado em 1978, por Anthony Seeger, Roberto da Matta e Eduardo Viveiros de Castro, os autores afirmam que:
“[…] a originalidade das sociedades tribais brasileiras reside numa elaboração particularmente rica da noção de pessoa, com referência especial à corporalidade enquanto idioma simbólico focal. Ou, dito de outra forma, sugerimos que a noção de pessoa e uma consideração do lugar do corpo humano na visão que as sociedades indígenas fazem de si mesmas são caminhos básicos para uma compreensão adequada da organização social e cosmologia destas sociedades.”
As categorias analíticas a que a tese dos autores se refere são:
Pierre Bourdieu foi um dos principais sociólogos do século XX. Em sua vasta produção intelectual, Bourdieu foi um dos responsáveis
pela atualização de um conceito aristotélico, também utilizado por Marcel Mauss, e que ocupa um lugar central nos debates sobre corpo, indivíduo e sociedade. No vocabulário de Bourdieu, tal conceito é definido do seguinte modo:
“[…] é uma noção mediadora que ajuda a romper com a dualidade de senso comum entre indivíduo e sociedade ao captar a interiorização da exterioridade e a exteriorização da interioridade, ou seja, o modo como a sociedade se torna depositada nas pessoas sob a forma de disposições duráveis, ou capacidades treinadas e propensões estruturadas para pensar, sentir e agir de modos determinados, que então as guiam nas suas respostas criativas aos constrangimentos e solicitações do
seu meio social existente.”
O conceito renovado por Bourdieu nessa definição é o de:
Em um dos capitulos do livro intitulado “A perícia antropológica em processos judiciais”, a antropóloga Maria Hilda Paraiso afirma
que, nos laudos sobre a identidade de populações
remanescentes:
“[a]s questões chave centram-se na comprovação da ‘ascendência’ indígena dos cutias remanescentes e na posse imemorial da terra, ou seja, a apresentação de provas históricas da presença continuada do grupo indígena na área que
pleiteam.”
Para o antropólogo perito, a longa permanência de um grupo em um determinado território é evidenciada por:
No livro "Ritual e performance: estudos clássicos”, a antropóloga Maria Laura Cavalcanti diz:
“Em um sentido mais estrito, portanto, designamos como rituais esses agregados de condutas e ações simbólicas que, sempre feitos e refeitos no curso do tempo, permeiam a experiência social, conferindo-lhe graça, intensidade e ritmo próprios.”
O autor que fez contribuições para a antropologia dos rituais foi:
Em seu texto “A vingança de Capitu: DNA, escolha e destino na família brasileira contemporânea”, publicado em 2014, a
antropóloga Claudia Fonseca afirma:
“No final dos anos 1980, os testes de DNA para a verificação de laços de paternidade passaram do mundo da fantasia ao dos fatos, trazendo consigo o potencial de uma nova ‘mudança profunda’ em nossa conceituação de família, relações de gênero
e parentesco. Embora essa forma de tecnologia ainda não tenha recebido muita atenção acadêmica, estou convencida – baseada em experiência etnográfica em favelas brasileiras – que suas consequências são mais instantâneas e abrangentes do que as rupturas e transições anteriores marcadas pela ciência. Em apenas quinze anos desde a sua primeira descoberta no outro lado do mundo, tanto membros da elite como homens e mulheres da classe trabalhadora incorporaram testes de DNA em seu modo de ver laços e responsabilidades familiares.”
Segundo a autora, a popularização da tecnologia de DNA para rastrear vínculos sanguíneos produziu efeitos nas relações
Em seu texto “Elementos para uma sociologia dos viajantes”,publicado em 1987, o antropólogo João Pacheco de Oliveira escreveu:
“A relação que existe, portanto, entre o antropólogo e os relatos de viajantes é marcada por uma grande ambiguidade, ora caracterizando-se por uma grande proximidade e pela expectativa de estabelecer entre esses dois discursos uma relação de complementaridade, ora marcada pelo distanciamento e pelo caráter indissoluvelmente singular das informações que respectivamente requerem e oferecem.”
Essa reflexão metodológica do autor se refere à(ao):
Os povos e a cultura que formam uma sociedade são elementos importantes constituintes de um território. A partir do conhecimento desses aspectos, é possível planejar ações voltadas à segurança pública e ambiental de um local ou região. Os grupos indígenas fazem parte do contexto histórico de Goiás, alguns desses grupos ainda resistem e buscam a manutenção da sua cultura tradicional.
Visando à valorização e à ampliação dos saberes e da cultura indígena, no Estado de Goiás, dois eventos se destacam, um deles é
No que se refere às relações entre uso da terra e sustentabilidade para os povos indígenas no contexto atual, assinale a alternativa correta.
As casas dos povos indígenas brasileiros são construídas em vários formatos e com diferentes materiais. Ao longo do tempo, algumas alterações foram sendo introduzidas em função do contato com as sociedades não indígenas, como, por exemplo, o material utilizado.
No que se refere às imagens das casas 1, 2, 3 e 4, assinale a alternativa que corresponde às formas dessas casas.
O direito à educação escolar diferenciada, para as comunidades indígenas, é reconhecido quando
As casas dos povos indígenas brasileiros são construídas em vários formatos e com diferentes materiais. Ao longo do tempo, algumas alterações foram sendo introduzidas em função do contato com as sociedades não indígenas, como, por exemplo, o material utilizado.
No que se refere às imagens das casas 1, 2, 3 e 4, assinale a alternativa que corresponde às formas dessas casas.