Sobre os princípios teóricos e metodológicos do ensino da História, são corretas as afirmações, EXCETO:
A Escola dos Annales ocupa um lugar privilegiado na produção historiográfica contemporânea; desde o seu início, no final dos anos de 1920, até a atualidade, vem influenciando várias gerações de historiadores que buscam compreender a história em suas múltiplas dimensões de abordagem. Entre as alternativas, todas estão corretas, EXCETO:
Sobre a História e o conceito de memória, é incorreto afirmar que:
Em “Apologia da História – ou, O Ofício de
Historiador”, o medievalista francês Marc Bloch
apresenta algumas reflexões que são contribuições
teórico-metodológicas significativas para as
ciências humanas, em geral, e, em particular, para a
história. A respeito das principais formulações
conceituais desenvolvidas pela tendência
historiográfica à qual pertencia Bloch, pode-se
citar:
I. História-problema.
II. Materialismo histórico.
III. História de longa duração.
IV. Consciência de classe.
É correto o que se afirma em:
Sobre Hobsbawm(1)
“Se eu me arrependo? Não, não creio. Tenho plena
consciência de que a causa que abracei revelou-se
infrutífera. Talvez não devesse ter seguido esse
caminho. Mas, por outro lado, se os homens não
cultivam o ideal de um mundo melhor, eles perdem
algo. Se o único ideal dos homens é a busca da
felicidade pessoal, por meio do acúmulo de bens
materiais, a humanidade é uma espécie diminuída”
Eric Hobsbawm - 1999
Com base nas publicações de Eric Hobsbawm
analise os itens abaixo, julgue-os e assinale a
alternativa correta.
I. Seria necessário muito esforço para vislumbrar
no conjunto da obra de Eric Hobsbawm a
presença da política. Seu projeto assim como
seus métodos foram de uma complexidade
desde seu primeiro livro, passando pelos artigos
e incluindo até as mais informais entrevistas.
II. Sob a égide de valores que remontam ao século
XVIII Iluminista, senão mesmo ao humanismo
cívico renascentista, construiu e buscou delinear
de forma coerente toda a sua trajetória
intelectual.
III. O ideal da razão permeou, inclusive, seu olhar
retrospectivo em sua autobiografia: Tempos
Interessantes: uma vida no século XX. O
comunismo, para Hobsbawm, foi parte da
tradição da civilização moderna, desde as
“Revoluções Americana e Francesa”, ou seja,
do compromisso com a melhoria das condições
de vida de todos os seres humanos.
IV. Fundamentou sua própria concepção de
política, aquela que se desenvolve numa “esfera
pública”, “na qual as pessoas articulam suas
opiniões e se unem para alcançar objetivos
coletivos”.
V. Concebeu a política como um sistema, não
diferindo da definição apresentada por Robert
Dahl, a saber, “qualquer estrutura persistente de
relações humanas que envolva controle,
influência, poder ou autoridade, em medida
significativa”.
(1) CORREA, P. G. História, política e revolução em Eric Hobsbawm e François Furet. 2006. 241 folhas. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo (USP). Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponive is/8/8138/tde-06072007-120331/ptbr.php> . Acesso em 20 ago. 2016
O conhecimento histórico não se limita a apresentar o fato no tempo e no espaço acompanhado de uma série de documentos que comprovam sua existência. É preciso ligar o fato a temas e aos sujeitos que o produziam para buscar uma explicação. E para explicar e interpretar os fatos, é precisa uma análise que deve obedecer a determinados princípios. Nesse procedimento, são utilizados conceitos que organizam os fatos, tornando-os inteligíveis (Bittencourt, Circe p. 183). Sobre os conceitos relacionados à História, podemos dizer que:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem, como um dos objetivos do ensino de História no ensino fundamental, "que os alunos sejam capazes de conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais, como meio para construir progressivamente a noção das identidades nacional e pessoal e o sentimento de pertença ao país". Sobre o conceito de Identidade, marque a afirmativa correta.
Leia os excertos a seguir:
Excerto I
Uma das primeiras teorias sobre a tecnologia
aborda enfaticamente seu caráter transformador da
sociedade. Neder denominou essa corrente de
pensamento instrumentalista; segundo ele, ? este
seria como um suporte instrumental para realizar
valores e desejos, sendo os meios tecnológicos
neutros . Herdeira do otimismo com o progresso,
desde a filosofia do iluminismo do século XVIII, a
tecnologia materializa-se apenas em meios para
atingir determinados fins.
Excerto II
Na concepção de Agazzi, até os anos cinquenta
pode-se dizer que a ciência era considerada como o
campo de investigação desinteressada, imparcial, e
objetiva da verdade; como depósito do
conhecimento infalível, descontaminada de
pressões e influências externas. Bem estabelecida
por cima de todo conflito ideológico e disposta de
imediato a ajudar à humanidade a resolver qualquer
tipo de problema graças à riqueza de seus
instrumentos. O tom desse discurso se
potencializou tanto por meio da autonomia da
ciência em relação à sociedade quanto da sua
neutralidade.
Excerto III
Dagnino descreve a respeito da concepção da
neutralidade científica em sua obra. Para esse autor,
enquanto o Iluminismo difundiu o ideal da
neutralidade, o Positivismo, no século XIX,
potencializou novos desdobramentos dessa
percepção. Desvinculada do primado religioso, no
positivismo, a razão subverteria a subjetividade
para reproduzir a realidade fielmente,
principalmente, ao reforçar o caráter de verdade do
conhecimento científico. Assim, ainda segundo o
autor, ?[...] a neutralidade da ciência parte de um
juízo de que a ciência e a tecnologia não se
relacionam com o contexto no qual são geradas.
Assim, permanecer sempre isolada é um objetivo e
uma regra da boa ciência.
SILVA, G.B; BOTELHO, M. I. V. Ciência,
tecnologia e sociedade: apontamentos teóricos.
Temporalidades – Revista Discente do Programa de
Pós-Graduação em História da UFMG. v. 8, n. 1
(jan./maio 2016) – Belo Horizonte: Departamento de
História, FAFICH/UFMG, 2016. Disponível em:
Com base nos apontamentos teóricos expostos nos
excertos, podemos argumentar que os textos
demonstram:
Observe a imagem.
A Heráldica é uma ciência que estuda escudos e brasões de armas antigos. É considerada uma importante ciência
auxiliar da História. O estudo de brasões e escudos antigos é muito importante para as pesquisas históricas. Os
escudos e brasões podem revelar muitas informações importantes sobre um determinado período histórico. Em
relação ao escudo do município de Cascavel e a literatura relacionada a seus significados, assinale a afirmativa
correta.
A história cultural constitui uma narrativa na qual há a ênfase na dimensão cultural da experiência humana, em detrimento da
análise de base estrutural enfatizada pelo marxismo. A história cultural estabeleceu um diálogo com a antropologia simbólica, o que
“pode auxiliar o historiador a redirecionar seu empenho de resolver esses problemas e colocá-lo no caminho em busca de modelos
de significados.” (DARNTON, 1990, p. 195).
Sobre a HISTÓRIA SOCIAL, é incorreto afirmar que:
“Ogum, que conhecia o segredo do ferro,
não tinha dito nada até então. Quando todos os
outros orixás tinham fracassado, Ogum pegou o seu
facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno.
Os orixás, admirados, perguntaram a Ogum
de que material era feito tão resistente facão. Ogum
respondeu que era de ferro, um segredo recebido de
Orumilá.
Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha
dito nada até então. Quando todos os outros orixás
tinham fracassado, Ogum pegou o seu facão, de
ferro, foi até a mata e limpou o terreno.
Os orixás invejaram Ogum pelos benefícios
que o ferro trazia, não só a agricultura, mas como à
caça e até mesmo à guerra. Por muito tempo os
orixás importunaram Ogum para saber o segredo do
ferro, mas ele mantinha o segredo só para si.
Os orixás decidiram então oferecer-lhe o
reinado em troca de que ele lhe ensinasse tudo
sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a
proposta.
Os humanos também vieram a Ogum pedirlhe
o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o
conhecimento da forja, até o dia em que todo
caçador e todo guerreiro tiveram suas lanças de
ferro. [...]
Apesar de Ogum ter aceitado o comando
dos orixás, antes de mais nada ele era um
caçador.[...]
Os humanos que receberam de Ogum o
segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de
dezembro, celebram a festa de Uidê-Ogum. [...]
Ogum é o senhor do ferro para sempre.”
(disponível em:
http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?HC
D_chave=63, acesso em 1º de agosto de 2016).
A Lei n.º 10.639/03, ao alterar a Lei de Diretrizes e
Bases (Lei 9.934/96), tornou obrigatório o ensino
da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em
todas as áreas e em todos os níveis da educação.
Nesse sentido, a possível abordagem de um conto
da mitologia africana, como o apresentado acima,
atenderia aos seguintes objetivos, exceto:
A História da disciplina de história no currículo
nacional é marcada por idas e vindas, avanços e
retrocessos, continuidades e descontinuidades.
Neste sentido o debate historiográfico sobre a
disciplina de História(1), e o “estado da arte” têm
elucidado momentos da História onde as
perspectivas políticas, econômicas e socioculturais
interferem na relevância do componente curricular
e nas suas intencionalidades.
Tendo em vista o exposto, História da História no
currículo brasileiro, assinale a alternativa incorreta:
Quando se aborda o tema “História e diversidade e
gênero” no ambiente escolar, faz-se necessário
compreender que conceitos sobre
heterossexualidade, homossexualidade, entre
tantos, por vezes polêmicos e carregados de tabus,
precisam fazer parte do currículo escolar, pois só se
promove a dignidade da pessoa humana, tal qual
está posto nos artigos 1º e 3º da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988, a partir do
momento em que a visão de nossas construções
socioculturais do presente estão ligadas a outras
tantas que já existiram no passado, continuaram e
se diferenciaram.
Sobre a história da homossexualidade (1) assinale a
alternativa incorreta:
Para serem considerados fontes documentais válidas em uma pesquisa histórica, os documentos devem ser
O Programa de Catalogação de Processos Trabalhistas do TRT tem como função