As ideias de Anísio Teixeira influenciaram todos os setores da educação no Brasil e no sistema educacional da América Latina. Entre as suas contribuições, pode-se citar a criação do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador (que ainda existe até os dias atuais). O Centro foi a primeira experiência brasileira de promoção de educação:
O neuropsicólogo Alexander Luria, especializado em psicologia do desenvolvimento e colaborador de Vygotsky, chama a atenção para o papel de mediador da linguagem no processo de aprendizagem escolar. O autor lembra que uma das maiores fontes de equívocos dessa ordem é a diferença de sentido atribuída às palavras e aos conceitos por professores e alunos. E enfatiza a necessidade de se estabelecer uma estreita relação entre:
“O conceito de „Educação em Rede‟ envolve um desenho curricular flexível, sintetizado na expressão vigotskiana ensinar/aprender e na postura freiriana de sermos eternos aprendizes. A primeira, porque se refere ao processo no qual nos incluímos como aprendizes num contexto global de relações dialógicas.” (Margarita Gomez). A segunda, porque:
Segundo Gandin, o planejamento participativo, como instrumento e metodologia, isto é, como processo técnico, abre espaços para a dimensão política. As questões da qualidade, da missão e, obviamente, da participação são especialmente valorizadas. Mais do que isso, assumem um caráter de proposta de futuro para a instituição que se planeja, onde deve estar contido um ideal do campo de ação da instituição. Ainda segundo o autor, o planejamento participativo parte do pressuposto e do entendimento sobre o nosso mundo, em que é fundamental a ideia de que a nossa realidade é:
Para Vygotsky, as crianças pequenas dão nome a seus desenhos somente após completá-los; elas têm necessidade de vê-los, antes de decidir o que eles são. À medida que as crianças se tornam mais velhas, elas adquirem a capacidade de decidir previamente o que vão desenhar. Esse deslocamento temporal do processo de nomeação significa uma mudança na função da fala. Inicialmente, a fala segue a ação, sendo provocada e dominada pela atividade. Posteriormente, entretanto, quando a fala se desloca para o início da atividade, surge uma nova relação entre palavra e ação. Nesse instante a fala dirige, determina e domina o curso da ação; surge, então:
Segundo José Morán, a educação por meio da internet caracteriza-se por ser aberta, por definir um novo paradigma que busca educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica. Implica, ainda, em:
“Não se pode dizer que se avaliou apenas
por ter observado algo do aluno. Ou denominar por
avaliação apenas a correção de tarefas ou testes, e
o registro de notas. Nesse caso, não houve a
mediação, ou seja, a intervenção pedagógica,
decorrente da interpretação das tarefas, uma ação
pedagógica desafiadora e favorecedora à
superação intelectual dos alunos." (Jussara Hoffmann)
Para a autora, todo processo avaliativo tem que ter
por intenção:
“À revelia de toda conversa pedagógica, as coisas mudam sob a batuta do mercado. Infelizmente, estamos inseridos em sociedades que se movem pelo mercado. É forçoso reconhecer que a educação voltou a ser considerada importante, não por causa da construção e fortalecimento da cidadania” (Pedro Demo), mas porque:
Em 1936, Maria Montessori, em seu livro “Em Família”, afirmava que só existe uma maneira de ensinar, que é:
Segundo Gadotti, os educadores falham no momento em que confundem educação com obediência. São obedientes e tentam formar gente obediente e submissa. Educar não é consumir ideias, nem obedecer. Para o autor, educar é:
Leia o texto.
Numa aproximação maior com a produção do
aluno, foi percebido que o mesmo tem defasagem
na alfabetização, isto é, escreve em nível
silábico-alfabético e desconhece os processos de
multiplicação e divisão.
Para Jussara Hoffmann:
Tanto Piaget quanto Vygotsky sugerem, de maneira firme em seus estudos, a intervenção pedagógica desafiadora, seguindo o princípio de que o único bom ensino é o que acompanha o desenvolvimento dos alunos, salientando a importância da confiança mútua e da reciprocidade do pensamento educador/educando. Dessa forma, os dois estudiosos fundamentam o papel insubstituível do educador na construção do conhecimento:
“Todo sistema de ensino institucionalizado visa, em alguma medida, realizar de modo organizado e sistemático a inculcação dos valores dominantes e reproduzir as condições de dominação social que estão por trás de sua ação pedagógica.” (Alberto Tosi) Essa afirmação é baseada nas ideias de Bourdieu e Passeron, da década de 70, na França. A atualidade da formulação pode ser confirmada quando a desigualdade já está definida pelo(pela):
“O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoa ou situação.” (Luckesi) Segundo o autor, a avaliação escolar se destina:
O sociólogo Pedro Demo critica severamente os cursos de formação de Pedagogia. Dentre outras observações, diz que a Pedagogia fala de inovação e de necessidade de transformação, mas não sabe aplicá-la a si mesma. Para o autor, a pior consequência dessa situação é que, enquanto a Pedagogia fala de transformação mas nunca a faz, o mercado não fala, faz; tornando a educação: