[...]. Ainda assim, por tudo isto e muito mais, a Guerra Fria podia ter sido pior – muito pior. Começou com uma volta do medo e terminou com um triunfo da esperança, trajetória incomum
para grandes convulsões históricas. Podia perfeitamente ter sido de outra maneira, mas o mundo atravessou a segunda metade do século XX sem ver suas mais graves apreensões se concretizarem. Os binóculos de um futuro distante confirmaram isso, pois, se a Guerra Fria tivesse tomado um rumo diferente, talvez não sobrasse ninguém para olhar o passado com os
binóculos. [...].
(GADDIS, John Lewis. História da Guerra Fria. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.p. 258)
A Guerra Fria (1945 - 1991) marcou a divisão do mundo em dois blocos: um liderado pelos Estados Unidos e outro pela União soviética, gerando um conflito político-ideológico
Apresentando reflexões sobre o tempo e os usos da memória, Francisco Régis Lopes Ramos (2010) se debruça sobre as questões que permeiam o ensino de história e o patrimônio.
Dessa forma e refletindo sobre as questões que mobilizam a noção do ensino de história, memória e patrimônio para a superação de uma visão simplista, é correto afirmar:
O cinema, hoje, faz parte das preocupações dos historiadores. Não era assim na época em que foi criado. Segundo Marc Ferro, na ótica dos historiadores do início do século XX, o filme não era um documento histórico.
[...] Esse quadro começaria a mudar precisamente a partir da década de 1960, quando as relações teórico metodológicas entre cinema e história tornaram-se objeto sistemático por parte de alguns historiadores, especialmente, Marc Ferro e Pierre Sorlin, ligados à Escola dos Annales, no momento em que a historiografia ampliava seus horizontes e apresentava novos métodos de análise. [...] Mas, será a partir do final da década de 1980, pela influência da historiografia francesa, em especial, e pelo alargamento dos meios de comunicação de massa no país, que o cinema ganhará definitivamente espaço nas discussões pedagógicas, em livros e revistas científicas e em ações e programas de órgãos públicos ligados à educação.
NASCIMENTO, Jairo Carvalho do. Disponível em: <http://www.revistafenix.pro.br/PDF15/Artigo_05_%20ABRILMAIO-JUNHO_2008_Jairo_Carvalho_do_Nascimento.pdf>.Acesso em: 11 jul. 2019.
Nesse sentido, e refletindo sobre o ensino de história e o cinema, Jairo C. Nascimento assinala que surgem artigos e livros versando sobre:
Está correto o que se afirma nos itens:
Para que a música seja tomada como um eficiente instrumento de aprendizagem da História, que capte o espírito de um tempo, é importante que a música seja considerada como um
Em relação aos movimentos sociais ocorridos no Brasil do século XIX, são verdadeiras as afirmativas:
I- Sabinada - movimento rebelde que ocorreu na Bahia liderado por Francisco Sabino, trouxe à tona as tensões sociais que afligiram a sociedade brasileira.
II- Balaiada - liderada por homens pobres, mestiços e também escravos, lutavam contra a opressão praticada pelos governos da província do Maranhão.
III- Revolta dos Malês - levante de escravos mulçumanos na cidade de Salvador.
IV- Revolta de Canudos - movimento popular de fundo sócio-religioso que ocorreu no sertão da Bahia.
V- Revolução Farroupilha - levante de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, ocorrido na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
Maragogipinho, na Bahia, produz peças de barro e argila que encantam turistas. Os oleiros, como são chamados os artesãos que fabricam as peças, aprendem o ofício desde cedo, numa arte que é passada de pai para filho.
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 22 jul. 2015 (adaptado).
A transmissão desse tipo de ofício através das gerações tem como objetivo a
Os últimos anos da União Soviética (URSS) foram uma catástrofe em câmera lenta. A queda dos satélites europeus em 1989 e a relutante aceitação por Moscou da reunificação alemã demonstraram o colapso da União Soviética como potência internacional, mais ainda como superpotência. Em termos internacionais, a URSS era como um país derrotado após uma grande guerra — só que sem guerra.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
O processo mencionado no texto modificou a geopolítica mundial porque
O golpe de 1964 que instaurou uma ditadura no Brasil tinha como lógica a continuidade de um padrão de desenvolvimento dependente e associado (NETTO, 1998), e como pano de fundo, um pacto contrarrevolucionário que se refrata na divisão do poder: este é concentrado nas mãos de uma burocracia civil e militar que serve aos interesses consorciados dos monopólios imperialistas e nativos, integrando o latifúndio e deslocando uma determinada classe que condensava a burguesia nacional.
Esta classe tem como representante(s):
O Reino Unido retornou a colônia de Hong Kong à China em 1º de julho de 1997, quando o contrato de arrendamento dos Novos Territórios, firmado entre britânicos e chineses em 1898 e válido por 99 anos, expirou. Apesar de o contrato não se referir a Hong Kong, que havia sido entregue aos britânicos em 1842, era impossível separar Hong Kong dos Novos Territórios por causa do forte entrelaçamento econômico.
(www.terra.com.br, 05.09.2016)
Após a colonização britânica, a relação entre Hong Kong e China produziu
A construção da História enquanto ciência pelos positivistas durante o século XIX baseava-se na compreensão da narrativa histórica como
Considerados os povos mais antigos do continente africano, viviam de forma nômade, com a economia baseada no comércio, principalmente de tecidos, alimentos, sal, artesanato e joias. Usavam muito o camelo como meio de transporte de mercadorias, graças a resistência deste animal e de sua adaptação à vida no deserto. Durante as viagens, levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte da África.
O texto acima descreve as características culturais de qual dos seguintes povos africanos no mundo antigo?
“Antes do século XV, de acordo com o geógrafo grego Ptolomeu, o mundo consistia em Mediterrâneo oriental, parte da Europa meridional e segmentos do litoral da África do norte, ao sul do qual jazia um abismo sem fim, um inferno que ninguém ousava penetrar. Esse limitado conceito descritivo do mundo e de seu inferno adjacente, semelhante aquele exposto na Bíblia, viria a se tornar a imagem convencional da África. Entretanto, seria impossível negar que existiam diversas civilizações que o
mundo pretensamente consciente, isto é, a Europa ocidental, ignorava absolutamente.”
HAMENOO, Michael. A África na ordem mundial. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (org.). A matriz africana no mundo. São Paulo: Selo Negro, 2008. p. 109-110
Assim, entre os antigos povos, impérios ou civilizações africanas que os europeus desconheciam completamente até o século XV, encontra-se
“Aquele grande processo histórico-religioso do desencantamento do mundo que teve início com as profecias do judaísmo antigo e, em conjunto com o pensamento científico helênico, repudiava como superstição e sacrilégio todos os meios mágicos de busca de salvação, encontrou aqui sua conclusão.”
WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
A qual dos seguintes aspectos característicos da Idade Moderna europeia Max Weber se refere ao tratar desse processo de “desencantamento do mundo”?
“A América, de fato, foi inventada sob a espécie física de “continente” e sob a espécie histórica de “novo mundo”. Surgiu, pois, como um ente físico dado, já feito e inalterável, e como um ente moral dotado da possibilidade de realizar-se na ordem do ser histórico. Estamos na presença de uma estrutura ontológica
que, como a humana, pressupõe um suporte corporal de uma realidade espiritual.”
O’GORMAN, Edmundo. A Invenção da América. SP: UNESP, 1992. p. 199.
Em relação às consequências que a “descoberta” da América acarretou para a mentalidade europeia a partir do século XV, é correto afirmar que esta
“No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfarelar do barro, havia um longo gemido. Era o gemido lamentoso do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial, imunda, retrógrada, emperrada nas suas velhas tradições, estava soluçando no soluçar daqueles apodrecidos materiais que desabavam. Mas o
hino claro das picaretas abafava esse protesto impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas dos que ali estavam compreendiam bem o que elas diziam, no seu clamor incessante e rítmico, celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte!”
BILAC, Olavo. Crônica. Revista Kosmos, Rio de Janeiro, mar.1904.
“De uma hora pra outra, a antiga cidade desapareceu e outra surgiu como se fosse obtida por uma mutação de teatro. Havia mesmo na cousa muito de cenografia.”
BARRETO, Afonso Henriques de Lima. Os Bruzundangas. São Paulo: Brasiliense, 1956.
Observadores de sua época e partícipes do novo jornalismo que se levantava com toda a força no início do século XX, os cronistas Olavo Bilac e Lima Barreto comentavam a nova era de metamorfoseamento material e imaterial pela qual passava o Rio de Janeiro com posições diametralmente opostas.
Quanto as perspectivas adotadas por estes autores, é correto afirmar que