Ir para o conteúdo principal

Questões de Concurso – Aprova Concursos

Milhares de questões com o conteúdo atualizado para você praticar e chegar ao dia da prova preparado!


Exibir questões com:
Não exibir questões:
Minhas questões:
Filtros aplicados:

Dica: Caso encontre poucas questões de uma prova específica, filtre pela banca organizadora do concurso que você deseja prestar.

Exibindo questões de 9442 encontradas. Imprimir página Salvar em Meus Filtros
Folha de respostas:

  • 1
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 2
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 3
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 4
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 5
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 6
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 7
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 8
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 9
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 10
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 11
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 12
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 13
    • a
    • b
    • c
    • d
  • 14
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e
  • 15
    • a
    • b
    • c
    • d
    • e

Dentre os objetivos da Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva, é fundamental para a consecução da inclusão escolar considerar-se a conexão entre as diferentes áreas na formulação e na implementação das ações de 
educação, saúde, assistência, direitos humanos, transportes, trabalho, entre outras, a serem disponibilizadas às pessoas com 
transtorno do espectro autista, sendo tal abordagem caracterizadora de:

A construção de práticas educacionais especializadas depende de sólido conhecimento de aspectos e peculiaridades inerentes ao 
desenvolvimento e comportamento dos aprendizes superdotados/altas habilidades.

(Winner, 1998.)

São consideradas algumas dessas características, EXCETO:

Uma instrutora retoma o tema anterior, a construção da maquete de cidade com igreja, para contextualizar e prosseguir com 
o assunto em um atendimento de grupo para aprendizes surdos. Dessa forma, narra uma história, utilizando a maquete 
como apoio para os debates, focalizando, também, a praça da cidade. Em sala estão presentes, além da instrutora, os 
alunos surdos e uma pesquisadora.

IS. - FAZER IGREJA, LEMBRAR VOCÊS FAZER? CONVERSAR, LEMBRAR? VOCÊS CONHECER IGREJA, CONHECER VOCÊS. 
CONHECER? IGREJA CONHECER? (Mostra para Adélia a igreja na maquete) OK. 
(Uma das crianças faz um sinal que não é possível ver na vídeo-gravação) 
IS. - ONTEM? SEMANA ANTES HISTÓRIA EXPLICAR, CONVERSAR, IGREJA. LEMBRAR? CONHECER IGREJA? BOM. HOJE... 
Luana - ÁRVORE. 
IS. - CERTO! AGORA HISTÓRIA. 
(P. chama atenção das crianças para iniciar a história) 
IS. - AGORA HISTÓRIA VOCÊS OLHAR EU. HISTÓRIA COMEÇAR. AMIGO PASSEAR. 
P. - AMIGO QUANTOS? 
IS. - MUITOS AMIGO. 
P. - MUITOS? VOCÊ FALAR DOIS SEMANA ANTES. 
IS. - (Faz gesto positivo com a cabeça) DOIS. 
P. - OUTRA VEZ. TER-NÃO, MAS PODER IGUAL SEMANA ANTES. 
IS. - DOIS AMIGO PASSEAR PRAÇA. 
P. - (Olhando para as crianças) CONHECER PRAÇA? 
IS. - CONHECER PRAÇA? (Algumas crianças respondem que sim, outras que não)
P. - (Olhando para Luís Fábio) VOCÊ FEZ-CARA-DE SABER-NÃO. NÃO? CONHECER PRAÇA? NÃO? P. - (Para IS.) VOCÊ EXPLICAR. 
IS. - LEMBRAR PRAÇA VER ÁRVORE MUITAS? TER CHAFARIZ, TER PÁSSARO, COMER. CONHECER? PÁSSARO VER? 
(Muitas crianças fazem muitos sinais ao mesmo tempo) 
IS. - CHAFARIZ, PRAÇA. 
Diego - ÁRVORE. 
João - RUA. 
IS. - RUA-EM-VOLTA-DA-PRAÇA TER ÁRVORE, BANCO, DINHEIRO GUARDAR, CAIXA-ELETRÔNICO, SABER? TER MILHO, DAR 
PÁSSARO. TER IGREJA, VER JÁ? IGREJA (Mostra a igreja na maquete). P. - SABER JÁ? SINAL TER PRAÇA, SABER? 
IS. - PRAÇA. 
P. - TUDO, RUA-EM-VOLTA-DA-PRAÇA, ÁRVORE, PRAÇA, TER BANCO MUITOS, SABER? SABER? CERTO. (Como as crianças fazem 
sinal positivo com a cabeça, olha para IS.) - CONTINUAR. 
IS. - PRAÇA VER
OBS: IS, instrutora; P, pesquisadora; os nomes citados são de alunos surdos.

(Disponível em: https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/. Acesso em: novembro de 2024.)

Considerando as observações compatíveis com a análise do material apresentado, é INCORRETO afirmar que a pesquisadora:

O sintagma “necessidades especiais” não deve ser tomado como sinônimo de deficiências – intelectuais, sensoriais, físicas ou 
múltiplas –, pois abrange uma série de situações e/ou condições as quais qualquer um pode estar submetido em decorrência 
de uma limitação, temporária ou permanente, oferecendo obstáculos à vida em sociedade, considerando-se idade, sexo, fatores 
culturais, condições de saúde, quadros afetivo-emocionais, entre outros.

(FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, p. 32.)

Dito de outro modo, a fratura de uma perna, a senilidade, a depressão profunda ocasionada pela perda de um ente querido, 
a obesidade mórbida, a necessidade de uso permanente de medicamentos, órteses ou próteses, entre tantas outras adversidades a que se está sujeito, caracterizam uma situação de necessidades especiais e não se referem, necessariamente, a uma 
situação de deficiência. Fica evidente em todos esses exemplos que:

Ao final do ano letivo, uma escola que atende aos anos finais do ensino fundamental é procurada por cinco famílias de 
estudantes Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) para efetivar as suas matrículas. Na organização do trabalho pedagógico 
para o ano seguinte, a equipe gestora, juntamente com os docentes, planeja a enturmação dos novos estudantes PAEE. 
Considerando as orientações legais e as diretrizes da educação inclusiva, assinale a afirmativa correta.

Rios (2002, p. 47) destaca que o saber fazer bem tem uma dimensão técnica, a do saber e do fazer, isto é, do domínio dos 
conteúdos de que o sujeito necessita para desempenhar o seu papel; aquilo que se requer dele socialmente, articulado com 
domínio das técnicas, das estratégias que permitam que ele “dê conta do seu recado”, em seu trabalho. Mas é preciso saber 
bem, saber fazer bem [...]. Portanto, o saber e o fazer bem podem ser traduzidos no entendimento e na articulação consistente
das dimensões do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, nas dimensões “técnica”, “humana”, “política”, “ética” e “estética”, que atuam multidimensional e indissociavelmente, construindo aquilo que Candau (2014) denomina de didática fundamental. Sobre a dimensão “humana”, assinale a afirmativa correta.

Para Libâneo, “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos 
de organização e coordenação, em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo 
de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor definir as estratégias pedagógicas, 
conforme o objetivo a ser alcançado, criteriosamente adequado para as diferentes turmas, com flexibilidade suficiente, caso 
necessite de alterações. Para facilitar o delineamento dos conteúdos e seleção das estratégias de ensino, é importante considerar a tipologia dos conteúdos de aprendizagem – factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Sobre os conteúdos 
“procedimentais”, assinale a afirmativa correta. 

Uma empresa conta com 14 funcionários que se revezam mediante a uma escala para abrir e fechar a empresa todos os dias, inclusive aos domingos e feriados. Diariamente um funcionário diferente fica responsável por abrir e fechar a empresa, seguindo sempre a ordem estabelecida pela escala. Após todos os funcionários abrirem e fecharem a empresa, a escala recomeça no primeiro funcionário. Se o funcionário que ocupa a primeira posição dessa escala abrir a empresa no dia 1º de janeiro de 2021, a posição na escala do funcionário que irá abrir a empresa no último dia desse mesmo ano é:

Keila é Secretária de Educação e deseja verificar a possibilidade de implementar, pelo menos, uma das metodologias de ensino A e B nas escolas públicas municipais. Para tomar uma decisão, ela convocou um grupo de 40 professores que, após estudarem as metodologias A e B, optaram pela aprovação ou não de cada uma delas. Como resultado da pesquisa, 6 professores não aprovaram nenhuma das duas metodologias. Além disso, 30 professores aprovaram a metodologia A e 20 professores aprovaram a metodologia B. De acordo com o exposto, quantos professores aprovaram ambas as metodologias?

“_____________ é uma interface que conecta a Unidade de Processamento Central (CPU) à placa-mãe de um computador. 
Ele desempenha um papel crucial na interoperabilidade entre o processador e a placa-mãe, permitindo que o CPU se 
comunique com outros componentes do sistema.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.

Ao reconhecer que os indivíduos de uma nação, de uma comunidade, de um grupo compartilham seus conhecimentos, tais como 
a linguagem, os sistemas de explicações, os mitos e cultos, a culinária e os costumes, e têm seus comportamentos compatibilizados 
e subordinados a sistemas de valores acordados pelo grupo, dizemos que esses indivíduos pertencem a uma cultura.

(D’Ambrósio, 2007.)

O currículo é um conjunto de ideais, pois o mesmo deverá incorporar discussões sobre o ensino-aprendizagem, sobre os 
procedimentos e as relações sociais que fazem parte do mesmo cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem, 
sobre as mudanças que se deseja efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que procuram instigar e sobre quais as identidades deve-se construir dentro da escola.

(Candau, 2007.)

Sobre o exposto nos fragmentos de textos, na construção do currículo deve-se levar em conta os seguintes princípios básicos, 
EXCETO:

A palavra projeto está presente em diferentes contextos e com múltiplos sentidos. Sua origem vem do termo em latim projectum, 
que significa “algo lançado à frente”. Em um mundo que vive em constantes mudanças devido à evolução tecnológica e às 
especializações em diferentes áreas do saber, a escola tem o desafio de acompanhar as mudanças e utilizar os conhecimentos 
diversos, contextualizados e globalizados. Por isso, a proposta que inspira os projetos de trabalho está vinculada à perspectiva do 
conhecimento globalizado.

(Hernández; Ventura, 1998, p. 61.)

Ainda, sabe-se que a Pedagogia de Projetos surgiu no início do século XX com John Dewey, um filósofo norte-americano 
representante da “Pedagogia Ativa”. Sobre o exposto, NÃO é um dos princípios da Pedagogia de Projetos:

Lia é servidora pública lotada nos quadros da Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu, exercendo a função de Professora III; a Lei Municipal nº 3.526/2003 dispõe que os membros do magistério, a critério do prefeito e conveniência da Administração Municipal, farão jus, além daquelas previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos da Cidade de Nova Iguaçu, às seguintes vantagens especiais, a EXCEÇÃO de uma; assinale-a.

    O período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) foi um dos períodos mais deletérios da história do país, tanto por ter desmanchado a dinâmica do período democrático anterior, quanto pelos severos déficits que legou à questão dos direitos humanos. Além das questões dos crimes de lesa-humanidade, gerou severas sequelas para inúmeras searas da nossa sociedade, por exemplo, a cultura e a educação. Nas imbricações entre cultura, educação e direitos humanos, torna-se de fundamental importância o estudo acerca da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), evento político capitaneado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que ousou lutar contra o fascismo ditatorial do período.
    [...]
    A Guerrilha do Araguaia ocorreu entre os anos de 1972 e 1975, entre o sudeste do Pará e o norte do atual Estado do Tocantins, outrora Goiás, na denominada abrangência geográfica do Bico do Papagaio. O território fora escolhido para ser a centelha revolucionária capitaneada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a fim de colocar em xeque a ditadura vigente. A organização comunista possuía como ideário revolucionário as diretrizes chinesas emanadas por Mao Tse Tung, muito em voga nos anos 60 e denominado de maoísmo (AARÃO REIS FILHO, 1991). Em seu cerne, essa linha política preconizava as revoluções marxista-leninista de libertação nacional, do campo para cidade, melhor dito, o modelo chinês vislumbrava que a revolução seria camponesa e que cercariam as cidades com vista a derrubar a ditadura.
    Para tal empreitada, a direção comunista começou a encaminhar, após um primeiro treinamento na China e com muito cuidado, os seus militantes ao almejado enclave guerrilheiro. Chegaram à região no final dos anos 60, sendo ampliado o seu contingente após o Ato Institucional nº 5 (AI-5) de 1968. Com o acirramento do período ditatorial após o AI-5, instalouse no país um período extremamente repressivo, com prisões indevidas, mortes e aniquilamento dos oponentes da ditadura, logo, sobrando poucas brechas legais para o desenvolvimento de uma política legal. Assim, com o objetivo de salvaguardar a vida dos seus militantes, bem como dar o tônus à empreitada guerrilheira, o PCdoB começou a deslocar um maior quantitativo de militantes para o espaço do Bico do Papagaio a partir dos anos 70.
    Mesmo com todo o trabalho realizado, reiteramos, a repressão pegou de surpresa o nascedouro da guerrilha, antes dela conseguir fazer as articulações políticas com a população local de modo a construir uma base estratégica de sustentação. A região fora descoberta em 1972 e ficou deflagrada como uma zona de guerra, melhor dito, com aspecto de campo de concentração no arco espacial da guerrilha: ninguém poderia entrar e tampouco sair. Os primeiros a ser dizimados foram os guerrilheiros; após o massacre, a perseguição se estendeu à população campesina, com o intuito de que cessasse o apoio local aos comunistas: sem sucesso, haja vista que para os moradores locais os paulistas, como eram chamados os guerrilheiros, seriam tudo gente boa, estudada e prestadora de ajuda para o povo da região. Ou seja, a despeito de toda a campanha desferida pela corporação militar, chamando os comunistas de assassinos e bandidos, visando o divórcio entre a região e a Guerrilha, os paulistas mantinham o elo com a população local (...).
    O saldo da ação militar contra os comunistas e a população campesina foi extremamente cruel, contando com dezenas de desaparecidos políticos entre os guerrilheiros: o alto escalão da ditadura desferiu a sentença de morte e a ocultação de cadáver aos seus oponentes da Guerrilha do Araguaia (GASPARI, 2002). De igual modo, sentenciou uma violência extremada para os camponeses:           1) destacamos que houve tortura e prisão à população local do Bico do Papagaio e seu entorno,assim como 2) muitos trabalhadores da roça perderam as suas terras sob a justificativa que ajudaram a guerrilha. Portanto, legou à região uma chacina, amplificando o terror pelo medo e pela impunidade, ainda, somava-se com a constante violência impetrada pelos jagunços que continuaram trabalhando a serviço das forças armadas (CAMPOS FILHO, 2014; REINA, 2019).

(FIGUEIREDO, César Alessandro Sagrillo. A Guerrilha do Araguaia após o conflito: relatos, testemunhos e memória In Escritas e escritos (im)pertinentes na Amazônia: estudos de literatura, resistência, testemunho e ensino. Abilio Pachêco de Souza, César Alessandro Sagrillo Figueiredo e Helena Bonito Couto Pereira. Rio Branco: Nepan Editora, 2024, p. 49; 50-52)

Com base no texto, inferir sobre a Guerrilha do Araguaia implica reconhecer que:

  O período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) foi um dos períodos mais deletérios da história do país, tanto por ter desmanchado a dinâmica do período democrático anterior, quanto pelos severos déficits que legou à questão dos direitos humanos. Além das questões dos crimes de lesa-humanidade, gerou severas sequelas para inúmeras searas da nossa sociedade, por exemplo, a cultura e a educação. Nas imbricações entre cultura, educação e direitos humanos, torna-se de fundamental importância o estudo acerca da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), evento político capitaneado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que ousou lutar contra o fascismo ditatorial do período.
    [...]
    A Guerrilha do Araguaia ocorreu entre os anos de 1972 e 1975, entre o sudeste do Pará e o norte do atual Estado do Tocantins, outrora Goiás, na denominada abrangência geográfica do Bico do Papagaio. O território fora escolhido para ser a centelha revolucionária capitaneada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a fim de colocar em xeque a ditadura vigente. A organização comunista possuía como ideário revolucionário as diretrizes chinesas emanadas por Mao Tse Tung, muito em voga nos anos 60 e denominado de maoísmo (AARÃO REIS FILHO, 1991). Em seu cerne, essa linha política preconizava as revoluções marxista-leninista de libertação nacional, do campo para cidade, melhor dito, o modelo chinês vislumbrava que a revolução seria camponesa e que cercariam as cidades com vista a derrubar a ditadura.
    Para tal empreitada, a direção comunista começou a encaminhar, após um primeiro treinamento na China e com muito cuidado, os seus militantes ao almejado enclave guerrilheiro. Chegaram à região no final dos anos 60, sendo ampliado o seu contingente após o Ato Institucional nº 5 (AI-5) de 1968. Com o acirramento do período ditatorial após o AI-5, instalouse no país um período extremamente repressivo, com prisões indevidas, mortes e aniquilamento dos oponentes da ditadura, logo, sobrando poucas brechas legais para o desenvolvimento de uma política legal. Assim, com o objetivo de salvaguardar a vida dos seus militantes, bem como dar o tônus à empreitada guerrilheira, o PCdoB começou a deslocar um maior quantitativo de militantes para o espaço do Bico do Papagaio a partir dos anos 70.
    Mesmo com todo o trabalho realizado, reiteramos, a repressão pegou de surpresa o nascedouro da guerrilha, antes dela conseguir fazer as articulações políticas com a população local de modo a construir uma base estratégica de sustentação. A região fora descoberta em 1972 e ficou deflagrada como uma zona de guerra, melhor dito, com aspecto de campo de concentração no arco espacial da guerrilha: ninguém poderia entrar e tampouco sair. Os primeiros a ser dizimados foram os guerrilheiros; após o massacre, a perseguição se estendeu à população campesina, com o intuito de que cessasse o apoio local aos comunistas: sem sucesso, haja vista que para os moradores locais os paulistas, como eram chamados os guerrilheiros, seriam tudo gente boa, estudada e prestadora de ajuda para o povo da região. Ou seja, a despeito de toda a campanha desferida pela corporação militar, chamando os comunistas de assassinos e bandidos, visando o divórcio entre a região e a Guerrilha, os paulistas mantinham o elo com a população local (...).
    O saldo da ação militar contra os comunistas e a população campesina foi extremamente cruel, contando com dezenas de desaparecidos políticos entre os guerrilheiros: o alto escalão da ditadura desferiu a sentença de morte e a ocultação de cadáver aos seus oponentes da Guerrilha do Araguaia (GASPARI, 2002). De igual modo, sentenciou uma violência extremada para os camponeses:           1) destacamos que houve tortura e prisão à população local do Bico do Papagaio e seu entorno,assim como 2) muitos trabalhadores da roça perderam as suas terras sob a justificativa que ajudaram a guerrilha. Portanto, legou à região uma chacina, amplificando o terror pelo medo e pela impunidade, ainda, somava-se com a constante violência impetrada pelos jagunços que continuaram trabalhando a serviço das forças armadas (CAMPOS FILHO, 2014; REINA, 2019).

(FIGUEIREDO, César Alessandro Sagrillo. A Guerrilha do Araguaia após o conflito: relatos, testemunhos e memória In Escritas e escritos (im)pertinentes na Amazônia: estudos de literatura, resistência, testemunho e ensino. Abilio Pachêco de Souza, César Alessandro Sagrillo Figueiredo e Helena Bonito Couto Pereira. Rio Branco: Nepan Editora, 2024, p. 49; 50-52)

Com base no texto, é possível inferir que a repressão contra a guerrilha no Bico do Papagaio, na década de 1970, teve como objetivo principal:

© Aprova Concursos - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1482 - Curitiba, PR - 0800 727 6282