O currículo escolar requer uma organização do tempos/espaços em que a escola vai desenvolver os diferentes conhecimentos e valores que, durante a construção do seu Projeto Político Pedagógico – PPP, forem considerados necessários para a formação de seus alunos.
Isso é possível porque, com base no princípio da autonomia, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN (Lei n° 9394/1996) estabeleceu como incumbência da escola e de seus professores (Art. 12 e 13) a construção do PPP.
É na construção do PPP que a comunidade escolar deve estudar e debater, para poder estabelecer suas concepções de homem, de mundo, de sociedade, de conhecimento, de currículo, de avaliação e tantas outras, com o objetivo de criar referências e diretrizes próprias para as práticas que pretende implantar.
Dentre as formas de organização curricular, as mais frequentes nas escolas brasileiras são denominadas de:
O projeto político-pedagógico é um documento que define diretrizes, metas e métodos para que a instituição de ensino atinja os objetivos a que se propõe. O documento deve trazer, em detalhes, todos os objetivos, diretrizes e ações que serão valorizados durante o processo educativo, fim último da escola. Nesse sentido, o PPP precisa expressar claramente a síntese das exigências sociais e legais da instituição e os indicadores e expectativas de toda a comunidade escolar. O PPP funciona como um guia para as ações a serem desenvolvidas na escola. Fundamentalmente, devem constar, com clareza, os valores da instituição, sua situação presente e os caminhos que serão tomados para superar o que ainda não estiver bom.
Nesse documento, deverá ficar assegurada a:
No Brasil, assim como em outros países de colonização luso-espanhola, a "modelagem" da rotina escolar foi, inicialmente, uma construção jesuítica pensada sob a influência das escolas medievais. Elas foram traduzidas nas escolas por via de métodos formais que determinavam uma rígida organização de classes, horários, disciplinas, movimentos e atitudes. Tempos e espaços escolares são entendidos pelos religiosos como racionalidades instrumentais. São colocados a serviço de uma "ordem" que deveria ser estabelecida e, assim, controlada. Sem dúvida, a educação contemporânea, em muitos aspectos, se tornou mais complexa, porém a escola não deixou de se submeter às exigências de uma racionalidade marcada pela técnica, pela funcionalidade, pela objetividade e pela hierarquia.
A partir da segunda metade do século XX, vários pesquisadores têm denunciado essa lógica que concebe tempo e espaço como categorias que são objetivadas e controladas a critério dos interesses de classes, com as evidentes ampliação e disseminação da literatura, produzida, sobretudo, no âmbito:
Formado no campo da Psicologia e da Neurologia, o cientista norteamericano Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Até ali, o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI, criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911). O QI (quociente de inteligência) media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico-matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas.
Uma das consequências da valorização exclusiva da inteligência lógico-matemática, ainda hoje presente em muitas instituições escolares, é a tendência de definir o desempenho dos alunos:
Notícias sobre atos violentos e de intolerância chegam o tempo todo e, infelizmente, muitas delas vêm de dentro das escolas. A educação tem um papel importante como ponto de partida da evolução e revolução da sociedade, mas, muitas vezes, é palco de discussões ou ainda agressões em casos mais graves. A finalidade da mediação de conflitos escolares é a construção de uma atmosfera de cooperação, em que os alunos tornem-se efetivamente parte de uma comunidade e contribuam para que o ambiente seja amigo, acolhedor e democrático. O trabalho que se propõe às escolas não deve se resumir apenas à própria resolução de conflitos.
É imprescindível criar:
Os estudos sobre currículo nasceram nos Estados Unidos, onde se desenvolveram duas tendências iniciais. Uma mais conservadora, que buscava igualar o sistema educacional ao sistema industrial. E outra, que se preocupava com a construção da democracia liberal e considerava relevante a experiência das crianças e jovens, revelando uma postura mais progressista.
Na década de 1960 ocorreram grandes agitações e transformações. Nesse contexto começam as críticas àquelas concepções mais tradicionais e técnicas do currículo, e as teorias críticas do currículo efetuaram uma completa inversão nos fundamentos das teorias tradicionais.
Entre os estudos pioneiros está a obra de Althusser. Sua teoria diz que “a escola contribui para a reprodução da sociedade capitalista ao transmitir, através das matérias escolares, as crenças que nos fazem vê-la como boa e desejável”. Já a escola capitalista, “enfatiza a aprendizagem, através da vivência das relações sociais da escola, das atitudes necessárias para se qualificar um bom trabalhador capitalista”.
Dentre as críticas aos tipos de currículo vigentes, Bourdieu e Passeron afirmavam que o currículo estava baseado:
A Neurociência e a Psicologia Cognitiva se ocupam de entender a aprendizagem, mas têm diferentes focos. A primeira faz isso por meio de experimentos comportamentais e do uso de aparelhos como os de ressonância magnética e de tomografia, que permitem observar as alterações no cérebro durante o seu funcionamento. A segunda, considera o papel do cérebro, mas foca nos significados, nas subjetividades para explicar como os indivíduos percebem, interpretam e utilizam os conhecimentos adquiridos. As duas áreas permitem entender de forma abrangente o desenvolvimento da criança. Algumas conclusões neurocientíficas, ligadas à aprendizagem, dialogam diretamente com a Psicologia e a Pedagogia. Por exemplo, quanto à Memória, a Neurociência diz que a ativação de circuitos ou redes neurais se dá em sua maior parte por associação: uma rede é ativada por outra e assim sucessivamente. Para a Educação, esse fato se relaciona à ideia de que aprender não é só memorizar informações.
É também preciso saber:
A Comunicação Não Violenta é um processo de comunicação criado pelo psicólogo norte americano Marshall Rosenberg, a partir da década de 1960.
As adversidades que vivenciamos diariamente na nossa vida pessoal, profissional e familiar, se vistas com um outro olhar, livre de julgamentos e imposições e com uma linguagem mais empática e compassiva, seriam solucionadas de uma forma mais natural, em vez de fazer nascer novos conflitos.
A violência é despertada muitas vezes pela forma como nos comunicamos, pelo tom das palavras que utilizamos em determinadas ocasiões, mesmo que não consideremos a maneira de nos comunicarmos como “violenta”. Um conflito só permanece quando não se abre espaço para a escuta e o diálogo.
Não se trata de uma nova comunicação, com palavras novas, como também não é uma maneira de falar baixo ou de forma mansa. Até porque podemos nos comunicar de maneira educada, calma e contida, e essa comunicação ser cheia de ironia e cinismo.
A comunicação não violenta traz uma transformação na forma de:
Mikhail Bakhtin dedicou a vida à definição de noções, conceitos e categorias de análise da linguagem com base em discursos cotidianos, artísticos, filosóficos, científicos e institucionais. Um dos aspectos mais inovadores da produção de Bakhtin foi enxergar a linguagem como um constante processo de interação mediado pelo diálogo - e não apenas como um sistema autônomo.
"A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo.
Segundo essa concepção, a Língua só existe em função do uso que locutores e interlocutores fazem dela em situações de comunicação. O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos.
Além disso, para o autor, um enunciado é sempre modulado pelo falante:
O Conselho Escolar se constitui como órgão colegiado, com representatividade de todos os segmentos da comunidade escolar, que tem por objetivo fortalecer e ampliar a participação da comunidade, família, alunos, professores e funcionários para o bom funcionamento da escola. Cabe aos conselheiros, contribuir tanto para a organização e aplicação de recursos, como também para:
A poesia aborda diferenças entre as pessoas. A Base Nacional Comum Curricular - BNCC propõe o desenvolvimento de competências específicas que abordam o respeito às diferenças, como a que está apresentada a seguir:
“Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.”
Essa competência específica pertence a que área do conhecimento?
De acordo com o Decreto nº 258, de 29 de dezembro de 2014, que estabelece critérios para implantação, organização e funcionamento do Projeto de Educação em Tempo Integral e normatiza medidas a serem adotadas pelas Unidades de Ensino, em seu Artigo 6º, dispõe que as atividades a serem desenvolvidas no Projeto serão organizadas a partir:dos referenciais nacionais que, atualmente, são encontrados na Base Nacional Comum curricular.
Antes, nós tínhamos a escola regular e a escola especial, separadamente. A educação inclusiva aparece para acabar com essa separação. Ela é a educação especial dentro da escola regular com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com deficiência, favorecendo a diversidade.
A educação inclusiva não é a mesma coisa que a educação especial. A educação especial é uma modalidade de ensino que tem a função de promover o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, e que abrange todos os níveis do sistema de ensino, desde a educação infantil até a formação superior. Ela é responsável pelo atendimento especializado ao aluno e seu público-alvo são os alunos com algum tipo de deficiência (auditiva, visual, intelectual, física ou múltipla), com distúrbios de aprendizagem ou com altas habilidades (superdotados).
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo educativo deve ser considerado como um processo social, em que:
Segundo a Base Nacional Comum Curricular, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade.
Considere as seguintes afirmativas sobre um planejamento com foco na equidade.
I - Reconhece que as necessidades dos estudantes são diferentes, mas considera que não devem ser realizadas práticas pedagógicas inclusivas.
II - Exige um claro compromisso de reverter essa situação de exclusão histórica que marginaliza grupos e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria.
III - Requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).
IV - Não considera que a exclusão dos povos indígenas originários, das populações das comunidades remanescentes de quilombos e dos demais afrodescendentes é histórica.
São verdadeiras as seguintes afirmativas: