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Ao período Pré-Socrático pertencem os primeiros físicos de que temos informação. Este grupo se subdivide entre físicos pluralistas e físicos ecléticos, conforme se estruturam seus argumentos. Analise os itens abaixo e identifique os argumentos que jamais poderiam ter sido ditos por algum destes físicos pré-socráticos.
I. Segundo Empédocles, assim como para Parmênides, são impossíveis o nascer e o perecer, entendidos como um proceder do nada e um ir para o nada, porque o ser é, e o não-ser não é. O que os homens denominam de nascimento e morte não são mais que misturas e dissoluções de quatro substâncias (água, ar, terra e fogo), que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis. A novidade de Empédocles consiste em haver proclamado a inalterabilidade quantitativa e a “intransformabilidade” destas quatro realidades.
II. O filósofo atomista Carnéades afirmava a impossibilidade do não-ser e reitera que o nascer não é mais do que um “agregar-se das coisas que são”, e o morrer, um “desagregar-se das mesmas” ou, melhor dito, um “separar-se” das coisas.
III. Como é sabido, os filósofos atomistas afirmam que, ao faltar um critério geral e absoluto de verdade, desaparece também toda possibilidade de achar uma verdade particular. No entanto, não por isso, desaparece também a necessidade da ação. Precisamente para resolver o problema da vida, Leucipo e Demócrito propõem a famosa doutrina do provável.
IV. Anaxágoras se declara totalmente de acordo com a impossibilidade de que exista o não ser e que, portanto, nascer e morrer constituem acontecimentos reais: “Os gregos, no entanto, consideravam corretamente o nascer e o morrer: efetivamente, nenhuma coisa produz um processo de composição e de divisão: assim, para falar corretamente, haveria de se chamar ‘compor-se’ ao nascer, e ‘dividir-se’ ao morrer”.
V. Anaxágoras afirma que água, terra, ar e fogo não estão em condição de explicar as inúmeras qualidades que se manifestam nos fenômenos. Para ele, existem sementes ou elementos dos quais procedem as coisas, elas devem ser tantas como as inumeráveis quantidades de coisas: sementes que possuam formas, cores e gostos de todas as classes, isto é, infinitamente diversas.

O centro do Livro A República, de Platão, se encontra situado no celebérrimo Mito da Caverna. Paulatinamente o mito foi sendo interpretado como símbolo da metafísica, da gnosiologia, da dialética e, inclusive, da ética e da mística platônicas. Sem dúvida, este é o mito que melhor expressa todo o pensamento de Platão. Identifique se há verdade na interpretação do significado deste mito no que se segue.
I. Significa os distintos graus ontológicos da realidade, ou seja, os gêneros do ser sensível e suprassensível, junto com suas subdivisões: as sombras da caverna são as meras aparências sensíveis das coisas e as estátuas são as coisas sensíveis. O muro é a linha divisória entre as coisas sensíveis e as suprassensíveis. Mais além do muro, as coisas verdadeiras simbolizam o verdadeiro ser, e as ideias e o sol simbolizam a Ideia do Bem.
II. Simboliza os graus do conhecimento, em suas duas espécies e seus dois graus. A visão das sombras simboliza a eikasia ou imaginação e a visão das estátuas é a pistis ou crença. O passo desde a visão das estátuas até a visão dos objetos verdadeiros e a visão do sol – primeiro mediata, e logo imediata – representa a dialética em seus diversos graus e a pura intelecção.
III. Representa o aspecto ascético, místico e teológico do platonismo. A vida na dimensão dos sentidos e do sensível é a vida na caverna, enquanto que a vida na dimensão do espírito é a vida na plena luz. Ao passar do sensível até o inteligível está especificamente representado como uma libertação das ataduras, uma conversão. A visão suprema do sol e da luz em si é a visão do Bem e a contemplação do divino.
IV. Manifesta uma concepção política refinadamente platônica. Este filósofo nos fala de um regresso à caverna por parte daquele que se havia libertado das cadeias, e tal regresso tem como objetivo a libertação das cadeias que sujeitam a quem havia sido antes seus companheiros de escravidão.
V. O regresso do desacorrentado à caverna é, sem dúvida, o retorno do filósofo-político, que – se se limitasse a seguir a seus próprios desejos – permaneceria contemplando o verdadeiro. Em vez disso, superando seu desejo, desce para buscar salvar também aos demais. O verdadeiro político, segundo Platão, não ama o comando e o poder, mas usa o mando e o poder como um serviço, para levar a cabo o bem.

Agostinho é, de longe, o primeiro grande pensador da Filosofia Cristã. A sua tentativa de cristianizar o pensamento platônico nos rendeu obras memoráveis. Identifique qual(is) destas citações são de autoria do Bispo de Hipona.
I. “Em Deus nada tem um significado acidental, porque n’Ele não há acidentes; não obstante, nem tudo o que d’Ele se predica, predica-se segundo a substância. Nas coisas criadas e mutáveis, o que não se predica em um sentido substancial não pode ser predicado mais que em sentido acidental... Porém em Deus nada se predica em sentido acidental, porque n’Ele não há nada de mutável, e não obstante, nem tudo o que se predica, predica-se em um sentido substancial”.
II. “Cada coisa, pois, foi criada de acordo com sua própria razão ou ideia. E estas razões ou ideias, onde são encontradas se não é na mente do Criador? Com efeito, Deus não poderia contemplar algo que estivesse fora de si mesmo, com o intuito de tomá-lo como modelo para criar o que criava: seria um sacrilégio só pensá-lo”.
III. “A boa natureza não se encontra em um indivíduo, e sim porque este o quer assim, e seria de outra maneira se assim o quisesse: por isso, só se lhes aplicam um justo castigo aos defeitos naturais e não aos voluntários. A natureza se converte em mal, não porque se dirija para coisas más, e sim porque se dirige erroneamente, contra a ordem da vontade, a um ser inferior, afastando-se d’Aquele que é o Supremo”.
IV. “Por que, com efeito, a falaz fortuna leva a cabo tão notáveis vicissitudes? Aos inocentes lhes oprime a dura pena causada pelo delito, enquanto perversos desígnios se sentam em um alto trono, e os malfeitores, em um ímpio escambo, pisoteiam a cabeça dos justos. A clara virtude, rodeada por obscuras sombras, jaz oculta, e o justo redime as culpas dos iníquos”.
V. “É próprio de um grande coração recorrer em todas as coisas à dialética; porque o recorrer a ela é recorrer à razão; de modo que quem não recorre a ela, estando feito à imagem e semelhança de Deus segundo a razão, menospreza sua dignidade e não pode renovar dia-a-dia a sua imagem e semelhança de Deus”.

Apesar da crítica de alguns autores de que Kant não teria fundamentado a suposição de que “há dois troncos do conhecimento humano”, ele apresenta a sensibilidade e o entendimento como sendo estes dois troncos que “talvez brotem de uma raiz comum, mas desconhecida a nós”. A estas duas faculdades, o filósofo de Königsberg acrescenta, na segunda parte da Analítica Transcendental, a faculdade do juízo. Evidencie o que exista de errado nos itens abaixo que se propõem ser uma sinopse das três faculdades do conhecimento segundo Kant.
I. Enquanto o objeto da sensibilidade é dado por meio da afecção do ânimo, o objeto do entendimento, uma multiplicidade indeterminada da intuição, é pensado, isto é, determinado.
II. Na sensibilidade, a capacidade do ânimo de ser afetado se chama sensibilidade (receptividade). O efeito exercido pelo objeto, a matéria da sensibilidade, se chama sensação. Do lado do entendimento, a capacidade de determinar o objeto, isto é, de produzir representações por si mesmo se chama entendimento, a faculdade dos conceitos.
III. A relação com o objeto mediante a sensação chama-se pura (a priori), ao passo que a relação com o objeto mediante as categorias do entendimento se chama empírica (a posteriori).
IV. O objeto indeterminado (do ponto de vista conceitual) de uma intuição empírica é o fenômeno. O objeto (Gegenstand) como fenômeno determinado pelo entendimento se chama objeto (Objetk).
V. Na faculdade da sensibilidade, as formas puras da intuição são as categorias, ao passo que na faculdade do entendimento, os seus conceitos puros são o espaço e o tempo.

“Todos os homens, por natureza, tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações. De fato, eles amam as sensações por si mesmas, independente da sua utilidade e amam, acima de todas, a sensação da visão”. In: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2002, p.4 Analise as proposições abaixo.
I. Segundo Aristóteles, o mundo que pensamos observar à nossa volta é uma mera ilusão, pois a verdadeira realidade está oculta de nossos sentidos e só pode ser conhecida através da razão.
II. De acordo com Galileu, as cores são dependentes da mente e relativa a quem percebe, ou seja, não é em absoluto uma característica dos objetos externos, ou melhor, existe em nossas mentes.
III. Pelo fato de a extensão constituir a natureza do corpo e o que é extenso poder ser dividido em várias partes, representando com isto um defeito, Descartes conclui que Deus não é um corpo.
IV. Os objetos físicos estão além das ideias. É o que pressupõe Berkeley, afinal um objeto físico tal como uma cadeira não existe apenas na mente de quem observa.
V. É através de entidades mentais chamadas de ideias, que Locke acreditava que experimentamos o mundo físico indiretamente.

“Se desejarmos compreender o essencial da Técnica, não devemos partir da técnica da era mecanicista e ainda menos da enganadora noção segundo a qual é finalidade da técnica a concepção de utensílios e máquinas”. In: SPENGLER, Oswald. O homem e a técnica. 2ed. Trad. João Botelho. Lisboa: Guimarães Editores, 1993, p.39
Analise as proposições abaixo.
I. Para Spengler, a técnica é um fenômeno estritamente humano.
II. Conforme o filósofo Martin Heidegger, a técnica de máquinas até agora é o fenômeno mais visível da essência da técnica moderna, a qual é idêntica à essência da metafísica moderna.
III. Habermas e Marcuse partilham da mesma perspectiva em relação à técnica, pois ambos creem que a superação da técnica está no âmbito do trabalho e das relações de produção.
IV. Para Heidegger, a técnica tradicional e a técnica moderna são formas de desencobrimento.
V. Para Ortega y Gasset, entre a pedra usada pelo homem primitivo e a máquina mais moderna há uma diferença de qualidade, não de grau.

Melisso de Samos sistematizou a doutrina eleática com uma prosa clara e procedente com rigor dedutivo, corrigindo-a também em alguns pontos: em primeiro lugar, afirmou que o ser devia ser infinito (e não finito, como dizia Parmênides) porque não tem limites temporais nem espaciais e porque, se fosse finito, deveria limitar-se com o vazio, quer dizer, com um não-ser, o que é impossível. Na medida em que é infinito, o ser é, também, necessariamente uno. Além desta discordância de Melisso em relação a Parmênides, também se pode afirmar deste filósofo de Samos:
I. Outro ponto no qual Melisso de Samos retificou a Parmênides consiste na eliminação total da esfera da opinião, mediante uma reflexão de notável audácia especulativa.
II. Melisso afirmava que as múltiplas coisas, das que os sentidos parecem dar testemunho, existiriam na realidade e nosso conhecimento sensível seria veraz, com uma condição: cada uma destas coisas haveria de permanecer sempre tal como se nos apareceu a primeira vez, isto é, com a condição de que cada coisa permanecesse sempre idêntica e imutável como o Ser-Uno.
III. Sobre a base mesma do nosso conhecimento empírico, constatamos que as múltiplas coisas que são objeto de percepção sensível nunca permanecem idênticas: modificam-se, alternam-se, corrompem-se continuamente, de maneira muito diferente ao que exigiria o estatuto do ser e da verdade. Em consequência, há uma contradição entre o que, por um lado, reconhece a razão como condição absoluta do ser e da verdade e, por outro lado, o que testemunham os sentidos e a experiência.
IV. Melisso afrontou decididamente as refutações elaboradas pelos adversários e os intentos de ridicularizar a Parmênides. O procedimento que utilizou consistia em demonstrar que as consequências derivadas dos argumentos construídos para refutar a Parmênides eram ainda mais contraditórias e ridículas que as teses que pretendiam rechaçar. Ele descobriu, com isso, a refutação da refutação, vale dizer, a demonstração mediante o absurdo.
V. Melisso elimina a contradição mediante a negação da validade dos sentidos e do que os sentidos proclamam (em essência, porque os sentidos proclamam o não-ser), em exclusivo benefício do que proclama a razão. A única realidade, pois, consiste no Ser-Uno: o hipoteticamente múltiplo só poderia existir se fosse como Ser-Uno. Se os muitos existissem, deveria ser cada um como é o Uno.

O estudo da História da Filosofia revela certo lugar comum de raciocínio entre os sofistas, Sócrates, os socráticos e a medicina hipocrática. Este lugar é a descoberta do homem como ponto de partida da reflexão. Ainda que estes grupos de pensadores tenham apresentado teorias muito distintas e, muitas das vezes, opostas, o homem é, sem dúvida, o elemento fundamental de suas produções filosóficas. Identifique o que não pertence ao modo socrático de apresentar sua filosofia.
I.Para Sócrates, a finalidade prática de sua doutrina tem um aspecto notavelmente positivo: graças a ele, o problema educativo e o afã pedagógico passam a primeiro plano e assumem um novo significado. Sócrates se torna um divulgador da ideia segundo a qual a virtude não depende da nobreza do sangue e do nascimento, mas que se baseia no saber, assim se compreende porque, para Sócrates, a indagação da verdade estava necessariamente ligada a sua difusão.
II. De Sócrates se destacava o aspecto errante de sua filosofia e o não respeitar o apego a sua própria cidade, que para outros gregos era uma espécie de dogma ético. Neste sentido, Sócrates compreendeu que os estreitos limites da polis já não tinham razão de ser, convertendo-se sua filosofia em portadora de demandas panhelênicas e mais que cidadão de uma só cidade, sentiu-se cidadão da Hélade.
III. Sócrates ensinava a fortalecer o argumento mais débil que houvesse. Isto não quer dizer que Sócrates ensinasse a injustiça e a iniquidade em vez da justiça ou da retidão, e sim, simplesmente que ensinava a maneira em que – técnica e metodologicamente – era possível afiançar e conseguir a vitória do argumento que em uma discussão em certas circunstâncias determinadas, pudesse resultar mais débil.
IV. Para Sócrates, o ser não pode ser cognoscível. Na busca de provar esta afirmação, Sócrates diz que há coisas pensadas que não existem e coisas não pensadas que existem, o que prova, pois que há uma ruptura entre ser e pensar. Na suposição de que fosse pensável, o ser resultaria impensável.
V. Foi deveras original a interpretação de Sócrates sobre os deuses: estes são a encarnação do útil e do vantajoso: “Os antigos consideraram como deuses em virtude da vantagem que dele se emanava, ao sol, à lua, às fontes e, em geral, a todas as forças que nos servem para viver, como, por exemplo, o Nilo, no caso dos egípcios.”

De modo geral os padres, latinos anteriores a Agostinho se sentiram pouco atraídos pela filosofia e, quando se ocuparam dela, não criaram ideias verdadeiramente novas. Os primeiros apologistas tiveram uma formação jurídico-retórica ao passo que, para outros pensadores latinos, prevaleceram os interesses estritamente teológicos e pastorais. Identifique o que há de verdade no que se diz abaixo sobre os pensadores latinos.
I. O primeiro escrito apologético é de Octávio de Minucio Felix, para o qual interessam as coincidências entre os filósofos gregos e o cristianismo. Ele afirma que os filósofos gregos asseveram as mesmas coisas que são cridas pelos cristãos, mas isso não significa que os cristãos tenham seguido os passos dos gregos, mas porque eles se deixaram conduzir por um distante vislumbre que brilhou diante de seus olhos, graças à predicação dos profetas sobre a divindade.
II. Tertuliano afirmou que existe uma semelhança fundamental entre os filósofos e os cristãos: “existe uma semelhança fundamental entre o filósofo e o cristão: ambos são candidatos ao céu, ambos abominam a fama terrena e a venda de palavras, ambos custodiam a verdade.” Sendo assim, Tertuliano afirma que tanto em Atenas quanto em Jerusalém se busca a verdade com simplicidade de coração.
III. Tertuliano se mostra partidário da ontologia estóica. Para ele, o ser é corpo (nihil enim, si non corpus, nihil est incorporale, nisi quod non est). Para Tertuliano, Deus é corpo, ainda que sui generis, do mesmo modo que é alma, também é corpo.
IV. A filosofia mosaica de Ambrósio implicou na aquisição de novos conceitos ignorados pelo pensamento grego, começando pela noção de criação que é formulada pela primeira vez de um modo sistemático: Deus cria a matéria do nada e logo imprime nela a forma; para criar o mundo físico, Deus cria previamente o cosmos inteligível (as ideias) como modelo ideal, e este cosmos inteligível não é mais que o Logos de Deus no ato de formar o mundo.
V. O eixo central da filosofia de Cipriano é a noção de Logos, entendida em um triplo sentido: (A ) princípio criador do mundo; (B ) princípio de qualquer forma de sabedoria, que inspirou aos profetas e aos filósofos; (C ) princípio de salvação (Logos Encarnado).

Diferentemente de Aristóteles, que tinha por preocupação buscar conhecer o que o homem encontra, Kant busca tratar da própria “possibilitação” do encontro conforme ele seja mediado pela subjetividade humana. Isto é o cerne da reviravolta copernicana do pensar que apresenta uma nova configuração para a ciência primeira. A proposta kantiana acerca do conhecimento humano não é mais a pergunta pelo ente enquanto ente, mas como tematização da subjetiva humana: buscando as condições de possibilidades de todo o pensar, este é o cerne do pensamento crítico de Immanuel Kant. Analise os itens abaixo e destaque entre eles o que pertence ao Filósofo de Königsberg.
I. “... o espaço e o tempo são apenas formas da intuição sensível, isto é, somente condições da existência das coisas como fenômenos e que, além disso, não possuímos conceitos do entendimento e, portanto, tampouco elementos para o conhecimento das coisas senão quando nos pode ser dada a intuição correspondente a esses conceitos”.
II. “Não podemos ter conhecimento de nenhum objeto, enquanto coisa em si, mas tão somente como objeto da intuição sensível (...); de onde deriva, em consequência, a restrição de todo o conhecimento especulativo da razão aos simples objetos da experiência”.
III. “Para conhecer um objeto é necessário poder provar a sua possibilidade (seja pelo testemunho da experiência a partir da sua realidade, seja a priori pela razão) Mas posso pensar no que quiser desde que não entre em contradição comigo mesmo, isto é, desde que o meu conceito seja um pensamento possível, embora não possa responder que, no conjunto de todas as possibilidades, a esses conceito corresponda ou não também um objeto.”
IV. “Portanto, a primeira e mais importante tarefa da filosofia consistirá em extirpar de uma vez para sempre a busca de conhecimentos que tomem por base qualquer influência nefasta da experiência e da razão pura, agindo dessa forma, ao contrário do que pensa Hume, estaremos estancando a fonte dos erros”.
V. “A crítica não se opõe ao procedimento dogmático da razão no seu conhecimento puro, enquanto ciência (pois esta é sempre dogmática, isto é, estritamente demonstrativa, baseando-se em princípios a priori seguros), mas sim ao dogmatismo, quer dizer à presunção de seguir por diante apenas com um conhecimento puro por conceito (...). O dogmatismo é, pois o procedimento dogmático da razão sem uma crítica prévia da sua própria capacidade.”

O filósofo Martin Heidegger inaugurou, com sua obra Ser e Tempo (1927), um vocabulário próprio a fim de desenvolver o projeto da analítica existencial, qual, por sua vez, necessitou se libertar da linguagem viciada da filosofia tradicional para realização do seu empreendimento ontológico-fenomenológico.
Identifique qual(is) destas citações são de autoria e/ou caracterizam o pensamento de Heidegger.
I. “O ser é sempre o ser de um ente”.
II.“Um ente só poderá tocar um outro ente simplesmente dado dentro do mundo se, por natureza, tiver o modo do ser-em, se, com sua pre-sença, já se lhe houver sido descoberto um mundo”.
III.“Mundanidade é um conceito ontológico e significa a estrutura de um momento constitutivo do ser-no-mundo.” IV.“O homem se mostra como um ente que é no discurso”.
V.“O modo de ser da abertura se forma na disposição, compreensão e discurso. O modo de ser cotidiano da abertura se caracteriza pelo falatório, curiosidade e ambiguidade.”

“A metafísica funda uma era, na medida em que, através de uma determinada interpretação do ente e através de uma determinada concepção da verdade, lhe dá o fundamento de sua figura essencial. Este fundamento domina por completo todos os fenômenos que distinguem essa era”. In: HEIDEGGER, Martin. Caminhos de floresta. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002, p.97 Analise as proposições abaixo.
I. A história da metafísica pode ser dividida em três grandes períodos: período que vai de Platão e Aristóteles (séculos IV e III a.C.) até David Hume (séc. XVIII d.C.); período que vai de Kant (séc. XVIII) até a fenomenologia de Husserl (séc. XX); metafísica ou ontologia contemporânea, a partir dos anos 20 do século XX.
II. A ontologia contemporânea em vez de oferecer uma explicação causal da realidade, é uma descrição das estruturas do mundo e do nosso pensamento, a exemplo das obras de Martin Heidegger (Ser e Tempo) e de Jean-Paul Sartre (O Ser e o Nada).
III. O corta-papel é, por exemplo, simultaneamente, um objeto que é produzido de certa maneira e que, por outro lado, tem uma utilidade definida: seria impossível imaginarmos um homem que produzisse um corta-papel sem saber para que tal objeto fosse servir. Este é um exemplo propriamente sartreano para caracterizar como a essência pode preceder a existência.
IV. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo.
V. Para os existencialistas, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la, pois a existência precede a essência.

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