“Um sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações – e torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas, graças às transferências analógicas de esquemas”. A definição acima se refere ao conceito sociológico de
Analise os trechos a seguir.
I. Formas de poder exercidas pelos sujeitos dominantes sem a
ação física direta, mas pela imposição de uma visão de
mundo, dos papéis sociais, das categorias cognitivas, das
estruturas mentais por meio das quais o mundo é percebido
e pensado.
II. Mecanismo de poder no qual técnicas disciplinares de
controle concorrem para o estabelecimento de um padrão de
normalidade que é, ao mesmo tempo, um dispositivo de
poder e uma forma de saber.
Os trechos citados descrevem, respectivamente, dois conceitos
sociológicos definidos como
O processo de globalização, em curso desde o final da década de 1980, incluiu a difusão dos fluxos econômicos em escala planetária, em decorrência da mundialização do capitalismo. Nesse sentido, a economia globalizada
“Não só os intelectuais transformaram política em
racionalidade, mas a proclamação das virtudes da
racionalidade constituiu uma expressão de seu
otimismo e serviu para alimentar o otimismo de
todos. Seu credo era: à medida que avançamos na
direção de uma compreensão mais verdadeira da
realidade, avançamos consequentemente na direção
de uma melhor governança da sociedade real e,
assim, da realização mais plena do potencial
humano. Como modo de construção do saber, a
ciência não se limitou a construir-se sobre essa
premissa; ela se propôs como método mais seguro
de realizar a busca racional.” (WALLERSTEIN, I.
“Ciência Social e Sociedade contemporânea. As
garantias evanescentes de racionalidade” In: O Fim
do Mundo como o concebemos. Ciência Social
para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2002)
Na passagem acima, o sociólogo contemporâneo
Immanuel Wallerstein faz referências ao otimismo
que o fortalecimento da ciências, de um modo
geral, bem como o surgimento das Ciências
Sociais, de modo mais específico, propiciaram no
contexto da consolidação da sociedade capitalista.
Nesse sentido, qual, ou quais, das correntes
sociológicas que surgiram entre os séculos XIX e
XX seria, ou seriam exemplos desse otimismo?
Os discursos ou as teorias científicas são
desenvolvidos através de um conjunto de técnicas e
de experimentos no intuito de compreender ou
resolver um problema anteriormente apresentado.
As Ciências Sociais, por exemplo, possuem, entre
suas diferentes missões, o objetivo de investigar os
problemas sociais que vivenciamos durante o nosso
cotidiano. Tais ciências procuram fazê-lo de modo
sistematizado, diferentemente do Senso Comum,
embora o antropólogo estadunidense Clifford
Geertz apontá-lo também como um conhecimento
importante, justamente porque é comum à
sociedade como um todo. Diante das suas
diferenças, ou mesmo aproximações, aponte a
alternativa correta sobre o conhecimento científico
e o senso comum.
O sociólogo Imannuel Wallerstein argumenta que
“o discurso do liberal tende assim a ser temeroso da
maioria, temeroso dos sujos, dos ignorantes, das
massas. Não há dúvidas, o discurso do liberal tece
sempre imensos louvores ao potencial de
integração dos excluídos, mas é sempre de uma
integração controlada que está falando, de uma
integração nos valores e estruturas dos já incluídos.
Contra a maioria, o liberal está sempre defendendo
a minoria. Mas não é o grupo minoritário que ele
defende, é sim a minoria simbólica, o indivíduo
racional heroico contra a multidão – isto é, ele
mesmo.” (WALLERSTEIN, I. “Ciência Social e
Sociedade contemporânea. As garantias
evanescentes de racionalidade” In: O Fim do
Mundo como o concebemos. Ciência Social para o
século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2002)
Já o cientista político italiano Norberto Bobbio diz
que os “ideais liberais e o método democrático
vieram, gradualmente, se combinando num modo
tal que, se é verdade que os direitos de liberdade
foram desde o início a condição necessária para a
direta aplicação das regras do jogo democrático, é
igualmente verdadeiro que, em seguida, o
desenvolvimento da democracia se tornou o
principal instrumento para a defesa dos direitos a
liberdade.” (BOBBIO, N. “Liberalismo e
Democracia”. São Paulo: Brasiliense, 1994)
Apesar das diferentes visões sobre o Liberalismo e
a Democracia apresentadas acima, analise as
seguintes afirmações:
I. Os ideais liberais e democráticos, a despeito de
suas origens, influenciam o ordenamento
político das sociedades ocidentais;
II. Liberalismo e Democracia, doutrinas políticas
que surgiram em momentos diferentes da
História, são bases para o que se chama de
Pensamento Liberal Democrático;
III. Liberalismo é uma doutrina política
incongruente com o ideal igualitário, que
caracteriza a tradição democrática.
Nesse sentido, é correto que se afirma em:
“É a diversidade que deve ser salva. É necessário,
pois, encorajar as potencialidades secretas,
despertar todas as vocações para a vida em comum
que a história tem de reserva; é necessário também
estar pronto para encarar, sem surpresa, sem
repugnância e sem revolta, o que estas novas
formas sociais de expressão poderão oferecer de
desusado. A tolerância não é uma posição
contemplativa dispensando indulgências ao que foi
e ao que é. É uma atitude dinâmica, que consiste
em prever, em compreender e em promover o que
se quer ser.” (LÉVI-STRAUSS, C. “Raça e
História”. In: Antropologia Estrutural Dois. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993)
Lévi-Strauss escreveu “Raça e História”, a pedido
da UNESCO no contexto pós-Segunda Guerra
Mundial, defendendo a diversidade cultural como
um grande patrimônio e para pôr fim à ideia de
superioridade por parte de alguns povos. Nesse
sentido, o estudo das culturas e povos diferentes
que a antropologia fez ao longo de sua história é de
fundamental importância. E o entendimento desses
povos e/ou culturas diferentes só é possível graças
ao desenvolvimento de um método muito típico da
antropologia. Este método é o:
Analise as afirmações a respetio do movimento
sindical brasileiro:
I. Na era Vargas o Ministério do Trabalho
procura expandir as conquistas do operariado
para além dos limites do Estado burguês.
II. Na década de 1990, o sindicalismo refluiu para
uma ação localizada, fragmentada por setor
econômico e por empresa.
III. O chamado sindicalismo propositivo promove
nos anos 2000, uma transição de uma postura
combativa e conflitiva, para uma postura mais
adepta à negociação com empresários e
governo.
Assinale a alternativa que representa o julgamento
correto das assertivas:
Analise as afirmações sobre as relações raciais no
Brasil.
I. A sociedade é tão injusta, desigual e
competitiva que se produz o preconceito como
uma técnica política de poder. No limite, o
preconceito racial é uma técnica da
dominação.
II. A racialização do mundo está em curso. Numa
reflexão sobre a questão racial no Brasil somos
obrigados a reconhecer que, simultaneamente,
está havendo algo de diferentes gradações em
muitas partes do mundo e que esses surtos de
diferentes manifestações de racismo e
intolerância estão imbricados com a dinâmica
da sociedade.
III. Na verdade, o movimento negro hoje está
bastante diversificado e podemos dizer que está
orientado para diferentes situações: alguns são
politizados, outros são quilombistas no sentido
de regressar às origens e tradições africanas;
outros, mais liberais, se movimentam no
sentido de conseguir maior mobilidade na
sociedade aproveitando as brechas que esta
abre para uma integração mais plena.
Assinale a alternativa que representa o autor das
frases.
Muitos sociólogos pesquisaram extensivamente a respeito das consequências potenciais da divisão do trabalho – tanto para os trabalhadores em termos individuais, quanto para toda a sociedade. Para Karl Marx, a industrialização e o assalariamento dos trabalhadores resultaram na
Em “As Etapas do Pensamento Sociológico” (2002), Raymond Aron afi rma que cada autor por ele tratado como “primeira geração da sociologia” possui uma concepção da sociedade moderna e de seus desafi os e tendências. Nesse sentido, Aron afi rma que, para Tocqueville, a sociedade moderna seria caracterizada pela:
Segundo Durkheim (s/d.), “Éuma ilusã o acreditar que podemos educar nossos fi lhos como queremos”. Para o autor, o que determina o tipo de educação em cada sociedade:
Para Marx e Engels “A história de todas as sociedades até nossos dias é a história da luta de classes”. A clássica afi rmação, presente no Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, apresenta a defi nição dos autores para como ocorrem, em sociedade, os processos de mudança e transformação. Em tal perspectiva, denominada materialismo histórico, a relação entre opressores e oprimidos é marcada:
Para Durkheim, “Não há povo em que não exista certo número de ideias, sentimentos e práticas que a educação deve inculcar a todas as crianças, indistintamente, seja qual for a categoria social a que pertençam”. Émile Durkheim é considerado um pensador preocupado com a questão da ordem social. Em seus estudos sobre Educação, destaca que a importância desta, em relação à vida social, é de ter uma função:
Em “O mal-estar na pós-modernidade”, Bauman (1998) apresenta os ‘tipos’ que personifi cam o período contemporâneo: o turista e o vagabundo, em oposição aos ‘tipos’ modernos; os arrivistas e os párias que, como nômades, são caracterizados por estar sempre em movimento, mas buscando um lugar para permanecer. Nesse sentido, o que caracterizaria a pós-modernidade para o autor é: