No livro "Condição Pós-moderna", David Harvey defende a existe uma relação entre a ascensão de formas culturais pósmodernas, a emergência de modos mais flexíveis de acumulação e um novo ciclo de compressão do tempo-espaço na organização do capitalismo. De acordo com este autor, o advento da pós-modernidade coincide com a crise de qual sistema de produção capitalista?
Zygmunt Bauman é um destacado sociólogo contemporâneo que empregou a ideia de formas líquidas para caracterizar dinâmicas das sociedades contemporâneas. Em relação a estas formas líquidas, assinale a alternativa abaixo não representa a “liquidez” de Bauman.
Em “O mal-estar na pós-modernidade”, Bauman (1998) apresenta os ‘tipos’ que personifi cam o período contemporâneo: o turista e o vagabundo, em oposição aos ‘tipos’ modernos; os arrivistas e os párias que, como nômades, são caracterizados por estar sempre em movimento, mas buscando um lugar para permanecer. Nesse sentido, o que caracterizaria a pós-modernidade para o autor é:
Conforme a análise de André Gorz a respeito do capitalismo avançado, as crises ambientais tendem ao agravamento em função:
Falar de uma cultura do consumo é considerar os valores dominantes de uma sociedade como valores que não só são organizados pelas práticas de consumo, mas também, de certo modo, derivados delas. Por conseguinte, poderíamos descrever a sociedade contemporânea como materialista, como uma sociedade transformada em mercadoria ou como uma sociedade de escolhas e da soberania do consumidor. (SLATER, Don. Cultura do consumo e modernidade. São Paulo: Nobel, 2002. p. 32) De acordo com o autor, a cultura do consumo é um fenômeno tratado por perspectivas teóricas opostas que enfatizam, respectivamente,
Tratando das incertezas geradas no contexto da Modernidade Tardia, a teoria da sociedade de risco postula que o controle dessas incertezas implica:
A sociedade tradicional está por definição virada para o próprio passado, e o seu presente é esse passado. E porque as coisas se passam assim, não existe a “história” propriamente dita; a continuidade entre o ontem e o hoje obscurece a consciência das diferenças entre o que “foi” e o que “é”. A existência de uma ciência histórica pressupõe, pois, um mundo em mutação, e de modo muito particular um mundo no qual homens considerem o passado como um fardo de que urge libertarem-se. (GIDDENS, A. Capitalismo e moderna teoria social. 7. ed. Lisboa: Presença, 2000. p. 17) Considerando o argumento apresentado pelo autor, o objeto de reflexão da sociologia pressupõe um padrão de conduta caracterizado pelo/pela:
De fato, quando o sociólogo se limita a tomar à sua conta os objetivos de reflexão do senso comum e a reflexão comum sobre esses objetivos, não tem mais nada a opor à certeza comum de que pertence a todos os homens falarem de tudo o que é humano e julgarem qualquer discurso, até mesmo científico, sobre o que é humano. (BOURDIEU, P.; CHAMBOREDON, J. C.; PASSERON, J.C. Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 36) De acordo com a perspectiva apresentada, o conhecimento sociológico demanda cuidados metodológicos para que se preserve:
Boaventura de Sousa Santos, em “Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade” (1994), argumenta que o pós-marxismo da década de 1980 teria como traço principal ser “antirreducionista, antideterminista e processualista”. Como exemplo de tal pós-marxismo, destaca, fora dos países centrais, os estudos sobre novos movimentos sociais e sobre a transição democrática na América Latina e os estudos sobre contextos coloniais e pós-coloniais, na Índia. Segundo ele, o reducionismo econômico seria criticado por não permitir a contextualização, em seus próprios termos, de fatores:
Após a 2ª Guerra Mundial, o campo da teoria social estava bastante centralizado em torno do que Giddens e Turner (1999), em “Teoria Social Hoje”, defi niram como ‘empirismo lógico’, ou seja, que a ciência social deveria ter os mesmos critérios de validade e procedimento que a ciência natural. A partir dos anos 1970, contudo, os autores identifi cam uma ‘mudança decisiva’ no campo, resultado de novas abordagens teóricas inclusive no campo da ciência natural. A consequência dessa ‘mudança decisiva’ foi:
“Os mal-estares da pós-modernidade provêm de uma espécie de liberdade de procura do prazer que tolera uma segurança individual pequena demais”. Ao comparar a pós-modernidade, como defi nida acima, com a modernidade, que seria caracterizada por menos liberdade e mais segurança (e mal-estar), Bauman (1998) busca analisar a atualização do importante conceito sociológico de:
A sociedade pós–moderna tem, entre suas marcas, a multiplicidade de identidades
culturais, sociais e políticas, e o pluralismo e diversidade que daí resultam. Boaventura
Santos faz um paralelo entre sociedade pós–moderna e ciência pós–moderna, ao explicitar
que no "plano analítico, a reflexão sobre o paradigma da ciência pós–moderna deve ser
completada pela reflexão sobre o paradigma da sociedade pós–moderna".
Para ele, esse paradigma científico pós–moderno
“Habitus não é destino. Habitus é uma noção que me auxilia a
pensar as características de uma identidade social, de uma
experiência biográfica, um sistema de orientação ora consciente
ora inconsciente. Habitus é como uma matriz cultural que
predispõe os indivíduos a fazerem suas escolhas".
(SETTON, Maria da Graça Jacintho. "A Teoria do Habitus em Pierre Bourdieu: uma
leitura contemporânea". Revista Brasileira de Educação, nº 20, 2002, p. 61.)
Com base na definição de habitus citada, analise as afirmativas a
seguir.
I. A noção de habitus permite identificar as estruturas
condicionantes do comportamento humano que são
exteriores e anteriores à prática social.
II. O habitus não é produto da história, é uma identidade fixa,
uma subjetividade própria da humanidade, que se revela ao
sociólogo ao analisar as relações sociais.
III. O conceito de habitus permite apreender as relações de
afinidade entre o comportamento dos agentes e as estruturas
sociais condicionantes.
Assinale:
Sobre a escola como uma das instituições transmissoras de
cultura na sociedade capitalista, segundo a perspectiva
sociológica de Bourdieu, analise as afirmativas a seguir.
I. Diferenças de código cultural, como, por exemplo, modos de
falar e de agir, são reproduzidas culturalmente na escola,
fazendo dessa instituição um espaço que democratiza o
convívio com competências culturais variadas, diluindo as
diferenças de aprendizado anterior.
II. O processo pedagógico é um exercício de violência simbólica,
na medida em que impõe o reconhecimento e a legitimidade
de uma única forma de cultura, desconsiderando e
inferiorizando a cultura dos segmentos populares.
III. Como espaço de reprodução de estruturas sociais e de
transferência de capitais de uma geração para a outra, a
escola é o espaço onde o legado cultural da família se
transforma em legado econômico, relacionado à
possibilidade de a educação prover ascensão econômica e
social.
Assinale:
Em seu livro "O cativeiro da terra", José de Souza Martins demonstra que as teorias e as
pesquisas sociológicas podem ser usadas para entender que campo da atividade humana
é a
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