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PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.

BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer

falar com você.

EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá

fora, mas não quero falar com ele.

BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.

EURICÃO: Você que é noiva dele. Eu, não!

BENONA: Isso são coisas passadas.

EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi

meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro,

se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um

patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece

que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco

atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia.

Vive farejando ouro, como um cachorro da molest'a,

como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele

está enganado. Santo Antônio há de proteger minha

pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).

Nesse texto teatral, o emprego das expressões " o peste" e "cachorro da molest'a", contribui para

Receita

Tome-se um poeta não cansado,

Uma nuvem de sonho e uma flor

Três gotas de tristeza, um tom dourado,

Uma veia sangrando de pavor.

Quando a massa já ferve e se retorce

Deita-se a luz dum corpo de mulher,

Duma pitada de morte se reforce,

Que um amor de poeta assim requer.

Os gêneros textuais caracterizam-se por serem

relativamente estáveis e podem reconfigurar-se em

função do propósito comunicativo. Esse texto constitui

uma mescla de gêneros, pois


No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as

definições apresentadas e o processo de construção do

texto indica que o(a)

eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e

minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe

morava no Piauí com toda família... né... meu... meu

avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um

acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco

anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho...

tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar

no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava...

com um número de funcionários cheio e ele teve que ir

para outro local e pediu transferência prum local mais

perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam

e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né...

e meu... e minha família veio parar em Mossoró que

era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra

funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do

meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram

onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é

lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né...

e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma

coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer...

namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete

anos de casados…

CUNHA, M. A. F. (Org.). Corpus, discurso & gramática: a língua falada

e escrita na cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998

Na produção dos textos, orais ou escritos, articulamos as

informações por meio de relações de sentido. No trecho

de fala, a passagem “brigaram... é lógico... porque todo

relacionamento tem uma briga", enuncia uma justificativa

em que "brigaram" e "todo relacionamento tem uma briga"

são, respectivamente,

Sem acessórios nem som

Escrever só para me livrar

de escrever.

Escrever sem ver, com riscos

sentindo falta dos acompanhamentos

com as mesmas lesmas

e figuras sem força de expressão

o pensamento pesa

tanto quanto o corpo

enquanto corto os conectivos

corto as palavras rentes

com tesoura de jardim

cega e bruta

com facão de mato.

Mas a marca deste corte

tem que ficar

nas palavras que sobraram.

Qualquer coisa do que desapareceu

continuou nas margens, nos talos

no atalho aberto a talhe de foice

no caminho de rato.

Nesse texto, a reflexão sobre o processo criativo aponta

para uma concepção de atividade poética que põe em

evidência o(a)

Galinha cega

O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a,

lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a

Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe atirou mais

milho. A galinha continuou a bicar o chão desorientada.

Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse.

Mas não conseguiu com o gasto de milho, de que as

outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela

desorientação. Que é que seria aquilo, meu Deus do

céu? Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se

soubesse quem havia mandado a pedra, algum moleque

da vizinhança, aí… Nem por sombra imaginou que era a

cegueira irremediável que principiava.

Também a galinha, coitada, não compreendia nada,

absolutamente nada daquilo. Por que não vinham mais

os dias luminosos em que procurava a sombra das

pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas tudo quase

sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que

estava a luz, onde é que estava a sombra.

Ao apresentar uma cena em que um menino atira milho

às galinhas e observa com atenção uma delas, o narrador

explora um recurso que conduz a uma expressividade

fundamentada na

Querido diário

Hoje topei com alguns conhecidos meus

Me dão bom-dia, cheios de carinho

Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus

Eles têm pena de eu viver sozinho

[...]

Hoje o inimigo veio me espreitar

Armou tocaia lá na curva do rio

Trouxe um porrete a mó de me quebrar

Mas eu não quebro porque sou macio, viu

HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2013 (fragmento).

Uma característica do gênero diário que aparece na letra

da canção de Chico Buarque é o(a)


No trecho, retirado do conto Retábulo de Santa Joana Carolina, de Osman Lins, a fim de expressar uma ideia relativa

à literatura, o autor emprega um procedimento singular de escrita, que consiste em

O último longa de Carlão acompanha a operária

Silmara, que vive com o pai, um ex-presidiário, numa casa

da periferia paulistana. Ciente de sua beleza, o que lhe

dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino

diferente do de suas colegas. Cruza o caminho de dois

cantores por quem é apaixonada. E constata, na prática,

que o romantismo dos contos de fada tem perna curta.

VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012

Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos

ideais de amor e felicidade encontrados nos contos de

fada. Essa crítica é traduzida

da sua memória

mil

e

mui

tos

out

ros

ros

tos

sol

tos

pou

coa

pou

coa

pag

amo

meu

ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998

Trabalhando com recursos formais inspirados no

Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se

caracteriza pela

Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro. No princípio.

As mulheres, principalmente as mortas do álbum, eram

maravilhosas. Os homens, mais maravilhosos ainda, ah,

difícil encontrar família mais perfeita. A nossa família,

dizia a bela voz de contralto da minha avó. Na nossa

família, frisava, lançando em redor olhares complacentes,

lamentando os que não faziam parte do nosso clã. [...]

Quando Margarida resolveu contar os podres todos que

sabia naquela noite negra da rebelião, fiquei furiosa [...]

É mentira, é mentira!, gritei tapando os ouvidos. Mas

Margarida seguia em frente: tio Maximiliano se casou

com a inglesa de cachos só por causa do dinheiro, não

passava de um pilantra, a loirinha feiosa era riquíssima.

Tia Consuelo? Ora, tia Consuelo chorava porque sentia

falta de homem, ela queria homem e não Deus, ou

o convento ou o sanatório. O dote era tão bom que o

convento abriu-lhe as portas com loucura e tudo.

" E tem mais coisas ainda, minha queridinha", anunciou

Margarida fazendo um agrado no meu queixo. Reagi com

violência: uma agregada, uma cria e, ainda por cima,

mestiça. Como ousava desmoralizar meus heróis?

Representante da ficção contemporânea, a prosa de Lygia

Fagundes Telles configura e desconstrói modelos sociais.

No trecho, a percepção do núcleo familiar descortina um(a)

Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa.

Deus veio num raio. Então apareceram os bichos que

comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a

roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia,

que explicava como não fazer o que não devia ser feito.

Então surgiram os números racionais e a História,

organizando os eventos sem sentido. A fome desde

sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o

calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E cada

um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas

que alcança.

BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, Í. (Org.).

Os cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001

A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi

configura um painel evolutivo da história da humanidade.

Nele, a projeção do olhar contemporâneo manifesta uma

percepção que

Aquarela

O corpo no cavalete

é um pássaro que agoniza

exausto do próprio grito.

As vísceras vasculhadas

principiam a contagem

regressiva.

No assoalho o sangue

se decompõe em matizes

que a brisa beija e balança:

o verde – de nossas matas

o amarelo – de nosso ouro

o azul – de nosso céu

o branco o negro o negro

CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007

Situado na vigência do Regime Militar que governou o

Brasil, na década de 1970, o poema de Cacaso edifica

uma forma de resistência e protesto a esse período,

metaforizando

TEXTO I

Voluntário

Rosa tecia redes, e os produtos de sua pequena indústria gozavam de boa fama nos arredores. A reputação da tapuia crescera com a feitura de uma maqueira de tucum ornamentada com a coroa brasileira, obra de ingênuo gosto, que lhe valera a admiração de toda a comarca e provocara a inveja da célebre Ana Raimunda, de Óbidos, a qual chegara a formar uma fortunazinha com aquela especialidade, quando a indústria norte-americana reduzira à inatividade os teares rotineiros do Amazonas. SOUSA, I. Contos amazônicos. São Paulo: Martins Fontes, 2004

TEXTO II

Relato de um certo oriente

Emilie, ao contrário de meu pai, de Dorner e dos nossos vizinhos, não tinha vivido no interior do Amazonas. Ela, como eu, jamais atravessara o rio. Manaus era o seu mundo visível. O outro latejava na sua memória. Imantada por uma voz melodiosa, quase encantada, Emilie maravilha-se com a descrição da trepadeira que espanta a inveja, das folhas malhadas de um tajá que reproduz a fortuna de um homem, das receitas de curandeiros

que veem em certas ervas da floresta o enigma das doenças mais temíveis, com as infusões de coloração sanguínea aconselhadas para aliviar trinta e seis dores do corpo humano. "E existem ervas que não curam nada", revelava a lavadeira, "mas assanham a mente da gente. Basta tomar um gole do líquido fervendo para que o cristão sonhe uma única noite muitas vidas diferentes". Esse relato poderia ser de duvidosa veracidade para outras pessoas, mas não para Emilie. HATOUM, M. São Paulo: Cia. das Letras, 2008

As representações da Amazônia na literatura brasileira mantêm relação com o papel atribuído à região na construção do imaginário nacional. Pertencentes a contextos históricos distintos, os fragmentos diferenciam-se ao propor uma representação da realidade amazônica em que se evidenciam

Yaô

Aqui có no terreiro

Pelú adié

Faz inveja pra gente

Que não tem mulher

No jacutá de preto velho

Há uma festa de yaô

Ôi tem nêga de Ogum

De Oxalá, de Iemanjá

Mucama de Oxossi é caçador

Ora viva Nanã

Nanã Buruku

Yô yôo

Yô yôoo

No terreiro de preto velho iaiá

Vamos saravá (a quem meu pai?)

Xangô!

VIANA, G. Agô, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997

A canção Yaô foi composta na década de 1930 por

Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu

a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua

usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.

Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor

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