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A escolha de uma forma teatral implica a escolha

de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção

com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios

específicos para transmitir uma cultura–fonte a um

público–alvo; é sob esta única condição que temos o

direito de falar em interculturalidade teatral.

PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.

A partir do texto, o meio especificamente cênico utilizado

para transmitir uma cultura estrangeira implica

Considerando o fragmento de texto acima e aspectos a ele relacionados, julgue os seguintes itens.

Infere-se da análise de Antonio Candido que a literatura brasileira surgida após a década de 60 do século XX apresentou poucas e pouco expressivas inovações se comparada à literatura do primeiro momento modernista.

Considerando o fragmento de texto acima e aspectos a ele relacionados, julgue os seguintes itens.

Na literatura brasileira contemporânea, a prevalência do virtuosismo técnico resulta, em geral, no resgate de modelos ficcionais tradicionais, não influenciados pelos novos meios de comunicação.




Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor

Texto I



XLI

Ouvia:

Que não podia odiar

E nem temer

Porque tu eras eu.

E como seria

Odiar a mim mesma

E a mim mesma temer.

HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).



Texto II



Transforma–se o amador na cousa amada

Transforma–se o amador na cousa amada,

por virtude do muito imaginar;

não tenho, logo, mais que desejar,

pois em mim tenho a parte desejada.

Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).

Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de

Camões, a temática comum é

Prima Julieta
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual

As mãos de Ediene



Ediene tem 16 anos, rosto redondo, trigueiro, índio

e bonito das meninas do sertão nordestino. Vaidosa, põe

anéis nos dedos e pinta os lábios com batom. Mas Ediene

é diferente. Jamais abraçará, não namorará de mãos

dadas e, se tiver filhos, não os aconchegará em seus

braços para dar–lhes o calor e o alimento dos seios da

mãe. A razão é simples: Ediene não tem braços. Ela os

perdeu numa maromba, máquina do século passado, com

dois cilindros de metal que amassam barro para fazer

telhas e tijolos numa olaria. Os dedos que enche de anéis

são os dos pés, com os quais escreve, desenha e passa

batom nos lábios. Ela é uma das centenas de crianças

mutiladas todos os anos, trabalhando como gente grande

em troca de minguados cobres.

UTZERI, F. As mãos de Ediene. Jornal do Brasil, Caderno B, 2 dez. 1999 (adaptado).

Os recursos estilísticos de um texto servem para torná–lo

esteticamente mais eficaz. Em As mãos de Ediene, o

autor alcança esse objetivo ao coordenar adjetivos no 1.°

período. Tal procedimento busca

Tempo Perdido



Todos os dias quando acordo,

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo:

Temos todo o tempo do mundo.



Todos os dias antes de dormir,

Lembro e esqueço como foi o dia:

(...)

Nosso suor sagrado

É bem mais belo que esse sangue amargo

(...)

Veja o sol dessa manhã tão cinza:

A tempestade que chega é da cor dos teus

Olhos castanhos



Então me abraça forte

E diz mais uma vez

Que já estamos distantes de tudo:



Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro,

Mas deixe as luzes acesas agora,



O que foi escondido é o que se escondeu,

E o que foi prometido, ninguém prometeu

Nem foi tempo perdido;



Somos tão jovens

tão jovens

tão jovens



Renato Russo

Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2009.

Entre os trechos a seguir, retirados da letra Tempo

Perdido, o que melhor reflete a função conativa ou

apelativa da linguagem é

Terça–feira, 30 de maio de 1893.



Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas

quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada à

chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a

festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para

rainha do Rosário uma ex–escrava de vovó chamada Júlia

e para rei um negro muito entusiasmado que eu não

conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo

ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo

na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como

fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia.

Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso,

teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma

caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma

grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou

no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste

reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo

sabendo a despesa que dá!

MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 57.

O trecho acima apresenta marcas textuais que justificam o

emprego da linguagem coloquial. O tom informal do

discurso se deve ao fato de que se trata de

Para o Mano Caetano



Imagem 010.jpg




1 Tease me (caçoe de mim, importune-me).



LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado).



Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:

Resolvo–me a contar, depois de muita hesitação,

casos passados há dez anos — e, antes de começar, digo

os motivos por que silenciei e por que me decido. Não

conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas e,

assim, com o decorrer do tempo, ia–me parecendo cada

dia mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa.

Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças,

esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai

aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me

afligiu a idéia de jogar no papel criaturas vivas, sem

disfarces, com os nomes que têm no registro civil.

Repugnava–me deformá–las, dar–lhes pseudônimo, fazer

do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de

utilizá–las em história presumivelmente verdadeira? Que

diriam elas se se vissem impressas, realizando atos

esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2000, v.1, p. 33.

Em relação ao seu contexto literário e sócio–histórico, esse

fragmento da obra Memórias do Cárcere, do escritor

Graciliano Ramos,

Imagem 023.jpg



No texto, o personagem narrador, na iminência da partida, descreve a sua hesitação em separar-se da avó. Esse sentimento contraditório fica claramente expresso no trecho:

Os poemas



Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam vôo

como de um alçapão.

Eles não têm pouso

nem porto;

alimentam–se um instante em cada

par de mãos e partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhado espanto de saberes

que o alimento deles já estava em ti ...

QUINTANA, Mário. Antologia Poética. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2001, p. 104.

O poema sugere que o leitor é parte fundamental no

processo de construção de sentido da poesia. O verso que

melhor expressa essa ideia é

A bem dizer, sou Ponciano de Azeredo Furtado,

coronel de patente, do que tenho honra e faço alarde.

Herdei do meu avô Simeão terras de muitas medidas, gado

do mais gordo, pasto do mais fino. Leio no corrente da

vista e até uns latins arranhei em tempos verdes da

infância, com uns padres–mestres a dez tostões por mês.

Digo, modéstia de lado, que já discuti e joguei no assoalho

do Foro mais de um doutor formado. Mas disso não faço

glória, pois sou sujeito lavado de vaidade, mimoso no trato,

de palavra educada. Trato as partes no macio, em jeito de

moça. Se não recebo cortesia de igual porte, abro o peito:

— Seu filho de égua, que pensa que é?

(...)

Meus dias no Sossego findaram quando fui pegado

em delito de sem–vergonhismo em campo de pitangueiras.

A pardavasquinha dessa intimidade de mato ganhou dúzia

e meia de bolos e eu recriminação de fazer um frade de

pedra verter lágrima. Simeão, sujeito severoso, veio do

Sobradinho aquilatar o grau de safadeza do neto. Levei

solavanco de orelha, fui comparado aos cachorros dos

currais e por dois dias bem contados fiquei em galé de

quarto escuro. No rabo dessa justiça, meu avô deliberou

que eu devia tomar rumo da cidade:

— Na mão dos padres eu corto os deboches desse

desmazelado.

(...)

CARVALHO, José Cândido de. O coronel e o lobisomem.

Rio de Janeiro: José Olympio, 1994. p. 3–5.

Quanto ao estilo e à linguagem empregada no trecho do

romance de José Cândido de Carvalho, nota–se que

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