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Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

Em termos de tipologia textual, o segundo parágrafo do texto destaca-se dos demais por ter o objetivo de ser essencialmente

Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o verbo “conduzem” (linha 28) poderia ser substituído por 

Com base no Código Civil de 2002, assinale alternativa correta referente às Fundações.

Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

Acerca da vírgula seguinte ao verbo “fazem” (linha 5), é correto afirmar que 

Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

A expressão “Além disso” (linha 17) tem, no texto, a finalidade de

A Constituição pode ser classificada sob diversos critérios doutrinários. Considerando especificamente o critério da origem, no que diz respeito à classificação da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta. 

Considerando a ordem dos processos no tribunal, 
especialmente a técnica do julgamento estendido, 
prevista no artigo 942 do Código de Processo Civil, 
assinale a alternativa correta. 

No Windows 10, ao criar uma nova conta de usuário em Configurações > Contas, o tipo de permissão padrão no sistema do novo usuário será

São diversos os princípios que orientam o Direito Tributário. Um dos mais relevantes tem relação direta com a capacidade econômica do contribuinte, de modo a garantir que a tributação (ou penalidade) não lhe usurpe o direito à propriedade. Nas palavras de Misabel Derzi: 

Deve haver, então, clara relação de compatibilidade entre as prestações pecuniárias, quantitativamente delimitadas na lei e a espécie de fato signo presuntivo de riqueza (na feliz expressão de A.A. Becker), posto na hipótese legal. A capacidade econômica de contribuir inicia-se após a dedução dos gastos necessários à aquisição, produção e manutenção da renda e do patrimônio assim como do mínimo indispensável a uma existência digna para o contribuinte e sua família. 

DERZI, Misabel de Abreu Machado. In: Revista da Faculdade de 
Direito da UFMG, v. 32, 1989. p. 148. 

Assinale a alternativa que diz respeito ao princípio descrito. 

A respeito da Resolução CFMV n.º 1177/2017, que enquadra as entidades obrigadas ao registro ou cadastro no Sistema CFMV/CRMVs, assinale a alternativa correta. 

De acordo com o Código Civil de 2002, no que diz respeito às Associações, assinale a alternativa correta. 

Acerca do Código Civil do ano de 2002, bem como dos Negócios Jurídicos, assinale a alternativa correta.

Em uma entrevista com um grupo de crianças, perguntaram do que elas têm medo. Com base nas respostas, foram definidos dois conjuntos: 

  • conjunto das crianças que têm medo de escuro. 
  • conjunto das crianças que têm medo de trovões. 

Assinale a alternativa que representa corretamente o conjunto

Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

é gramaticalmente correta e preserva os sentidos do seguinte trecho do texto: “os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês” (linha 36).

Assinale a alternativa que apresenta o procedimento adequado para proteger informações sensíveis em um ambiente corporativo. 

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