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Em um de seus artigos, Roberto Cardoso de Oliveira escreveu:

“As relações entre essas populações significam mais do que umamera cooperação, competição e conflito entre sociedades emconjunção. Trata-se ̶ como tenho assinalado ̶de uma oposição ou, mesmo, uma contradição, entre os sistemas societários eminteração que, entretanto, passam a constituir subsistemas deum mais inclusivo que se pode chamar de sistema interétnico.”

O termo usado por Roberto Cardoso de Oliveira para designar a dinâmica entre sistemas societários descrita no trecho acima é:

Em seu artigo “Além da natureza e da cultura”, Philippe Descoladiscute alguns modos de identificação, entre os quais o animismo e o totemismo.


“Nos sistemas animistas, a continuidade das relações entre humanos e não humanos permitida por suas interioridades comuns supera as descontinuidades apresentadas por suas diferenças físicas. […] Em contraste, o totemismo australiano é uma estrutura simétrica caracterizada por uma dupla identidade interna a cada classe de seres – identidade ontológica dos componentes humanos e não humanos da classe devido ao compartilhamento de elementos de interioridade e fisicalidade e identidade das relações estabelecidas entre eles, seja de origem, afiliação, similaridade ou inerência à classe.”

O autor concebe esses modos de identificação como:

Comentando sobre as dificuldades inerentes às afirmações sobre a continuidade histórica de grupos indígenas, muitas vezes demandadas pelos operadores do direito ao antropólogo, João Pacheco de Oliveira afirma:

"A única continuidade que talvez possa ser possível de sustentaré aquela de, recusando o processo histórico vivido por tal grupo,mostrar como ele refabricou constantemente sua unidade ediferença face a outros grupos com os quais esteve eminteração.” 

O pressuposto antropológico que fundamenta esse princípio norteador das pesquisas sobre grupos indígenas é o de que: 

Leia o trecho abaixo, escrito pelo antropólogo José Guilherme Magnani:

“[…] o que se propõe é um olhar de perto e de dentro, mas a partir dos arranjos dos próprios atores sociais, ou seja, das formas por meio das quais eles se avêm para transitar pela cidade, usufruir seus serviços, utilizar seus equipamentos, estabelecer encontros e trocas nas mais diferentes esferas –religiosidade, trabalho, lazer, cultura, participação política ou associativa etc. Esta [sic] estratégia supõe um investimento em 
ambos os pólos da relação: de um lado, sobre os atores sociais, o grupo e a prática que estão sendo estudados e, de outro, a paisagem em que essa prática se desenvolve, entendida não como mero cenário, mas parte constitutiva do recorte de análise.”

O método de pesquisa a que o autor se refere é:

Em seu livro “A caminho da cidade”, publicado em 1978, a antropóloga Eunice Durhan escreveu:

“A industrialização e a urbanização significam a quebra de isolamento das comunidades tradicionais, a crise do sistema produtivo rural e da estrutura tradicional de autoridade, a negação dos velhos valores, a adoção de novos padrões de comportamento.”

O processo social que promove essa transformação da ordem social é(são): 

"Repensando objetos, arte e cultura material”, publicado em 2011, afirmou:


“(…) A arte e a cultura material nos coletivos indígenas das terras baixas da América do Sul têm sido trabalhadas ultimamente desde as lógicas nativas, com a tendência de refutar a noção de estética como categoria transcultural, utilizando-se das categorias êmicas presentes nessa arte e em alguns desses objetos, singularmente concebidos como presentificações de relações estabelecidas com alteridades extra-humanas e suas potências, especialmente divindades e demais habitantes do cosmos (animais, plantas, minerais, etc.), dotados de atributos humanos, ponto de vista, subjetividade e intencionalidade. Nesse sentido, tais ‘objetos’ são sujeitos, possuem agência e não são meras representações de protótipos: são eles próprios. Essa orientação não pretende deslegitimar as análises que enfatizam as manifestações artísticas e os sistemas de objetos como sistemas de representações, indicadores de processos identitários, de afirmação de sujeitos de direitos, de discursos variados e de importantes mensagens culturais neles contidos.”

A perspectiva teórica que tem contribuído para ressituar o debate sobre objetos, coisas e materialidades na antropologia contemporânea é a:

No prefácio do livro “Trecos, troços e coisas”, o antropólogo Daniel Miller propõe o seguinte:

“O leitmotiv deste livro é um questionamento da oposição, vigente no senso comum, entre pessoa e coisa, animado e  inanimado, sujeito e objeto. Em alguma medida, a ciência tem conseguido evitar isso. […] Aqui, em contraste, estou interessado em desenvolvimentos na ciência social, e não na ciência natural, e no encontro qualitativo da antropologia com a diversidade dos povos e a crescente diversidade das coisas.”

O objeto de estudo proposto por Daniel Miller é(são):

Em 1962, o antropólogo Darcy Ribeiro escreveu:

Um balanço crítico dos cinquenta anos de atividades que o SPI [Serviço de Proteção aos Índios] vem desenvolvendo desde sua criação deve levar em conta as duas ordens de problemas que ele foi chamado a resolver.

1. Os problemas da sociedade brasileira em expansão, que encontra seu último obstáculo para a ocupação do território nacional nos bolsões habitados por índios hostis. 

2. Os problemas da população indígena envolvida nesta [sic] expansão, a qual se esforça por sobreviver e acomodar-se às novas condições de vida em que vai sendo compulsoriamente integrada.

 

Nas suas pesquisas, o antropólogo Antonio Carlos de Souza Lima faz uma crítica ao modelo de relação entre intelectuais, Estado e indígenas no Brasil, expresso no trecho acima.

O modelo que Souza Lima critica é o do(a):

O texto “As técnicas do corpo”, de Marcel Mauss, é um marco no debate antropológico sobre o corpo. Leia o trecho abaixo:“Entendo por essa expressão [as técnicas corporais] as maneiras pelas quais os homens, de sociedade a sociedade, de uma forma tradicional, sabem servir-se de seu corpo. Em todo caso, convém proceder do concreto ao abstrato, não inversamente.”

A afirmativa que expressa corretamente a perspectiva do autor é

Leia o trecho abaixo, extraído do verbete “Quilombo”, escrito por José Maurício Arruti e publicado no livro "Raça: Perspectivas Antropológicas”:


“O tema dos quilombos coloca em pauta, enfim, o poder de nominação (que cria o nome) e nomeação (que o atribui) de que é instituído o Direito e o seu garantidor, o Estado, detentor da palavra autorizada por excelência. O poder de se atribuir uma identidade garantida aos agentes e grupos, por meio da qual se distribuem direitos, deveres, encargos, sanções e compensações. É a nomeação oficial que põe um termo ou ao menos um limite à luta travada no mundo social em torno das identidades e, por meio delas, das qualidades dos grupos – que está na origem desses próprios grupos.”

Nesse trecho, o autor discute o seguinte aspecto do debate sobre quilombos no Brasil:

O antropólogo franco-holandês Arnold van Gennep (1873-1957) éconhecido autor da antropologia das análises rituais. Em um deseus textos, ele diz: “Frequentemente ̶ e isso é um fato sobre o qual chamo a atenção ̶ os vínculos do moço ou da moça com os ambientesanteriores (de idade, sexo, parentesco, tribo) são consideradostão poderosos que é preciso agir com cautela para rompê-los. Daías fugas e perseguições múltiplas, na floresta ou na montanha, ospagamentos de dotes ou compras por frações, as repetições dosritos.”

Essa análise trata dos ritos:

Em seu livro “A interpretação da cultura”, o antropólogo Clifford 
Geertz diz:


“Os textos antropológicos são eles mesmos interpretações e, na verdade, de segunda e terceira mão. Trata-se, portanto, de 
ficções; ficções no sentido de que são ‘algo construído’, ‘algo modelado’, não que sejam falsas, não fatuais, ou apenas experimentos do pensamento.”

O autor se refere ao estilo narrativo antropológico denominado:

A Convenção sobre os Povos Indígenas e Tribais, publicada em 1989 pela Organização Internacional do Trabalho, é amplamente conhecida por fundamentar o debate que envolve o trabalho dos antropológos em instâncias do judiciário.

Nos dois parágrafos do Art. 10 dessa convenção, afirma-se o seguinte:


1. Quando sanções sejam impostas pela legislação geral amembros dos povos mencionados, deverão ser levadas em conta as suas características econômicas, sociais e culturais.
2. Dever-se-á dar preferência a tipos de punição outros que o encarceramento.

O procedimento que poderá ser solicitado ao antropólogo em situações envolvendo acusações criminais e minorias étnicas é o(a):

Leia o trecho abaixo do artigo “Natureza & Cultura, versãoamericanista – Um sobrevoo”, de Renato Sztutman.


“(…) seres não humanos que se veem sob forma humana deveriam ver os humanos sob forma não humana, uma vez que a humanidade é uma posição e não uma substância, uma propriedade intrínseca a certa porção de seres. Um porco do mato, por exemplo, se vê como humano enquanto vê o humano como jaguar ou como espírito predador. Ora, todos esses existentes são, potencialmente, humanos (partilham a mesma 
condição de humanidade [humanity]) apesar de não serem todos da espécie humana (humankind). São todos sujeitos dotados de 
comportamento, intencionalidade e consciência, estando inseridos em redes de parentesco e afinidade, fazendo festas, bebendo cauim, reportando-se a chefes, fazendo guerra, pintando e decorando seus corpos. O que está em jogo, aqui, portanto, é a diferença entre perspectivas, o que nos envia a uma filosofia ameríndia da diferença.”

Esse trecho descreve o modo de relação entre humanos e não humanos característico da forma de pensamento ameríndio 
denominada:

No início do seu ensaio “Mercadorias e a política de valor”, o antropólogo Arjun Appadurai explicita um dos seus objetivos:

“[…] propor uma nova perspectiva sobre a circulação de mercadorias na vida social. Tal perspectiva pode ser sintetizada da seguinte forma: a troca econômica cria o valor; o valor é concretizado nas mercadorias que são trocadas; concentrar-se nas coisas trocadas, em vez de apenas nas formas e funções da troca, possibilita a argumentação de que o que cria o vínculo entre a troca e o valor é a política, em seu sentido mais amplo.”

Com esse argumento, Arjun Appadurai propõe como novo objeto de análise da antropologia:

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