Dentre as diversas direções para a formação profissional do
tradutor e intérprete de Libras – Língua portuguesa, em nível
médio, a Lei nº 12.319/2010 inclui a formação por meio de
I. organizações da sociedade civil representativas da
comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado
por instituições credenciadas por Secretarias de Educação;
II. cursos de educação profissional reconhecidos pelo sistema
que os credenciou;
III. cursos de extensão universitária;
IV. cursos de formação continuada promovidos por instituições
de ensino superior.
Das afirmativas, verifica-se que está(ão) correta(s)
No Brasil, mesmo após a oficialização da Libras, é comum
constatarmos posicionamentos equivocados em relação a esse
fenômeno da linguagem humana. Nesse contexto, dadas as
afirmativas,
I. A Libras é uma língua natural e específica para surdos, pois
emergiu da necessidade de comunicação dessa comunidade.
A naturalidade ocorre no processo de criação e divulgação
dos sinais, geralmente desempenhado com o apoio de
recursos tecnológicos por uma comissão de surdos eleita.
II. A Libras é de fato uma língua como qualquer outra língua,
apresentando, assim, uma gramática própria, com
propriedades linguísticas e níveis hierárquicos, tais como:
fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática.
III. A modalidade da Libras pode ser chamada gestuo-visual,
apontando uma marca gestual na sua produção. Contudo, há
gestos que são considerados extralinguísticos, ou seja, que
não fazem parte nem do vocabulário nem da gramática dessa
língua de sinais.
IV. A Libras apresenta variações regionais nacionais, variações
históricas (vocábulos que mudam com o tempo) e difere de
outras línguas de sinais, excluindo o rótulo de universalidade
das línguas visuo-espaciais.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Os efeitos de modalidade que envolvem a língua oral e a língua de sinais no processo de interpretação requerem
Fonologia é o estudo das unidades mínimas da língua que
possuem valor contrastivo. Para as línguas orais, essas unidades
são os sons; para as línguas de sinais, são os parâmetros.
Na tentativa de compreender e descrever como os sinais são
estruturados e organizados, diversos autores apresentaram
propostas teóricas sobre a fonologia das línguas de sinais; dentre
eles, temos: Stokoe (1960), Liddell (1989) e Brentari (1998).
Dadas as afirmativas sobre a relação entre fonologia e os estudos
em línguas de sinais,
I. Apesar das inúmeras propostas teóricas sobre fonologia em
línguas de sinais, as especificações dos parâmetros nessas
teorias são consensuais, ou seja, dividem-se em:
configuração de mão, locação, movimento, orientação e
marcações não manuais.
II. As mãos são consideradas os articuladores primários das
línguas de sinais. Isso implica posicionar as marcações não
manuais em outra esfera de análise que não se enquadra no
grupo de parâmetros articuladores. Esse deslocamento
resolve o problema dos sinais que não precisam de expressão
facial para fazer sentido.
III. Linearidade e simultaneidade são propriedades distintas. A
primeira, geralmente atribuída às línguas orais, permite
pensar em sequência de segmentos (fonemas); a segunda,
geralmente atribuída às línguas de sinais, oferece uma ideia
de segmento não sequencial e, por isso, não equiparável aos
fonemas das línguas orais.
verifica-se que está(ão) correta(s)
[...] a tradução seria teórica e praticamente impossível se
esperássemos dela uma transferência de significados estáveis; o
que é possível – o que inevitavelmente acontece, a todo momento
e em toda tradução – é, como sugere o filósofo francês Jacques
Derrida, ‘uma transformação: uma transformação de uma língua
em outra, de um texto em outro’.
ARROJO, Rosemary. Oficina de tradução: a teoria na prática. Ática: São Paulo, 2003, p. 42
Tomando o texto como base, assinale a alternativa correta quanto
às discussões geralmente levantadas na área dos estudos da
tradução.
O Decreto nº 5.626/2005 considera pessoa surda aquela que, por
ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio
de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente
pelo uso da Língua Brasileira de Sinais. Esse Decreto trata da(o)
I. inclusão da Libras como disciplina curricular;
II. garantia do direito à educação das pessoas surdas ou com
deficiência auditiva;
III. garantia do direito à saúde, moradia e lazer das pessoas
surdas ou com deficiência auditiva;
IV. papel do poder público e das empresas que detêm concessão
ou permissão de serviços públicos, no apoio ao uso e difusão
da Libras.
Das afirmativas, verifica-se que estão corretas apenas
Os exemplos 1, 2 e 3 correspondem a
À educação vêm sendo incorporadas mudanças em decorrência da trajetória histórica do sujeito surdo, que se distanciam de uma visão curativa da deficiência e se aproximam das identidades constituídas pelos próprios surdos. Em se tratando de formas mais renovadas de conceber a educação de surdos, considera-se
O Decreto nº 5.626/2005 regulamenta a Lei nº 10.436/2002, que
dispõe sobre a Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098/2000 . Acerca
desse Decreto, dadas as afirmativas.
I. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação
básica, deve ser ofertada aos alunos surdos ou com
deficiência auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da
escolarização, por meio de ações integradas entre as áreas
da saúde e da educação, resguardado o direito de opção da
família ou do próprio aluno por essa modalidade.
II. O Prolibras é um projeto que visa capacitar profissionais para
o ensino e para a tradução e interpretação da Libras.
III. A escola bilíngue para surdos é considerada uma bandeira de
luta de boa parte da comunidade surda brasileira, visto que
esse espaço educacional ainda não está previsto no Decreto.
Verifica-se que está(ão) correta(s)
Considerando a visão clínica e socioantropológica da surdez, é correto afirmar: