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?Precisa-se nacionais sem nacionalismo, (...) movidos pelo presente mas

estalando naquele cio racial que só as tradições maduram! (...). Precisa-se

gentes com bastante meiguice no sentimento, bastante força na peitaria,

bastante paciência no entusiasmo e sobretudo, oh! sobretudo bastante

vergonha na cara!

(...) Enfim: precisa-se brasileiros! Assim está escrito no anúncio vistoso de

cores desesperadas pintado sobre o corpo do nosso Brasil, camaradas.

(Jornal A Noite, São Paulo, 18/12/1925 apud LOPES, Telê Porto Ancona. Mário

de Andrade: ramais e caminhos. São Paulo: Duas Cidades, 1972)

No trecho acima, Mário de Andrade dá forma a um dos itens do ideário

modernista, que é o de firmar a feição de uma língua mais autêntica,

“brasileira", ao expressar-se numa variante de linguagem popular identificada

pela (o):

O texto abaixo foi extraído de uma crônica de Machado de Assis e refere-se ao

trabalho de um escravo.

?Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João repicava e

dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se

decretou o ventre livre dos escravos, João é que repicou. Quando se fez a

abolição completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a

República. João repicou por ela, repicaria pelo Império, se o Império

retornasse.

(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João, 1897)

A leitura do texto permite afirmar que o sineiro João:

Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de

“Bicho urbano", poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes

cidades.

Bicho urbano



Se disser que prefiro morar em Pirapemas

ou em outra qualquer pequena cidade do país

estou mentindo

ainda que lá se possa de manhã

lavar o rosto no orvalho

e o pão preserve aquele branco

sabor de alvorada.

.....................................................................



A natureza me assusta.

Com seus matos sombrios suas águas

suas aves que são como aparições

me assusta quase tanto quanto

esse abismo

de gases e de estrelas

aberto sob minha cabeça.

(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro:

José Olympio Editora, 1991)

Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos

de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do

homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de

linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a

opção em que se observa esse recurso.

“Poética", de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento

modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas

que representam o pensamento estético predominante na época.

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e

[manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o

[cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

............................................................................................



Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

O lirismo dos clowns de Shakespeare

— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa.

Rio de Janeiro. Aguilar, 1974)

Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:

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