Texto I
No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra [-- -]
ANDRADE, C. D. Reunião. Rio de Janeiro: Jose Olímpia, 1971 (fragmento).
Texto II
As lavadeiras de Mossoró, cada uma tern sua pedra no rio: cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo [...]. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que nova pedra a acompanha em surdina...
[-- -]
ANDRADE, C. D. Contos sem propósito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil,
Caderno B, 17/7/1979 (fragmento).
Com base na leitura dos textos, é possível estabelecer uma relação entre forma e conteúdo da palavra "pedra", por meio da qual se observa
Texto I
Principiei a leitura de ma vontade. E logo emperrei na historia de um menino vadio que, dirigindo-se a escola, se retardava a conversar com os passarinhos e recebia deles opiniões sisudas e bons conselhos. Em seguida vinham outros irracionais, igualmente bem-intencionados e bem falantes. Havia a moscazinha que morava na parede de uma chaminé e voava ato, desobedecendo as ordens maternas, e tanto voou que afinal caiu no fogo. Esses contos me intrigaram com o [livro] Barão de Macaubas. Infelizmente um doutor, utilizando bichinhos, impunha nos a linguagem dos doutores. — Queres to brincar comigo? 0 passarinho, no galho, respondia com preceito e moral, e a mosca usava adjetivos colhidos no dicionário. A figura do barão manchava o frontispício do livro, e a gente percebia que era dele o pedantismo atribuído mosca e ao passarinho. Rid iculo urn individuo hirsuto e grave, doutor e barão, pipilar conselhos, zumbir admoestações.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1986 (adaptado).
Texto II
Dado que a literatura, como a vida, na medida
em que atua com toda sua gama, é artificial querer que ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta. E a sociedade não pode senão escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, enfrentando ainda assim os mais curiosos paradoxos, pois mesmo as obras consideradas indispensáveis para a formação do mogo trazem frequentemente o que as convenções desejariam banir. Alias, essa espécie de inevitável contrabando é um dos meios por que o jovem entra em contato com realidades que se tenciona escamotear-lhe.
CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Duas Cidades. São
Paulo: Ed. 34, 2002 (adaptado).
Os dois textos acima, com enfoques diferentes, abordam um
mesmo problema, que se refere, simultaneamente, ao camp°
literário e ao social. Considerando-se a relação entre os dois textos, verifica-se que eles tem ern comum o fato de que
Texto 1
O Morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela igneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..."
Digo. Ergo-me a Verner. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços fago. Chego A toca-lo. Minha alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, a noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!
ANJOS, A. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994.
Texto 2
0 lugar-comum em que se converteu a imagem de um poeta doentio, com o gosto do macabro e do horroroso, dificulta que se veja, na obra de Augusto dos Anjos, o olhar clinico, o comportamento analítico, ate mesmo certa frieza, certa impessoalidade cientifica.
CUNHA, F. Romantismo e modernidade na poesia. Rio de Janeiro:
Catedra, 1988 (adaptado).
Em consonância com os comentários do texto 2 acerca da poética de Augusto dos Anjos, o poema O morcego apresenta-se, enquanto percepção do mundo, como forma estética capaz de
Texto para as questões 116 e 117

Predomina no texto a função da linguagem
Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os leitores a lerem numa onda linear da esquerda para a direita e de cima para baixo, na página impressa hipertextos encorajam os leitores a moverem- se de um bloco de texto a outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas decisões como novos caminhos, inserindo informações novas, o leitor- navegador passa a ter um papel mais ativo e uma oportunidade diferente da de um leitor de texto impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões.
MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio: Lucerna, 2007.
No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque
Texto para as questões 96 e 97

O texto tem o objetivo de solucionar um problema social,
Gerente Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido

Nas falas do 1.º e do 3.º quadrinhos, observam–se
características que demonstram a intenção do cartunista
em adotar uma
A transparência na administração pública tem
um lado positivo, ao permitir o acompanhamento das
ações e das despesas dos governos por parte dos
cidadãos. Por outro lado, a divulgação indiscriminada de
informações, especialmente associadas a indivíduos,
pode levar a maledicências, chantagens e exposição da
privacidade em aspectos irrelevantes para o interesse
público.
Considerando–se as informações apresentadas,
defende–se a divulgação de dados referentes aos
indivíduos quando
Considerando a propaganda e a função da linguagem que,
predominantemente, encontra–se nesse gênero textual,
observa–se que está presente a função
O texto a seguir é um trecho de uma conversa por meio de um programa de computador que permite comunicação direta pela Internet ern tempo real, como o MSN Messenger. Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas características da linguagem falada, segundo alguns linguistas. Uma delas é a interação ao vivo e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reação do outro, por meio de suas respostas e dos famosos emoticons (que podem ser definidos como "ícones que demonstram emoção").
João diz: oi
Pedro diz: blz?
Joao diz: na paz e vc?
Pedro diz: tudo trank 
Joao diz: oq vc to fazendo?
[---]
Pedro diz: tenho q sair agora...
Joao diz: flw
Pedro diz: vlw, abc
Para que a comunicação, como no MSN se de
em tempo real, é necessário que a escrita das informações seja rápida, o que é feito por meio de
Vera, Silvia e Emilia saíram para passear pela chácara com Irene.
— A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene!— comenta Silvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias.
— Para começar, deixe o "senhora" de lado e esquema o "dona" também — diz Irene, sorrindo. — Já é um custo aguentar a Vera me chamando de "tia" o tempo todo. Meu nome 6 Irene.
Todas sorriem. Irene prossegue:
— Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai ter de faze-los para a Eulalia, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem.
BAGNO, M. A língua de Eulalia: Novela Sociolinguística. São Paulo:
Contexto, 2003 (adaptado).
Na língua portuguesa, a escolha por "você" ou "senhor (a )" denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver entre os interlocutores. No diálogo() apresentado acima, observa-se o emprego dessas formas. A personagem Silvia emprega a forma "senhora" ao se referir a Irene. Na situação apresentada no texto, o emprego de "senhora" ao se referir interlocutora ocorre porque Silvia
Cada vez mais, as pessoas trabalham e administram serviços de suas casas, como mostra a pesquisa realizada em 1993 pela Fundação Europeia para a Melhoria da Qualidade de Vida e Ambiente de Trabalho. Por conseguinte, a teatralidade da casa' é uma tendência importante da nova sociedade. Porem, não significa o fim da cidade, pois locais de trabalho, escolas, complexos médicos, postos de atendimento ao consumidor, áreas recreativas, ruas comerciais, shopping centers, estadios de esportes e parques ainda existem e continuarão existindo. E as pessoas deslocar-se-ao entre todos esses lugares com mobilidade crescente, exatamente devido flexibilidade recém-conquistada pelos sistemas de trabalho e integração social em redes: como o tempo fica mais flexível, os lugares tornam-se mais singulares a medida que as pessoas circulam entre elas em um padrão cada vez mais móvel.
CASTELLS, M. A Sociedade em rede. V.1. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
As tecnologias de informação e comunicação tem a capacidade de modificar, inclusive, a forma das pessoas trabalharem. De acordo com o proposto pelo autor
DIGA NAO AO NAO
Quem disse que alguma coisa é impossível?
Olhe ao redor. O mundo esta cheio de coisas que, segundo os pessimistas, nunca teriam acontecido. "impossível."
"Impraticável."
"Não".
E ainda assim, sim.
Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronautic°. Sim, Visconde de Maud, um dos maiores empreendedores do Brasil, inaugurou a primeira rodovia pavimentada do pals. Sim, uma empresa brasileira também inovou no pals. Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro.
Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos.
Desenvolveu um Óleo combustível! mais limpo, o OC Plus.
O que é necessário para transformar o não em sim? Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar.
E quando o problema parece insolúvel, quando o desafio
muito duro, dizer: vamos
Soluções de energia para um mundo real.
Jornal da ABI. n° 336, dez. de 2008 (adaptado).
O texto publicitário apresenta a oposição entre "impossível", "impraticável", "não" e "sim","sim", "sim". Essa oposição, usada como um recurso argumentativo, tem a função de
Canção amiga
Eu preparo uma canção,
em que minha mãe se reconheça todas as mães se reconheçam
e que fate como dois olhos.
[---]
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens e adormecer as crianças.
ANDRADE, C. D. Novos Poemas Rio de Janeiro: Jose Olympio,
1948.(fragmento)
A linguagem do fragmento acima foi empregada pelo autor com o objetivo principal de