Embora o movimento feminista tenha conquistado muitos direitos ao longo das décadas seguintes ao contexto descrito, atualmente, as trajetórias de vida da maioria das trabalhadoras no Brasil ainda revelam situações de
A Revolução Industrial introduziu uma nova ideia de trabalho, que o reconhece como atividade
"Os modelos darwinistas sociais constituíram-se em instrumentos eficazes para julgar povos e culturas a partir de critérios deterministas e, mais uma vez, o Brasil surgia representado como um grande exemplo - desta feita, um 'laboratório racial'. Se o conceito de raça data do século XVI, as teorias deterministas raciais são ainda mais jovens: surgem em meados do século XVIII. Além disso, antes de estar vinculado à biologia o termo compreendia a ideia de 'grupos ou categorias de pessoas conectadas por uma origem comum', não indicando uma reflexão de ordem mais natural."
Fonte: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2012, p. 20.
Sobre a questão racial não podemos afirmar:
"A história cultural, outrora uma Cinderela entre as disciplinas, desprezada por suas irmãs mais bem-sucedidas, foi redescoberta nos anos 1970 (...). Desde então vem desfrutando de uma renovação, sobretudo no mundo acadêmico - a história apresentada na televisão, pelo menos na Grã-Bretanha, continua sendo em sua maior parte militar, política e, em menor extensão, social. (...). O propósito deste livro é exatamente explicar não apenas a redescoberta, mas também o que é história cultural, ou melhor, o que os historiadores culturais fazem."
Fonte: BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 7.
Assinale a alternativa incorreta:
[...]. O fim do século XVIII é um dos raros momentos revolucionários da História. Ele configurou a sociedade, a política, a economia e o próprio homem da Idade Contemporânea, com a
Revolução Francesa e a Revolução Industrial. [...].
(IGLÉSIAS, Francisco. A Revolução Industrial. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. Coleção Tudo é História v. 11. p.47).
A Revolução Industrial foi um acontecimento importante para a humanidade, por ter sido responsável por grandes transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho. Essas transformações
Sentimento capaz de explicar comportamentos coletivos, o medo de revoltas marcou a primeira metade do século XIX. O acúmulo de frustrações com a emancipação criou uma reação no
corpo social. Miséria, fome, fisco, falta de liberdade, concorrência com os “alfacinhas”, tudo se misturou num caldeirão de sangue e fogo, e, entre a abdicação de d. Pedro I e a maioridade de
d. Pedro II, conflitos violentos sacudiram o país.
(DEL PRIORE, Mary. Histórias da gente do Brasil: Império. São Paulo: LEYA, 2018, p.27)
Entre os conflitos ocorridos no intervalo de tempo mencionado no texto, merecem destaque
Em um ensaio que escreveu na metade de 1949 intitulado “Sobre a ditadura democrática popular”, Mao Zedong explicou sucintamente as ideias que permeariam as orientações governamentais do novo Estado chinês. A experiência da revolução até então podia ser analisada dentro de duas categorias básicas, escreveu Mao. A primeira era a mobilização das
massas da nação para construir uma “frente unida interna sob a liderança da classe trabalhadora.”
(SPENCE, Jonathan D. Em busca da China moderna: quatro séculos de história. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.489 )
A “frente unida” proposta por Mao, para a condução do processo revolucionário na China incorporava
A partir dos anos 1960, o movimento ambientalista cresceu baseado no conhecimento científico (da ecologia, saúde pública, geociências e ciências atmosféricas) e em uma reverência
romântica pela natureza [...]. A partir dos anos 1970, a corrente principal do movimento ambientalista aferrou-se a uma ideologia quase religiosa, o verdismo, que pode ser encontrada
nos manifestos de ativistas tão diversos como Al Gore, o Unabomber e o papa Francisco.
(PINKER, Steven. O novo iluminismo: em defesa da razão, da ciência e do humanismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2018)
O “verdismo”, mencionado pelo autor e hoje considerado um dos principais movimentos de tendência globalista na nova ordem mundial, consiste em uma proposta de ativismo ambiental contemporâneo em que
Aléxia Pádua (In: GUIMARÃES, 2016. p. 281) discute e reflete no âmbito do ensino de História problemáticas muito pertinentes à contemporaneidade. Especificamente, discorre sobre os “Limites e as possibilidades de a escola contribuir para a educação para a cidadania”, discussão posta em debate no ensino de História desde os anos 1990.
Diante desse quadro analítico em relação à viabilidade da proposta dessa autora, assinale a alternativa correta.
Hoje, no Brasil, o livro didático é o principal produto da maioria das editoras: no final dos anos de 1990, 70% dos livros produzidos eram voltados para o ensino. Dessa maneira, esse material escolar adquire grande poder no contexto educacional e, por isso, o Estado preocupa-se em controlar sua produção e distribuição. FRANCO, Aléxia Pádua. Uma conta de chegada: a transformação provocada pelo PNLD nos livros didáticos de História. In: MAGALHÃES, Marcelo et al. (orgs.).
Ensino de História: usos do passado, memória e mídia.
Rio de Janeiro: FGV Editora, 2014. p. 144.
Esse controle é feito atualmente pelo Programa Nacional do Livro Didático, PNLD, sobre o qual é correto afirmar:
O Dicionário de Ensino de História apresenta o verbete “Livro Didático”, escrito por Itamar Freitas.
Desse verbete pode-se entender o livro didático de História como
Thais Nivia de Lima e Fonseca, ao pesquisar os estudos sobre história do ensino de História, observa que
Nas últimas décadas do século XX, a História passou por diversas transformações internas que, entre outras questões, levaram à incorporação do meio ambiente em suas abordagens, levando ao surgimento da História Ambiental. Esta, como parte do processo de renovação do campo historiográfico, propõe-se a elaborar analiticamente uma compreensão histórica das relações entre sociedade e natureza. Considerando os pressupostos teóricos e metodológicos da História Ambiental, bem como os limites e as possibilidades da abordagem e questões socioambientais nas aulas de História, análise os itens seguintes, numerados de | a III, é em seguida assinale a alternativa correta.
| - Se não for devidamente contextualizado, o conceito de “sociedade de risco", baseado no potencial de destruição provocado pelos paradigmas da modernidade como progresso e desenvolvimento econômico, pode induzir a uma História Ambiental de "penitência", desconsiderando as diferentes racionalidades presentes nas relações entre seres humanos e ambiente(s).
Il - A abordagem dos problemas socioambientais nas aulas de História pelo professor da educação básica tem sido facilitada desde os anos 1990 pela incorporação sistemática de disciplinas específicas voltadas a este tema no currículo da graduação, visando atender às determinações dos Parâmetros Curriculares Nacionais,
III - Embora impulsionada por movimentos internos no campo historiográfico, a emergência de um enfoque ambiental na pesquisa histórica também sofreu influência das "vozes das ruas”, isto é, dos debates em torno dos problemas ambientais - ' desastres nucleares, vazamentos químicos, elevação dos níveis dos mares, desflorestamento etc.
“O que têm em comum um palacete barroco, uma festa paraense, um bairro paulistano, um terreiro de candomblé, um mapa setecentista, uma obra de arte e um queijo mineiro? Nos dias de hoje, todos eles podem ser considerados patrimônio cultural” (MARTINS, 2011, p. 281). Em consonância com a ampliação do conceito de patrimônio, os planejamentos escolares têm incorporado a educação patrimonial e os professores de História têm sido sensibilizados para essa tarefa.
Em relação aos limites e possibilidades dos usos do patrimônio histórico nas aulas de História, considere os itens seguintes, numerados de la ll e, em seguida, assinale a alternativa correta.
| - À educação patrimonial! deve ser norteada pelo pluralismo cultural, não evocando apenas fatos históricos “notáveis”, alusivos a grupos sociais privilegiados, mas também
fomentando a rememoração e preservação de patrimônios :histórico-culturais significativos para as comunidades locais e regionais.
I| - Visitas guiadas a locais como o Arquivo Público do Estado do Pará, custodiador de mais de 4 milhões de documentos e o Cemitério da Soledade, uma das mais antigas necrópoles do municipio de Belém, podem subsidiar experiências pedagógicas concernentes à abordagem do patrimônio histárico-cultural material.
IIl- Ao incorporar a abordagem do patrimônio histórico nas aulas de História, é fundamental que o professor deixe claro aos alunos que o conceito de patrimônio na atualidade é uma construção social cujo significado tem diferentes conotações, sendo resultado de um processo histórico produzido na configuração dos Estados nacionais modernos, que defendiam a existência de uma herança pública a ser preservada para o futuro.