A imagem faz referência a uma intensa mobilização popular e pode ser traduzida como
Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a
Colônia tinha acabado de passar por uma explosão
populacional. Em pouco mais de cem anos, o número
de habitantes aumentara dez vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma Corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).
A alteração demográfica destacada no periódo teve como
causa a atividade
Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir o voto direto.
A grande novidade, porém, ficou por conta da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações como as descritas, que representaram a

Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem o(a)
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte
com representações de bandeirantes no acervo do
Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que
homenageava o sertanista que comandara a destruição
do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada
por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma
interpretação histórica que apontava o fenômeno do
sertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória
territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que
se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três
primeiras décadas do século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a
tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007
A prática governamental descrita no texto, com a escolha
dos temas das obras, tinha como propósito a construção
de uma memória que
TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido
palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no
dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos
defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas:
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987
TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam
quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um
velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda
Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e
magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem
as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava
terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra,
que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos
meses, naquele recanto do território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem
uso de representações que se perpetuariam na memória
construida sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor
caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente,
como fruto da
A língua de que usam, por toda a costa, carece
de três letras; convém a saber, não se acha nela F,
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim
não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem
desordenadamente, sem terem além disto conta, nem
peso, nem medida.
GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que
vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a
Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, "é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral, artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar". MÉRIGNHAC. Précis de législation et d'économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981
A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de
Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder público enumera e prevê, para os habitantes de Fortaleza, uma série de proibições condicionadas pela hora: após as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas, motores ou qualquer objeto que produzisse barulho seria punido com multa. No início dos anos 1940 o último bonde partia da Praça do Ferreira às 23 horas. SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras experimentaram, na primeira metade do século XX, um novo tipo de vida urbana, marcado por condutas que evidenciam uma
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.
Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,
Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta
hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar
no coração do Brasil para flâmulas, outras bandeiras,
outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do
Brasil e decretaram desta vez com determinação de não
consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo!
Discurso do Ministro da Justiça Francisco Campos na cerimônia da festa da bandeira, em novembro
de 1937 . Apud OLIVEN, G. R. A parte e o todo: a diversidade cultural do Brasil Nação.
Petrópolis: Vozes, 1992
O discurso proferido em uma celebração em que as
bandeiras estaduais eram queimadas diante da bandeira
nacional revela o pacto nacional proposto pelo Estado
Novo, que se associa à
No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média — no Ocidente — nasceu com elas. Foi com o
desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial — digamos modestamente artesanal — que ele
apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho.
Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
profissionalmente, tem uma atividade de professor e edutiro, em resumo, um intelecual — esse homem só aparecerá
com as cidades.
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a)
Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim,
é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja
diretamente ao devido fim. Com efeito, um naviom que
se move para diversos lados pelo impulso dos ventos
contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria
do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem
um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação.
Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos
em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços
e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem
de um dirigente para o fim.
AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de
São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia
como o regime de governo capaz de

No período de 1964 a 1985, a estratégia do Regime Militar
abordada na charge foi caracterizada pela