A imagem retrata uma prática cultural brasileira cuja raiz histórica está associada à
No inicio dos anos 1950, a fundação do Renascença Clube, como espaço de convivência, demonstra o(a)
Nossas vidas são dominadas não só pelas inutilidades de nossos contemporâneos, como também pelas de homens que já morreram há várias gerações. Além disso, cada inutilidade ganha credibilidade e reverência com cada década passada desde sua promulgação. Isso significa que cada situação social em que nos encontramos não só é definida por nossos contemporâneos, como ainda predefinida por nossos predecessores. Esse fato é expresso no aforismo segundo o qual os mortos são mais poderosos que os vivos.
BERGER, p, Perspectivas sociológicas: uma visão humanística Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado)
Segundo a perspectiva apresentada no texto, os indivíduos de diferentes gerações convivem, numa mesma sociedade, com tradições que
Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
- Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?
O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso:
- Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?
- Pedro Banana! - repetiu raivoso o velho Lima.
E, sentando-se, pensou com tristeza:
- Não dou três anos para que isso seja uma República!
AZEVEDO, A. Vidas alheias. Porto Alegre: s,e, 1901 (adaptado)
A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos à instauração da República no Brasil, refere-se ao(à)
Para além de objetos específicos, muitos movimentos
sociais interferem no contexto sociopolítico e ultrapassam
dimensões imediatas, como foi o caso das mobilizações
operárias, ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo.
Nesse sentido, ao mesmo tempo em que lutavam por
seus direitos, essas mobilizações contribuíram com o(a)
A charge faz alusão à intensa rivalidade entre as duas
maiores potências do século XX. O momento mais tenso
dessa disputa foi provocado pela
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como "os brasis", ou "gente brasília" e, ocasionalmente no século XVII, o termo
"brasileiro" era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos "negro da terra" e
"índios" eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência
brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte
preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos
tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da
Uma scena franco-brazileira: "franco" - pelo local e os personagens, o local que é Paris e os personagens que são pessôas do povo da grande capital;
"brazileira" pelo que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os cafés. (Essa página foi
desenhada especialmente para A Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do Je Sais Tout.)
A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado).
A página do periódico do início do século XX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é revelador do papel do Brasil na economia mundial,
indicado no seguinte aspecto:
A história não corresponde exatamente ao que foi
realmente conservado na memória popular, mas àquilo
que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e
institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-lo.
Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão
envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem,
conscientemente ou não, para a criação, demolição e
reestruturação de imagens do passado que pertencem
não só ao mundo da investigação especializada, mas
também à esfera pública na qual o homem atua como
ser político.
HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A invenção das tradições.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado).
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade
mencionada, é tarefa do profissional envolvido
Na imagem, o autor procura representar as diferentes
gerações de uma família associada a uma noção
consagrada pelas elites intelectuais da época, que
era a de
No aniversário do primeiro decênio da Marcha sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá inaugurar sua Via dell Impero; a nova Via Sacra do Fascismo, ornada com estátuas de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do Império Romano e de espaço comemorativo do ufanismo italiano. Às sombras do passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e apólogos como Horácio e Virgílio.
SILVA, G. História antiga e usos do passado um estudo de apropriações da Antiguidade-sob o regime de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado)
A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do patrimônio cultural foi realizada com o objetivo de
Os versos fazem parte de um jongo, gênero poético-musical cantado por escravos e seus descendentes no Brasil no século XIX, e procuram expressar a
As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis pela ampliação do território nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa com o ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda como fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil.
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional, n, 34, 1jul. 2008 (adaptado)
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo
As informações sugeridas por Antônio Manuel estão imersas em um jornal dividido entre o "real" e o que podemos chamar de "situacional". O artista transforma todo o clima de repressão na própria matéria de seu trabalho, utilizando os meios de comunicação como arma (irônica) contra a estrutura de poder de um Estado autoritário.
SCOVINO, F. Com as armas do inimigo. Revista de História da Biblioteca Nacional, n, 84, seI. 2012 (adaptado)
No contexto histórico descrito, a estratégia adotada por alguns segmentos da imprensa para a construção de uma crítica sociopolítica foi a de
É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho.
Gazeta de Noticias, 7 set. 1883
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com