Em seu trabalho Espaço: um conceito-chave da Geografia,
Roberto Lobato Corrêa apresenta fragmentos de obras de
geógrafos, que de diferentes correntes do pensamento
geográfico.
Fragmento 1
“... o espaço organizado pelo homem é como as demais
estruturas sociais, uma estrutura subordinada-subordinante. E
como as outras instâncias, o espaço, embora submetido à lei da
totalidade, dispõe de uma certa autonomia”.
Fragmento 2
“O espaço mítico é também uma resposta do sentimento e da
imaginação às necessidades humanas fundamentais. Difere dos
espaços concebidos pragmática e cientificamente no sentido que
ignora a lógica da exclusão e da contradição”.
No fragmento 1, o espaço, para o geógrafo, é um fator social e
não apenas um reflexo social. No fragmento 2, o geógrafo
enfatiza os sentimentos espaciais e as ideias de um grupo ou
povo sobre o espaço a partir da experiência.
Os fragmentos 1 e 2 foram escritos, respectivamente, por
“O período técnico-científico que caracteriza a produção e o
consumo de bens e serviços na atualidade tem como um dos
grandes veículos de sua afirmação histórica as empresas
transnacionais. A internacionalização das grandes companhias
conseguiu estender as suas redes de atuação por todo o mundo,
utilizando a mão de obra mais barata dos países
subdesenvolvidos e atingindo a elevação das taxas de lucro, de
uma forma que não era mais possível quando atuavam apenas
nos mercados centrais. A capilaridade das empresas
transnacionais as tornou parceiras necessárias e, ao mesmo
tempo, ameaçadoras dos Estados nacionais.”
(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem.
Editora Edusp. São Paulo, 2007)
Assinale a opção que indica um dos objetivos que levou as
empresas transnacionais a atuarem nos países subdesenvolvidos,
entre as décadas de 1960 e 1970
“A globalização tende a desenraizar as coisas, as gentes e as
ideias.”
(IANNI, Octávio. A Sociedade Global. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1992)
“Por desencaixe me refiro ao deslocamento das relações sociais
de contextos locais de interação e sua reestruturação por meio de
extensões indefinidas de tempo-espaço.”
(GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade.
São Paulo: Ed. UNESP, 1991)
“À medida que o espaço parece encolher em uma “aldeia global”
de telecomunicações e em uma “espaçonave terra” de
interdependências ecológicas e econômicas [...], e que os
horizontes temporais se reduzem a um ponto em que só existe o
presente [...], temos de aprender a lidar com um avassalador
sentido de compressão dos nossos mundos espacial e temporal.”
(HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1994)
A pesquisadora Lana de Souza Cavalcanti, em seu trabalho
Geografia, Escola e Construção de Conhecimento, apresenta a
ideia que subjaz às interpretações dos autores dos fragmentos
acima transcritos.
Com relação à ideia apresentada pela pesquisadora, assinale
V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Vivenciamos um espaço fluido, não-localizável
mecanicamente, e um tempo irreversível, imprevisível e
simultâneo.
( ) Experimentamos um mundo onde a desconexão entre espaço
e tempo cria novas bases de percepção e de explicação da
realidade.
( ) Realizamos práticas sociais em um mundo em que o tempo
único é responsável pela compressão do espaço.
As afirmativas são, respectivamente,
A água líquida em nosso planeta surgiu a partir da condensação do vapor de água eliminado pelos vulcões; esse vapor de água se transformou em líquido, caindo na crosta terrestre em forma de chuvas abundantes. Todas as afirmações abaixo sobre a água e o meio ambiente estão corretas, EXCETO.
“O diretor de uma escola em dificuldades, num subúrbio de Paris, expressa em uma entrevista sua amargura pessoal: em vez de se preocupar com a transmissão de conhecimento, ele se tornou, a contragosto, uma espécie de policial de uma ‘delegacia’ [...]”.(BOURDIEU, Pierre. “Contrafogos - táticas para enfrentar a invasão neoliberal”. 1998. Editora Zahar). Em um texto que trata do papel do Estado no modelo capitalista neoliberal, o sociólogo francês Pierre Bourdieu apresenta a situação acima para ilustrar sua crítica à crescente retirada do Estado de certo número de setores da vida social que antes eram de sua responsabilidade, tais como, a habitação pública, a escola pública, os hospitais públicos, entre outros. Utilizando-se da metáfora MÃO DIREITA E MÃO ESQUERDA DO ESTADO, chama a atenção daqueles que pregam “menos Estado” e que “enterram rapidamente o público e o interesse pela coisa pública”, e para a oposição existente no interior do próprio Estado entre os ministérios das finanças, os bancos públicos ou privados, os ministérios da área econômica em geral (a “mão direita”) e o conjunto dos ministérios considerados “gastadores” e seus agentes - os chamados “trabalhadores dos setores sociais” (a “mão esquerda”). Entre as afirmativas do sociólogo apresentadas abaixo a que melhor expressa a oposição representada pela metáfora em destaque é:
A Revolução Verde resultou de uma dependência da agricultura em relação à indústria e às corporações, e dependência do agricultor em relação à ciência e à indústria. Mas apesar de tudo não se pode deixar de ressaltar que campo e cidade são interdependentes. Esta interdependência está apresentada na opção:
Observe o esquema abaixo.
Terra em transe
1 Desenho esquemático de um escorregamento, com a
indicação dos elementos que o constituem.
(Fonte:ABNT)
2 Corrida de lama, com a indicação dos elementos que
o constituem. (Fonte: Skinner & Porter (2003)
O papel dos elementos climáticos nos
deslizamentos de encostas no Rio de Janeiro está
explicado na opção:
Sobre a geografia e seus conceitos de paisagem e espaço, analise as seguintes inferências.
I. A geografia estuda as relações entre o processo histórico que regula a formação das sociedades humanas e o
funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço geográfico e da paisagem.
II. A divisão da geografia em campos de conhecimento da sociedade e da natureza tem proporcionado um
aprofundamento temático de seus objetos de estudo. Essa divisão é necessária como um recurso didático, mas é
artificial na medida em que o objetivo da geografia é explicar e compreender as relações entre a sociedade e a
natureza.
III. A análise da paisagem deve focar na descrição e no estudo de um mundo estático em que a dinâmica entre o
homem e o meio ambiente não deve ser levada em consideração.
IV. O espaço geográfico é historicamente produzido pelo homem enquanto organiza economicamente e socialmente
sua sociedade. A percepção espacial de cada indivíduo ou sociedade é também marcada por laços afetivos e
referências socioculturais.
Estão corretas as inferências
Na década de 1970, a indústria do estado de São Paulo representava 58% do total da produção industrial brasileira. No ano de 1999, a participação da indústria paulista caiu para 49%. Essa alteração deveu-se:
Entre os vários problemas ambientais que existem no Brasil, a poluição do litoral é considerada um problema bastante sério, que, frequentemente, é abordado pela imprensa e por organizações não governamentais. Sobre esse problema ambiental, é correto afirmar que
Entre os principais geógrafos brasileiros, três realizaram importantes estudos e pesquisas sobre a classificação do relevo brasileiro. Sobre essas classificações, é correto afirmar que
O bioma Amazônia ocupa quase metade do território nacional e possui uma exuberante vegetação conhecida como floresta Amazônica, que é divida em três tipos de mata. Neste contexto é correto afirmar que
Leia o texto abaixo. “Deve-se entrar nas cidades pela periferia. A frase das periferias é a queixa: não moramos em parte alguma, nem fora nem dentro (...). A imensa periferia murmura milhares de mensagens abafadas. Mesmo suas violências, guerras, insurreições, levantes, fomes, assassinatos são divulgados como espetáculos, com a menção: como veem isso não é bom, exige novas regulamentações [...]”. (LYOTARD, Jean-François. Moralidades pós-modernas , Editora Papirus, 1996. Trechos selecionados.) A afirmativa que melhor expressa o sentido do texto é:
As afirmativas que caracterizam e/ou problematizam a crescente “parceria” entre a China e alguns países africanos ou, mais claramente, entre os investidores chineses e os governantes africanos são: I A estratégia chinesa na África não se reduz ao recurso de seu maior interesse - o petróleo. A China se concentra fortemente na exploração de outras matérias -primas e recursos minerais necessários para o crescimento de sua economia. Hoje, mais de 80% do cobalto importado pela China vem da República Democrática do Congo, e quase todo o tabaco do Zimbabwe é exportado para a China. II O avanço chinês na África surpreendeu inicialmente o Ocidente, especialmente os europeus e os americanos que nunca consideraram a África como um continente com grandes oportunidades para investimentos e sim um problema humanitário. III A África está atualmente no centro de um forte jogo de influências e disputas geopolíticas e econômicas, em grande medida em detrimento de maiores ganhos para os países africanos e sua população. IV A China enfrenta alguns obstáculos nos países africanos com maior facilidade que os países europeus, através de uma política de não intromissão nos assuntos nacionais. Por exemplo, o problema do alto grau de corrupção nas políticas dos governantes africanos e a instabilidade social e política que afeta a economia e a sociedade. V A China segue sua expansão em diversos setores da economia de países africanos, tal como a construção civil, apesar de uma visão negativa por parte dos trabalhadores africanos em relação aos chineses, vistos como estrangeiros que tomam o trabalho da população local ou não respeitam os direitos dos trabalhadores africanos subordinados às empresas chinesas. Dos itens acima, estão corretos apenas: