
Os resultados da pesquisa realizada a respeito do consumo
de álcool por adolescentes chamam a atenção para
Entrevista
Almir Suruí
Não temos o direito de ficar isolados
Soa contraditório, mas a mesma modernidade que
quase dizimou os suruís nos tempos do primeiro contato
promete salvar a cultura e preservar o território desse
povo. Em 2007, o líder Almir Suruí, de 37 anos, fechou
uma parceria inédita com o Google e levou a tecnologia
às tribos. Os índios passaram a valorizar a história dos
anciãos. E a resguardar, em vídeos e fotos on–line, as
tradições da aldeia. Ainda se valeram de smartphones
e GPS para delimitar suas terras e identificar os
desmatamentos ilegais. Em 2011, Almir Suruí foi eleito
pela revista americana Fast Company um dos 100 líderes
mais criativos do mundo dos negócios.
ÉPOCA – Quando o senhor percebeu que a internet
poderia ser uma aliada do povo suruí?
Almir Suruí – Meu povo acredita no diálogo. Para nós,
é uma ferramenta muito importante. Sem a tecnologia,
não teríamos como dialogar suficientemente para
propor e discutir os direitos e territórios de nosso povo.
Nós, povos indígenas, não temos mais o direito de ficar
isolados. Ao usar a tecnologia, valorizamos a floresta e
criamos um novo modelo de desenvolvimento. Se a gente
usasse a tecnologia de qualquer jeito, seria um risco.
Mas hoje temos a pretensão de usar a ferramenta para
valorizar nosso povo, buscar nossa autonomia e ajudar
na implementação das políticas públicas a favor do meio
ambiente e das pessoas. RIBEIRO, A. Época, 20 fev. 2012 (fragmento).
As tecnologias da comunicação e informação podem
ser consideradas como artefatos culturais. No fragmento
de entrevista, Almir Suruí argumenta com base no
pressuposto de que

Os gêneros textuais nascem emparelhados a
necessidades e atividades da vida sociocultural.
Por isso, caracterizam–se por uma função social
específica, um contexto de uso, um objetivo
comunicativo e por peculiaridades linguísticas e
estruturais que lhes conferem determinado formato.
Esse classificado procura convencer o leitor a
comprar um imóvel e, para isso, utiliza–se
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas
Todo supermercadista sabe que, quando um produto
está na mídia, a procura pelos consumidores aumenta.
Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda
é maior, de acordo com pesquisa feita com 400 pessoas
pela consultoria YYY e com exclusividade para o
supermercado XXX.
O levantamento mostrou que, mesmo não sendo a
razão o fator mais apontado para trocar de marca, não
se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em
algumas categorias, um terço dos respondentes atribuem
a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a
propaganda estabelece uma relação mais “emocional"
da marca com o público. “Todos sentimos necessidade
de consumir produtos que sejam 'aceitos' pelas outras
pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso
das marcas", afirma. O executivo ressalta, no entanto,
que nada disso adianta se o produto não cumprir as
promessas transmitidas nas ações de comunicação.
Um dos objetivos da propaganda é tornar o produto
aspiracional, despertando o desejo de experimentá–lo.
O que o consumidor deseja é o que a loja vende. E é isso
o que o supermercadista precisa ter sempre em mente.
Veja o gráfico:

De acordo com o texto e com as informações fornecidas
pelo gráfico, para aumentar as vendas de produtos, é
necessário que
Era uma vez
Um rei leão que não era rei.
Um pato que não fazia quá–quá.
Um cão que não latia.
Um peixe que não nadava.
Um pássaro que não voava.
Um tigre que não comia.
Um gato que não miava.
Um homem que não pensava...
E, enfim, era uma natureza sem nada.
Acabada. Depredada.
Pelo homem que não pensava.
Laura Araújo Cunha
CUNHA, L. A. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual.
São Paulo: Contexto, 2011.
São as relações entre os elementos e as partes do
texto que promovem o desenvolvimento das ideias. No
poema, a estratégia linguística que contribui para esse
desenvolvimento, estabelecendo a continuidade do texto, é a
Notícias do além
Aquele que morrer primeiro e for para o céu deverá
voltar à Terra para contar ao outro como é a vida lá
no paraíso. Assim ficou combinado entre Francisco e
Sebastião, amigos inseparáveis e apaixonados pelo
futebol. Francisco teve morte súbita e, passado algum
tempo, no meio da noite, sua alma apareceu ao colega:
— Nossa Senhora, Chico! Você veio mesmo!
— Estou aqui, Tião, para cumprir a minha promessa, trazendo–lhe duas notícias.
— Então me fala.
— O céu é uma maravilha, um colosso, uma beleza.
Tem futebol todo dia.
— E a outra?
— A outra é que você está escalado para jogar no meu time amanhã cedo.
DIAS, M. V. R. Humor na Marolândia. In: ILARI, R. Introdução à semântica: brincando com
a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.
Esse texto pode ser analisado sob dois pontos de vista que
incluem situações diferentes de interlocução: a primeira,
considerando seu produtor e seus potenciais leitores; e
a segunda, considerando os interlocutores Francisco e
Sebastião. Para cada uma dessas situações o produtor
do texto tem um objetivo específico que se determina, não
só pela situação, mas também pelo gênero textual.
Os verbos que sintetizam os objetivos do produtor nas
duas situações propostas são, respectivamente,
O bonde abre a viagem,
No banco ninguém,
Estou só, stou sem.
Depois sobe um homem,
No banco sentou,
Companheiro vou.
O bonde está cheio,
De novo porém
Não sou mais ninguém.
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Em um texto literário, é comum que os recursos poéticos e
linguísticos participem do significado do texto, isto é, forma
e conteúdo se relacionam significativamente. Com relação
ao poema de Mário de Andrade, a correlação entre um
recurso formal e um aspecto da significação do texto é

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