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Seria uma pena deixar sem resposta uma carta tão notável quanto a sua — uma carta talvez única na 
história da correspondência humana, pois, quando teria, antes, um homem instruído perguntado a uma 
mulher como, em sua opinião, se poderia evitar a guerra? Façamos, pois, a tentativa, ainda que esteja 
condenada ao fracasso. 
Façamos, em primeiro lugar, aquilo que todas as cartas instintivamente fazem, um esboço da pessoa a 
quem a carta é endereçada. Sem alguém cálido e respirando do outro lado da página, as cartas são inúteis. O 
senhor, pois, que faz a pergunta, é um pouco grisalho nas têmporas. Atingiu a meia-idade exercendo, não sem 
algum esforço, a advocacia; mas, em geral, sua jornada tem sido próspera. Não há nada de empedernido, 
mesquinho ou desgostoso em sua expressão. E sem querer lisonjeá-lo, sua prosperidade — esposa, filhos, casa 
— é merecida. Quanto ao mais, iniciou sua educação em um dos grandes internatos privados, concluindo-a na 
universidade. 
É aqui que surge a primeira dificuldade de comunicação entre nós. Indiquemos rapidamente a razão. 
Nós dois viemos do grupo que, nesta época de transição, na qual, embora a descendência seja mista, as classes 
ainda permanecem fixas, é conveniente chamar de classe instruída. Quando nos encontramos pessoalmente, 
falamos com o mesmo sotaque e conseguimos manter, sem muita dificuldade, uma conversa sobre as pessoas 
e a política, a guerra e a paz, o barbarismo e a civilização — questões todas, na verdade, sugeridas por sua carta. 
Além disso, ganhamos ambos a vida com nosso trabalho. Mas… esses três pontos assinalam um precipício, um 
abismo tão profundamente cavado entre nós que tenho estado aqui sentada, do meu lado, me perguntando 
se adianta alguma coisa tentar fazer minha fala chegar ao outro lado. 
Aqui estamos preocupados tão somente com o fato óbvio, quando se trata de considerar a importante 
questão de como podemos ajudá-lo a evitar a guerra, de que a educação faz toda a diferença. Algum 
conhecimento de política, de relações internacionais, de economia é obviamente necessário para entender as 
causas que conduzem à guerra. A filosofia e até mesmo a teologia podem proveitosamente dar sua 
contribuição. Ora, a pessoa sem instrução, como o senhor concordará, o homem com uma mente pouco 
treinada provavelmente não poderia tratar dessas questões de maneira satisfatória. A guerra, como resultado 
de forças impessoais, está, pois, além da compreensão da mente pouco instruída, pouco treinada. Mas a guerra 
como resultado da natureza humana é outra coisa. Não acreditasse o senhor que a natureza humana, as razões, 
as emoções do homem e da mulher comum conduzem à guerra, não teria escrito pedindo nossa ajuda. 
Felizmente há um ramo da educação que se inscreve sob a categoria de “educação sem custo” — aquele 
entendimento dos seres humanos e suas motivações que, desde que a palavra seja expurgada de suas 
associações científicas, se pode chamar de psicologia. Mas embora muitos instintos sejam tidos, em maior ou 
menor grau, como comuns a ambos os sexos, guerrear tem sido, desde sempre, hábito do homem, não da 
mulher. A educação e a prática desenvolveram aquilo que pode ser uma diferença psicológica
transformando-a em algo que pode ser uma diferença física — uma diferença de glândulas, de hormônios. Seja 
como for, um fato é indiscutível – raramente, no curso da história, um ser humano foi abatido pelo rifle de uma 
mulher; os pássaros e os animais foram e são, em sua grande maioria, mortos por vocês, não por nós. 

Virginia Woolf. Três guinéus, 1938 (com adaptações)

Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o verbo “conduzem” (linha 28) poderia ser substituído por 

Quem nunca se deparou com alguma antiga anotação e se frustrou por não conseguir entender a própria 
caligrafia? A triste verdade: estamos esquecendo como escrever à mão! 
Escrever à mão está entre as técnicas culturais mais importantes da evolução humana. Milhares de anos atrás, 
as informações eram esculpidas em argila ou pedra, ou escritas com tinta em folhas de palmeira, pergaminho ou 
papiro. Até a invenção da imprensa, a escrita à mão era a única maneira de registrar a linguagem em qualquer meio 
que fosse. 
A escrita mais antiga de que se tem conhecimento tem cerca de 5 mil a 6 mil anos: desenvolvida pelos sumérios 
no atual Iraque, a escrita cuneiforme era utilizada na administração do comércio. Essa escrita pictórica consistia em 
cerca de 900 pictogramas e ideogramas, ou seja, símbolos e sinais que eram riscados em tábuas de argila úmida com 
pedaços de madeira. Com o tempo, essa "caligrafia" evoluiu para várias fontes e também para nosso alfabeto 
moderno. 
Ao contrário da fala, a escrita antigamente era reservada apenas a uma minoria: a nobreza, os intelectuais e os 
comerciantes. O fato de tantas pessoas saberem ler e escrever hoje em dia é resultado da introdução da escolaridade 
obrigatória no século XX. 
Nestes tempos virtuais, nós nos limitamos a digitar em computadores e smartphones e, quando muito, 
fazemos uma lista de compras ou poucas outras anotações à mão. Raramente — ou com certa relutância — nos 
comunicamos por meio de canetas e papel, enquanto a comunicação por e-mails, mensagens de texto ou —
sobretudo entre os mais jovens — por mensagens de voz virou a regra. 
Em plena era digital, agora nos parece extremamente tedioso escrever um texto mais longo à mão. Para que 
um cartão de aniversário ou uma carta sejam escritos de forma particularmente bela, é necessário dedicar toda nossa 
concentração. 
Desde crianças, aprendemos a escrever à mão da forma mais correta e ordenada possível. Embora todas as 
crianças aprendam as mesmas letras, a escrita de cada um é sempre muito particular. Durante a adolescência e o 
início da fase adulta, nossa caligrafia costuma mudar significativamente, mas depois disso ela permanece 
praticamente a mesma para a maioria das pessoas — cada um desenvolve uma caligrafia única. 
Mas sem prática e controle, a caligrafia só tende a piorar. Problemas de caligrafia são há muito um problema 
da sociedade como um todo, e não apenas dos estudantes, como muitas vezes se supõe. A caligrafia correta e legível, 
afinal, passa por uma verificação na escola. 
Ainda assim, a Associação Alemã de Educação e Formação vem há anos reclamando do declínio das 
habilidades de escrita e do aumento dos déficits motores entre crianças em idade escolar. De acordo com o Estudo 
sobre o desenvolvimento, os problemas e as intervenções na questão da caligrafia (STEP 2022), cada vez mais crianças 
estão tendo dificuldades para escrever de forma rápida e legível. E os lockdowns e a prática de ensino domiciliar 
durante a pandemia do coronavírus só pioraram a situação. 
À medida que as pessoas envelhecem, durante a adolescência e no início da idade adulta, a caligrafia tende a 
se tornar cada vez mais ilegível — também por causa da falta de prática e controle. 
Digitar em um teclado é imbatível, especialmente para textos mais longos, pois a estrutura do texto pode ser 
alterada conforme desejado. A correção automática também elimina erros banais, tornando a escrita mais rápida, 
mais legível e menos cansativa. 
A escrita à mão, por outro lado, desafia o cérebro mais do que a digitação e, portanto, promove o aprendizado. 
Além disso, ao se escrever, o cérebro compara a escrita resultante com modelos aprendidos das letras e palavras e 
ajusta a posição dos dedos em tempo real. Olhos e cérebro monitoram constantemente se os dedos estão segurando 
a caneta corretamente, aplicando a quantidade certa de pressão, e se claras linhas são criadas ao escrever. Isso requer 
uma coordenação muito precisa entre os processos visuais e motores. É essa combinação de informação visual e 
processamento de informação que promove o aprendizado. 
De fato, a escrita à mão é mais lenta do que a digitação, mas isso não é necessariamente uma desvantagem. A 
lentidão natural nos obriga a processar informações de forma mais intensiva. 
Resumimos o que ouvimos ou pensamos com mais clareza, destacamos palavras-chave ou citações concisas, 
às vezes usamos setas ou marcadores para estabelecer conexões e, geralmente, nos envolvemos mais intensamente 
com o conteúdo, retendo-o em nossa memória por mais tempo. 

Internet: <https://g1.globo.com > (com adaptações).

Ao comparar a escrita à mão com a digitação, o autor defende que 

O processo de lodos ativados é um dos mais aplicados e de maior eficiência e os componentes físicos do sistema podem ser: um tanque de aeração, um decantador secundário e um sistema de reciclo dos flocos sedimentados para o tanque de aeração.

A figura a seguir apresenta, de forma simplificada, os componentes do sistema de lodos ativados, bem como as correntes de efluente bruto e tratado, licor misto (efluente + lodo – linha de reciclo) e lodo de excesso.

Q = vazão da corrente de alimentação

V = volume útil do reator

So = concentração de substrato na corrente de alimentação

Se = concentração de substrato na corrente de efluente tratado

Xe = concentração de biomassa no reator

Xu = concentração de biomassa no fundo do sedimentador

W = vazão de purga de lodo

r = razão de reciclo = rQ/Q

Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta.

Duas cargas 1 e 2 de mesmo sinal, a primeira com velocidade e a segunda com velocidade 2. penetram perpendicularmente em uma região onde há um campo magnético uniforme .

Ao penetrar no campo, as cargas passam a se deslocar em trajetórias circulares com movimentos uniformes. A primeira com período T1 e a segunda com período T2.

A razão T2/T1 é:

Órgãos ambientais, recentemente, divulgaram que os gases de efeito estufa (GEE) emitidos no Brasil são provenientes, principalmente, da agropecuária e das mudanças no uso da terra, das queimadas e do desmatamento das florestas.

Sabendo que COV é definido como composto orgânico volátil, assinale a opção que contêm GEE e GEE indiretos na troposfera.

A educação corporativa é uma estratégia voltada ao desenvolvimento contínuo de competências essenciais, amplamente adotada pelas organizações contemporâneas. Para que essa prática obtenha sucesso, alguns princípios fundamentais devem ser observados, a exemplo da(o)

Com relação aos diferentes tipos de vendedores no contexto de vendas e marketing, analise as assertivas a seguir:

I. Missionário: é o vendedor responsável por construir a imagem da empresa ou promover o produto, prestando informações e instruções aos usuários, sem necessariamente realizar a venda direta.
II. Técnico: é o vendedor que se vale de métodos criativos para vender produtos tangíveis ou intangíveis, focando na geração de novos negócios.
III. Gerador de demanda: é o vendedor cuja principal função é entregar o produto ao consumidor final.


Com base nas definições apresentadas, está correto o que se afirmar em

A Teoria Clássica da Administração, associada a Henri Fayol, tinha como foco principal a estrutura organizacional e a busca pela eficiência nos processos administrativos, por meio de princípios que orientavam a gestão das empresas.

Com base nisso, analise as opções a seguir:

I. Unidade de Comando.
II. Equidade.
III. Estabilidade de pessoal.

Representam Princípios Gerais da Administração, propostos por Fayol e abordados pela teoria clássica:

A Teoria da Contingência surgiu como uma abordagem alternativa aos modelos tradicionais da administração ao defender que não existe um modelo único e universal de gestão, pois a forma de administrar uma organização depende das circunstâncias e das variáveis do ambiente em que ela está inserida.

Conforme essa teoria, é correto afirmar que o indivíduo é compreendido como:

“BOMBEIRO HERÓI”


O relógio marcava 18h30min e a escuridão era total na cidade completamente alagada de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul. Por conta das enchentes, toda a distribuição de energia foi interrompida. No telefone, a voz desesperada da filha pede para que os bombeiros resgatem a mãe dela, que está acamada e inconsciente dentro da casa tomada pela água. Cada minuto era crucial porque o nível da água subia constantemente e deixava a situação ainda mais dramática.

A filha não estava no mesmo imóvel, mas acionou o resgate após ouvir da cuidadora da mãe que a água na rua já estava na altura da cintura. Assim que recebeu o chamado, Rudinei Silva dos Santos, comandante dos bombeiros voluntários de Eldorado do Sul, apanhou uma lanterna, vestiu uma roupa de mergulho e partiu com um barco a remo com sua equipe para o resgate que durou cerca de duas horas. Rudinei, cuja casa também ficou debaixo d’água, relatou o que passou nesse episódio da tragédia das inundações. 

“(...) Quando a gente recebe um chamado, a gente já vai imaginando todas as situações com que a gente pode se deparar, qual é o tipo de equipamento que a gente pode levar, quais as pessoas de que a gente necessita. De quantos bombeiros a gente vai precisar no local, se a embarcação consegue chegar e se vamos precisar de uma viatura leve ou pesada.

Na triagem via telefone com a filha dessa pessoa, que estava em outra cidade, vimos que ela não sabia exatamente como estava a situação, o que é mais uma questão que a gente tem que levar em consideração. Porque a informação que ela está nos passando por telefone não é de quem está no local, então isso pode ser uma coisa boa ou pode ser uma surpresa que talvez faça com que a gente perca um pouco de tempo, pois a gente não sabe exatamente qual a magnitude e grandeza desse atendimento.

Mas como a pessoa nos relatou que a mãe dela, no caso, era uma pessoa de idade em estado terminal, sem movimentos e dependente de uma cuidadora que também já tinha certa idade, ela não conseguiria ir para um local mais seguro sozinha. Nessas condições, fomos até o local. (...)

Fomos remando até a casa. Nos identificamos como bombeiros e entrei primeiro para verificar a situação. A gente faz uma análise de toda a cinemática e aí retornamos para a equipe. Como a gente verificou que seria possível passar o colchão pela porta onde ela estava, entramos e deixamos o barco ancorado próximo à entrada da casa. Quando chegamos ao local, a altura da água já estava encostando no colchão e ele já estava flutuando um pouco. (...)

A vítima era uma senhora, que tinha em torno de 70 anos e se alimentava por sonda, além de não se movimentar. Pelo tempo acamada, tinha os membros muito enrijecidos, o que não facilitava a mobilidade. A gente teve que colocar um cobertor por baixo dela, com muito cuidado, vários bombeiros que estavam submersos a suspenderam. Colocamos ela em cima do colchão novamente e fomos puxando o colchão sobre a água, cuidando para que ele não afundasse.

O desafio seguinte foi passar pela porta porque ela era bem estreita. Então apertamos um pouco a lateral do colchão para que ele dobrasse levemente e pudesse passar. Com todo o cuidado, a gente fez esse movimento de lateralização sempre com cuidado com o tubo de oxigênio dela. Levá-la de barco até o hospital também foi um desafio, um desafio colocá-la em cima do barco. Sem dizer que esse não é o meio mais adequado para fazer o transporte de uma vítima com essa necessidade. Fizemos o caminho até a ambulância, que nos aguardava numa área seca, com muito cuidado, pois tudo estava completamente escuro, e as águas turbulentas.

(...) Foi perigoso e bem complexo. Demandou bastante trabalho da equipe. Foram cinco bombeiros envolvidos, além da equipe da ambulância. (...) Sem dúvida, as enchentes foram a maior ocorrência que a gente já enfrentou. (...)”


FELIPE SOUZA e FERNANDO OTTO
Adaptado de bbc.com, 16/05/2024.

No telefone, a voz desesperada da filha pede para que os bombeiros resgatem a mãe dela, que está acamada e inconsciente dentro da casa tomada pela água. (l. 2-4)

Na frase, o destaque à “voz” da filha constitui a seguinte figura de linguagem:

COMO SE A VIDA FOSSE LITERATURA


A nossa vida poderia ser melhor, se olhássemos para ela como um escritor olha para um romance em construção.


Quando um escritor inicia um romance, esforça-se por encarar o mundo − aquele mundo que ali se começa a desenhar − através dos olhos de diferentes personagens. É um exercício de alteridade que, sendo praticado de forma regular, desenvolve os músculos da empatia. Imagino que se fizéssemos isto no nosso dia a dia talvez nos irritássemos menos com os outros. Ao mesmo tempo, abrindo-nos às opiniões alheias, e repensando as próprias, certamente seríamos melhores pessoas.

Além disso, um escritor não julga os seus personagens. O escritor tenta compreendê-los. Também esta regra, aplicada à vida verdadeira − admitindo que a literatura é uma vida menos verdadeira −, traria benefícios para todos.

Aqueles escritores que se guiam pela intuição sabem que não se pode forçar um personagem a seguir por um determinado caminho; melhor deixá-lo escolher seu próprio destino, e depois tentar acompanhá-lo. Também na vida, convém aceitar que o livre-arbítrio tem limites. Por vezes, somos empurrados para atalhos imprevistos − e isso pode ser ótimo. A surpresa é o sal da vida. Sim, eu sei que surpresa a mais pode provocar hipertensão, parada cardíaca e até AVC. Mas uma vida sem uma certa dose de espanto, convenhamos, não só não tem gosto nenhum como se traduz em cansaço, tédio e confusão mental.

Os escritores esforçam-se, ao longo dos anos, por criar um estilo único. Se tiverem sorte conseguem isso a partir do momento em que deixam de se esforçar, perdem o receio de repetir modelos e passam simplesmente a fruir a escrita. Na vida real também só alcançamos uma identidade própria depois que deixamos de nos preocupar com aquilo que os outros pensam.

Na literatura, aprendemos cedo a cortar adjetivos. Aliás, passamos mais tempo a cortar do que a escrever. A hiperadjetivação é uma doença infantil do escritor. Na vida, aprender a prescindir, tanto de bens quanto de ornamentos, e a valorizar o essencial é meio caminho andado para a felicidade. Ou, se não para a felicidade, ao menos para a elegância.

Escrever exige paixão. Viver também. Escrever implica disciplina. Viver também. Claro que é possível viver com paixão, e sem disciplina. Infelizmente, pessoas assim vivem pouco tempo. E é possível viver com disciplina, e sem paixão − mas não vale a pena.

A literatura, reconheço, tem algumas vantagens relativamente à vida. Por exemplo, ao escritor resta sempre a possibilidade de assassinar, de muitas maneiras terríveis, um personagem desagradável ou irritante, sem jamais ser incomodado pela polícia. Um romancista pode até inspirar-se num inimigo da vida real e colocá-lo nas páginas de um livro. Vejo isto como uma espécie de vodu literário. Em vez de espetarmos agulhas num boneco de pano, torturamos um personagem, esperando que, por magia, a dor fictícia se transmita ao sujeito que o inspirou. Nem sempre tem resultado. Tentei a experiência uma única vez. Surpreendentemente, o meu desafeto sentiu-se lisonjeado, agradeceu imenso, e a partir dali ficamos bons amigos.


JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
Adaptado de oglobo.globo.com, 16/12/2023.

abrindo-nos às opiniões alheias, e repensando as próprias, certamente seríamos melhores pessoas. (l. 6-7) 

De acordo com o trecho, a opinião de uma pessoa, para ser de fato própria, deve ser objeto da seguinte atitude:

Uma criança entra em uma pista com seu skate pelo ponto D, segue uma trajetória parabólica e sai da pista pelo ponto A, na direção da reta t, conforme ilustra o esquema.

Considere as seguintes informações:

• no sistema de coordenadas cartesianas, x e y estão indicadas em metros;
• a equação da parábola é
• a reta t é tangente à parábola no ponto A e paralela à reta r, cuja equação é x − 2y − 16 = 0. 

A profundidade dessa pista, em metros, é igual a:

Uma fábrica com 20 funcionários que trabalham 8 horas por dia, produz 4000 uniformes por mês. Com o intuito de produzir 9000 uniformes por mês, foram contratados mais 16 funcionários, que têm a mesma eficiência dos outros, isto é, cada um produz a mesma quantidade de uniformes por hora de trabalho.

Para produzir essa nova quantidade de uniformes, a equipe dos 36 funcionários deve trabalhar, diariamente, no mínimo, o seguinte número de horas:

LA INTEGRACIÓN DE GÉNERO EN LAS FUERZAS ARMADAS: 
CONDICIONAMIENTOS Y PERSPECTIVAS


En la actualidad, las mujeres constituyen un componente esencial dentro de las fuerzas militares de un gran número de países en varios continentes. Sin embargo, su situación y el alcance de su representatividad varían significativamente según cada país. 

Dentro del conjunto de Estados miembro de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), representan cerca de 11%, mientras que en América Latina apenas sobrepasaban el 4% en 2010. En el 2015, las mujeres representaban solamente el 6% de los efectivos movilizados. En todos los casos, el proceso de integración de género en las fuerzas militares es revelador en dos sentidos. Por un lado, deja ver el espacio y el rol que las instituciones militares ocupan en las respectivas sociedades, así como también los procesos internos de transformación organizacional y el estado de las relaciones entre civiles y militares en el marco de la democracia. Por otro lado, las dificultades en la integración, que siguen siendo significativas, revelan con enorme precisión y nitidez las paradojas y tensiones que persisten en los procesos de construcción de igualdad entre hombres y mujeres.

Aunque la presencia femenina sigue estando mayormente concentrada en tareas de apoyo, en una proporción que tiende a crecer por sobre la que se da entre los hombres, fueron también eliminándose distintas restricciones legales al acceso femenino a tareas operacionales o de combate. Dentro de las fuerzas estadounidenses que actuaron en esos y otros teatros de operaciones, entre 2001 y 2013, se han destacado unas 299000 mujeres militares, de las cuales más de 800 fueron heridas y más de 130 perdieron la vida.

La Resolución 1325, aprobada en forma unánime por el Consejo de Seguridad de la ONU en 2000, constituyó un paso innovador sin precedentes para el reconocimiento internacional de la dimensión de género en los conflictos armados. En ese documento se reconoce el impacto desproporcionado de los conflictos armados sobre mujeres y niños, así como la relativa escasez de representación femenina en los procesos de paz y estabilización. Esta resolución dio las pautas para un nuevo modo de pensar el rol de las mujeres, reconociéndolas no solo como víctimas, sino también como actores relevantes en el plano de la seguridad internacional. A esa resolución le siguieron otras entre 2008 y 2015, que en conjunto configuraron, por primera vez en la historia de la ONU, una agenda internacional sobre la dimensión de género en los conflictos y en la producción de seguridad.

Pese a todo, el entusiasmo con la resolución fue progresivamente sustituido por evaluaciones cautelosas y un cierto escepticismo, de cara a la vigencia de significativas disyunciones entre la retórica y la práctica.En uno de los pocos estudios que analiza comparativamente la participación de mujeres en operaciones de apoyo a la paz, los investigadores Sabrina Karim y Kyle Beardsley concluyen que en las misiones internacionales las mujeres padecen discriminación explícita, son confinadas a papeles muy específicos y ven limitada su 
participación al accionar informal de redes. Todo esto indica que hay que seguir desarrollando políticas nacionales destinadas a promover la agenda WP&S✳, como condición fundamental para asegurar una mayor eficacia en su implementación a escala internacional.

Aun así, independientemente de los análisis más pesimistas, la visibilidad pública y la perseverancia política y militar por mantener esta agenda de género y encarar medidas tendientes a su implementación y monitorización sugieren que el espacio potencial para una transformación no está agotado. Si bien otros avances no se dieron, ocurrió una alteración importante: de hecho, la dimensión de género dejó de ser encarada como algo exterior y ajeno a los procesos de producción de seguridad y su inclusión pasó a constituir un elemento esencial de cara al éxito de las misiones militares y los procesos de paz.


✳ WP&S - Mujeres, Paz y Seguridad (ONU)


HELENA CARREIRAS
Adaptado de nuso.org, 2018.

La Resolución 1325, aprobada en forma unánime por el Consejo de Seguridad de la ONU en 2000, constituyó un paso innovador sin precedentes (l. 18-19)

En relación con el término antecedente, el fragmento subrayado tiene como objetivo:

2024 USHERED IN TWO FIRSTS FOR MILITARY WOMEN. 
WE’RE ALL CELEBRATING.

American women kicked off 2024 with two milestones that flipped the script on the way society keeps judging, classifying and relating to us. The first happened in Annapolis, Maryland, where Vice Admiral Yvette Davids − a mother of twin boys with an Audrey Hepburn vibe − became the first woman to 
lead the 178-year-old U.S. Naval Academy. Then, Air Force 2nd Lieutenant Madison Marsh became the newest Miss America, the first-active duty military officer to win the pageant. Beauty can have brains and brawn; brains and brawn can be beautiful. Take that, society.

Marsh’s crown matters more when it comes to her job in the Air Force. She busts the myth that women who do the jobs that used to be held only by men have to look and act like them. This is important at the Naval Academy, where some graduates watched Davids show compassion, a vivacious personality 
and maternal pride as her kids cheered her on in a room full of military brass. “It was surreal,” said Sharon Hanley Disher, 65, one of the first women to graduate from the academy in 1980. She was at the ceremony promoting Davids, who called out the class of pioneers twice during her speech in Annapolis. 
She couldn’t stop thinking about her first evening at the academy, back in 1976. “Miss Hanley, I don’t like women in my school,” an upperclassman told her, she recalled, pointing his finger in her face. “I don’t want women in my school. It will be my mission to make sure you’re long gone before I graduate.” She 
graduated, and Davids, who graduated in 1989, thanked her and others for helping pave the way.

“A ship in port is safe, but that’s not what ships are built for,” said Davids in her welcome address, quoting the words of Admiral Grace Hopper. She will face doubt and challenges to her leadership. But besides proving that she can lead, she will be confronted with the opportunity to address women’s experience as 
minorities in a school where they are just 28 percent of the student population.

Elizabeth Rowe, who was also in the class of 1980 with Hanley Disher, was celebrated as a pioneer in her small, Maryland farm town. When she went off to the academy, she was stunned by the hatred she faced when she got there. “While I knew it was first class and it was all male, I didn’t have any perspective. The 
reaction we got − a sort of resentment, hatred, otherness, all of that − was unexpected. I spent four years just trying to get through it. The hazing and harassment − dead rats being left in mailboxes, the constant put-downs − were largely unaddressed by leaders,” she said.

Sadly, current students still face some of what she endured. Hanley Disher, who married a fellow graduate and again made history when all three of their children graduated from the academy, said she was thrilled to see her daughter have more congressionally mandated opportunities available to her. But she was 
heartbroken when she heard that some of the old school misogyny was still there. “This one guy told my daughter a joke,” she recounted. He said: “What did the ugliest girl in the world say to the second ugliest girl in the world? What company are you in?” 

Some of the women from the class of 1980 have never returned to the academy to celebrate milestones, as their colleagues took command in the Navy and rose in the ranks at the academy. They told Hanley Disher − when she reached out to them for reunions or events − that they can’t. But people change, places 
change. During their 35th reunion, one of the men who was a primo harasser of women apologized to her. He told her that he has been living with guilt over the things he said and did, and wanted to apologize to all of them. So, Disher took him by the arm and said “Let’s go”. She accompanied him on his apology 
tour, and then they cried about it at the bar.


PETULA DVORAK
Adaptado de washingtonpost.com, 15/01/2024.

The reaction we got − a sort of resentment, hatred, otherness, all of that − was unexpected. (l. 23-24)

The underlined word implies that the reason women were harassed in the academy is:

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