Internet virou "campo minado" para crianças e jovens, diz
especialista
Por Luiz Claudio Ferreira - As crianças já vulnerabilizadas socialmente estão mais suscetíveis a riscos no ambiente digital depois de decisão da empresa Meta de redução das normas de moderação das plataformas. A avaliação é do pesquisador Pedro Hartung, diretor de Políticas e Direitos das Crianças do Instituto Alana.
"A internet aumenta as vulnerabilidades que já existem no ambiente offl ine", explicou em entrevista à Agência Brasil.
Ele identifi ca que a internet se transformou em um "campo minado" para crianças e adolescentes. E reitera que, quando as plataformas não são pensadas para sobrepor ou superar essas violências, acabam reforçando e ampliando as desigualdades.
"Crianças negras, periféricas e meninas estão muito mais sujeitas a essas violências no mundo digital não só pela reprodução dessa violência social, mas pelo aumento dessa violência", afi rmou Pedro Hartung.
O pesquisador lamenta a falta de participação das grandes empresas em debates, como o que ocorreu nesta semana, em uma audiência pública na Advocacia-Geral da União (AGU) com pesquisadores e representantes da sociedade civil para elencar argumentos sobre o tema.
Ele sublinha que o ano de 2025 marca os 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o país se vê em desafi os para enfrentar o que ele chama de "colonialismo digital". E alerta para o fato de que o afrouxamento da moderação das redes Instagram e Facebook, da Meta, por exemplo, eleva a chance de crimes nas redes. "A gente não está falando somente de dimensões ligadas a uma manifestação de uma opinião".
Como saída, ele identifi ca a necessidade de o Estado aplicar a lei e também da implantação de uma política de educação digital.
Confi ra abaixo os principais trechos da entrevista.
Nesta semana, houve uma audiência pública com a participação de pesquisadores e representantes de diferentes áreas da sociedade
civil. O governo está recolhendo subsídios e argumentos nesse embate com as plataformas digitais. Mas os representantes das empresas não foram. O que você pensa sobre isso?
Lamentavelmente, as empresas e as plataformas digitais que operam no Brasil não estiveram na audiência. Escolheram não estar e contribuir para o debate com a perspectiva delas, com as informações que elas têm, para a gente criar um espaço de busca de soluções. Sem dúvida alguma, como está agora, não podemos admitir. O Congresso Nacional já vem trabalhando há alguns anos, na verdade, em projetos de lei para clarifi car e detalhar a proteção e a segurança de todos nós, inclusive de crianças no ambiente digital. O STF, recentemente, estava julgando o marco legal da internet, especialmente a constitucionalidade do artigo 19 [que aponta que a empresa somente poderá ser responsabilizada por danos se, após ordem judicial específi ca, não tomar providências]. Agora chegou a vez do Executivo assumir a sua responsabilidade de monitorar e fi scalizar o cumprimento da legislação que já existe e que garante, no caso de crianças e adolescentes, prioridade absoluta na proteção dos seus direitos.
Antes da decisão da Meta de alterar a moderação de conteúdo, as crianças já estavam vulnerabilizadas, certo?
Esse problema de moderação de conteúdo é uma falha da indústria como um todo, de todas as plataformas, de maior ou menor grau. É um verdadeiro campo minado para crianças e adolescentes, de exposição a conteúdos indevidos e muitas vezes ilegais e criminosos.
A internet pode ser mais perigosa para crianças e adolescentes?
O que era ruim vai fi car ainda pior. Porque a Meta, por mais que ela tenha respondido que essas mudanças não chegaram ainda
ao Brasil, sem dúvida alguma é uma mensagem do setor e é um posicionamento ideológico dessas empresas do entendimento de que o espaço da internet não teria lei. É uma mensagem muito ruim para todo o setor e, na verdade, para todos nós como sociedade.
Quais são os principais riscos que nossas crianças e adolescentes estão submetidos?
Infelizmente, a internet que hoje a gente utiliza não foi a pensada pelos criadores da rede. Essa internet de hoje representa o verdadeiro campo minado para crianças e adolescentes no mundo, especialmente no Brasil, onde regras protetivas são menos aplicadas pelas mesmas empresas. O que já era ruim vai fi car muito pior. Vai fi car muito semelhante ao Discord, onde não tem uma moderação ativa de conteúdo e abre possibilidades para uma distribuição de informação que pode ser muito prejudicial para a saúde e integridade de crianças e adolescentes. Nós estamos falando aqui, por exemplo, de um crescimento de imagens advindas de violência contra a criança, que podem ser utilizadas, inclusive, para ameaçar crianças e adolescentes. Um crescimento, por exemplo, de cyberbullying, e também a
exposição não autorizada da imagem em informações pessoais de crianças e adolescentes, ou conteúdos que ou representam ou são mesmo tratamento cruel e degradante, discurso de ódio, incitação e apologia a crimes.
Então não estamos falando de liberdade de expressão?
Aqui a gente não está falando somente de dimensões ligadas a uma manifestação de uma opinião. A gente está falando aqui de crime muito severo que crianças e adolescentes estão submetidos por uma internet não regulada. Já vi casos de plataformas sem moderação ativa de conteúdo em que cenas advindas de violência pessoal, que a gente chamaria de pornografi a infantil e de violência, circulando livremente. A plataforma sem moderação de conteúdo gera muito mais riscos para a violência contra a criança e o adolescente. E os nossos fi lhos e fi lhas, netos, sobrinhos, sobrinhas, vão estar muito mais sujeitos a esses perigos e violências.
Fonte: https://www.jb.com.br/brasil/educacao/2025/01/1054036-internet-viroucampo-
minado-para-criancas-e-jovens-diz-especialista.html. Excertos. Acesso em
27/01/2025
“Infelizmente, a internet que hoje a gente utiliza não foi a pensada pelos criadores da rede”. No trecho em destaque, há uma palavra ou uma expressão em elipse, que é:
Internet virou "campo minado" para crianças e jovens, diz
especialista
Por Luiz Claudio Ferreira - As crianças já vulnerabilizadas socialmente estão mais suscetíveis a riscos no ambiente digital depois de decisão da empresa Meta de redução das normas de moderação das plataformas. A avaliação é do pesquisador Pedro Hartung, diretor de Políticas e Direitos das Crianças do Instituto Alana.
"A internet aumenta as vulnerabilidades que já existem no ambiente offl ine", explicou em entrevista à Agência Brasil.
Ele identifi ca que a internet se transformou em um "campo minado" para crianças e adolescentes. E reitera que, quando as plataformas não são pensadas para sobrepor ou superar essas violências, acabam reforçando e ampliando as desigualdades.
"Crianças negras, periféricas e meninas estão muito mais sujeitas a essas violências no mundo digital não só pela reprodução dessa violência social, mas pelo aumento dessa violência", afi rmou Pedro Hartung.
O pesquisador lamenta a falta de participação das grandes empresas em debates, como o que ocorreu nesta semana, em uma audiência pública na Advocacia-Geral da União (AGU) com pesquisadores e representantes da sociedade civil para elencar argumentos sobre o tema.
Ele sublinha que o ano de 2025 marca os 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o país se vê em desafi os para enfrentar o que ele chama de "colonialismo digital". E alerta para o fato de que o afrouxamento da moderação das redes Instagram e Facebook, da Meta, por exemplo, eleva a chance de crimes nas redes. "A gente não está falando somente de dimensões ligadas a uma manifestação de uma opinião".
Como saída, ele identifi ca a necessidade de o Estado aplicar a lei e também da implantação de uma política de educação digital.
Confi ra abaixo os principais trechos da entrevista.
Nesta semana, houve uma audiência pública com a participação de pesquisadores e representantes de diferentes áreas da sociedade
civil. O governo está recolhendo subsídios e argumentos nesse embate com as plataformas digitais. Mas os representantes das empresas não foram. O que você pensa sobre isso?
Lamentavelmente, as empresas e as plataformas digitais que operam no Brasil não estiveram na audiência. Escolheram não estar e contribuir para o debate com a perspectiva delas, com as informações que elas têm, para a gente criar um espaço de busca de soluções. Sem dúvida alguma, como está agora, não podemos admitir. O Congresso Nacional já vem trabalhando há alguns anos, na verdade, em projetos de lei para clarifi car e detalhar a proteção e a segurança de todos nós, inclusive de crianças no ambiente digital. O STF, recentemente, estava julgando o marco legal da internet, especialmente a constitucionalidade do artigo 19 [que aponta que a empresa somente poderá ser responsabilizada por danos se, após ordem judicial específi ca, não tomar providências]. Agora chegou a vez do Executivo assumir a sua responsabilidade de monitorar e fi scalizar o cumprimento da legislação que já existe e que garante, no caso de crianças e adolescentes, prioridade absoluta na proteção dos seus direitos.
Antes da decisão da Meta de alterar a moderação de conteúdo, as crianças já estavam vulnerabilizadas, certo?
Esse problema de moderação de conteúdo é uma falha da indústria como um todo, de todas as plataformas, de maior ou menor grau. É um verdadeiro campo minado para crianças e adolescentes, de exposição a conteúdos indevidos e muitas vezes ilegais e criminosos.
A internet pode ser mais perigosa para crianças e adolescentes?
O que era ruim vai fi car ainda pior. Porque a Meta, por mais que ela tenha respondido que essas mudanças não chegaram ainda
ao Brasil, sem dúvida alguma é uma mensagem do setor e é um posicionamento ideológico dessas empresas do entendimento de que o espaço da internet não teria lei. É uma mensagem muito ruim para todo o setor e, na verdade, para todos nós como sociedade.
Quais são os principais riscos que nossas crianças e adolescentes estão submetidos?
Infelizmente, a internet que hoje a gente utiliza não foi a pensada pelos criadores da rede. Essa internet de hoje representa o verdadeiro campo minado para crianças e adolescentes no mundo, especialmente no Brasil, onde regras protetivas são menos aplicadas pelas mesmas empresas. O que já era ruim vai fi car muito pior. Vai fi car muito semelhante ao Discord, onde não tem uma moderação ativa de conteúdo e abre possibilidades para uma distribuição de informação que pode ser muito prejudicial para a saúde e integridade de crianças e adolescentes. Nós estamos falando aqui, por exemplo, de um crescimento de imagens advindas de violência contra a criança, que podem ser utilizadas, inclusive, para ameaçar crianças e adolescentes. Um crescimento, por exemplo, de cyberbullying, e também a
exposição não autorizada da imagem em informações pessoais de crianças e adolescentes, ou conteúdos que ou representam ou são mesmo tratamento cruel e degradante, discurso de ódio, incitação e apologia a crimes.
Então não estamos falando de liberdade de expressão?
Aqui a gente não está falando somente de dimensões ligadas a uma manifestação de uma opinião. A gente está falando aqui de crime muito severo que crianças e adolescentes estão submetidos por uma internet não regulada. Já vi casos de plataformas sem moderação ativa de conteúdo em que cenas advindas de violência pessoal, que a gente chamaria de pornografi a infantil e de violência, circulando livremente. A plataforma sem moderação de conteúdo gera muito mais riscos para a violência contra a criança e o adolescente. E os nossos fi lhos e fi lhas, netos, sobrinhos, sobrinhas, vão estar muito mais sujeitos a esses perigos e violências.
Fonte: https://www.jb.com.br/brasil/educacao/2025/01/1054036-internet-viroucampo-
minado-para-criancas-e-jovens-diz-especialista.html. Excertos. Acesso em
27/01/2025
No texto, lê-se o seguinte: “Lamentavelmente, as empresas e as plataformas digitais que operam no Brasil não estiveram na audiência”. Na verdade, quem esteve ausente das audiências foram as pessoas que representam as empresas e plataformas digitais, e não as instituições em si mesmas. Quando se atesta esse uso, baseado em palavras ou expressões contíguas, emprega-se uma fi gura de linguagem denominada:
O Google, como instituição, disponibilizou diversas ferramentas que representam um conjunto de recursos online, que podem ser usados para melhorar a produtividade e o marketing digital. Entre as ferramentas Google, uma constitui o local para armazenamento de todos os documentos recebidos no e-mail ou criados no Google documentos, sendo um espaço de armazenamento na nuvem, que pode ser utilizado para salvar documentos e compartilhá-los com outras pessoas até mesmo fora da organização, tudo isso com muita segurança. Outra ferramenta tem por objetivo melhorar a comunicação em tempo real, com uso em atividades de videoconferência, suportando a
realização de chamadas de até 250 pessoas na versão Standard, permitindo a gravação das chamadas, o que para uma equipe de treinamento tem muita utilidade. Essas duas ferramentas são conhecidas, respectivamente, como Google:
Segurança da informação é defi nida como a prática de proteger dados e sistemas contra ameaças, acesso não autorizado ou violação de dados que resultem na divulgação, alteração ou destruição de informações confi denciais, baseandose em três princípios fundamentais. Um deles refere-se à privacidade dos dados e seu objetivo é proteger informações sensíveis e confi denciais contra acesso não autorizado, sendo que algumas das ferramentas relevantes utilizadas incluem criptografi a, controle de acesso e prevenção de perda de dados. Esse princípio é conhecido como:
No uso dos recursos do editor Writer da suíte LibreOffi ce 24.8.4.2 BR, em um microcomputador Intel com Windows 11 BR (x64), nos recursos visualizados na Faixa de Opções, quando se aciona a guia “Ferramentas”, a execução de um atalho de teclado viabiliza a verificação ortográfi ca automática, e o acionamento de outro atalho possibilita a inserção de uma quebra de página. Esses dois atalhos de teclado são, respectivamente:
Deve-se considerar e apreender, para uma melhor interpretação acerca da história da criação da atual cidade de Niterói, o seguinte aspecto:
No que diz respeito ao planejamento estratégico organizacional, julgue os itens seguintes.
I Mercados em expansão e novos segmentos no mercado com alta rentabilidade constituem pontos fortes de uma organização que devem ser explorados.
II Ausência de fatores de diferenciação e debilitada visibilidade no mercado representam fraquezas de uma organização.
III Na matriz GUT, a letra G associa-se ao fator que mede o impacto de um problema ou demanda para os demais processos de negócio da organização.
IV O uso da ferramenta 5W2H facilita a implementação de melhorias, independentemente da racionalização dos processos de trabalho.
Estão certos apenas os itens
Com a transição do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, a administração pública passou a ser marcada pela
Assinale a opção correta em relação às funções de administração.
Assinale a opção em que é apresentada a denominação da ferramenta que, usada na gestão de qualidade, é caracterizada pela representação de seus resultados em um gráfico de pontos cartesianos que permite verificar se existe relação de causa e efeito entre duas variáveis de natureza quantitativa e possibilita encontrar a intensidade da relação entre as variáveis pesquisadas.
Certa economia é descrita pelo seguinte sistema de equações, no qual: (i) corresponde à função de produção; (ii), à função demanda de trabalho; (iii), à função de investimento; (iv), à função consumo; (v), à equação de consistência macroeconômica; e (vi), ao equilíbrio monetário.

0, em que
é a primeira derivada da função de produção com relação insumo
é a segunda derivada da função de produção com relação ao insumo
é a derivada do investimento em relação à taxa de juros.
é a derivada do consumo em relação à renda disponível.

Nesse sistema de equações,
é o produto,
é a quantidade de trabalho,
é o estoque de capital,
é o salário nominal,
é o nível geral de preços,
é o investimento,
de Tobin,
é a taxa nominal de juros,
é a taxa de inflação,
é o consumo,
é a tributação autônoma,
são os gastos autônomos do governo,
é a função demanda por moeda e
é o estoque de moeda.
Com base no modelo descrito no texto 3A4, assinale a opção em que é apresentada a variável que determina diretamente o salário real
em equilíbrio.
O tipo de departamentalização relacionado à sequência do método produtivo, na qual cada departamento consiste em um centro de produção, e indicado para situações cujo foco é a tecnologia e para quando os atributos da tecnologia utilizada e dos produtos ou serviços produzidos são estáveis e permanentes denomina-se departamentalização por
Com base na Lei n.º 4.320/1964, assinale a opção em que é indicado o conceito correspondente ao agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que são consignadas dotações próprias.

A respeito do gráfico precedente, referente a uma curva ou fronteira de possibilidades de produção, em que
corresponde à quantidade de insumos e
, à quantidade produzida, assinale a opção correta.
Cada uma das próximas opções apresenta um evento econômico hipoteticamente ocorrido em uma economia no ano de 2024. Assinale a opção em que o evento nela indicado deveria ser incluído no PIB de 2024.