Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só então que a voz do dever sucede ao impulso físico, e o direito, ao apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos vê-se impelido a obrar segundo outros princípios, e a consultar a razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas vantagens, que a natureza lhe dera, outras obtém ainda maiores; suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se ampliam, seus sentimentos se enobrecem, sua alma toda inteira a tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o degradassem muitas vezes a uma condição inferior à primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para sempre o arrancou do estado de natureza, e fez de um animal estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social. Adaptado)
O trecho destacado no texto expressa
O senso comum propala que há poucos ingênuos na
sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora
que as honrosas exceções, tão merecedoras de admiração,
confirmam a regra de que “todo mundo tem um preço”.
A generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que
corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. Afi-
nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações
a cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades
humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões
morais com a mesma intensidade; de outro, nem todas as
pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se cor-
romper. Nesse sentido, ao incitar ambições e ao aguçar ape-
tites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis
abrigam mais seduções do que as sociedades não mercantis.
Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e,
em consequência, contabilizam mais violações dos códigos
morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um
“preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais.
Afinal, nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Di-
zendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não
vale a pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do
filósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido
de uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um ho-
mem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naque-
la cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito?
Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao
pé da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a deprava-
ção moral que então grassava. De qualquer modo, ponde-
remos: nem todos os atenienses possuíam cacife o bastante
para vender a alma ao diabo.
(Robert H. Srour. Ética empresarial. Adaptado)
É correto afirmar que a menção à anedota do filósofo Diógenes coloca-se no texto como argumento
De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos olhos dos presen tes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas.
A alternativa que substitui as expressões destacadas preservando-lhes o sentido e com correção é:
Uma pesquisa, realizada em um município, identificou
que, para cada grupo com 3 pessoas não vacinadas con-
tra determinada doença, havia outro grupo com 8 pes-
soas vacinadas contra a mesma doença. Sabendo-se
que a diferença entre os números de pessoas vacinadas
e não vacinadas contra a doença em questão, naquele
município, é de 455 000 pessoas, é correto afirmar que o
número total de pessoas, no município, é igual a
De acordo com a Lei Orgânica do Município de São Paulo, ao Tribunal de Contas do referido município compete manifestar-se sobre os empréstimos a serem contraídos
pelo Município quando for solicitado pela Câmara Municipal no prazo.
Suponha que Laura é servidora pública do município de
São Paulo, em regime de dedicação exclusiva, e que a
ela foi concedida licença à gestante, em face do nasci-
mento do seu primeiro filho, Rafael. Após um mês em
casa cuidando do seu filho, Laura resolveu começar a
exercer outra atividade remunerada e manteve Rafael
em creche. De acordo com o Estatuto dos Servidores Pú-
blicos do Município de São Paulo, é correto afirmar que
Laura
O uso de julgamento profissional do auditor para identi-
ficar as classes de transações, os saldos contábeis e as
divulgações, incluindo divulgações qualitativas, cuja dis-
torção pode ser relevante (ou seja, em geral, distorções
são consideradas relevantes se puder ser razoavelmen-
te esperado que elas influenciem as decisões econô-
micas de usuários tomadas com base nas demonstra-
ções contábeis como um todo), determina a aplicação
do conceito de
Certo capital foi aplicado em dois investimentos, sen-
do 55% em um investimento A, e o restante em um in-
vestimento B. A parte aplicada no investimento B teve
uma rentabilidade de 20%, gerando um valor total de
R$ 10.800,00. Sabendo-se que a parte aplicada no inves-
timento A teve uma rentabilidade de 10%, a rentabilidade
total das duas aplicações foi de
Os dados que seguem serão utilizados para responder às questões de números 48 a 50.
O ativo circulante da entidade é, em R$,
Conforme descrito na Constituição Federal, constitui uma das competências privativas da União legislar sobre
Sabe-se que é falsa a seguinte afirmação: Se Nice realizou as pesquisas de preço, então Nico realizou a conferência de cálculos e Joe organizou as agendas.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que contém uma afirmação necessariamente
verdadeira.
Considere que Pedro é brasileiro, tem 30 (trinta) anos de
idade, possui idoneidade moral e reputação ilibada, no-
tórios conhecimentos contábeis e 5 (cinco) anos de efeti-
va atividade profissional que exige os conhecimentos de
contabilidade mencionados. Pedro deseja ser nomeado
para o cargo de Ministro do Tribunal de Contas da União.
De acordo com o disposto na Constituição Federal, é cor-
reto afirmar que Pedro
O risco de controle é uma função da eficácia do desenho
(controles estabelecidos), da implementação e da manu-
tenção do controle interno pela administração no trata-
mento dos riscos identificados que ameaçam o cumpri-
mento dos objetivos da entidade, que são relevantes para
a elaboração das demonstrações contábeis da entidade.
O controle interno, independentemente da qualidade da
sua estrutura e operação,
Dividiu-se um prêmio de R$ 750 mil entre duas filiais de
uma empresa, de forma diretamente proporcional às ven-
das efetuadas por elas, no ano anterior. Para tanto, iden-
tificou-se que, no ano anterior, uma das filiais vendeu o
valor de R$ 3,6 milhões, e a outra, R$ 5,4 milhões. Ocorre
que, após uma conferência das informações, identificou-
-se que houve um lançamento de vendas invertido, em
determinado mês, o que gerou um lançamento indevido
de R$ 0,45 milhão a mais na filial que mais vendeu. Sen-
do assim, a filial que mais vendeu deverá repassar, para
a outra filial, o valor de
Com base no Decreto Municipal n o 53.623/12, que trata
das medidas de garantia de acesso à informação no âm-
bito da Administração do Município de São Paulo, assina-
le a alternativa correta.