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"Os modelos darwinistas sociais constituíram-se em instrumentos eficazes para julgar povos e culturas a partir de critérios deterministas e, mais uma vez, o Brasil surgia representado como um grande exemplo - desta feita, um 'laboratório racial'. Se o conceito de raça data do século XVI, as teorias deterministas raciais são ainda mais jovens: surgem em meados do século XVIII. Além disso, antes de estar vinculado à biologia o termo compreendia a ideia de 'grupos ou categorias de pessoas conectadas por uma origem comum', não indicando uma reflexão de ordem mais natural."
Fonte: SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto, nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2012, p. 20.
Sobre a questão racial não podemos afirmar:

"A história cultural, outrora uma Cinderela entre as disciplinas, desprezada por suas irmãs mais bem-sucedidas, foi redescoberta nos anos 1970 (...). Desde então vem desfrutando de uma renovação, sobretudo no mundo acadêmico - a história apresentada na televisão, pelo menos na Grã-Bretanha, continua sendo em sua maior parte militar, política e, em menor extensão, social. (...). O propósito deste livro é exatamente explicar não apenas a redescoberta, mas também o que é história cultural, ou melhor, o que os historiadores culturais fazem."

Fonte: BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 7.

Assinale a alternativa incorreta:

"No Brasil, o fogo doméstico dos escravos, além de esquentar, secar e iluminar o interior de suas 'moradias', afastar insetos e estender a vida útil de suas coberturas de colmo, também lhes servia como arma na formação de uma identidade compartilhada. Ao ligar o lar aos 'lares' ancestrais, contribuía para ordenar a comunidade - a sanzala - dos vivos e dos mortos. (...). Percebemos agora que experiência de escravos como Samuel e Vidal (...) não pode ser reduzida a uma história de submissão, cooptação e aculturação. Descobrimos, acredito, por que a festa entre os cativos, presenciada por Maria Graham, se realiza junto 'às cabanas dos escravos casados'. E demos a resposta a Charles Ribeyrolles: 'na chama reluzente do lar escravo, eis a flor'."
Fonte: SLENES, Robert. Na senzala, uma flor. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011, p. 256.
Sobre a vida cotidiana dos escravizados no Brasil no século XIX podemos afirmar:

"A polêmica gerada por suas pinturas durante uma exposição realizada em 1917, em São Paulo, foi tão intensa que um senhor de idade ameaçou romper os quadros com a bengala. Mas a coisa esquentou para valer depois que o escritor Monteiro Lobato publicou uma dura crítica sobre a mostra. Cinco quadros já vendidos chegaram a ser devolvidos. Foi assim que a moça de personalidade tímida causou a primeira grande controvérsia no provinciano e acadêmico meio artístico paulista, dando a largada no modernismo brasileiro."
Fonte: SOUZA, Duda Porto de; CARARO, Aryane. Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil. São Paulo: Seguinte, 2018, p. 68.
Indique a alternativa que apresenta a pintora mencionada no texto:

"Desde o fim da ditadura, em 1985, o Estado brasileiro nunca divulgou, de forma pública e abrangente, um balanço crítico sobre suas ações em torno das populações indígenas. Os chefes da Funai chegaram a duras conclusões sobre o papel do Estado brasileiro, cuja prioridade eram 'ações que visam minar a resistência dos grupos indígenas que são capazes de oferecer maior resistência ao projeto de incorporação de terras ao patrimônio nacional'. 'Na verdade, o Estado brasileiro sempre atribuiu-se o direito de decidir soberanamente sobre o destino das sociedades indígenas, seus bens, seus territórios. Em nenhum momento da história do país os índios foram ouvidos sobre estas decisões."

Fonte: VALENTE, Rubem. Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, pp. 382-383.

Observe as seguinte afirmações sobre as ações dos governos democráticos em relação ao tratamento dispensado às populações indígenas durante a ditadura militar brasileira (1964-1985):

I- No governo Fernando Henrique Cardoso, as leis e comissões criadas para conceder indenizações a perseguidos, mortos e desaparecidos políticos estabeleceu a possibilidade de estender sua atenção para os indígenas.

II- Em 2007, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, a publicação Direito à memória e à verdade, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, não trouxe uma única referência às violações de direitos dos índios.

III- Em 2014, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, instalada pela presidente Dilma Rousseff, incluiu um capítulo sobre os indígenas reconhecendo as violações de direitos humanos contra os povos indígenas, indicando mais de 8 mil mortos.

"Diz-se algumas vezes: 'A história é a ciência do passado'. (...). O que se produziu que parecera apelar imperiosamente à intervenção da história? Foi que o humano apareceu. Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores, Michelet, Fustel de Coulanges, nos ensinaram a reconhecer (...). Do caráter da história como conhecimento dos homens decorre sua posição específica em relação ao problema da expressão. Será uma 'ciência'? ou uma 'arte'? Sobre isso nossos bisavós, por volta de 1800, gostavam de dissertar gravemente. (...). 'Ciência dos homens', dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: 'dos homens, no tempo'. (...). A atmosfera em que seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração."
Fonte: BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, pp. 52-55.
Assinale a alternativa que apresenta o objeto da história, de acordo com as reflexões de Marc Bloch:

"Desde os primeiros anos da década de 1920, a população brasileira conviveu com um conjunto de imagens e personagens que anunciavam os primeiros passos do movimento fascista na Europa e no Brasil, em especial no Estado de São Paulo. Entre 1922 e 1945, as ideias da extrema-direita emergiram em vários pontos do país partindo de diferentes núcleos de produção, a saber: do Estado, de segmentos conservadores da Igreja Católica e da imprensa brasileiras, além de uma parcela significativa das comunidades de emigrantes italianos, ítalo-brasileiros, alemães e teuto-brasileiros. Destes núcleos saíram os principais ativistas e simpatizantes do nazifascismo, distintos muito mais por seus interesses e proximidades com o poder instituído do que por sua doutrina."
Fonte: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. "Fascistas à brasileira: encontros e confrontos"In: CARNEIRO, M. L. T.; CROCI, Federico (orgs.). Tempos de fascismos: ideologia - intolerância - imaginário. São Paulo: Edusp, Imprensa Oficial, Arquivo Público do Estado de São Paulo, 2010, p.433.
Sobre a Era Vargas e a primeira metade do século XX é correto afirmar:

"O presidente João Goulart iria participar de um comício em frente à estação ferroviária da Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 13 de março de 1964. O Comício da Central, como ficou conhecido, foi planejado com antecedência. O projeto era conhecido desde fins de janeiro de 1964, produzindo muita repercussão na imprensa, como inúmeras matérias publicadas durante o mês de fevereiro atestam sobejamente. Como é fácil imaginar, a ideia de um comício, que deveria ser um palco para a consagração de Jango e as reformas de base, gerou reações imediatas nos meios políticos, empresariais e sindicais, muito antes de se concretizar."
Fonte: FERREIRA, Jorge; GOMES, Angela de Castro. 1964: o golpe que derrubou um presidente, pôs fim ao regime democrático e instituiu a ditadura no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 249.
Sobre o contexto do governo João Goulart e do golpe militar de 1964 é incorreto afirmar que:

"Assim Paul Klee consegue criar, com a aquarela O cometa de Paris, um símbolo irônico da vida em 1918, que vibra entre o entusiasmo e o derrotismo, entre as esperanças e os temores, entre as visões arrojadas e a dura realidade. Quem acreditava que os cometas fossem sinais seria capaz de ver o dia 11 de novembro de 1918, o dia do cessar-fogo, no qual a velha Europa se encontrava em escombros ao mesmo tempo que comemorava, em meio a revoluções e grandes impérios que desabavam, fazendo a ordem mundial vacilar, como a realização de profecias estelares. (...). Poucas vezes, diante de um mundo que se encontrava no limiar de uma nova era, parecera tão inevitável engajar-se e lutar pelas próprias visões. Novas ideias políticas, uma nova sociedade, uma nova arte, uma nova cultura e um novo pensamento foram concebidos. Um novo homem, o homem do século XX, que nascera a partir das chamas da guerra, livre das amarras do mundo antigo, foi proclamado. Como uma fênix, a Europa, e com ela o restante do mundo, deveria reerguer-se das cinzas".
Fonte: SCHÖNPFLUG, Daniel. A era do cometa. São Paulo: Todavia, 2018, pp. 14-15.
Segundo o autor, a aquarela O cometa de Paris poderia ser associado aos acontecimentos de novembro de 1918 e às consequências:

"E, 1917, as mulheres iniciaram o movimento grevista nas oficinas do Cotonifício Crespi. (...). Os jornais operários, sem dúvida, constroem duas imagens femininas que contrastam frontalmente. Uma mulher submissa que não sabe como lutar e, ao mesmo tempo, uma figura combativa que sai às ruas e enfrenta sem reservas as autoridades públicas e policiais. (...). Em geral, a recusa das mulheres em participar das organizações sindicais ou partidárias foi vista como inconsciência política, tanto pelos militantes quanto pela produção acadêmica, ao menos até muito recentemente. Talvez se possa indagar se esta atitude de descomprometimento com instituições políticas, controladas por figuras masculinas, não tenha significado uma certa compreensão dos obstáculos intransponíveis com que se defrontava a mulher, não só na fábrica, mas também na família. Quantos pais e maridos não impediram o envolvimento de suas esposas e filhas nas agitações políticas da época?"
Fonte: RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar, Brasil 1890-1930. São Paulo: Paz e Terra, 2014, pp. 100-101.
Assinale a alternativa incorreta sobre a questão de gênero no Brasil República:

Excerto 1: “Eu repeti a atividade da oficina e pedi que desenhassem o Tempo. Saíram coisas bem legais, tipo um menino desenhou o ser humano e sua evolução, do mais antigo ao mais recente.” – professora T.

Excerto 2: "A gente precisa ensinar os alunos a observarem os acontecimentos políticos, como o Impeachment, e pensarem sobre eles. A gente já viveu isso [o impeachment], porque deixamos acontecer de novo?" – professora T.

Excerto 3: O professor A. ao trabalhar o tema Feudalismo com 7º Ano, sugeriu que os alunos pesquisassem o que estava acontecendo na América, na África, na Ásia e na Oceania no ano de 1300.

Fonte: Adaptado de FORNECK, Mara Betina. Ensino de História, tempo e temporalidades. dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Ensino de História, Porto Alegre, 2017, pp. 63, 66 e 67.

Assinale a alternativa que indique, respectivamente, as noções de temporalidade presentes nos excertos acima:

"Na verdade a condição nacional é o valor de maior legitimidade universal na vida política dos nossos tempos. (...) É frequente a perplexidade, para não dizer irritação, dos teóricos do nacionalismo diante destes três paradoxos: (1) A modernidade objetiva das nações aos olhos do historiador versus sua antiguidade subjetiva aos olhos dos nacionalistas. (2) A universalidade formal da nacionalidade como conceito sociocultural - no mundo moderno, todos podem, devem e hão de 'ter' uma nacionalidade (...) - versus a particularidade irremediável das suas manifestações concretas (...). (3) O poder 'político' dos nacionalismos versus sua pobreza e até sua incoerência filosófica. (...) a nação sempre é concebida como uma profunda camaradagem horizontal. No fundo, foi essa fraternidade que tornou possível, nestes dois últimos séculos, tantos milhões de pessoas tenham-se não tanto a matar, mas sobretudo a morrer por essas criações imaginárias limitadas."
Fonte: ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das letras, 2008, pp.28-34.
A partir das ideias de Benedict Anderson sobre o nacionalismo é correto afirmar que:

"Até 1930, pode-se dividir o povo da República em três partes. Imaginemos um grande círculo contendo em si círculos menores. O grande círculo representa o total da população do país, os círculos menores, as parcelas dessa população dividida de acordo com sua participação política. Movimentando-nos do centro para periferia, chamemos o círculo menor de povo eleitoral, isto é, aquela parcela da população que votava; o círculo seguinte, um pouco maior, representa o povo político, isto é, a parcela da população que tinha o direito de voto de acordo com a Constituição de 1891; o círculo seguinte é o do povo excluído formalmente da participação via direito do voto. (...). Se eram poucos os que podiam votar, menos ainda eram os que de fato votavam. Nas eleições presidenciais de 1910, uma das poucas em que houve competição, disputando Rui Barbosa contra o marechal Hermes da Fonseca, a abstenção foi de 40%. (...). No Rio de Janeiro, capital da República, onde 20% da população estava apta a votar, compareceu às urnas menos de 1%. Votar na capital era até mesmo perigoso, devido à ação dos capangas a serviço dos candidatos. Quem tinha juízo ficava em casa. Como disse Lima Barreto em Os bruzundangas (1922): '[Os políticos] tinham conseguido quase totalmente eliminar do aparelho eleitoral este elemento perturbador - o voto'".
Fonte: CARVALHO, José Murilo. O pecado original da República. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2017, pp. 14-15.
Sobre a Primeira República no Brasil é correto afirmar:

"A escrita da história, publicado por [Michel de] Certeau em 1975, foi (escrevia [Pierre] Vidal-Naquet) um livro importante, que contribuiu para arranhar a orgulhosa inocência dos historiadores: 'Desde então tomamos consciência do fato que o historiador escreve, produz um espaço e um tempo, embora estando ele próprio inserido num espaço e num tempo'. Mas (continuava Vidal-Naquet) não devemos nos desfazer da velha noção de 'realidade' no sentido, evocado por [Leopold von] Ranke um século antes, daquilo 'que realmente aconteceu'. (...). 'Eu tinha a convicção de que havia um discurso sobre as câmaras de gás, que tudo devia passar por dizê-lo, mas que além, ou, melhor dizendo, aquém disso, havia algo de irredutível, que, na falta de melhor, continuarei a chamar de realidade. Sem essa realidade, como distinguir entre romance e história?'"

Fonte: GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, pp. 216-217.

Em diálogo com o excerto, assinale a alternativa correta em relação às reflexões do historiador francês Pierre Vidal-Naquet sobre a escrita da história:

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