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Cântico VI

Tu tens um medo de

Acabar.

Não vês que acabas todo o dia.

Que morres no amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que te renovas todo dia.

No amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que és sempre outro.

Que és sempre o mesmo.

Que morrerás por idades imensas.

Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).

A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o

homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu

lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à

condição humana,

da sua memória

mil

e

mui

tos

out

ros

ros

tos

sol

tos

pou

coa

pou

coa

pag

amo

meu

ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998

Trabalhando com recursos formais inspirados no

Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se

caracteriza pela

Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro. No princípio.

As mulheres, principalmente as mortas do álbum, eram

maravilhosas. Os homens, mais maravilhosos ainda, ah,

difícil encontrar família mais perfeita. A nossa família,

dizia a bela voz de contralto da minha avó. Na nossa

família, frisava, lançando em redor olhares complacentes,

lamentando os que não faziam parte do nosso clã. [...]

Quando Margarida resolveu contar os podres todos que

sabia naquela noite negra da rebelião, fiquei furiosa [...]

É mentira, é mentira!, gritei tapando os ouvidos. Mas

Margarida seguia em frente: tio Maximiliano se casou

com a inglesa de cachos só por causa do dinheiro, não

passava de um pilantra, a loirinha feiosa era riquíssima.

Tia Consuelo? Ora, tia Consuelo chorava porque sentia

falta de homem, ela queria homem e não Deus, ou

o convento ou o sanatório. O dote era tão bom que o

convento abriu-lhe as portas com loucura e tudo.

" E tem mais coisas ainda, minha queridinha", anunciou

Margarida fazendo um agrado no meu queixo. Reagi com

violência: uma agregada, uma cria e, ainda por cima,

mestiça. Como ousava desmoralizar meus heróis?

Representante da ficção contemporânea, a prosa de Lygia

Fagundes Telles configura e desconstrói modelos sociais.

No trecho, a percepção do núcleo familiar descortina um(a)

Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa.

Deus veio num raio. Então apareceram os bichos que

comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a

roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia,

que explicava como não fazer o que não devia ser feito.

Então surgiram os números racionais e a História,

organizando os eventos sem sentido. A fome desde

sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o

calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E cada

um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas

que alcança.

BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, Í. (Org.).

Os cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001

A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi

configura um painel evolutivo da história da humanidade.

Nele, a projeção do olhar contemporâneo manifesta uma

percepção que

Exmº Sr. Governador:

Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados

pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928

[…]

ADMINISTRAÇÃO

Relativamente à quantia orçada, os telegramas

custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro

considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que

prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando

que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas

históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso;

todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque

se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou

pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F.

esticou a canela – um telegrama.

Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929

GRACILIANO RAMOS

RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962

O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na

época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado

ao governo do estado de Alagoas. De natureza oficial,

o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista

para esse gênero, pois o autor

Aquarela

O corpo no cavalete

é um pássaro que agoniza

exausto do próprio grito.

As vísceras vasculhadas

principiam a contagem

regressiva.

No assoalho o sangue

se decompõe em matizes

que a brisa beija e balança:

o verde – de nossas matas

o amarelo – de nosso ouro

o azul – de nosso céu

o branco o negro o negro

CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007

Situado na vigência do Regime Militar que governou o

Brasil, na década de 1970, o poema de Cacaso edifica

uma forma de resistência e protesto a esse período,

metaforizando

Yaô

Aqui có no terreiro

Pelú adié

Faz inveja pra gente

Que não tem mulher

No jacutá de preto velho

Há uma festa de yaô

Ôi tem nêga de Ogum

De Oxalá, de Iemanjá

Mucama de Oxossi é caçador

Ora viva Nanã

Nanã Buruku

Yô yôo

Yô yôoo

No terreiro de preto velho iaiá

Vamos saravá (a quem meu pai?)

Xangô!

VIANA, G. Agô, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997

A canção Yaô foi composta na década de 1930 por

Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu

a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua

usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.

Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor


A proposta de um projeto como o "Pão e Poesia" objetiva

inovar em sua área de atuação, pois


O contexto histórico e literário do período barroco-

árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975.

A restauração de elementos daquele contexto por uma

poética contemporânea revela que

João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu

aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE).

Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e

escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e

ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde

1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de

cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola.

Grande divulgador da poesia popular nordestina no

Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa

paulista sobre o assunto.

EVARISTO, M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO, H. N. (Coord.).

Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político,

A biografia é um gênero textual que descreve a

trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua

singularidade. No caso específico de uma biografia

como a de João Antônio de Barros, um dos principais

elementos que a constitui é

Carta ao Tom 74

Rua Nascimento Silva, cento e sete

Você ensinando pra Elizete

As canções de canção do amor demais

Lembra que tempo feliz

Ah, que saudade,

Ipanema era só felicidade

Era como se o amor doesse em paz

Nossa famosa garota nem sabia

A que ponto a cidade turvaria

Esse Rio de amor que se perdeu

Mesmo a tristeza da gente era mais bela

E além disso se via da janela

Um cantinho de céu e o Redentor

É, meu amigo, só resta uma certeza,

É preciso acabar com essa tristeza

É preciso inventar de novo o amor

MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente.

São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).

O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes

apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando

que o eu poético e o interlocutor


O surrealismo configurou-se como uma das vanguardas

artísticas europeias do início do século XX. René Magritte,

pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em

suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa

pintura é o(a)

Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe

beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos

e eu parti.

Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha

instalação.

Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por

um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor

que de tempos a tempos reformava o estabelecimento,

pintando-o jeitosamente de novidade, como os

negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de

última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado

crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a

simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo

vistoso dos anúncios.

O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família

do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o

seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda

pelas províncias, conferências em diversos pontos da

cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa

dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares,

fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido

concurso de professores prudentemente anônimos,

caixões e mais caixões de volumes cartonados em

Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte

com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas,

em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, ofereciase

ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos

confins da pátria. Os lugares que os não procuravam

eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita,

espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a

farinha daquela marca para o pão do espírito.

POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005

Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o

narrador revela um olhar sobre a inserção social do

colégio demarcado pela

 

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se

com um projeto ideológico em construção na Primeira

República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse

projeto, na medida em que

À garrafa

Contigo adquiro a astúcia

de conter e de conter-me.

Teu estreito gargalo

é uma lição de angústia.

Por translúcida pões

o dentro fora e o fora dentro

para que a forma se cumpra

e o espaço ressoe.

Até que, farta da constante

prisão da forma, saltes

da mão para o chão

e te estilhaces, suicida,

numa explosão

de diamantes.

PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992

A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes

atributos da produção literária contemporânea, que, no

poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a)

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