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Meu povo, meu poema

Meu povo e meu poema crescem juntos

Como cresce no fruto

A árvore nova

No povo meu poema vai nascendo

Como no canavial

Nasce verde o açúcar

No povo meu poema está maduro

Como o sol

Na garganta do futuro

Meu povo em meu poema

Se reflete

Como espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo

Menos como quem canta

Do que planta

FERREIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, 2000.

O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi

escrito na década de 1970. Nele, o diálogo com o contexto

sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que

Concurso de microcontos no Twitter

A nona edição do Simpósio Internacional de

Contadores de História promove concurso de microcontos

baseado no Twitter. Os interessados devem ter uma

conta no Twitter, seguir o @simposioconta e escrever um

microconto de gênero suspense, com tema livre. O conto

deve seguir as regras do Twitter: apenas 140 caracteres.

ELINA, R. Disponível em: www.consuladosocial.com.br. Acesso em: 28 jul. 2010.

Na atualidade, o texto traz uma proposta de utilização do

Twitter como ferramenta que proporciona uma construção

rápida, sintética e definida pelo gênero suspense. Isso

demonstra que essa rede social pode ser uma forma de

inovação tecnológica que

Grupo escolar

Sonhei com um general de ombros largos

que fedia

e que no sonho me apontava a poesia

enquanto um pássaro pensava suas penas

e já sem resistência resistia.

O general acordou e eu que sonhava

face a face deslizei à dura via

vi seus olhos que tremiam, ombros largos,

vi seu queixo modelado a esquadria

vi que o tempo galopando evaporava

(deu para ver qual a sua dinastia)

mas em tempo fixei no firmamento

esta imagem que rebenta em ponta fria:

poesia, esta química perversa,

este arco que desvela e me repõe

nestes tempos de alquimia.

BRITO, A. C. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). 26 Poetas Hoje: antologia.

Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998.

O poema de Antônio Carlos Brito está historicamente

inserido no período da ditadura militar no Brasil. A forma

encontrada pelo eu lírico para expressar poeticamente

esse momento demonstra que

Uma tuiteratura?

As novidades sobre o Twitter já não cabem em

140 toques. Informações vindas dos EUA dão conta de

que a marca de 100 milhões de adeptos acaba de ser

alcançada e que a biblioteca do Congresso, um dos

principais templos da palavra impressa, vai guardar em

seu arquivo todos os tweets, ou seja, as mensagens

do microblog. No Brasil o fenômeno não chega a tanto,

mas já somos o segundo país com o maior número de

tuiteiros. Também aqui o Twitter está sendo aceito em

territórios antes exclusivos do papel. A própria Academia

Brasileira de Letras abriu um concurso de microcontos

para textos com apenas 140 caracteres. Também se fala

das possibilidades literárias desse meio que se caracteriza

pela concisão. Já há até um neologismo, “tuiteratura",

para indicar os “enunciados telegráficos com criações

originais, citações ou resumos de obras impressas". Por

ora, pergunto como se estivesse tuitando: querer fazer

literatura com palavras de menos não é pretensão demais?

VENTURA, Z. O Globo, 17 abr. 2010 (adaptado).

As novas tecnologias estão presentes na sociedade

moderna, transformando a comunicação por meio de

inovadoras linguagens. O texto de Zuenir Ventura mostra

que o Twitter tem sido acessado por um número cada vez

maior de internautas e já se insere até na literatura. Neste

contexto de inovações linguísticas, a linguagem do Twitter

apresenta como característica relevante

Todo bom escritor tem o seu instante de graça, possui

a sua obra–prima, aquela que congrega numa estrutura

perfeita os seus dons mais pessoais. Para Dias Gomes

essa hora de inspiração veio–lhe no dia que escreveu

O pagador de promessas. Em torno de Zé–do–Burro —

herói ideal, por unir o máximo de caráter ao mínimo de

inteligência, naquela zona fronteiriça entre o idiota e o

santo — o enredo espalha a malícia e a maldade de uma

capital como Salvador, mitificada pela música popular

e pela literatura, na qual o explorador de mulheres se

chama inevitavelmente Bonitão, o poeta popular, Dedé

Cospe–Rima, e o mestre de capoeira, Manuelzinho Sua

Mãe. O colorido do quadro contrasta fortemente com a

simplicidade da ação, que caminha numa linha reta da

chegada de Zé–do–Burro à sua entrada trágica e triunfal na

igreja — não sob a cruz, conforme prometera, mas sobre

ela, carregado pelos capoeiras, “como um crucifixado".

PRADO, D. A. O teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva, 2008 (fragmento).

A avaliação crítica de Décio de Almeida Prado destaca as

qualidades de O pagador de promessas. Com base nas

ideias defendidas por ele, uma boa obra teatral deve

A rua

Bem sei que, muitas vezes,

O único remédio

É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,

A dívida, o divertimento,

O pedido de emprego, ou a própria alegria.

A esperança é também uma forma

De contínuo adiamento.

Sei que é preciso prestigiar a esperança,

Numa sala de espera.

Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,

Esperança sentada.

Não abdicação diante da vida.

A esperança

Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.

Nunca é figura de mulher

Do quadro antigo.

Sentada, dando milho aos pombos.

RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012.

O poema de Cassiano Ricardo insere–se no Modernismo

brasileiro. O autor metaforiza a crença do sujeito lírico

numa relação entre o homem e seu tempo marcada por

“Eu quero ter um milhão de amigos" é o famoso

verso da linda canção Eu quero apenas, de Roberto

Carlos. Adaptado aos nossos tempos, o verso representa

o anseio que está na base do atual sucesso das redes

sociais. Desde que Orkut, Facebook, MySpace, Twitter,

LinkedIn e outros estão entre nós, precisamos mais do

que nunca ficar atentos ao sentido das nossas relações.

Sentido que é alterado pelos meios a partir dos quais são

promovidas essas mesmas relações.

O fato é que as redes brincam com a promessa que

estava contida na música do Rei apenas como metáfora.

O que a canção põe em cena é da ordem do desejo cuja

característica é ser oceânico e inespecífico. Desejar

é desejar tudo, é mais que querer. Mas quem participa

de uma rede social ultrapassa o limite do desejo e entra

na esfera da potencialidade de uma realização que vem

tornar problemática a relação entre o real e o imaginário.

TIBURI, M. Complexo de Roberto Carlos. In: Revista Cult,

São Paulo: Bregantini, n. 154, fev. 2011(fragmento).

O verso da canção de Roberto Carlos é usado no artigo

para explicar o sucesso mundial das redes sociais. Para

a autora, essas redes são eficazes, pois

A escolha de uma forma teatral implica a escolha

de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção

com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios

específicos para transmitir uma cultura–fonte a um

público–alvo; é sob esta única condição que temos o

direito de falar em interculturalidade teatral.

PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.

A partir do texto, o meio especificamente cênico utilizado

para transmitir uma cultura estrangeira implica




Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor

Texto I



XLI

Ouvia:

Que não podia odiar

E nem temer

Porque tu eras eu.

E como seria

Odiar a mim mesma

E a mim mesma temer.

HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).



Texto II



Transforma–se o amador na cousa amada

Transforma–se o amador na cousa amada,

por virtude do muito imaginar;

não tenho, logo, mais que desejar,

pois em mim tenho a parte desejada.

Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).

Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de

Camões, a temática comum é

Prima Julieta
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual

As mãos de Ediene



Ediene tem 16 anos, rosto redondo, trigueiro, índio

e bonito das meninas do sertão nordestino. Vaidosa, põe

anéis nos dedos e pinta os lábios com batom. Mas Ediene

é diferente. Jamais abraçará, não namorará de mãos

dadas e, se tiver filhos, não os aconchegará em seus

braços para dar–lhes o calor e o alimento dos seios da

mãe. A razão é simples: Ediene não tem braços. Ela os

perdeu numa maromba, máquina do século passado, com

dois cilindros de metal que amassam barro para fazer

telhas e tijolos numa olaria. Os dedos que enche de anéis

são os dos pés, com os quais escreve, desenha e passa

batom nos lábios. Ela é uma das centenas de crianças

mutiladas todos os anos, trabalhando como gente grande

em troca de minguados cobres.

UTZERI, F. As mãos de Ediene. Jornal do Brasil, Caderno B, 2 dez. 1999 (adaptado).

Os recursos estilísticos de um texto servem para torná–lo

esteticamente mais eficaz. Em As mãos de Ediene, o

autor alcança esse objetivo ao coordenar adjetivos no 1.°

período. Tal procedimento busca

Tempo Perdido



Todos os dias quando acordo,

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo:

Temos todo o tempo do mundo.



Todos os dias antes de dormir,

Lembro e esqueço como foi o dia:

(...)

Nosso suor sagrado

É bem mais belo que esse sangue amargo

(...)

Veja o sol dessa manhã tão cinza:

A tempestade que chega é da cor dos teus

Olhos castanhos



Então me abraça forte

E diz mais uma vez

Que já estamos distantes de tudo:



Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro,

Mas deixe as luzes acesas agora,



O que foi escondido é o que se escondeu,

E o que foi prometido, ninguém prometeu

Nem foi tempo perdido;



Somos tão jovens

tão jovens

tão jovens



Renato Russo

Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2009.

Entre os trechos a seguir, retirados da letra Tempo

Perdido, o que melhor reflete a função conativa ou

apelativa da linguagem é

Terça–feira, 30 de maio de 1893.



Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas

quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada à

chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que a

festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para

rainha do Rosário uma ex–escrava de vovó chamada Júlia

e para rei um negro muito entusiasmado que eu não

conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo

ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo

na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como

fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia.

Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso,

teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma

caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma

grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou

no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos neste

reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo

sabendo a despesa que dá!

MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 57.

O trecho acima apresenta marcas textuais que justificam o

emprego da linguagem coloquial. O tom informal do

discurso se deve ao fato de que se trata de

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