A partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente
empregada, especialmente para obter informações de
pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a
“assessoria técnica" de militares americanos que ensinavam
a torturar, grupos policiais e militares começavam a agredir
no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho.
A coisa piorava nas delegacias de polícia e em quartéis,
onde muitas vezes havia salas de interrogatório revestidas
com material isolante para evitar que os gritos dos presos
fossem ouvidos.
(Roberto Navarro – http://mundoestranho.abril.com.br.
Acesso em 24.03.2014)
Os aspectos citados no texto permitem identificar a época a
que ele se refere como sendo a da
Cultura material é “o segmento do meio físico que é
socialmente apropriado pelo homem, o suporte material, físico,
concreto da produção e reprodução da vida social. Nesse
sentido, os artefatos são considerados como produtos e como
vetores das relações sociais. De um lado, eles são o resultado de
certas formas específicas e historicamente determináveis de
organização dos homens em sociedade. De outro lado, eles
canalizam e dão condições a que se produzam e efetivem, em
certas direções, as relações sociais”.
(Adaptado de MENESES, Ulpiano B. de. “A cultura material no estudo das
sociedades antigas” in: Revista de História, 115, 1983, pp. 112–3).
As alternativas a seguir apresentam temas de pesquisa
delimitados a partir do conceito de cultura material definido no
fragmento acima, à exceção de uma. Assinale–a.
“O ano de 1820 traria profunda mudança no panorama político.
(...) Em 24 de agosto de 1820, a cidade do Porto se sublevava.
Constituíram–se as Cortes exigindo a promulgação de uma
Constituição nos moldes da Constituição espanhola. (...) Os
acontecimentos repercutiram no Brasil, onde as adesões à
revolução constitucionalista do Porto se multiplicaram”.
(COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à República: momentos decisivos. São
Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999. p. 42.)
A autora estabeleceu uma conexão entre os acontecimentos
das primeiras décadas do século XIX em Portugal, na Espanha e
no Brasil. Esta conexão se fundamenta na defesa, pelos agentes
revolucionários dos três lugares, de ideais baseados no
Analise os textos a seguir, ambos referidos a teses do
“lusotropicalismo” desenvolvidas por Gilberto Freyre desde a
década de 1930:
“[o português estava] consciente de uma missão cristã
não apenas de boca e de sinal da cruz ou de dia de
domingo, mas prática, cotidiana, recorrente.
Consciente, portanto, de que essa missão não
significava subjugar culturas, valores e populações
tropicais para sobre eles reinarem, pelo menos
superficialmente, homens, valores, e culturas imperial e
exclusivamente europeias, mas importava em obra
muito mais complexa de acomodação, de
contemporização, de transigência, de ajustamento. De
interpretação de valores ou de culturas, ao lado da
miscigenação quase sempre praticada.”
(Adaptado de: FREYRE, Gilberto. O Luso e o Trópico. Lisboa: Congresso
Internacional de História dos Descobrimentos, 1961. p. 14)
“[Em 1956] o Governo português recebeu carta do
Secretário–Geral [da ONU] requisitando fossem
informados os territórios não autônomos que possuísse.
A resposta portuguesa foi a de que Portugal era dividido
em províncias, e de que os territórios não contíguos ao
território europeu eram províncias ultramarinas.
Portugal justificava a manutenção das províncias
ultramarinas afirmando que o colonialismo se
caracteriza pela dominação de alguns grupos sobre
outros, o que não ocorria no caso português; que as
Províncias do Ultramar português eram exemplos
lapidares de democracia racial, ao contrário de casos
como o da Rodésia ou da África do Sul.”
(Adaptado de: LEME, Rafael Souza Campos de Moraes. Absurdos e milagres: um
estudo sobre a política externa do Lusotropicalismo (1930–1960). Brasília:
Fundação Alexandre de Gusmão, 2011. p. 103.)
Com base na comparação entre os argumentos do sociólogo
Gilberto Freyre e as justificativas do governo português diante
da ONU, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Os argumentos de Freyre foram apropriados pelo governo
salazarista com o objetivo de legitimar o colonialismo
português.
( ) As teses do lusotropicalismo freyreano reforçavam o
discurso etnocêntrico e imperialista da missão civilizatória
do homem branco.
( ) Tanto as formulações teóricas de Freyre quanto as
justificativas do governo português rejeitavam as teorias
racistas como as que fundamentavam regimes de apartheid
vigentes na época.
As afirmativas são, respectivamente,
Os depoimentos a seguir são avaliações sobre a Revolução
Industrial, suas inovações e contradições sociais, realizadas por
intelectuais que testemunharam o processo de afirmação do
sistema fabril na Europa, no século XIX.
“O nosso tempo é o da máquina. Em toda parte o artesão foi
expulso para dar lugar a um operário sem alma, mas mais
veloz. A lançadeira foge dos dedos do tecelão e cai entre os
dedos de aço que a fazem girar mais rapidamente”.
(Adaptado de Thomas Carlyle, Os sinais do tempo, 1829.)
“Coketown [cidade do carvão] era uma cidade de máquinas e de
altas chaminés, que exalavam incessantemente serpentes de
fumaça. Era atravessada por um canal negro e possuía
amontoados de fábricas, onde o pistão da máquina a vapor subia e
descia em um ritmo monótono, parecido com o da cabeça de um
elefante em um estado de demência melancólica”.
(Adaptado de Charles Dickens, Tempos difíceis, 1854.)
“Os trabalhadores já tentaram muitas vezes enfrentar o capital,
conseguindo estabelecer um acordo com base no qual não
aceitam trabalhar abaixo de um determinado pagamento
mínimo. Esforço inútil! O capital pode facilmente encontrar
mão–de–obra alhures e pode resistir mais tempo, enquanto o
trabalhador é constrangido, pelas necessidades da vida, a
aceitar qualquer pagamento.”
(Adaptado de Friedrich Harkort, Sobre os obstáculos da civilização e sobre a
emancipação das classes inferiores, 1844.)
Com base nos depoimentos, assinale a alternativa que
identifica corretamente os juízos neles expressos.
No mapa a seguir, os pontos destacados correspondem às bases aéreas norte–americanas mapeadas pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), de Londres, em 2012.

Segundo certa perspectiva historiográfica tradicional, o declínio de Roma deveu-se a um clima social de paz indolente, a uma divisão social interna entre ricos e pobres e a uma mentalidade comodista dos aristocratas ricos, que gozavam de pouco poder e autoridade frente ao Estado e que oscilavam entre posturas filosóficas de um materialismo vulgar ou buscavam salvação em religiões orientais. Este ponto de vista, se encontra na obra clássica sobre a história de Roma de autoria de:
Após a renúncia de Jânio, com a posse de João Goulart, em 7 de setembro de 1961, o passado varguista parece, de alguma forma, retornar. As rupturas com o projeto nacional-estatista, ligado a Vargas, efetuadas pelo modelo desenvolvimentista de JK, parecem voltar um pouco atrás no imaginário político de setores populares urbanos e rurais. O tema que revela privilegiadamente as mudanças de rumo trazidas pelo PTB para a agenda dos trabalhadores é conhecido pelo nome genérico de:
Os episódios de guerra entre árabes e israelenses têm sido constantes, desde a formação do Estado de Israel. Palestinos, israelenses e países árabes se digladiam em conflitos territoriais, ideológicos e religiosos. Em um desses episódios beligerantes, na tentativa de recuperarem territórios perdidos, em 1973, o Egito e a Síria invadem Israel. Embora tenha sofrido com mortes e perdas materiais, o Estado de Israel logra afastar os ataques, terminando por avançar em território egípcio até a entrada do Cairo. Isso resulta em um acordo provisório de paz, sob a supervisão das superpotências da época, e garante a saída das tropas israelenses. Esse texto refere-se ao seguinte conflito árabe-israelense:
Os governantes latino-americanos Lázaro Cárdenas, no México, e Juan Perón, na Argentina, têm seus nomes normalmente associados a um fenômeno social e político típico da América Latina, relacionado com a conjuntura internacional derivada da crise do liberalismo e da queda da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Esse fenômeno é o:
Observe a imagem a seguir

No dia 13 de março de 2013 o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio se tornou o líder do Catolicismo, religião adotada pela maioria dos brasileiros.
Entre as razões que explicam o fato do Catolicismo ser a religião adotada pela maioria dos brasileiros está a herança da
Marque a alternativa CORRETA. O Golpe Militar de 1964 não trouxe para o Brasil mudanças significativas na estrutura econômica que permaneceu a mesma: capitalismo, latifúndio, forte presença do capital estrangeiro e na política a burguesia continuava a classe hegemônica. Os vencedores ESPERAVAM com o golpe:
A Revolução Francesa extinguiu a sociedade do Antigo Regime, típica dos tempos modernos, que se caracterizava por ser:
Vargas seria veiculado junto aos jovens e às crianças como um ser superior estratégia usada pelas políticas de culto à personalidade. Por isso mesmo, foi durante o Estado Novo que se construiu definitivamente o mito Vargas, fruto do carisma do presidente, mas também da eficiente máquina de propaganda existente. (D'ARAUJO,MariaCelina.O Estado Novo .Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000, p. 36).
Com relação à cultura, à educação e à propaganda no Estado Novo, é correto afirmar que:
A França apresenta-se como o país típico do mercantilismo em sua forma clássica. Suas lutas contra a Espanha, contra a Holanda e, por último, contra a Inglaterra, traem facilmente as preocupações mercantis e coloniais da monarquia francesa No governo de Luís XIV, a adoção de uma política protecionista e manufatureira de grande amplitude caracteriza o mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa época de: (FALCON, Francisco J.C. Mercantilismo e Transição. São Paulo: Brasiliense,Coleção, 1981. p. 75).
No governo de Luís XIV, a adoção de uma política protecionista e manufatureira de grande amplitude caracteriza o mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa época de: