Em 1822, o processo de independência do Brasil diante de Portugal se concretizava e afetou todas as províncias do território.
Assinale a alternativa correta quanto à situação política da província de Goiás logo após a proclamação da independência.
No Ensino Fundamental, um professor de História que deseja desenvolver a temática “Brasil: a descoberta do ouro” com os alunos deverá fazê-lo através do seguinte conteúdo:
Durante o processo de independência do Brasil existiu um discurso de que o país corria risco de recolonização. Esse temor surgiu graças:
A vinda da Família Real para o Brasil em 1808 causou profundas transformações no modo de vida da então colônia portuguesa. As transformações que mais impactaram na vida dos habitantes foram a abertura dos portos e o Tratado de Comércio e Navegação de 1810, que previa taxas mais vantajosas para os comerciantes:
Sobre o processo de independência do Brasil podemos afirmar que:
[...] são questionáveis algumas observações de (Fernando) Novais (1986) no que se refere às interpretações das inconfidências, em especial a Mineira. Sua concepção de que as ideias que em Portugal possuíam uma face reformista, quando transpostas a uma situação colonial, ganhavam uma face ‘revolucionária’ nos parece hoje inadequada e mesmo insustentável. [...]
FURTADO, João Pinto. Inconfidências e conjurações no Brasil: notas para um debate historiográfico em torno dos movimentos do último quartel do século XVIII. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção O Brasil Colonial, 1720-1821. V. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 647.
Para justificar sua contraposição a Fernando Novais, João Pinto Furtado argumenta, entre outros elementos, que
D. João e sua corte desembarcaram em janeiro de 1808 no Brasil e se estabeleceram no Rio de Janeiro, depois de uma escala em Salvador. Seu governo tomou medidas que mudaram a posição que o Brasil ocupava frente no Império Português, entre as quais a:
Leia atentamente o trecho a seguir:
“Conde da Ponte, do meu Conselho, Governador e Capitão General da Capitania da Bahia, Amigo. Eu, o Príncipe-Regente, vos envio muito saudar, como àquele que amo. Atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, sobre se achar interrompido e suspenso o comércio desta Capitania, com grave prejuízo de meus vassalos e da minha Real Fazenda, em razão das críticas e públicas circunstâncias da Europa..." ( Abertura dos Portos às Nações Amigas – 1808).
Para muitos dos pesquisadores da História do Brasil, nesse momento inicia-se a independência do Brasil, assinale a alternativa correta a este respeito:
O ano de 1808 trouxe ao Brasil, principalmente ao Rio de Janeiro, várias mudanças como as criações da Biblioteca Pública da Imprensa Régia e, posteriormente, da Academia Real Militar e da Faculdade de Medicina, entre outras. Assinale a alternativa correta a respeito das motivações para estas mudanças:
O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente.
Movimentos de revolta restritos ao ambiente regional, a Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates, na Bahia, e a Revolução Pernambucana de 1817 não visavam à emancipação de todo o território brasileiro.
Podemos afirmar que a crise do Antigo Regime na Europa teve influência direta nas colônias Americanas. Nas colônias espanholas inúmeras revoltas resultaram no fracionamento do território pertencente a coroa. Já na colônia Portuguesa, podemos indicar que as causas do território ter sido pouco alterado se deve muito à:
I. Fuga da família real para a colônia sem o aparato Estatal resultou na centralização do poder e a diminuição de conflitos internos.
II. A relação que a família real e a corte portuguesa estabeleceram com as oligarquias regionais foi um dos fatores que influenciaram a união do território e das províncias brasileiras.
III. Uma das influências da crise do antigo regime na colônia portuguesa foi a Inconfidência Mineira, influenciada pela revolução francesa.
Estão corretas as afirmativas:
Analise os textos a seguir, ambos referidos a teses do
“lusotropicalismo” desenvolvidas por Gilberto Freyre desde a
década de 1930:
“[o português estava] consciente de uma missão cristã
não apenas de boca e de sinal da cruz ou de dia de
domingo, mas prática, cotidiana, recorrente.
Consciente, portanto, de que essa missão não
significava subjugar culturas, valores e populações
tropicais para sobre eles reinarem, pelo menos
superficialmente, homens, valores, e culturas imperial e
exclusivamente europeias, mas importava em obra
muito mais complexa de acomodação, de
contemporização, de transigência, de ajustamento. De
interpretação de valores ou de culturas, ao lado da
miscigenação quase sempre praticada.”
(Adaptado de: FREYRE, Gilberto. O Luso e o Trópico. Lisboa: Congresso
Internacional de História dos Descobrimentos, 1961. p. 14)
“[Em 1956] o Governo português recebeu carta do
Secretário–Geral [da ONU] requisitando fossem
informados os territórios não autônomos que possuísse.
A resposta portuguesa foi a de que Portugal era dividido
em províncias, e de que os territórios não contíguos ao
território europeu eram províncias ultramarinas.
Portugal justificava a manutenção das províncias
ultramarinas afirmando que o colonialismo se
caracteriza pela dominação de alguns grupos sobre
outros, o que não ocorria no caso português; que as
Províncias do Ultramar português eram exemplos
lapidares de democracia racial, ao contrário de casos
como o da Rodésia ou da África do Sul.”
(Adaptado de: LEME, Rafael Souza Campos de Moraes. Absurdos e milagres: um
estudo sobre a política externa do Lusotropicalismo (1930–1960). Brasília:
Fundação Alexandre de Gusmão, 2011. p. 103.)
Com base na comparação entre os argumentos do sociólogo
Gilberto Freyre e as justificativas do governo português diante
da ONU, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Os argumentos de Freyre foram apropriados pelo governo
salazarista com o objetivo de legitimar o colonialismo
português.
( ) As teses do lusotropicalismo freyreano reforçavam o
discurso etnocêntrico e imperialista da missão civilizatória
do homem branco.
( ) Tanto as formulações teóricas de Freyre quanto as
justificativas do governo português rejeitavam as teorias
racistas como as que fundamentavam regimes de apartheid
vigentes na época.
As afirmativas são, respectivamente,