A importância da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão é ter sido a primeira declaração de direitos e fonte de inspiração para outras que vieram posteriormente, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1948. O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, estabelece: “Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum”. O Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, estabelece: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um documento que se caracteriza principalmente por:
“Quem não quer vacinar-se poderá ser infectado. E, ao sê-lo, transmitirá a doença a quem não deseja ser doente. Se colidir com o bem comum, aí sim! a liberdade individual converte-se em tirania.” (Oswaldo Cruz) A afirmação acima revela um dos argumentos que contribuiu para a eclosão de uma importante revolta durante a República Velha, A Revolta da Vacina. O argumento citado revela:
Nos momentos finais da II Guerra Mundial, uma sequência de tratados foi definindo o clima de tensão – Guerra Fria – que dominará a cena da política internacional na segunda metade do século XX. Com relação a esses tratados, é correto afirmar:
Um dos conflitos mais importantes na segunda metade do século XX foi a Guerra do Vietnã. Com relação aos fatos que precederam o desencadear da Guerra do Vietnã, é correto afirmar que:
Acerca do desenvolvimento da agricultura e da
consequente sedentarização dos grupos humanos,
considere as afirmativas abaixo:
I. Esse processo teve início a partir das
civilizações mediterrâneas, sobretudo gregos e
romanos, responsáveis pela construção de
grandes obras públicas, como canais de
irrigação, diques e aquedutos.
II. Também identificados sob a denominação de
“povos fluviais” ou “civilizações hidráulicas”,
egípcios e mesopotâmicos foram pioneiros na
constituição de sociedades rigidamente
hierarquizadas e com governo.
III. A ocupação humana dos vales dos rios Tigre e
Eufrates remonta ao período Paleolítico e,
devido à abundância de recursos hídricos, essa
região foi sucessivamente disputada por vários
povos.
IV. Na região designada como Crescente Fértil,
verificou-se o desenvolvimento das atividades
agrícolas atreladas ao avanço de técnicas de
irrigação e atividades comerciais, tudo isso
mediado pela atuação de Estados fortes.
É correto o que se afirma em:
Leia o texto a seguir:
A política no pódio: episódios de tensões e
conflitos nos Jogos Olímpicos da Era Moderna
Flavio de Campos
Em tempos de protestos e conflitos em
praças esportivas brasileiras, este artigo tem
como objetivo retomar alguns episódios
marcantes de tensões e enfrentamentos
ideológicos ocorridos durante a história dos Jogos
Olímpicos de Verão da Era Moderna. Pretende-se
questionar a perspectiva, contida nos discursos
oficiais do Comitê Olímpico Internacional, entre
os organizadores dos mais diversos países e de
setores expressivos da imprensa, de que a
política e os esportes devem estar apartados em
nome do espírito olímpico. A referência a tais
episódios demonstra como as situações históricas
revelam a recorrência das práticas e confrontos
políticos mais ou menos explícitos.
CAMPOS, F. de. A política no pódio:
episódios de tensões e conflitos nos Jogos
Olímpicos da Era Moderna. História
USP, São Paulo, n. 108, jan./mar. 2016
Disponível em: <
http://www.revistas.usp.br>. Acesso em: 20
ago. 2016
O artigo publicado na Revista da Universidade de
São Paulo (USP) traz inferências quanto a questões
políticas, sociais e culturais (co)relacionadas à
História das Olimpíadas.
Analise os itens a seguir, julgue-os e
posteriormente assinale a alternativa correta:
I. Na Antiga Grécia, a trégua sagrada ( –
ekechería) era proclamada a cada quatro anos
por emissários que anunciavam a realização
dos Jogos Olímpicos. Assim, as hostilidades
entre as póleis deveriam ser suspensas e
garantidos salvo-condutos nos percursos de
ida e volta da cidade de Olímpia, considerada
como território neutro e inviolável durante as
competições.
II. Em 393 d.C., Ambrósio, bispo de Milão, obteve
do imperador romano Teodósio a proibição aos
Jogos Olímpicos, a principal referência lúdica
da cultura clássica. Em um contexto de
afirmação do cristianismo e de luta contra os
mais diversos paganismos, o combate aos jogos
fúnebres e às reminiscências aos demais jogos
helênicos (píticos, nemaicos e ístmicos) fez
parte do programa de ação das lideranças cristãs
que procuravam estabelecer a sua hegemonia
diante de outros sistemas de crenças e práticas
devocionais no Mediterrâneo.
III. O resgate dos Jogos Olímpicos no final do
século XIX, capitaneado por Pierre de Freddy,
o barão de Coubertin, foi estimulado pelas
proposições do cristianismo atlético ou
cristianismo muscular, que se desenvolvera,
sobretudo nas escolas inglesas, articulando-o a
uma visão idealizada do mundo grego, que
serviria de preceptiva para as práticas
esportivas dos sportsmen.
IV. Berlim foi a cidade escolhida para sediar os
Jogos de 1916. Os dirigentes do Comitê
Olímpico Internacional acreditavam que a
indicação da Alemanha pudesse contribuir para
evitar a eclosão da guerra, como se fosse
possível uma ekechería no mundo
contemporâneo. Pelo contrário, a guerra
impediu a realização da VI Olimpíada da Era
Moderna. O mesmo voltaria a acontecer em 1940
e em 1944, no contexto da Segunda Guerra
Mundial. Ainda assim, esses jogos são
oficialmente contados, mesmo que não
realizados.
Considerando as contribuições da cultura indígena
no Brasil, analise os itens abaixo, julgue-os e em
seguida assinale a alternativa correta:
I. A influência cultural indígena na sociedade
brasileira perpassa o hibridismo quanto a
assimilação da língua portuguesa e suas
influências das línguas indígenas. Várias
palavras de origem indígena se encontram em
nosso vocabulário cotidiano, como palavras
ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju,
mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas
como nomes próprios (como o parque do
Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar
que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer
árvore e “puera” tem o sentido de algo que já
foi. O rio Tietê em São Paulo também é um
nome indígena que significa “rio verdadeiro”)
II. Além da influência indígena na culinária
brasileira, herdamos também a crença nas
práticas populares de cura derivadas das
plantas. Por isso se recorre ao pó de guaraná, ao
boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente
de sucupira, entre outros, para curar alguma
enfermidade.
III. A culinária brasileira herdou vários hábitos e
costumes da cultura indígena, como a utilização
da mandioca e seus derivados (farinha de
mandioca, beiju, polvilho), o costume de se
alimentar com peixes, carne socada no pilão de
madeira (conhecida como paçocA) e pratos
derivados da caça (como picadinho de jacaré e
pato ao tucupi), além do costume de comer
frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri,
graviola, caju, açaí e o buriti).
IV. Por volta de 1500, momento da chegada dos
europeus, até os dias atuais, século XXI, a
população indígena diminuiu drasticamente, de
três a cinco milhões de índios para, atualmente,
segundo a FUNAI (Fundação Nacional do
Índio), 358 mil índios.
Sobre a agrimensura assinale a alternativa incorreta:
A República Velha, ou Primeira República, é o nome dado ao período compreendido entre a Proclamação da República, em 1889, e a eclosão da Revolução de 19Todas as afirmações sobre a primeira república estão corretas, EXCETO.
Os negros nunca aceitaram passivamente a escravidão. Havia muitas formas de revoltas coletiva e individual. Do ponto de vista histórico, os quilombos foram à estratégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram comunidades no interior das matas conhecidas como quilombos. Sobre fenômeno de constituição dos quilombos no Brasil, pode-se afirmar que:
A expansão marítima europeia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Essa expansão teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Analise os fatores para a Expansão Marítima: I. Formação do Estado Nacional e a centralização política: as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois se fazia necessária uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros. II. A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos, tornando viável a expansão marítima. III. Avanços técnicos na arte náutica: o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos - bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens à longa distância, como as naus e as caravelas. IV. Interesses econômicos: a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelos turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente. Após análise das afirmações acima podemos concluir que:
Trecho I
“O conceito de modo de produção se refere a um modelo que explica a maneira de produzir em um determinado
contexto histórico. Esse modelo explicativo pretende abarcar uma leitura de todas as relações de trabalho possíveis e de
suas características nos diversos contextos espaço-temporais. Assim, os modos de produção não devem ser analisados
evolutivamente. Isso quer dizer que a escravidão pode coexistir e até surgir após um período de trabalho servil, porque
um modo de produção predominante coexiste e interage com várias outras relações de produção em um mesmo
contexto.” (Hobsbawm, 1998, p. 178-179)
Trecho II
“O conceito de modo de produção foi desenvolvido por Marx e Engels para designar a maneira pela qual determinada
sociedade se organiza visando garantir a produção das suas necessidades materiais, de acordo com o nível de
desenvolvimento de suas forças produtivas.” (Disponível em: http://www.pcb.org.br/portal/docs/modosdeproducao.pdf.)
Tendo em vista o conceito marxista de modo de produção e os trechos em destaque, podemos considerar
corretamente que:
Sobre as teorias da História e a função do historiador, podemos afirmar, EXCETO:
No dia 10 de março de 2016, o promotor Cassio Conserino virou piada na internet ao citar o filósofo Georg Wilhelm Friedrich
Hegel no pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula. Ao lado de José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo, do
Ministério Público de São Paulo, no item 129 da denúncia, lê-se: “As atuais condutas do denunciado LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA,
que outrora chegou a emocionar o país ao tomar posse como Presidente da República em janeiro de 2003 (‘o primeiro torneiro
mecânico’ a fazê-lo de forma honrosa e democrática), certamente deixariam Marx e Hegel envergonhados”. Uma grande confusão
por parte de Conserino, pois percebe-se que queria se referir, de forma irônica, à dupla Karl Marx e Friedrich Engels, autores de “O
Manifesto Comunista”, e acabou citando Hegel, que, de fato, é reconhecidamente um dos maiores pensadores da corrente dialética
e do historicismo, mas não da esquerda.
Sobre o pensamento marxista de Marx e Engels, examine as asserções seguintes:
I- O capitalismo é um sistema no qual a burguesia concentra o capital e os meios de produção (instalação, máquina e matéria-prima)
e explora o trabalho do proletariado, mantendo-o numa situação de pobreza e alienação. Por estar baseado nessa característica
contraditória, a de explorar seu próprio alicerce - a classe trabalhadora -, o sistema prepara o caminho para sua própria destruição.
II- O conceito de luta de classes explica a oposição entre explorados (trabalhadores) e exploradores (proprietários dos bens de
produção). De acordo com o socialismo científico, a luta de classes desencadearia uma revolução proletária que teria como
resultado o fim do capitalismo e a implantação do comunismo. Nesse novo sistema, essa luta de classes não existiria mais, pois não
haveria mais exploradores e explorados.
III- Mais-valia é um conceito que explica a exploração do trabalhador pelo empresário. É a diferença entre a riqueza gerada pelos
operários e o valor pago, em forma de salário, pelos empresários a esses trabalhadores. É assim que o capitalista acumula capital.
De acordo com Marx e Engels, a mais-valia deve permanecer no comunismo.
IV- O Marxismo propõe um determinado modelo teórico, fundando o que podemos chamar de “história científica”, ou seja,
pertence às correntes teóricas que caracterizam a história como uma ciência. Em síntese, o marxismo rompe com a filosofia da
história idealista, rejeitando os pressupostos filosóficos que embasariam a construção do conhecimento.
V- O materialismo histórico é passível de observação, análise e quantificação. Dessa forma, podemos observar que o materialismo
histórico trabalha com aquilo que é possível mensurar nas sociedades, por exemplo, as estruturas econômico-sociais, escapando das
formulações mais filosóficas.
Estão corretos os itens:
Sobre a relação entre causa e efeito na História, é incorreto afirmar que: