Considerando a produção intelectual de Karl Marx e Friedrich
Engels no século XIX, julgue os itens a seguir.
De acordo com Karl Marx e Friedrich Engels, após a ascensão da forma social capitalista, as mudanças e os conflitos sociais levaram à existência de apenas duas classes sociais: a burguesia e o proletariado.
No que se refere a autores associados ao funcionalismo, uma das
principais correntes do pensamento sociológico, e suas teorias,
julgue os itens subsequentes.
As teorias de médio alcance, associadas em especial a Robert Merton, visavam garantir um distanciamento necessário face à realização da pesquisa empírica, a fim de permitir o desenvolvimento do pensamento teórico.
A teoria crítica da sociedade, que se organizou em torno do
Instituto de Pesquisa Social, na cidade de Frankfurt, na Alemanha,
a partir da primeira metade do século XX, teve um impacto
considerável sobre a sociologia. Com base nessa abordagem
teórica, julgue os itens seguintes.
Conforme Max Horkheimer, o conceito de dialética constitui um elemento secundário da teoria da sociedade
Acerca das diversas concepções a respeito da sociologia brasileira,
julgue os próximos itens.
O sociólogo Renato Ortiz, ao tratar dos problemas da cultura e da identidade, considera que ambos são de caráter eminentemente nacional, e não sofrem influências dos processos de globalização ou mundialização.
Não podemos perder de vista o fato de que a sociologia
surgiu em um momento de grande expansão do capitalismo. O
caráter antagônico da sociedade capitalista, ao impedir um
entendimento comum por parte dos sociólogos em torno ao objeto
e aos métodos de investigação desta disciplina, deu margem ao
nascimento de diferentes tradições sociológicas ou distintas
sociologias.
Carlos B. Martins. O que é Sociologia. 13 ed. São Paulo,
Brasiliense, 1986 (texto com adaptações).
De acordo com as tradições da teoria sociológica, julgue os itens a
seguir.
O psicologismo está nas origens do pensamento sociológico e conforme o pressuposto de que parte, a vida social manifesta-se a partir da vontade dos indivíduos, fruto de um acordo que estabeleceram para contornar os inconvenientes de sua solidão.
Uma das razões que fazem da cidade um lugar
especialmente propício ao estudo das instituições e da vida social
em geral é que, nas condições da vida urbana, as instituições se
desenvolvem diante dos nossos olhos: os processos de seu
desenvolvimento são acessíveis à observação e, definitivamente, à
experimentação.
R. E. Park. A cidade como laboratório social, 1929 apud
Charles-Henry Cuin; François Gresle. História da Sociologia. São
Paulo: Ensaio, 1994 . p.192 (com adaptações).
Considerando as teorias, os métodos e as técnicas da sociologia
urbana, julgue os itens de 77 a 81 .
A sociologia urbana, de matriz norte-americana, surgiu após a Segunda Guerra Mundial e estuda objetos como marginalização, diferenciação e estratificação social.
Weber define a sociologia, em Economia e Sociedade,
como uma ciência “compreensiva" que, por interpretação, mas sem
artifício de estilo, procura analisar o sentido visado por um ou mais
de um agentes em função do comportamento de outrem e,
consequentemente, pretende esclarecer o sentido de toda atividade
social.
Charles-Henry Cuin; François Gresle. História da
Sociologia. São Paulo: Ensaio, 1994, p. 87
Considerando a sociologia compreensiva, com relação aos
fenômenos do comportamento social e das formas sociais de
dominação, julgue os itens seguintes.
A dominação racional-legal caracteriza-se pelo exercício do poder legitimado em: continuidade das ações, especialização das ações, hierarquia, separação absoluta entre o quadro administrativo e os meios de administração e produção, leis e documentação.
De acordo com o pragmatismo americano, os sociólogos devem
abandonar a tradição especulativa dos grandes sistemas teóricos,
em proveito da elaboração de conhecimentos realmente
positivos, fundamentados na pesquisa empírica indutiva, o que
permite aplicações sociais imediatas. Com relação ao
estrutural-funcionalismo norte-americano, julgue os itens
subsecutivos.
Com o estrutural-funcionalismo, a análise sociológica está em busca de causas sociais e extrassociais e de razões utilitárias e culturais dos fenômenos.
Segundo Erich Gamma et al., o padrão de projeto Abstract Factory também é conhecido como
No início da História da Filosofia, o enfrentamento que ocorria era entre o conhecimento racional e o
conhecimento mítico, ou seja, enquanto o mundo era mergulhado em explicações míticas, a
preocupação dos primeiros filósofos era com as questões ligadas à natureza e seu surgimento, este
período é denominado de Cosmológico. Sobre os Filósofos deste período é correto afirmar:
I. Tales de Mileto foi o iniciador da filosofia da physis, ao afirmar, pela primeira vez, que existe um único
princípio originário, causa de todas as coisas que são.
II. A água de que Tales tratara em sua filosofia deve ser considerada de uma maneira totalizante, como aquela
physis liquida originária de que tudo se deriva e da qual a água que bebemos não é mais que uma de suas
múltiplas manifestações.
III. Anaximandro se aprofunda na problemática do princípio. Considera que o arkhe consiste na mudança ad
infinitum, quer dizer, em uma natureza (in)finita e (in)definida, da qual provêm absolutamente todas as coisas.
IV. O Uno dos pitagóricos não é par nem ímpar: é um “parímpar", posto que dele procedem todos os números,
tantos os pares quanto os ímpares. O parímpar, somado a um par, engendra um ímpar e, somado a um ímpar,
engendra a um par. Para os pitagóricos, os números pares eram retangulares, enquanto que os números
ímpares eram quadrados.
V. Para os pitagóricos, o número 10 foi considerado como o número perfeito e visualmente se simbolizava
mediante um triângulo equilátero, formado pelos quatro primeiros números e cujos lados consistiam no número
“4". Assim sendo a representação do 10 é igual a 1+2+3+4:
Na sistematização do saber, depois das ciências teóricas, aparecem as ciências práticas, que fazem
referência à conduta dos homens e ao fim a que se propõem alcançar, seja como indivíduo, seja
como membros de uma sociedade política. O estudo da conduta ou da finalidade do homem como
indivíduo é o espaço da ética, e o estudo da conduta e da finalidade do ser humano como parte de
uma sociedade é o espaço da política. Aristóteles sistematizou ambos de um modo ímpar na
história do pensamento humano. Identifique o que diz respeito ao pensar ético de Aristóteles nos
itens abaixo.
I. Enquanto para Aristóteles a natureza da ética consiste na imitação do real segundo a dimensão do possível,
sua finalidade consiste na purificação das paixões. Aristóteles afirma isto referindo-se explicitamente à moral,
“que por meio da piedade e do terror acaba efetuando a purificação de tais paixões”.
II. Uma antiga fonte nos apresenta que “Aristóteles clamava repetidamente que os deuses hão concedido aos
homens meios fáceis de vida, porém ocultou aos olhos humanos estes meios”. Precisamente, Aristóteles se
propôs à tarefa de voltar a situar diante dos olhos humanos estes meios fáceis de vida, demonstrando que o
homem sempre tem a sua disposição o que necessita para ser feliz, desde que saiba dar-se conta de quais são
as exigências reais de sua natureza e da natureza dos deuses.
III. Todas as ações humanas tendem a fins, que constituem bens. O conjunto das ações humanas e o conjunto
dos fins particulares aos que tendem estas se acham subordinados a um fim último, que é o bem supremo, que
todos os homens coincidem chamar de felicidade.
IV. A ética, segundo Aristóteles, mostra como procede ao pensamento quando pensa, qual é a estrutura do
raciocínio, quais são seus elementos, como e quando é possível elaborar demonstrações. A ética aristotélica
quer, portanto, proporcionar os instrumentos necessários para enfrentar qualquer tipo de indagação.
V. A ética é uma espécie de metodologia da persuasão, uma arte que analisa e define os procedimentos
mediante os quais o homem busca convencer aos demais homens, estabelecendo quais são as estruturas
fundamentais.
Um modelo de proposta ética, estruturada de um modo mais claro no século passado, sobretudo
com Jeremy Bentham e John Stuart Mill, é a chamada ética empirista/utilitarista. Aponte o que diz
respeito à estrutura deste pensamento.
I. “Parte-se da ideia de que o ser humano é fundamentalmente um indivíduo portador de necessidades que
precisam ser satisfeitas. Neste sentido, ele é um feixe de impulsos, interesses, necessidades, que pressionam
na direção de uma satisfação, cuja realização é subjetivamente recebida como prazer e a não-realização como
dor”.
II. “A experiência ética fundante é a convicção da humanidade de que a ação verdadeiramente reta é aquela
onde se busca não só a felicidade do indivíduo, mas a de todos. A moral, então, é a arte de orientar as ações
dos homens de tal modo que se possa conseguir a maior soma de felicidade”.
III. “A natureza colocou o gênero humano sob o domínio de dois senhores soberanos: a dor e o prazer.
Somente a eles compete apontar o que devemos fazer, bem como determinar o que na realidade faremos. Ao
trono desses dois senhores está vinculada, por uma parte, a norma que distingue o que é reto do que é errado”.
IV. “Afirmar-se-á que uma determinada ação está em conformidade com o princípio de utilidade, ou, para ser
mais breve, à utilidade, quando a tendência que ela tem a aumentar a felicidade for maior do que qualquer
tendência que tenha a diminui-la”.
V. “Uma ação moralmente correta seria aquela que cause o máximo de prazer, ao maior número de pessoas,
pela maior intensidade e duração de tempo; ou que cause o mínimo de dor, ao menor número de pessoas, pela
menor intensidade e duração de tempo”.
“A postura dialética, ou do idealismo objetivo na terminologia de Dilthey, quer entender-se, em
primeiro lugar, como uma radicalização do pensamento transcendental na medida em que defende
uma recuperação da razão que não seja apenas razão subjetiva, mas também objetiva. (...) Aliás,
acredita ser a única posição capaz de dar uma resposta a uma pergunta simples, mas fundamental,
feita por qualquer um que reflete: como é possível que o pensamento apriórico, ou seja, o
pensamento que opera sem relação ao mundo exterior possa captar a realidade.” O modelo ético do
chamado Idealismo objetivo se apresenta como uma síntese entre o modelo ético realista e o
modelo pragmático-transcendental. Exiba o que é falso dizer sobre este modelo ético ao qual
pertence o filósofo Vittorio Hösle.
I.A tese fundamental do idealismo objetivo é que a razão não constitui uma esfera de ser ao lado de outras, mas
é a essência de todas as coisas, enquanto fundamento último de todos os seres.
II. O Idealismo objetivo entende a razão como identidade da subjetividade e da objetividade e isto significa
dizer que ela é não só o fundamento de todo ser, mas também de toda pretensão de validade, de todas as
normas e de todos os valores, de tal modo que o normativo e o ideal transcendem todo o fático.
III. As ações éticas devem poder realizar-se na formalidade. Se os dois mundos são completamente
disparatados, não há uma saída pensável. O ser fundamenta o dever-ser, e o dever-ser o ser, pois ambos, ser
e dever-ser não são principiados de uma esfera ideal, normativa.
IV. Para Hegel, o Idealismo Objetivo considera a realidade imediata como o real e o verdadeiro e enquanto tal
destrói propriamente a especificidade da atividade filosófica que consiste em perguntar pelo que em si e para
si é o verdadeiro, reduzindo, assim, a filosofia a uma descrição de como o pensamento acolhe o dado. Elimina,
assim, o horizonte específico da filosofia que é o horizonte da validade.
V. Para Hösle, só o idealismo é capaz de nos dar critérios materiais(não apenas formais ou procedurísticos,
como, por exemplo, fornece a ética do discurso) para poder distinguir um consenso racional de um consenso
irracional, pois aqui se pode pensar uma hierarquia de bens e valores, uma vez que bens e valores são
portadores de racionalidade, de tal modo que a hierarquia de valores é a priori e, portanto, não depende de um
consenso fático.
No pensamento político de Thomas Hobbes e de Jean-Jacques Rousseau, a propriedade privada não é
um direito natural, e sim um direito civil, pois assegura por meio das leis a posse e a legitima. Por sua vez,
o filósofo inglês John Locke parte da definição do direito natural como direito à vida, à liberdade e aos bens
necessários para a conservação de ambas. Analise as proposições abaixo.
I. Para Hobbes, o Leviatã ou o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia
democrática. Em verdade, o decisivo não é o número dos governantes nem a forma do regime político, mas a
determinação de quem possui a soberania.
II. Para Rousseau, o regime que melhor realizaria as finalidades do contrato social é a democracia participativa
ou direta. Ao contrário, para Hobbes, como a soberania pertence àquele a quem o direito natural foi transferido
para que assegure paz e segurança, o regime político que lhe parece mais capaz de realizar essa finalidade é
a monarquia.
III. A teoria liberal admite que os proprietários privados sejam capazes de estabelecer as regras e as normas da
vida econômica ou do mercado e que o fazem agindo numa esfera que não é estatal, e sim social. Nesse
sentido, o Estado não tem a função de arbitrar, por meio das leis e da força, os conflitos da sociedade civil.
IV. Existe, segundo Locke, uma lei de natureza que é a razão mesma na medida em que tem por objeto as
relações entre os homens e prescreve a reciprocidade perfeita de tais relações. Esta lei de natureza vale para
todos os homens enquanto homens (sejam ou não cidadãos).
V. O estado de natureza é, necessariamente, tanto para Hobbes como para Locke, um estado de guerra.
Analise as proposições.
I.Quando a proposição é universal e necessária (seja negativa ou afirmativa), ela declara um juízo apodítico.
II.Eis o exemplo de um argumento por analogia na forma válida:
x é como y
y é A
x é A
III.Eis o exemplo de um argumento por analogia na forma inválida:
x é como y com respeito a (ser ou não ser) A
y é A
x é A
IV.Extensão é o conjunto de objetos designados por um termo ou categoria.
V.O silogismo dialético não comporta argumentações contrárias, pois A = A e não pode ser outra coisa.