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“A postura dialética, ou do idealismo objetivo na terminologia de Dilthey, quer entender-se, em primeiro lugar, como uma radicalização do pensamento transcendental na medida em que defende uma recuperação da razão que não seja apenas razão subjetiva, mas também objetiva. (...) Aliás, acredita ser a única posição capaz de dar uma resposta a uma pergunta simples, mas fundamental, feita por qualquer um que reflete: como é possível que o pensamento apriórico, ou seja, o pensamento que opera sem relação ao mundo exterior possa captar a realidade.” O modelo ético do chamado Idealismo objetivo se apresenta como uma síntese entre o modelo ético realista e o modelo pragmático-transcendental. Exiba o que é falso dizer sobre este modelo ético ao qual pertence o filósofo Vittorio Hösle.
I.A tese fundamental do idealismo objetivo é que a razão não constitui uma esfera de ser ao lado de outras, mas é a essência de todas as coisas, enquanto fundamento último de todos os seres.
II. O Idealismo objetivo entende a razão como identidade da subjetividade e da objetividade e isto significa dizer que ela é não só o fundamento de todo ser, mas também de toda pretensão de validade, de todas as normas e de todos os valores, de tal modo que o normativo e o ideal transcendem todo o fático.
III. As ações éticas devem poder realizar-se na formalidade. Se os dois mundos são completamente disparatados, não há uma saída pensável. O ser fundamenta o dever-ser, e o dever-ser o ser, pois ambos, ser e dever-ser não são principiados de uma esfera ideal, normativa.
IV. Para Hegel, o Idealismo Objetivo considera a realidade imediata como o real e o verdadeiro e enquanto tal destrói propriamente a especificidade da atividade filosófica que consiste em perguntar pelo que em si e para si é o verdadeiro, reduzindo, assim, a filosofia a uma descrição de como o pensamento acolhe o dado. Elimina, assim, o horizonte específico da filosofia que é o horizonte da validade.
V. Para Hösle, só o idealismo é capaz de nos dar critérios materiais(não apenas formais ou procedurísticos, como, por exemplo, fornece a ética do discurso) para poder distinguir um consenso racional de um consenso irracional, pois aqui se pode pensar uma hierarquia de bens e valores, uma vez que bens e valores são portadores de racionalidade, de tal modo que a hierarquia de valores é a priori e, portanto, não depende de um consenso fático.

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