O texto é resultante do hibridismo de dois gêneros
textuais. A respeito desse hibridismo, observa-se que a
Entre as funções de um cartaz, está a divulgação de
campanhas. Para cumprir essa função, as palavras e as
imagens desse cartaz estão combinadas de maneira a
Na campanha publicitária, há uma tentativa de
sensibilizar o público-alvo, visando levá-lo à doação de
sangue. Analisando a estratégia argumentativa utilizada,
percebe-se que
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações,
o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de
atribuir-lhe o significado, conseguir relacioná-lo a todos os
outros textos significativos para cada um, reconhecer
nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da
própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se
contra ela, propondo uma outra não prevista.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo
de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem.
Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de
o texto
Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet
e a pirataria são inseparáveis", diz o diretor do instituto
de pesquisas americano Social Science Research
Council. “Há uma infraestrutura pequena para controlar
quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso
acabou com o controle sobre a propriedade e tem sido
descrito como pirataria, más é inerente à tecnologia",
afirma o diretor. O ato de distribuir cópias de um
trabalho sem a autorização dos seus produtores pode,
sim, ser considerado crime, mas nem sempre essa
distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais.
Pelo contrário. Veja o caso do livro O alquimista, do
escritor Paulo Coelho. Após publicar, para download
gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog,
Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem.
BARRETO, J.; MORAES, M. A internet existe sem pirataria?
Veja, n. 2 308, 13 fev. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o impacto causado pela internet
propicia a
Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação
da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma
transparece uma
O senso comum é que só os seres humanos são
capazes de rir. Isso não é verdade?
Não. O riso básico — o da brincadeira, da diversão,
da expressão física do riso, do movimento da face e da
vocalização — nós compartilhamos com diversos animais.
Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas
— que nós não somos capazes de perceber — e que
eles emitem quando estão brincando de "rolar no chão".
Acontecendo de o cientista provocar um dano em um
local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa
vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o
outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia
dos animais é que não temos apenas esse mecanismo
básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o
senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de
humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não
é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais
que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada.
Disponível em: http://globonews.globo.com. Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado).
A coesão textual é responsável por estabelecer relações
entre as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo
de o cientista provocar um dano em um local específico do cérebro",
verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte uma relação de

Nesse texto, a combinação de elementos verbais e não
verbais configura-se como estratégia argumentativa para
Você pode não acreditar
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
que os leiteiros deixavam as garrafinhas de leite do lado
de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela.
A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo,
de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que
alguém pudesse roubar aquilo.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
que os padeiros deixavam o pão na soleira da porta ou na
janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo
como uma coisa normal.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
que você saía à noite para namorar e voltava andando
pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente,
sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para
trás, sem temer as sombras.
Você pode não acreditar: houve um tempo em que as
pessoas se visitavam airosamente. Chegavam no meio da
tarde ou à noite, contavam casos, tomavam café, falavam
da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de
bonde às suas casas.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo
em que o namorado primeiro ficava andando com a
moça numa rua perto da casa dela, depois passava a
namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da
família. Era sinal de que já estava praticamente noivo
e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.
SANT'ANNA, A. R. Estado de Minas, 5 maio 2013 (fragmento).
Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não
acreditar: mas houve um tempo em que..." configura-se
como uma estratégia argumentativa que visa
A charge aborda uma situação do cotidiano de algumas famílias. Nesse sentido, ela tem o objetivo comunicativo de
o cartum Miopia, de Chen Fang, foi apresentado em 2011 na quarta mostra Ecocartoon, que teve como tema a educação ambiental. Seu titulo e os elementos visuais fazem referência ao exame oftalmológico e a um tipo especifico de dificuldade visual. Com o uso metafórico da miopia e a exploração de características da imagem, o cartum
o:: ... o Brasil... no meu ponto de vista ... entendeu? o pais só cresce através da educação... entendeu? Eu penso assim... então quer dizer. .. você dando uma prioridade pra ... pra educação ... a tendência é melhorar mais... entendeu? e as pessoas... como eu posso explicar assim? as pessoas irem... tomando conhecimento mais das coisas ...né? porque eu acho que a pior coisa que tem é a pessoa alienada... né? a pessoa que não tem noção de na::da .. entendeu?
Trecho da fala de J. L., sexo masculino,26 anos. In: VOTRE, S., OLIVEIRA,M.R. (Coord.).A língua falada e escrita na cidade do Rio de Janeiro.
Disponível em: www.discursogramatica.letras.ufrj.br.Acesso em: 4 dez. 2012
A língua falada caracteriza-se por hesitações, pausas e outras peculiaridades. As ocorrências de "entendeu" e "né", na fala de J. L., indicam que
O texto aborda a linguagem como um campo de disputas e poder. As interrogações da autora são estratégias que conduzem ao convencimento do leitor de que
o poema de Jorge de Lima sintetiza o percurso de vida de Maria Diamba e sua reação ao sistema opressivo da escravidão. A resistência dessa figura feminina é assinalada no texto pela relação que se faz entre
Diversos expedientes argumentativos são empregados nos textos para sustentar as ideias apresentadas. Nesse texto, a citação de um instituto especializado é uma estratégia para