Sob o ponto de vista da política externa brasileira no século XX, conclui-se que
Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é:
As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que
A análise das imagens e do texto acima reforça a
ideia de que
Texto 1
Assim, duplamente bloqueados, entre milhares
de soldados e milhares de mulheres — entre
lamentações e bramidos, entre lágrimas e balas —, os
rebeldes se renderiam de um momento para outro. Era
fatal. [...] Ainda que em fragmento, traçava–se curva
fechada do assédio real, efetivo. A insurreição estava
morta.
CUNHA, Euclides. Os sertões. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007,
p. 524 e 535.
Texto 2
Literatura distingue–se de História, pois,
enquanto a primeira não tem nenhum compromisso em
retratar ou reconstruir uma realidade para que seja válida
aos olhos de seus leitores, a segunda é, via de regra,
realizada para explicitar a confirmação da existência,
tanto do homem em si quanto de um fato histórico, de
uma nação, de um povo ou de um povoado. Todavia, há
vários episódios históricos que serviram de base a
narrativas literárias.
Disponível em:
A relação estabelecida entre os dois textos permite
inferir–se que o texto 1 descreve
Afigurado coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu "curral eleitoral" a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.
Disponível em: http://www.historiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008 (adaptado).
Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que
Houve momentos de profunda crise na história mundial contemporânea que representaram, para o Brasil, oportunidades de transformação no campo econômico. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929), por exemplo, levaram o Brasil a modificar suas estratégias produtivas e a contornar as dificuldades de importação de produtos que demandava dos países industrializados.
Nas três primeiras décadas do século XX, o Brasil
São Paulo vai se recensear. O governo quer saber
quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a
flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão
reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem
do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas
casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo
apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando:
— Quantos são aqui?
Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:
— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora,
felizmente, só há pulgas e ratos.
E outro:
— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio,
esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes,
se quiser. Querendo levar todos, é favor... (...)
E outro:
— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr.
não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade
jamais sairá de meu quarto e de meu peito!
Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3
São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).
O fragmento acima, em que há referência a um fato
sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta
característica marcante do gênero crônica ao

Um dia, os imigrantes aglomerados na
amurada da proa chegavam à fedentina quente de um
porto, num silêncio de mato e de febre amarela.
Santos. — É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham
trocado o rótulo das bagagens, desciam em fila.
Faziam suas necessidades nos trens dos animais
onde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São
Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com
trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que
pretos guiavam através do mato por estradas
esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas
donde acabava de sair o braço escravo. Formavam
militarmente nas madrugadas do terreiro homens e
mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.
Oswald de Andrade. Marco Zero II –
Chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991
Levando-se em consideração o texto de Oswald de
Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida
acima, relativos à imigração européia para o Brasil,
é correto afirmar que
A moderna democracia brasileira foi construída
entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no
suicídio do presidente Vargas. No ano seguinte, outra crise
quase impediu a posse do presidente eleito, Juscelino
Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à guerra civil
depois da inesperada renúncia do presidente Jânio
Quadros. Três anos mais tarde, um golpe militar depôs o
presidente João Goulart, e o país viveu durante vinte anos
em regime autoritário.
A partir dessas informações, relativas à história
republicana brasileira, assinale a opção correta.
No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von
Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer
observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a
sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:
“Permanecendo em grau inferior da humanidade,
moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera,
nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um
nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e
inexplicável estado do indígena americano, até o presente,
tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo
inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um
cidadão satisfeito e feliz.”
Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones
do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista
Von Martius
No princípio do século XVII, era bem insignificante e
quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet davalhe
200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100
casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os
moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.
*homiziados: escondidos da justiça
Nelson Werneck Sodré. Formação histórica
do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964
Na época da invasão holandesa, Olinda era a
capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10%
da população, calculada em aproximadamente 2.000
pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita
gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os
habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo.
Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês.
São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).
Os textos acima retratam, respectivamente, São Paulo e
Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e
mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole
brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança
deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico:
Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta: Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio). Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:
A seguir são apresentadas declarações de duas personalidades da História do Brasil a respeito da localização da
capital do país, respectivamente um século e uma década antes da proposta de construção de Brasília como novo
Distrito Federal.
Declaração I: José Bonifácio
Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se
chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das cidades marítimas. Desta Corte
central dever-se-ão logo abrir estradas para as diversas províncias e portos de mar.
(Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.)
Declaração II: Eurico Gaspar Dutra
Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de Terra Central. Do
ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a segurança do Estado brasileiro,
o que precisamos fazer quanto antes é realizar a ocupação da nossa Terra Central, mediante a
interiorização da Capital.
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.)
Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as idéias nelas contidas,
podemos dizer que
Comer com as mãos era um hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica empregada pelo índio no Brasil e por um português
de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o alimento com três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) e
atiravam-no para dentro da boca.
Um viajante europeu de nome Freireyss, de passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX, conta como "nas casas das roças
despejam-se simplesmente alguns pratos de farinha sobre a mesa ou num balainho, donde cada um se serve com os dedos,
arremessando, com um movimento rápido, a farinha na boca, sem que a mínima parcela caia para fora". Outros viajantes
oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler, Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito em todo o Brasil e entre todas as
classes sociais. Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros"lançam a [farinha de mandioca] à boca com uma destreza adquirida, na origem,
dos indígenas, e que ao europeu muito custa imitar".
Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de amores (1882), descreve com realismo os hábitos de uma senhora abastada que
só saboreava a moqueca de peixe "sem talher, à mão".
Dentre as palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o elemento comum às descrições das práticas alimentares dos brasileiros
feitas pelos diferentes autores do século XIX citados no texto.