De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos de Getulio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.
A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de certas lideranças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse processo resultou a
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende
O impacto das ferrovias na promoção de projetos de colonização com base em imigrantes europeus foi importante, porque
A análise histórica dos problemas que envolvem
a cidadania no Brasil possibilita considerar–se que a
herança colonial pesou mais na área dos direitos civis. O
novo país herdou a escravidão, que negava a condição
humana do escravo, herdou a grande propriedade rural,
fechada à ação da lei, e herdou um Estado comprometido
com o poder privado. Esses três empecilhos ao exercício
da cidadania civil revelaram–se persistentes.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2004, p. 45 (adaptado).
Com base na herança colonial, tratada no texto acima,
deve–se considerar que
Distantes uma da outra quase 100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz de Caminha. Enquanto a primeira retrata fielmente a carta, a segunda — ao excluir a natureza e os índios — critica a narrativa do escrivão da frota de Cabral. Além disso, na segunda, não se vê a cruz fincada no altar.

Ao comparar os quadros e levando-se em consideração a explicação dada, observa-se que
A crise de 1929 e, 10 anos mais tarde, a
Segunda Guerra Mundial aceleraram muito o processo
de substituição de importações, iniciado durante a
Primeira Guerra. O Brasil teve que produzir os bens
industrializados que antes sempre importara. O processo
não mais se interrompeu, expandindo–se na década de
50, via implantação da indústria automobilística, e
aprofundando–se na década de 70, graças à produção de
máquinas e equipamentos.
CARVALHO, José Murilo de. Política brasileira no século XX: o novo no velho. In: CARDIM,
C. H.; HIRST, M. (orgs.). Brasil–Argentina: soberania e cultura política. Brasília: IPRIFUNAG,
2003, p. 200.
Considerando–se o período histórico descrito no texto e as
transformações ocorridas, é correto afirmar que
As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade.

A comparação das imagens permite concluir que
Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os holandeses promoveram também o bloqueio naval de Benguela e Luanda, na costa africana. Em 1637, Nassau enviou uma frota do Recife para capturar São Jorge da Mina, entreposto português de comércio do ouro e de escravos no litoral africano (atual Gana). Luanda, Benguela e São Tomé caíram nas mãos dos holandeses entre agosto e novembro de 1641. A captura dos dois poios da economia de plantações mostrava-se indispensável para o implemento da atividade açucareira. ALENCASTRO, L.F. Com quantos escravos se constrói um país? In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4, n. 39, dez. 2008 (adaptado).
Os poios econômicos aos quais se refere o texto são
O mundo narrado nesse trecho do romance de Lúcio Cardoso, acerca da vida dos Meneses, família da aristocracia rural de Minas Gerais, apresenta não apenas a história da decadência dessa família, mas é, ainda, a representação literária de uma fase de desagregação política, social e econômica do país. O recurso expressivo que formula literariamente essa desagregação histórica é o de descrever a casa dos Meneses como
O período entre o final do século XIX e o início
do século XX foi de intenso fluxo migratório em todo o
mundo; no entanto, muitos países passaram a restringir a
entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes
concorriam com a mão de obra local e prejudicariam o
mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande
preconceito racial contra os orientais nessa época. Na
imprensa, nos meios políticos e nos locais onde se
debatia a opinião pública, houve um intenso debate
acerca da imigração oriental. Influenciados pela
campanha antinipônica e pelas ideias racistas que
circulavam no mundo, muitos cafeicultores, políticos e
intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como
“racialmente inferiores" e preferiam trazer trabalhadores
brancos e europeus, a fim de “branquear" a população
mestiça brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do
Brasil republicano como um “paraíso inter–racial".
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo. Disponível em :
Entre os principais líderes brasileiros, a introdução do
imigrante japonês estava longe de ser uma unanimidade.
Segundo o texto, essa controvérsia tem origem
Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao gênero dos eleitores, depreende-se que